Lição 7: As Bodas do Cordeiro
Data: 14 de Fevereiro de 2016
TEXTO
ÁUREO
“E
disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do
Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus” (Ap
19.9). [Comentário: Um espetacular
contraste entre esta festa abençoada e a horrível festa dos versículos 17-18. A
Ceia das Bodas do Cordeiro é a comunhão da bem-aventurança eterna, prenunciada
pela Ceia do Senhor, ao invés de uma refeição literal.]
VERDADE
PRÁTICA
Nas Bodas
do Cordeiro todos os salvos em Jesus Cristo estarão reunidos e viverão para
sempre com o Senhor.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda —
Lc 22.30 - Todos os
salvos se assentarão à mesa com Jesus
Terça —
Ap 5.9 - Jesus
comprou homens e mulheres de todas as nações
Quarta —
Ap 22.14 - Bem-aventurados
os que lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro
Quinta —
1Ts 4.17 - Os
crentes que estiverem vivos na vinda de Jesus serão arrebatados
Sexta —
1Ts 5.23 - Que o
Deus de paz nos santifique em tudo até a vinda de seu Filho
Sábado —
Lc 13.29 - Os salvos
virão de todos os lados para estarem à mesa no Reino de Deus
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 22.1-14.
1 — Então, Jesus, tomando a palavra, tornou a
falar-lhes em parábolas, dizendo:
2 — O Reino dos céus é semelhante a um certo rei
que celebrou as bodas de seu filho.
3 — E enviou os seus servos a chamar os convidados
para as bodas; e estes não quiseram vir.
4 — Depois, enviou outros servos, dizendo: Dizei
aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já
mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas.
5 — Porém eles, não fazendo caso, foram, um para o
seu campo, e outro para o seu negócio;
6 — e, os outros, apoderando-se dos servos, os
ultrajaram e mataram.
7 — E o rei, tendo notícias disso, encolerizou-se,
e, enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua
cidade.
8 — Então, disse aos servos: As bodas, na verdade,
estão preparadas, mas os convidados não eram dignos.
9 — Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai
para as bodas a todos os que encontrardes.
10 — E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram
todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial ficou cheia
de convidados.
11 — E o rei, entrando para ver os convidados, viu
ali um homem que não estava trajado com veste nupcial.
12 — E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não
tendo veste nupcial? E ele emudeceu.
13 — Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de
pés e mãos, levai-o e lançai-o nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e
ranger de dentes.
14 — Porque muitos são chamados, mas poucos,
escolhidos.
HINOS
SUGERIDOS
237, 457 e 492 da Harpa Cristã.
OBJETIVO
GERAL
Saber que todos os salvos em Jesus Cristo estarão
reunidos nas Bodas do Cordeiro.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
- I. Mostrar o que será as Bodas do Cordeiro;
- II. Explicar as consequências da rejeição ao convite do Cordeiro;
- III. Compreender que somente a Noiva do Cordeiro se assentará à mesa do Rei.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Na lição
de hoje estudaremos a respeito do glorioso encontro da Igreja, a Noiva de
Cristo, com o seu Noivo. Este encontro é chamado de Bodas do Cordeiro, e
somente os salvos em Jesus Cristo poderão participar. As Bodas do Cordeiro será
a conclusão do maior Plano Redentivo da história da humanidade, onde todos os
salvos vão ter a honra de se assentar à mesa do Rei. Neste mundo cruel, muitos
crentes sofrem escárnio, zombaria, rejeição e até morrem por não negar a sua
fé, mas vale a pena ser fiel ao Senhor e se preparar para as Bodas do Cordeiro,
quando ali seremos honrados pelo Noivo.
Incentive
seus alunos a permanecerem fiéis ao Noivo, pois devido à infidelidade de
alguns, muitos estão abandonando a Noiva de Cristo. O Senhor Jesus nos ama e
jamais nos decepcionará. Que você e seus alunos venham olhar para Ele, pois em
breve virá nos buscar e nos assentaremos à sua mesa.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Após
galardoar seus servos fiéis, no seu Tribunal, Jesus conduzirá a Igreja às
mansões celestiais, onde será servida a grande Ceia do Senhor. Na lição de hoje
estudaremos este evento glorioso. Veremos que os salvos de todos os lugares da
Terra, em todos os tempos, ao longo da História, estarão reunidos, sob os
olhares dos milhões de anjos, querubins, serafins e demais seres celestiais,
participando da celebração do maior evento do universo. [Comentário: Em muitos
trechos do Novo Testamento a relação entre Cristo e a Igreja é revelada pelo
uso de figuras do noivo e da noiva, tais como Jo 3.29, Rm 7.4, 2Co 11.2, Ef
5.25-33, Ap 19.7,8, e 21.122.7. Na translação da Igreja, Cristo aparece como o
noivo que leva a noiva consigo, para que o relacionamento que foi prometido
seja consumado e os dois se tornem um. A Ceia das Bodas do Cordeiro é a
comunhão da bem-aventurança eterna, prenunciada pela Ceia do Senhor, ao invés
de uma refeição literal. Este glorioso evento terá seu inicio tão logo termine
o Tribunal de Cristo. As Bodas do Cordeiro será o enlace matrimonial entre
Cristo e a Igreja. Será a sua abertura com louvor (Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos - lhe glória; porque vindas são
as bodas do Cordeiro - Ap 19.7); A esposa estará preparada (e já a sua esposa se aprontou - Ap
19.8); Enquanto a meretriz, a falsa igreja é julgada; a verdadeira igreja, a
noiva do Cordeiro é honrada. Enquanto a meretriz tem suas vestes manchadas de
prostituição e violência, as vestes da noiva do Cordeiro são o mais limpo, o
mais puro e o mais fino dos linhos. A noiva se atavia, mas as vestes lhe são dadas
– A igreja se santifica, mas essa santificação vem do Senhor. A igreja
desenvolve a sua salvação, mas é Deus quem opera em nós tanto o querer como o
realizar! Será celebrada a Ceia do Senhor (Bem-aventurado
aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro – Ap 19.9). Cristo
mesmo servirá à mesa (Em Verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar `a
mesa, e, chegando-se, os servirá. Lc 12.37); Os crentes do Velho Testamento
participarão desta festa (e assentar-se-ão `a mesa com Abraão, Isaque e Jacó no
reino dos Céus - Mt 8.11). Os mártires da Grande Tribulação não participarão
desta festa.] Let's think maturely Christian faith?
PONTO CENTRAL
Todos os salvos em Jesus Cristo vão participar das Bodas do Cordeiro.
I. AS BODAS DO CORDEIRO
1. O que
será? Será o
encontro glorioso, já nos céus, entre Cristo e sua Igreja amada:
“Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas
do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou” (Ap 19.7). Os chamados “casamentos
do século” nem de longe podem comparar-se às Bodas do Cordeiro. Jesus previu
esse acontecimento: “E eu vos destino o Reino, como meu Pai mo destinou, para
que comais e bebais à minha mesa no meu Reino” (Lc 22.29,30). Na visão do
Apocalipse, João teve o privilégio de registrar o anúncio do grande
acontecimento, que marcará para sempre a união entre Cristo e sua Igreja. [Comentário: As bodas ou
casamento é do filho do Rei, o Senhor Jesus Cristo e sua noiva, a Igreja, sendo
o local do casamento o grande dia final do Tribunal de Cristo, enquanto na terra,
estará se findando a Grande Tribulação. O termo "bodas" vem do latim
"vota", isto é, "votos", em alusão aos votos matrimoniais
por ocasião do casamento. É uma festa de casamento. O termo é também plural
porque tal festa durava sete dias e até 14 dias (Jz 14.12). Na festa, a
alegria, solidariedade, entrega de presentes, paz, comunhão, comida farta,
quebra copos e todos os costumes judaicos numa festa de casamento aconteciam ao
som de muita música e com danças típicas. Isto nos leva a pensar na alegria e
gozo imensuráveis que experimentaremos logo após o Tribunal de Cristo, quando
nos sentaremos à mesa com Cristo, o nosso salvador.]
2. Quem
poderá participar destas bodas? Todos os salvos em Jesus Cristo. João viu a multidão
incalculável de remidos por Cristo que estarão com Ele nos céus (Ap 5.11). A
Noiva do Cordeiro (a Igreja) é composta dos cristãos verdadeiros e dos crentes
de todas as épocas. [Comentário:
Os bem-aventurados convidados para as bodas e a noiva são as mesmas
pessoas – v. 9. Essa é uma subreposição de imagens. A noiva é a igreja e os
convidados para as bodas são todos aqueles que fazem parte da igreja. Os
convidados e a noiva são uma e a mesma coisa. A igreja é o povo mais feliz do
universo. A eternidade será uma festa que nunca acaba. As Bodas do Cordeiro
constituem um acontecimento que, evidentemente, inclui Cristo e a Igreja. Com base
em Daniel 12.1-3 e Isaías 26.19-21, a ressurreição de Israel e dos santos do
Antigo Testamento não ocorrerá até a segunda vinda de Cristo. Apocalipse 20.4-6
esclarece que os santos da tribulação também não ressuscitarão até aquele dia.
Embora fosse impossível eliminar esses grupos da posição de observadores, eles
não ocupam a posição de participantes do acontecimento em si.]
3. Quem
ficará de fora deste glorioso evento? A Palavra de Deus nos assegura que ficarão de fora
todos os que não se mantiveram fiéis e puros até a volta de Jesus, porém,
Apocalipse 22.15 apresenta uma relação, mais detalhada, dos que ficarão de fora
das Bodas do Cordeiro. Não poderão participar: “os cães, os feiticeiros e os que
se prostituem, e os homicidas, os idólatras e qualquer que ama e comete a
mentira” (Ap 22.12-15). A palavra “cães” é vista também em Filipenses 3.2 com o
mesmo sentido. Os “cães” são provavelmente os maus obreiros, aqueles que
“matam”, dispersam e exploram as ovelhas do Senhor Jesus. Quanto à
prostituição, o termo pode se referir tanto à venda do corpo quanto a qualquer
tipo de relação sexual ilícita. Deus criou o sexo e estabeleceu leis imutáveis.
Na Bíblia, temos esses preceitos em vários textos como em Mateus 5.32; 15.19;
19.9 (relações ilícitas); 1 Coríntios 5.1 (fornicação); 6.18; 7.2 (impureza);
Apocalipse 17.2 (devassidão). As Escrituras Sagradas hoje nos advertem: “Que
vos abstenhais da prostituição”. [Comentário:
Todos os malfeitores serão banidos da cidade santa não somente para serem
punidos pelo seu mal, mas para que a cidade fique livre da contaminação. A
firmeza de propósito de Deus em excluir o mal do reino definitivo é uma bênção
e um encorajamento para os santos. De algum modo, o rei providenciou vestes
festivas para os convidados desafortunados, a fim de que se trajassem
adequadamente para as núpcias. Qual o sentido simbólico da "veste nupcial?"
Significa despojar-se das vestes antigas, dos andrajos do pecado, e vestir-se
com trajes santos, purificados com o sangue do Cordeiro (Mt 22.11). Os judeus
contemporâneos de Paulo, se referiam aos gentios como ‘cães’, pois os cães são
animais impuros segundo a Lei: ‘Mas Jesus disse-lhe: Deixa primeiro saciar os
filhos; porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos’
(Mc 7.27). Jesus também usa esta expressão para aqueles que não têm cuidado com
as coisas de Deus: “Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos
as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos
despedacem” (Mt 7.6). Em Fp 3.2 "Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros, guardai-vos da
circuncisão", Paulo associa o termo aos "maus obreiros", que são
aqueles que não usam bem os recursos que Deus lhes dá e apenas fingem trabalhar
na obra (pense na parábola dos talentos) e os da "circuncisão", que
eram aqueles que obrigavam os cristãos a se circuncidarem e a guardarem a Lei
de Moisés (a epístola aos Hebreus foi escrita para suas vítimas). Ap 22.15
apresenta uma relação de pessoas que não serão salvas, isso deve nos encorajar
a investir em missões e alcançá-los.]
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
As
Bodas do Cordeiro será o encontro glorioso do Senhor Jesus Cristo com a sua
Noiva.
SUBSÍDIO
ESCATOLÓGICO
“A Bíblia descreve muitos casamentos. O próprio Deus celebrou o primeiro
de todos os casamentos (Gn 2.18-25). Dentre alguns casamentos célebres, podemos
destacar o de Jacó e Lia, o de Rute e Boaz, o de Acabe e Jezabel, e o casamento
em Caná, onde Jesus realizou seu primeiro milagre.
No entanto, o mais maravilhoso dos casamentos ainda está por vir. Jesus
profetizou acerca dele por meio de parábolas (Mt 22.2; 25.1; Lc 12.35,36) e
João descreveu o que Deus lhe mostrou em uma visão: ‘Regozije-mo-nos, e
alegremo-nos, e demo-lhes glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já
a sua esposa se aprontou’ (Ap 19.7).
O anfitrião deste casamento será Deus Pai. Ele é descrito preparando a
cerimônia e enviando seus servos para chamar os convidados (Lc 14.16-23). O
noivo é Jesus Cristo, o Filho amado do Pai. Em João 3.27-30, João Batista
referiu-se a Jesus como ‘esposo’ e a si mesmo como o ‘amigo do esposo’. Em
Lucas 5.32-35, Jesus, em uma alusão à sua morte, disse: ‘Dias virão, porém, em
que o esposo lhe será tirado, e, então, naqueles dias, jejuarão’” (LAHAYE, Tim.
Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008,
pp.105-6).
II. A REJEIÇÃO AO CONVITE DO CORDEIRO
1. O
convite ao povo de Israel. Na parábola das Bodas, que se encontra em nossa Leitura Bíblica em
Classe, Jesus quis antecipar o que acontecerá com os que não estiverem
preparados para entrar nos céus. No texto de Mateus 22.1-14, vê-se que “um
certo rei celebrou as bodas de seu filho” [...] (v.2). Esse rei representa
Deus, o Pai, que já preparou tudo nos céus para as bodas do Cordeiro, de seu
Filho Jesus Cristo. Num primeiro momento, aquele rei manda “seus servos a
chamar os convidados para as bodas; e estes não quiseram vir” (v.3). Refere-se
aos judeus, que, durante séculos, não quiseram ouvir os profetas que lhes
transmitiram a Palavra de Deus, convidando-os para viverem com Ele. Atualmente,
muitos também não dão ouvidos aos profetas do Altíssimo que têm alertado a
Igreja quanto à volta do Rei. [Comentário:
Dois insistentes convites são feito a Israel: 1º Convite - Mt 22.3 “E enviou os seus servos a chamar os
convidados para as bodas; e estes não quiseram vir”; 2º Convite - Mt 22.4 “Depois, enviou outros servos, dizendo: Dizei
aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já
mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas. 5 Porém eles, não fazendo caso,
foram, um para o seu campo, e outro para o seu negócio”. No primeiro
convite a resposta foi seca e mal-educada, devido à insistência do rei
arranjaram desculpas para se justificarem por não irem. Assim também os homens
estão a responder ao apelo da salvação de maneira mal-criada e irresponsável,
depois da perseverança e insistência da Igreja em convidá-los inventam
desculpas esfarrapadas como: “Tenho minha religião”, “Não tenho tempo para a
Igreja”, “Tenho receio de meus familiares”, e “Já sou crente”.]
2. A
tragédia dos que rejeitaram a Deus. Por rejeitarem a Deus e ao seu Filho, os judeus
vêm sofrendo ao longo dos tempos. Eles sofreram com os cativeiros assírio e
babilônico, onde amargaram a dor por causa de sua desobediência. No ano 70
d.C., Jerusalém foi invadida pelos romanos, sob o comando do general Tito, e
todos foram dispersos e perseguidos por várias nações. Até hoje, Israel como um
todo sofre por não reconhecer Jesus como o Messias. Mas há um remanescente que
será salvo (Rm 9.27; Ap 7.4-8). [Comentário:
Em Rm 9.27, Paulo cita Is 10.22,23 e 1.9 para confirmar que Deus, em sua misericórdia,
preservou um remanescente do Israel físico. Se ele não tivesse agido assim,
toda a nação apóstata teria sido aniquilada.]
3. O Rei
convida a todos. Na
parábola das Bodas (Mt 22.1-14) o rei envia o convite a todos que pertencem ao
seu reino, porém seus súditos não quiseram comparecer às bodas. Estes que
tiveram a liberdade de rejeitarem o convite referem-se a Israel. No entanto,
nas Bodas do Cordeiro, todos os que rejeitarem o convite de Jesus Cristo
(judeus e gentios) serão excluídos eternamente da presença e da comunhão do
Filho de Deus. [Comentário:
Três classes de pessoas convidadas no primeiro convite (vv.3-6).
a- Indiferentes - Não davam nenhum valor ao rei e nem a seu
filho.
b- Ingratos - Não foram agradecidos por serem convidados,
acharam-se merecedores de maior dádiva ainda.
c- Homicidas - Violentos e assassinos. Ultrajaram e mataram
os servos do Rei (Mt 22.6). Provocaram o rei à ira.
No último convite revela a justiça divina irmanada à
misericórdia. Segundo o costume, esses convidados não eram dignos, isto é, eram
pessoas comuns, discriminadas pela sociedade e não desfrutavam da amizade do
Rei (Mt 22.8). Estes homens, rejeitados pelos judeus, foram receptivos ao
convite régio e encheram o palácio para as bodas. Os servos do monarca foram
pelos caminhos e convidaram a todos que encontraram, tanto os maus como os bons
(Mt 22.10). É interessante notar que o texto se refere "às saídas do
caminho", indicando não apenas as pessoas dentro dos limites de Israel,
mas a tantos quantos fossem encontrados fora de suas fronteiras. O livro de
Atos dos Apóstolos é um testemunho de que o evangelho ultrapassou os limites de
Israel. Ao recusarem o convite real, os judeus mostraram ser menos dignos do
que os gentios (Rm 11.11; 15.27; 9.20-21).]
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Todos
que rejeitaram o convite de Jesus Cristo serão excluídos eternamente da presença
do Rei.
SUBSÍDIO
ESCATOLÓGICO
“A Tragédia da Oportunidade Perdida
Enquanto esperamos pela volta do Senhor não podemos ficar na ponta dos
pés, a cada momento, olhando para o céu. A vida precisa continuar. Este é o
verdadeiro argumento da parábola das dez virgens: Cristo pode postergar o seu
retorno e, se assim for, devemos manter a nossa esperança, continuar aguardando
e, enquanto isso, continuar a servi-lo fielmente. Aqueles que não levam em
conta que o Senhor pode demorar mais do que esperam, no fim, irão se encontrar
desesperados quando estiverem diante de um futuro que não planejaram. Então,
quando o Senhor voltar realmente, eles se sentirão envergonhados (cf. 1Jo 2.28
— ARA).
A única maneira de nos certificar se estamos prontos para a volta do
Senhor é nos mantermos prontos todos os dias. O bom senso deverá nos ensinar
que, de qualquer forma, essa é a única perspectiva adequada sobre o futuro.
Afinal de contas, não sabemos quando vamos morrer. Isso pode acontecer a
qualquer momento, mesmo que o Senhor atrase a sua volta por mais uma geração.
Precisamos estar sempre preparados para a morte, assim como para a volta do
Senhor, porque de qualquer maneira iremos enfrentar um julgamento (Hb 9.27).
Estar preparado para a volta do Senhor irá, portanto, preparar-nos também para
enfrentar a morte.
Enquanto isso, devemos continuar a nossa vida e fazer o nosso trabalho,
planejando para o futuro com sabedoria e santo entendimento. Aqueles que pensam
que o iminente retorno do Senhor cancela toda necessidade de um planejamento
prudente, não entendem o que a Escritura está esperando de nós” (MACARTHUR,
John. A Segunda Vinda. 4ª Edição. RJ: CPAD, 2013, pp.165,66).
III. A NOIVA DO CORDEIRO
1.
Assentados à mesa do Rei. Os crentes do Antigo Testamento juntar-se-ão aos fiéis da Igreja, num
só grupo, para assentar-se à mesa do Rei: “E virão do Oriente, e do Ocidente, e
do Norte, e do Sul e assentar-se-ão à mesa no Reino de Deus” (Lc 13.29). Será a
consagração gloriosa de todos os salvos que venceram as lutas, obstáculos e
barreiras e mantiveram-se limpos, puros: “O que vencer será vestido de vestes
brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e
confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos” (Ap 3.5).
Jesus apresentará sua Noiva “sem mancha, nem ruga, nem coisa semelhante” (Ef
5.27). [Comentário: Quero alargar
aqui a visão concisa da lição. É necessário distinguir as bodas do Cordeiro da
Ceia de Casamento. As bodas do Cordeiro referem-se particularmente à Igreja e
ocorrem no céu. A Ceia de Casamento inclui Israel e ocorre na terra. Em Mateus
22.1-14, em Lucas 14.16-24 e em Mateus 25.1-13, trechos em que Israel aguarda o
retorno do noivo e da noiva, a festa ou a Ceia de Casamento é localizada na
terra e tem referência especial a Israel. A Ceia de Casamento torna-se então
uma parábola de todo o período do milênio para o qual Israel será convidado
durante o período tribulacional, convite que muitos rejeitarão, sendo por isso
lançados fora, e muitos aceitarão e serão recebidos. Por causa da rejeição, o
convite será estendido aos gentios, de sorte que muitos deles serão incluídos.
Israel, na segunda vinda, estará esperando que o Noivo venha para a cerimônia
de casamento e o convide para aquela ceia, na qual o Noivo apresentará Sua
noiva para os amigos (Mt 25.1-13).]
2. As
características da Noiva do Cordeiro. Vejamos algumas de suas principais marcas: [Comentário: No Oriente, o
noivado é tão sério quanto o casamento. Na história bíblica a mulher
comprometida em noivado era chamada esposa e, apesar de não estar unida
fisicamente ao noivo, ela estava obrigada à mesma fidelidade como se estivesse
casada (Gn 29.21; Dt 22.23,24; Mt 1.18,19). A Igreja é a esposa de Cristo
porque está comprometida com Ele (Ap 19.7; 21.9; 22.17). Naqueles dias, não era
aceito que alguém entrasse numa festa sem estar adequadamente vestido. Trazendo
isto para a realidade espiritual, entendemos que é impossível estar na
celebração maior do Reino de Deus sem o traje festivo. Os convidados sem traje
nupcial representam aqueles que pensam ser capazes de servir a Deus de qualquer
modo, sem demonstrar os sinais da obra purificadora do Calvário. Quem está
vestido com sua própria justiça não tem direito de entrar na festa. Somente
aqueles que estão trajados com a "justiça dos santos" (Ap 19.8). “O
‘linho fino’ do vestido da Igreja (vv.7,8) são os ‘atos de justiça dos santos’,
indicando, portanto, resultado de julgamento do tribunal de Cristo. Para que
isso aconteça aqui, a Igreja terá subido antes.]
a) É
fiel. Mesmos
enfrentando as intempéries da vida, a Igreja, com a ajuda do Espírito Santo,
permanecerá fiel ao seu Noivo. Hoje em dia, infelizmente, temos visto a
infidelidade de muitos crentes. Estes são infiéis a seus cônjuges, pastores,
igreja e ministério.
b) É
santa. Só pode
ser “Igreja” quem é santo (1Pe 1.15); quem vive em santificação (Hb 12.14).
c) Não dá
lugar ao mundo. Vivemos
neste mundo, mas não pertencemos a ele. Não podemos aceitar sua maneira de
pensar (Rm 12.2). A Palavra de Deus nos adverte: “Não ameis o mundo, nem o que
no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (1Jo 2.15).
d) Espera
pelo seu Noivo. A Igreja
aguarda com ansiedade o glorioso dia em que vai se encontrar com o seu Noivo.
Esta é a nossa verdadeira esperança.
e) Adora
a Deus. Como
Igreja do Senhor precisamos adorá-lo em espírito e em verdade (Jo 4.23). Quando
nos reunimos como Igreja temos de ter a consciência de que o mais importante é
a adoração a Deus. Muitos, infelizmente, vão à Igreja, não para adorar ao
Senhor, mas apenas para serem vistos pela liderança ou para cuidarem dos seus
próprios interesses.
f)
Proclama a mensagem do Noivo. Jesus mandou seus servos proclamarem o Evangelho
por todo o mundo, a toda a criatura (Mc 16.15). [Comentário: A noiva deve
permanecer pura e bela para o futuro esposo, sem manchas ou imperfeições morais
e espirituais, sempre refletindo a luz e a glória do Noivo num mundo cada vez
mais tenebroso; A noiva deve se manter fiel ao noivo, às doutrinas, à fé, à
esperança, à Palavra de Deus, não tolerando heresias ou falsos profetas; A
noiva deve amar o noivo e somente o noivo, sendo-lhe inteiramente dedicada,
santificada e consagrada, sem “flertar” com o mundo; A noiva deve manter seu
compromisso com o Noivo, assumido no momento em que aceitou o sacrifício na
Cruz do Calvário como prova máxima do amor e do sacrifício de Cristo – esta é a
verdadeira aliança que a une ao Noivo; Finalmente, a noiva deve aguardar
ansiosamente o dia do casamento e estar preparada para a volta de Cristo, a fim
de celebrar as núpcias reais – seguindo o bom exemplo das cinco virgens
prudentes (Mt 25.1-13). A Igreja, que foi o plano de Deus para a época
presente, é agora vista transladada, ressuscitada, apresentada ao Filho pelo
Pai e transformada no objeto por meio do qual a glória eterna de Deus se
manifesta para sempre. A presente era testemunhará o início, o desenvolvimento
e a conclusão do propósito de Deus, a fim de ‘constituir dentre eles um povo
para o seu nome’ (At 15.14).]
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
A Noiva de Cristo vai assentar-se à mesa
com o Noivo.
SUBSÍDIO
ESCATOLÓGICO
“As Bodas do Cordeiro
Quando Jesus aparecer para destruir o Anticristo e as suas tropas, os
exércitos dos céus seguirão a Jesus, montados em cavalos brancos (que
simbolizam o triunfo) ‘e vestidos de linho fino, branco e puro’ (Ap 19.14).
Esse fato identifica-os com a noiva do Cordeiro (a Igreja) que participam das
bodas do Cordeiro (Ap 19.7-9). Isto significa que já estiveram no céu, e já
estão plenamente vestidos da ‘justiça dos santos’ (v.8). Esse fato também deixa
subentendido que aqueles atos de justiça já estão completos, e que os crentes
foram ressuscitados, transformados e levados ao céu. Ficaria subentendido,
também, que já tinham comparecido diante do tribunal de Cristo (2Co 5.10). Que
tempo de alegria e deleite aquelas bodas serão!” (HORTON, Stanley. Teologia
Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996,
p.639).
CONCLUSÃO
Diante da
revelação acerca do futuro glorioso da Igreja, vale a pena buscar a
santificação para poder participar dessa maravilhosa festa celestial. Nas Bodas
do Cordeiro, só haverá alegria, com a presença de bilhões de crentes salvos, de
todo o mundo, de todos os tempos, rodeados de anjos, do arcanjo, de querubins,
serafins, dos quatro seres viventes e dos vinte e quatro anciãos. [Comentário: “Se seguimos a
Cristo, somos parte do corpo de cristãos formado pela Igreja universal. Nossa
verdadeira identidade é gloriosa, como a da noiva no dia do seu casamento. É
uma identidade que nos posiciona para a ação. A igreja é amada e escolhida,
investida de poder por Deus e separada para servir. Quando falamos da igreja
irresistível, referimo-nos a uma igreja local da qual as pessoas jamais se
cansam. Muito mais importante que isso, no entanto, é o fato de o título nos
lembrar da nossa verdadeira identidade como a noiva de Cristo e de que vivemos
à luz dessa identidade. O título significa que estamos no processo de
desenvolver as características que nos tornam gloriosos como noiva. No fim, uma
igreja é reconhecida como irresistível porque reflete a glória de Cristo –
aquele que de fato é irresistível”
(Wayne Cordeiro – A igreja irresistível, páginas 155/156). Em breve
Cristo voltará como o Rei dos reis e Senhor dos senhores. É Cristo o senhor da
sua vida hoje? Você está preparado para se encontrar com Cristo? Vigie para que
aquele grande dia não o apanhe de surpresa. ] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio
da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Fevereiro de 2016
PARA
REFLETIR
A respeito da Escatologia Bíblica, responda:
O que acontecerá depois que os servos fiéis forem galardoados?
Após
galardoar seus servos fiéis, no seu Tribunal, Jesus conduzirá a Igreja às
mansões celestiais, onde será servida a grande Ceia do Senhor.
O que serão as Bodas do Cordeiro?
Será
o encontro glorioso, já nos céus, entre Cristo e sua Igreja amada.
Quem participará das Bodas do Cordeiro?
Todos
os salvos em Jesus Cristo.
Quem ficará de fora das Bodas do Cordeiro?
Todos
os que rejeitarem o convite de Jesus Cristo (judeus e gentios) serão excluídos
eternamente da presença e da comunhão do Filho de Deus.
Quais as características da Noiva do Cordeiro?
Santa,
fiel e adoradora.
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
As Bodas do Cordeiro
Após o
episódio do julgamento das obras no Tribunal de Cristo, virá o tempo das Bodas
do Cordeiro. Antes de prosseguir a explicação, dê uma relembrada no caminho que
você já fez com a classe ao longo das seis lições anteriores. Por intermédio do
gráfico, abaixo, mostre a dimensão linear dos acontecimentos, lembrando que a
imagem é apenas para fins didáticos:
ARREBATAMENTO
>
GRANDE TRIBULAÇÃO
TRIBUNAL DECRISTO
BODAS DO CORDEIRO
Então,
explique a classe que até o momento, apesar de não termos visto ainda o tema da
Grande Tribulação, vimos um evento que ocorrerá paralelamente à Grande
Tribulação, o Tribunal de Cristo, e, nesta lição, nos deteremos ao outro evento
que ocorrerá simultaneamente a Grande Tribulação: As Bodas do Cordeiro.
A palavra
“bodas” quer dizer: enlace matrimonial, casamento, festa ou banquete em que se
celebram as núpcias. É um momento de festa e de alegria o noivo e a noiva que
farão um voto de casamento até que a morte os separe. Na Escatologia Bíblica, o
período que lembra esse momento íntimo entre o noivo e a sua noiva, isto é,
Jesus Cristo e a sua Igreja.
Em uma
passagem dos Evangelhos, quando próximo da sua crucificação, na verdade em sua
última Páscoa com os discípulos, nosso Senhor disse: “Eu afirmo a vocês que
isto é verdade: nunca mais beberei deste vinho até o dia em que beber com vocês
um vinho novo no Reino de Deus” (Mc 14.25). É bem significativo que o apóstolo
João escreva no livro do Apocalipse esta mensagem: “Bem-aventurados aqueles que
são chamados à ceia das bodas do Cordeiro” (19.9). O cumprimento dessa
bem-aventurança se dá exatamente no advento das Bodas do Cordeiro.
Nas Bodas
do Cordeiro, os crentes foram plenamente adornados de atos de justiça, pois já
estiveram diante do Tribunal de Cristo, foram ressuscitados, transformados e
levados ao céu. Assim como temos um momento de intimidade com Cristo por
intermédio da comunhão da Ceia do Senhor, as Bodas do Cordeiro é o momento mais
íntimo de Cristo com a sua Igreja. É o tempo de refrigério, de glória, de graça
e de alegria. É um tempo que marcará a consumação da redenção dos santos.
Portanto, de fato, é bem-aventurado quem passa pelas Bodas do Cordeiro. O
momento do nosso encontro com Jesus Cristo, o Rei dos reis, é o momento para
além da história, em que todo crente estará para sempre com o Senhor.