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UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

Este Blog não é a palavra oficial da Igreja ou da CPAD. O plano de aula traz um reforço ao seu estudo. As ideias defendidas pelo autor do Blog podem e devem ser ponderadas e questionadas, caso o leitor achar necessário. Obrigado por sua visita! Boa leitura e seja abençoado!

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30 de outubro de 2013

4Trim2013_Lição 5: O cuidado com aquilo que falamos



Lições Bíblicas do 4º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos
Título: Sabedoria de Deus para uma vida vitoriosa — A atualidade de Provérbios e Eclesiastes
Comentarista: José Gonçalves
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no Brasil, Campina Grande-PB;
Postagem no Blog AUXÍLIO AO MESTRE: Francisco A Barbosa.

Lição 5: O cuidado com aquilo que falamos
3 de novembro de 2013
Trimestre comemorativo ao quarto ano do Blog Auxílio ao Mestre

TEXTO ÁUREO
“Favo de mel são as palavras suaves: doces para a alma e saúde para os ossos” (Pv 16.24).

VERDADE PRÁTICA
As nossas palavras revelam muito do que somos, pois a boca fala do que o coração está cheio.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Provérbios 6.16-19; 15.1,2,23; 16.21.24.
Provérbios 6
16 - Estas seis coisas aborrece o Senhor, e a sétima a sua alma abomina:
17 - olhos altivos, e língua mentirosa, e mãos que derramam sangue inocente,
18 - e coração que maquina pensamentos viciosos, e pés que se apressam a correr para o mal,
19 - e testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.
Provérbios 15
1 - A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.
2 - A língua dos sábios adorna a sabedoria, mas a boca dos tolos derrama a estultícia.
23 - O homem se alegra na resposta da sua boca, e a palavra, a seu tempo, quão boa é!
Provérbios 16
21 - O sábio de coração será chamado prudente, e a doçura dos lábios aumentará o ensino.
24 - Favo de mel são as palavras suaves: doces para a alma e saúde para os ossos.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
          Conhecer as consequências das palavras;
          Explicar os símbolos usados por Salomão e Tiago, e
          Ter cuidado com o bom uso da língua.

PALAVRA-CHAVE
Língua: Órgão muscular, situado na boca e na faringe, responsável pelo paladar e auxilia na mastigação e na deglutição, e também na produção de sons, fala.
COMENTÁRIO

introdução
Provérbios e Tiago contêm as mais belas exposições sobre uma capacidade que apenas os seres humanos possuem: a fala. Na lição de hoje, analisaremos o que as Escrituras revelam sobre esse fascinante dom. Num primeiro momento, estudaremos como o falar é tratado pelos autores sagrados. Em seguida, veremos os conselhos que Salomão e Tiago dão àqueles que verbalizam pensamentos, princípios e preceitos. O objetivo é mostrar como a literatura sapiencial bíblica toca num ponto sensível da vida humana, muitas vezes esquecido pelos cristãos: a devida e correta utilização das palavras. [Comentário:  Palavras sábias trazem saúde. Provérbios revela o que a sabedoria de Deus (sua Palavra) ensina ao nosso coração: as verdades e promessas devem influenciar o nosso discurso, e esse ensinamento deve ser transmitido aos nossos lábios. A Palavra em nosso coração deve ensinar ou controlar o nosso falar e a nossa conduta. A “doçura” e a “saúde” promovidas por tal modo de falar são desejáveis, quer em nossos relacionamentos humanos, quer no derramamento da graça divina em nossa vida diária. Isso leva o crente a uma vida vitoriosa, através de um reconhecimento constante da força e do poder de Deus pela língua e a conduta]. Tenhamos todos uma excelente e abençoada aula!

I. O PODER DAS PALAVRAS
1. Palavras que matam. É evidente que, dependendo do contexto em que são faladas e por quem são pronunciadas, podem ferir ou até mesmo matar (Pv 18.21a). Este exemplo pode ser observado na vida conjugal, quando uma palavra ofensiva, ou injuriosa, dita por um cônjuge, ofende e magoa o outro. Se não houver perdão de ambas as partes, o relacionamento poderá deteriorar-se (Pv 15.1). [Comentário:  O Rei Salomão disse que as palavras detém o poder da vida e da morte. Isto é, palavras vivificam. Palavras matam. Matam aos poucos. Palavras matam aos poucos quando causam constrangimento: quem ouve quer se esconder ou desaparecer de vez, deixando claro que melhor seria se as tais palavras não tivessem sido pronunciadas. Palavras matam aos poucos quando ferem: quem ouve sente uma dor como se alguém tivesse arrancado um pedaço seu, um pedaço da esperança, da confiança, da beleza. Palavras matam aos poucos quando ofendem: quem ouve tem seu caráter questionado. Palavras matam aos poucos quando geram distanciamento: quem ouve vai perdendo o prazer de estar perto de quem fala. Palavras matam aos poucos quando desestimulam: quem ouve vai perdendo o pique, vai deixando de acreditar que vale a pena continuar lutando. Palavras matam aos poucos quando desestabilizam processos: quem ouve começa a duvidar se está fazendo a coisa a certa, se vai chegar a algum lugar, se os outros estão igualmente comprometidos. Palavras matam aos poucos quando impedem ou fazem morrer processos: quem ouve abandona tudo. Palavras matam aos poucos quando promovem discórdias: quem ouve começa a se afastar de um e de outro, até ficar ilhado].
2. Palavras que vivificam. A palavra hebraica dabar significa palavra, fala, declaração, discurso, dito, promessa, ordem. Os temas contemplados pelo uso desses termos são, na maioria das vezes, valores morais e éticos. Salomão tem consciência da importância das palavras e, por isso, afirma: “O sábio de coração será chamado prudente, e a doçura dos lábios aumentará o ensino” (Pv 16.21). [Comentário:  Quando estamos diante de alguém irado, uma resposta branda facilitará a reconciliação e a paz (cf. 1 Sm 25.21-34), ao passo que palavras duras despertam ainda mais a ira e a hostilidade (ver Cl 4.5,6). Os conselheiros se alegrariam em dar respostas adequadas, porque uma palavra dita a seu tempo é boa (v. 23). Um bom conselho, quem o menospreza? Só o tolo o enfatuado. O soberbo e o presunçoso também são visados nesta série de conselhos, como vemos no verso 24, onde o entendido acha o seu caminho para cima, porque para baixo está o Sheol. Olhe para cima e viva. Porque em cima está o Senhor.].

SINOPSE DO TÓPICO (I)
Segundo a Bíblia, dependendo da motivação de quem pronuncia, as palavras podem matar ou vivificar

II. CUIDADOS COM A LÍNGUA
1. Evitando a tagarelice. Há um provérbio muito popular que diz: “Quem fala o que quer, ouve o que não quer”. Este ditado revela a maneira imprudente de se falar, algo bem próprio do tagarela. Este personagem está presente na tradução do hebraico batah: pessoa que fala irrefletida e impensadamente. Não basta dizer: “Pronto, falei!”. É preciso medir as consequências do que se fala. E a melhor forma de fazer isso é compreender que na “multidão de palavras não falta transgressão, mas o que modera os seus lábios é prudente” (Pv 10.19). Salomão tinha essa consciência (Pv 13.3). [Comentário:  "O que guarda a sua boca e sua língua, guarda das angústias a sua alma". (Pv 21.19). Com razão disse Tiago: "Todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, esse homem é perfeito, e capaz de refrear todo o corpo". Quem nunca fez uma fofoca? Quem nunca disse mal de alguém? Quem nunca praguejou, ainda que de forma clássica? Quem nunca murmurou? Quem nunca proferiu uma mentira, ainda que comercial ou emergencial? Quem nunca discutiu e na discussão feriu com palavras? Quem nunca disse algo que não deveria ter dito? Estes são os pecados sociais da língua. Domar a língua é um processo diário e que exige muito auto controle, disciplina e compromisso com a prática dos princípios bíblicos que devem nortear nossa vida. Quando o cristão mostra equilíbrio no falar, significa que o Espírito Santo está construindo nele o caráter de Cristo. Pedro disse que Jesus nos deixou o exemplo, para que seguíssemos as sua pegadas. Ter a mente de Cristo (1Co 2.16) também é falar como Cristo falou e agir como Ele agiu. Nós falamos aquilo que pensamos. "A boca fala do que está cheio o coração" (Mt 12.34). Quem afirmou isto foi o Mestre por excelência, Jesus.].
2. Evitando a maledicência. O livro de Provérbios também apresenta conselhos sobre a maledicência. Ali, a palavra aparece como sendo a sétima abominação, isto é, o ponto máximo de uma lista de atitudes que o Senhor odeia (Pv 6.16-19). O Senhor “abomina” (do hebraico to’ebah) a maledicência ou a contenda entre irmãos. No original, “abominar” significa “sentir nojo de” e pode se referir a coisas de natureza física, ritual ou ética. Deus se enoja de intrigas entre irmãos. É a mesma palavra usada para descrever coisas abomináveis ao Senhor, tais como a idolatria (Dt 7.25), o homossexualismo (Lv 18.22-30) e os sacrifícios humanos (Lv 18.21)! [Comentário:  Do latim maledicentia.ae: característica ou particularidade da pessoa maledicente; seus sinônimos são: difamação, fuxico, mexerico e mordacidade. Ato ou aptidão para falar mal dos outros; cuja intenção é denegrir; difamação. Fala injuriosa ou maldosa: comentário cheio de maledicência. Seis coisas Deus aborrece e a sétima ele abomina. O que semeia contendas entre os irmãos aparece aqui como o pior de todos. Não é apenas um clímax de Provérbios, em que a escala vai aumentando. Todavia, o que semeia contendas entre irmãos, a que desune a família hebraica ou cristã, deve ser mesmo um abominável, porque da intriga ou contenda nasce tudo que há de pior. Começa por separar o que deveria estar unido e junto; cria o mal-estar onde deveria haver amor; prepara para outros desenvolvimentos, que podem levar muito longe, ao crime até, se Deus não intervir. Quantas contendas entre irmãos nas igrejas, por causa de um semeador de intrigas! Este provérbio devia ser, em Israel, uma espécie de cartilha, um manual que todo israelita saberia de cor, transpondo para o grupo dos provérbios, como o encontramos aqui. Seria uma espécie de trocadilho, que se proferiria ocasionalmente. Pensa-se, seria uma forma didática para uso nas escolas, onde o mestre perguntaria ao aluno: Quais são os sete pecados mortais? O aluno responderia na ponta da língua. Para nós são bastante claros, pois todos temos ciência dos seus efeitos, de um modo ou de outro.].

SINOPSE DO TÓPICO (II)
O conselho bíblico para cuidarmos da nossa língua começa por evitarmos a tagarelice e a maledicência.

III. O BOM USO DA LÍNGUA
1. Quando a língua edifica o próximo. Como servos de Deus, somos desafiados a usar nossas palavras como um meio para ajudar nossos irmãos, através de exortações, bons conselhos e também através do ensino da Palavra de Deus e de seus princípios (1Co 14.26). [Comentário:  A sabedoria aqui preconizada é mais de natureza moral do que intelectual; é a sabedoria para viver honestamente, pois esta é a verdadeira. Sabedoria que não ajuda a viver não é sabedoria. Esta sabedoria é melhor do que o ouro, o mais excelente que a prata (v. 16). Os dois metais mais valiosos na antiguidade não se comparavam com o saber viver, por isso é que o caminho dos retos é desviar-se do mal (v. 17). Esta é a sabedoria.].
2. Nossa língua adorando a Deus. O melhor uso que se pode fazer da palavra é quando a empregamos para dirigir-nos a Deus em adoração. Todo crente fiel sabe disso, ou deveria saber (Pv 10.32). O Senhor se agrada dos sacrifícios de louvor (Hb 13.15). Esse é o segredo para uma vida frutífera e agradável ao Senhor (Ef 5.19,20). Não nos esqueçamos, pois, da maior vocação de nossa língua: louvar e exaltar a Deus. [Comentário:  A língua não é inerentemente má. Lembremos que ela apenas exterioriza o que procede do coração. Na verdade, é o coração mesmo que deve ser guardado mesmo antes de controlarmos a língua. Há algumas coisas que podemos e devemos colocar em prática, exercitar a língua: Devemos louvar e adorar a Deus. "Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome" (Hb 13.15). Devemos orar. "Orai sem cessar" (1Ts 5.17). Devemos confessar Cristo na presença dos incrédulos. "Porque qualquer que, nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos" (Mc 8.38). Devemos confessar nossos pecados e buscar o perdão. "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel, e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1Jo 1.9). Devemos edificar nossos irmãos. "Assim, pois, seguimos as cousas da paz e também as da edificação de uns para com os outros" (Rm 14.19). Devemos abençoar os outros, até mesmo nossos inimigos. "Abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis" (Rm 12.14). Devemos sempre falar a verdade. " seja o vosso sim sim e o vosso não não, para não cairdes em juízo" (Tg 5.12). Lembremo-nos sempre que nossas línguas são dons de Deus para serem usadas em sua honra e glória.].

SINOPSE DO TÓPICO (III)
A língua deve ser usada para edificar o próximo com bons conselhos, exortações e ensino da Palavra de Deus; e exaltar ao Altíssimo adorando-O em Espírito e em Verdade.

IV. SALOMÃO E TIAGO
1. Uma palavra ao aluno. Abundante no livro de Provérbios, a expressão hebraica shama Beni ocorre 21 vezes com o sentido de “ouvi filho meu”. Não há dúvida de que o emprego de tal linguagem revela o amor de uma pessoa mais experiente, dirigindo-se a outra ainda imatura. É alguém sábio e experimentado na vida, passando tudo o que sabe e o que vivenciou ao seu aprendiz (Pv 1.8,10,15; 3.1,21; 5.1,20; 7.1). São mais de trezentos conselhos como regra do bom viver. Segui-los significa achar o bem, e não segui-los é encontrar-se com o mal. [Comentário:  Provérbios é um livro destinado a quem deseja ser sábio nas coisas mais práticas e básicas da vida. Nossa maneira de falar nos identifica, revelando o nosso verdadeiro eu, pois a boca fala do que o coração está cheio (Mt 12.34). É do coração, ou seja, do íntimo do ser humano que procedem os males. Certa vez, Pedro foi identificado como alguém que esteve com Jesus somente pelo seu linguajar (Mt 26.73). Sua fala evidencia que você é um cristão?].
2. Uma palavra aos mestres. Se por um lado Salomão se dirigiu ao discípulo (do hebraico: filho, aluno), por outro lado Tiago falou àqueles que querem ser mestres. Os que pregam e ensinam a Palavra de Deus têm de falar somente o que convém à sã doutrina (Tt 2.1). Em sua epístola, Tiago utiliza símbolos extraídos do cotidiano, mas carregados de significado: a) Freios: Assim como o freio controla o animal, deve o crente refrear e controlar a sua língua; b) Leme: Se o leme conduz o navio ao porto desejado, deve o crente dirigir o seu falar para enaltecer a Deus; c) Fogo: Uma língua sem freios e fora de controle queima como fogo. Por isso, mantenhamos a nossa língua sob o domínio do Espírito Santo; d) Mundo: A língua pode se tornar um universo de coisas ruins. Então, o que fazer? Transformá-la num manancial de coisas boas; e) Veneno: O perigo reside em alguém possuir uma língua grande e ferina e, portanto, venenosa. f) Fonte: Como fonte, a língua deve jorrar coisas próprias à edificação; g) Árvore: A boca do crente, por conseguinte, deve produzir bons frutos. Portanto, usemos as nossas palavras para a glória de Deus (Tg 3.1-12). [Comentário:  Tiago aconselha: o controle dos maus impulsos é bom (e Paulo concorda com Tiago, 1Co 9.24-27), mas os impulsos mais difíceis de controlar são os da língua. Mantenha pura a fala, e o resto será fácil; eis a marca do cristão maduro (Tg 3.3-4). Tiago ilustra sua tese, “controle sua língua e você será capaz de controlar todo o seu ser”, mediante uma série de analogias. Primeiro ele pensa em cavalos, que são maiores e mais velozes do que os seres humanos. No entanto, quando pomos freios na boca dos cavalos nós os controlamos: não só a cabeça, mas o animal inteiro é forçado a ir para onde o cavaleiro desejar. Uma segunda analogia é tirada dos navios. Os navios constituíam uma das maiores estruturas que os primitivos cristãos conheceram. Se até um barquinho de pesca impressionava, quanto mais um navio mercante em pleno oceano? Mais impressionantes, todavia, eram as forças que o compelem, os ventos capazes de vergar árvores e espalhar as nuvens. Entretanto, a despeito de todo seu tamanho e peso, um leme pequenino, do formato de uma língua (pequenino pelo menos quando comparado ao tamanho do navio, ou ao poder do vento), movimentado pelo piloto, podia mudar a direção do navio. São dois exemplos impressionantes, ou analogias do adágio: “controle a língua e você controlará tudo”. De certo modo, Tiago mudou um pouco sua argumentação, enquanto elaborava suas ilustrações. Ele havia começado dizendo: “Se você puder controlar a língua, você será um gigante espiritual capaz de controlar o resto do corpo”].

SINOPSE DO TÓPICO (IV)
Ao ensinar os provérbios, Salomão tem em mente ensinar os discípulos, enquanto Tiago aconselha os mestres.

CONCLUSÃO

Vimos nesta lição os conselhos dos sábios sobre o bom uso da língua. A linguagem, como algo peculiar ao ser humano, é muito preciosa para ser usada iniquamente. Não permitamos, pois, que a nossa língua seja instrumento de um dos pecados que Deus mais abomina: a disseminação de contendas entre os irmãos. À luz da Palavra de Deus, somos encorajados a andar em união, harmonia e paz. Portanto, com a nossa língua abençoemos o nosso semelhante, pois assim fazendo, bendiremos também ao Senhor nosso Deus. [Comentário:  Salomão tem muito a dizer sobre a língua! Convém dizer as palavras não tem vida própria. Uma tendência bíblica, que é o de dar vida às abstrações e personificá-las tem levado muitos ao equívoco de pensar que as palavras tem existência independente de Deus e do homem. Não, não tem! A Palavra de Deus é poderosa porque foi Deus quem a disse ou que mandou falar, mas não porque tenham vida independente do próprio Deus (Sl 107.20; Is 9.8). Da mesma forma as palavras humanas não tem poder em si mesmas (Sl 85.11; 107.42; Jó 5.16; 11.14; 19.10).  Por outro lado, dependendo do contexto onde são faladas e por quem são faladas e ainda por quem as ouve, as palavras podem machucar, ferir ou até mesmo matar.].
NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),

Graça e Paz a todos que estão em Cristo!

Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere
Meu coração te ofereço, Senhor, pronto e sincero (Calvino)

Recife-PE
Outubro de 2013.

VOCABULÁRIO
Nau: Designação genérica que até o século XV se aplicava a navios de grande porte.
Leme: Peça plana, localizada na parte submersa da popa de uma embarcação, gira em um eixo e determina a direção em que aponta a proa do navio.
Personificá-las: Expressar, tornar viva e concreta uma ideia através de pessoas.
Ápice: Extremo superior; ponto máximo, culminância, apogeu.
Desvelo: Ato ou efeito de desvelar-se. Isto é, agir com diligência; zelar, cuidar, empenhar-se.
EXERCÍCIOS
1. Dependendo do contexto em que são faladas, e por quem são pronunciadas, o que as palavras podem fazer? Dê um exemplo.
R. Podem matar uma pessoa. Por exemplo, na vida conjugal quando o cônjuge ofende e magoa o outro através das palavras.
2. Segundo a tradução do termo hebraico batah, o que significa tagarela?
R. Pessoa que fala irrefletida e impensadamente.
3. Qual atitude o Senhor abomina segundo o livro de Provérbios?
R. A maledicência ou a contenda entre irmãos.
4. Como servos de Deus, o que somos desafiados a fazer com nossas palavras?
R. Usá-las como um meio para ajudar nossos irmãos.
5. Se por um lado, em Provérbios, Salomão se referiu aos discípulos, a quem Tiago se dirigiu?
R. Aos mestres, aqueles que labutam no ensino.

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
OBRAS CONSULTADAS:
-. Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos; Comentarista: Pr. Elienai Cabral; CPAD;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital);
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001, Dinâmica do Reino – Confissão de Fé; p. 1239;
 -. Bíblia de Estudo Defesa da Fé: Questões reais; Respostas precisas; Fé Solidificada.
1 ed., RJ: CPAD, 2010.
-.
 http://pastorjosegoncalves.blogspot.com.br/2013/10/sabios-conselhos-para-um-viver-vitorioso.html.
-. HUGHES, R. K. Disciplinas do Homem Cristão. 3 ed., RJ: CPAD, 2004.
-. SEAMANDS, S. Feridas que Curam: Levando Nossos Sofrimentos à Cruz. 1 ed., RJ: CPAD, 2006.


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