Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2013 - CPAD -
Jovens e Adultos
Tema: Filipenses - A Humildade de CRISTO como exemplo para a Igreja.
Tema: Filipenses - A Humildade de CRISTO como exemplo para a Igreja.
Comentário: Pr. Elienai Cabral
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no Brasil, Campina Grande-PB;
Postagem no Blog AUXÍLIO AO MESTRE: Francisco A Barbosa.
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no Brasil, Campina Grande-PB;
Postagem no Blog AUXÍLIO AO MESTRE: Francisco A Barbosa.
Lição 8 – A suprema
aspiração do crente
25 de agosto de 2013
TEXTO ÁUREO
“Prossigo para o alvo, pelo prêmio da
soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.14). – “Paulo se acha qual um atleta numa corrida,
esforçando-se e correndo o máximo, totalmente concentrado no que faz, a fim de
não ficar aquém do alvo que Cristo estabeleceu para a sua vida. Esse alvo era a
perfeita união entre Paulo e Cristo (vv. 8-10), sua salvação final e sua
ressurreição dentre os mortos (v. 11). Era essa a motivação da vida de Paulo.
Recebera um vislumbre da glória do céu (2Co 12.4) e resolvera que sua vida
inteira, pela graça de Deus, estaria voltada para a resolução de avançar com
toda determinação e finalmente chegar ao céu e ver Cristo face a face (2Tm 4.8;
Ap 2.10; 22.4).”
VERDADE PRÁTICA
A maior aspiração do crente deve ser
a conquista do prêmio da soberana vocação em Cristo Jesus.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 3.12-17.
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
• Compreender qual era a verdadeira aspiração do apóstolo Paulo;
• Analisar a maturidade espiritual dos filipenses, e
• Conscientizar-se a respeito da verdadeira aspiração cristã.
PALAVRA-CHAVE
Aspiração: Desejo profundo de atingir uma meta espiritual;
sonho, ambição.
COMENTÁRIO
introdução
Na
lição de hoje, aprenderemos que o alvo da vida do apóstolo Paulo era somente
um: conquistar a excelência do conhecimento de Jesus Cristo (Fp 3.8,10). [Na sequência dos estudos a respeito da carta
de Paulo aos filipenses, estudaremos hoje a continuidade do capítulo terceiro,
onde o apóstolo revela que sua aspiração é morar no céu. O termo “conhecimento”
possui o sentido de “ato ou efeito de conhecer”, também “experiência”.
Paulo recebe a graça de ser arrebatado ao terceiro céu e contemplar um
vislumbre da glória celeste (2 Co 12.4), agora ele não possui outro alvo senão
dedicar sua vida completamente ao Mestre que o alistou, seu objetivo está
voltado para a resolução de avançar com toda determinação e finalmente chegar
ao céu e ver Cristo face a face (2Tm 4.8; Ap 2.10; 22.4)]. Semelhante a um atleta, o apóstolo se esforçava para alcançar este
objetivo, pois era consciente de que o exercício de aprender cada dia mais de
Jesus exige labor e disposição para servir. Prosseguindo para “o alvo, pelo prêmio
da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”, Paulo convidou os filipenses a
imitá-lo, despertando-os à esperança de um dia receberem a mesma recompensa (Fp
3.14-17). [Semelhante determinação é necessária a todos
nós. No decurso da nossa vida, há todos os tipos de distrações e tentações,
tais como os cuidados deste mundo, as riquezas e os desejos ímpios, que ameaçam
sufocar nossa dedicação ao Senhor (Mc 4.19; Lc 8.14). Necessário é esquecer-se
das "coisas que atrás ficam", isto é, o mundo iníquo e nossa velha
vida de pecado (Gn 19.17,26; Lc 17.32), e avançar para as coisas que estão
adiante, a salvação completa e final em Cristo]. Nos dias em que vivemos,
muitos dos que cristãos se dizem ser não têm mais esta aspiração do apóstolo
Paulo, preferindo as coisas desta vida. Tenham todos uma excelente e abençoada
aula!
I. A ASPIRAÇÃO
PAULINA
1. “Prossigo para o alvo”. [o apóstolo passa a “abrir seu coração” aos filipenses, revelando qual
era o seu objetivo de vida, a sua razão de viver]. Para participar de uma
maratona, o atleta tem de treinar muito. É preciso esforço, dedicação e
trabalho para alcançar o prêmio final. Paulo utiliza neste texto a analogia do
atletismo, a fim de mostrar aos filipenses que o crente em sua caminhada também
precisa se esforçar para conhecer mais a Cristo, deixando de lado os embaraços
dessa vida e o pecado, mantendo o foco em Jesus. Quando o crente deixa de olhar
firmemente para o “Alvo”, corre o risco de tropeçar e cair, podendo até
abandonar a fé. Vigiemos, pois, em todo o tempo, na dependência do Senhor. [A julgar pelo uso frequente de metáforas esportivas em seus escritos,
o apóstolo Paulo deve ter sido um fã de esportes. Falando de seu desejo de ser
eficaz em sua vida cristã, Paulo escreveu: "Eu combato de tal forma,
não como batendo no ar" (1Co 9.26). Ele descreveu a vida cristã aos
Efésios como uma luta "... não é contra carne e sangue, mas contra os
principados, contra as potestades, contra as forças deste mundo tenebroso,
contra as forças espirituais da maldade nas regiões celestes"(Ef
6.12). No que pode ser considerado o seu epitáfio, Paulo declarou, triunfante,
"Combati o bom combate" (2Tm 4.7; 1Tm 6.12). Em uma alusão aos
Jogos Ístmicos (realizada em Corinto e em segundo em importância perdendo
apenas para os Jogos Olímpicos), ele lembrou aos Coríntios: "Todos os
que competem nos jogos têm autocontrole em todas as coisas e se exercitam frequentemente.
Eles o fazem para receber uma coroa corruptível, mas nós uma incorruptível"(1Co
9.25). A metáfora atlética favorita de Paulo é o de uma corrida. Ele declarou
aos anciãos de Éfeso: "Mas eu não considero a minha vida de qualquer
forma como preciosa para mim, para que eu possa terminar minha carreira e o
ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da
graça de Deus"(At 20.24). Para os romanos, ele escreveu: "Assim,
pois, não depende do que quer, ou do homem que corre, mas de Deus que tenha
misericórdia" (Rm 9.16). Lembrando aos Coríntios dos atletas dedicados
que competiram nos Jogos Ístmicos, o apóstolo escreveu: "Não sabeis que
aqueles que correm no estádio, todos correm, mas só um ganha o prêmio? Correi
de tal maneira que você possa ganhar .... Por isso eu corro de tal forma, não
como sem objetivo"(1Co 9.24, 26). Em Gálatas 2.2 Paulo expressou seu "medo
de que [ele] pudesse ser executado, ou tivesse corrido em vão",
enquanto em Gálatas 5.7, lamentou aos Gálatas: "Vocês estavam correndo
bem, quem vos impediu de obedecer a verdade?" No fim de sua vida,
Paulo poderia declarar:"Eu terminei a carreira (ou corrida), eu guardei
a fé" (2Tm 4.7). A metáfora da vida cristã é como uma corrida, "Eu
prossigo para o alvo pelo prêmio da vocação celestial de Deus em Cristo Jesus",
que é o tema de Filipenses 3.12-21. A passagem revela o interesse apaixonado de
Paulo pelo crescimento espiritual. Semelhante determinação é necessária a todos
nós. No decurso da nossa vida, há todos os tipos de distrações e tentações,
tais como os cuidados deste mundo, as riquezas e os desejos ímpios, que ameaçam
sufocar nossa dedicação ao Senhor (cf. Mc 4.19; Lc 8.14). Necessário é
esquecer-se das "coisas que atrás ficam", isto é, o mundo iníquo e
nossa velha vida de pecado (cf. Gn 19.17,26; Lc 17.32), e avançar para as
coisas que estão adiante, a salvação completa e final em Cristo].
2. O sentimento de incompletude de Paulo. Paulo sabia que havia muita coisa ainda a ser conhecida. Por isso,
nunca corria sem meta (1Co 9.26). Mesmo estando no cárcere, o apóstolo declara
estar disposto a avançar para as coisas que estavam diante dele (Fp 3.13b).
Paulo era um homem que confiava em Deus. E, assim, seguia confiante, pois no
Senhor ainda teria grandes desafios em seu ministério. Sua força estava em
Deus. Eis porque venceu grandes lutas e foi fiel até o fim. Para vencer, temos
que igualmente olhar para frente e “esquecer das coisas que atrás ficam”
(v.13). [Os crentes estão agora, em Cristo e o
desfrutar do céu eternamente é propósito da graça de Deus para todos (1 Pe
1.4). Essa realidade espiritual e esta promessa não podem ser melhoradas, mas a
virtude dos crentes na vida presente pode e deve ser. Sabendo que não somos
agora o que deveríamos ser, e aquilo que um dia seremos na glória, não deve
produzir a apatia e a indolência, mas um zelo que se move na direção do prêmio.
Isso é obra do Espírito Santo em nós (2Co 3.18) e o anseio da alma regenerada.
A consciência da necessidade de melhorar a condição espiritual de uma pessoa é
um pré-requisito necessário à prossecução do prêmio de perfeição espiritual.
Paulo tinha essa consciência, e expressou isso em duas palavras que começam o
versículo 12. Ele ainda não tinha obtido (a partir de lambano;
"para receber", "adquirir", ou "atingir")
o prêmio que perseguia, ele ainda não tinha se tornado perfeito (de teleioo;
"para atingir a perfeição", "alcançar um objetivo",
ou "realizar"). A palavra repetida duas vezes já indica que
Paulo era ainda imperfeito, quando ele escreveu esta epístola].
3. O engano da presunção espiritual. Paulo não se deixou enganar pela falsa ideia de ter alcançado a
perfeição. Os mestres do gnosticismo afirmavam ter alcançado tal posição e, assim,
reivindicavam ser iluminados e não terem mais nada a aprender ou que
desenvolver. Paulo, contudo, refutou esse pensamento equivocado, demonstrando
que a conquista da perfeição será para aquele que terminar a carreira e ganhar
a vida eterna, pois o prêmio está no final da jornada e não em seu início ou
meio (1Co 9.24; Gl 6.9). [Apesar de possuir a rica bênção de estar em
Cristo, o apóstolo sabia que ele não era perfeito. Seu conhecimento de Cristo
ainda estava incompleto (1Co 13.12). A justiça de Cristo tinha sido imputada a
ele (2Co 5.21), mas ele ainda precisava "limpar de toda a imundícia da
carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus"
(2Co 7.1). Paulo tinha o poder de Cristo para trabalhar na obra de Deus (1Co
15.10; Cl 1.29), mas este poder ainda funcionava e crescia somente em sua
fraqueza (2Co 12.9). A rica comunhão com Cristo que ele experimentou também era
imperfeita, ele ainda não sabia como orar como deveria, e dependia do Espírito
Santo para interceder por ele (Rm 8.26-27). Enquanto seu corpo era o templo do
Espírito Santo que habitava gloriosamente nele (1Co 6.19), Paulo ansiava pelo
dia em que Cristo "transformaria o corpo de sua humilhação, para ser
conforme ao corpo da sua glória" (Fp 3.21). Obviamente, Paulo
perseguia o prêmio da perfeição espiritual e se sentia insatisfeito com a sua
atual condição espiritual. Aqueles que pensam que têm atingido a perfeição
espiritual, não percebem a necessidade de buscar uma condição melhor. Por que
eles deveriam perseguir algo que eles acreditam que já tem? Tais pessoas
complacentes, satisfeitos estão em grave perigo de tornarem-se insensíveis a
seu pecado e cegos para as suas fraquezas. Somente aqueles que são conscientes da
sua miserável condição espiritual vêm a Cristo para a salvação (Mt 5.6). E
somente aqueles que continuam a reconhecer a necessidade de eliminar o pecado e
cultivar a santidade que vão progredir na vida cristã. Essa busca pelo poder
santificador do Espírito produz uma frequente luta contra o pecado e uma busca
cada vez maior pela santidade, o que torna cada vez mais odioso o pecado. O
verdadeiramente maduro e piedoso crente tem a consciência mais sensível de seus
pecados, e é humilde diante de Deus por causa disso].
SINOPSE
DO TÓPICO (I)
O crente em sua caminhada precisa se
esforçar para conhecer mais de Cristo, deixando de lado os embaraços dessa vida
(o pecado), mantendo o foco em Jesus.
II. A MATURIDADE ESPIRITUAL DOS FILIPENSES (3.15,16)
1. Somos perfeitos (3.15)? O
vocábulo “perfeito”, empregado por Paulo neste texto, tem um sentido especial,
pois se refere à “maturidade espiritual”. Em termos de recebimento do benefício
da obra perfeita de Cristo no Calvário, todos nós já alcançamos tal “perfeição”.
Neste sentido, a nossa salvação é perfeita e completa. Segundo o Comentário
Bíblico Beacon, quando a expressão paulina refere-se aos filipenses tratando-os
de “perfeitos”, neste versículo, apresenta-os servindo a Deus no Espírito, isto
é, não confiando na carne (3.3). [O termo ‘perfeito’ tem o sentido de: acabado, rematado,
completo; sem defeito; magistral e primoroso.
Quando Paulo teve uma visão de Cristo no caminho para Damasco, ficou convicto
de que era um pecador e que a sua justiça própria não passava de trapos imundos
(Is 64.6), insuficiente para vestir a alma diante do olhar de Deus, que a tudo
perscruta. O Senhor, porém, lhe deu uma justiça que aguentaria o teste da
eternidade — a justiça de Deus imputada à pessoa que realmente confia em Cristo
para a salvação. Somos considerados justos porque o nosso Representante é
justo].
2. O cristão deve andar conforme a
maturidade alcançada (3.16). Quando Paulo diz, “andemos segundo a
mesma regra”, não significa caminhar segundo os regulamentos da lei mosaica,
tão requerida pelos judeus convertidos a Cristo. Trata-se de andar conforme a
doutrina de Cristo, segundo aquilo que já recebemos do Senhor. Assim, esse
“andemos segundo a mesma regra” denota modo de viver, atitudes, ações, obras, e
comportamentos em geral, semelhantes aos do Senhor Jesus, que o crente deve
seguir. Aprendemos com Paulo que não basta “corrermos”, pois se realmente
desejamos progredir em nossa vida cristã, devemos conhecer e obedecer aos
preceitos da Palavra de Deus até o Dia de Jesus Cristo (Fp 1.6). [Paulo não era perfeito. Ele ainda estava
sujeito à tentação, ainda possuía sua carne não redimida, e ainda era um
pecador (Rm 7.14-25; 1Tm 1.15). Longe de ter obtido a perfeição, ele estava
perseguindo-a com toda a força. Como Pedro, Paulo compreendeu que a vida cristã
é um processo de crescimento ao longo da vida - "crescer na graça e no
conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (2Pe 3.18; 1Pe
2.1-2). Paulo quando fala em “andemos segundo a mesma regra”, refere-se
à doutrina recebida e ao conhecimento baseado na experiência com Cristo. Há uma
grande diferença entre realmente conhecer a Cristo e meramente saber acerca
dEle (conhecimento intelectual e conhecimento experiencial). Assim como se sabe
o gosto da comida ao comê-la, assim também conhecemos a Cristo ao recebê-lo].
3. Exemplo a ser imitado (3.17). Paulo
procurou em tudo imitar o Mestre, servindo apenas aos interesses da Igreja de
Cristo (Fp 2.17). Dessa maneira, exortou os filipenses a que o imitassem assim
como ele imitava ao Senhor (Fp 3.17). Como obreiro de Deus, Paulo tinha um caráter
ilibado e os filipenses deveriam tê-lo como um exemplo a seguir. Se quisermos
servir ao Senhor com inteireza de coração, precisamos seguir os passos de Jesus
— o nosso modelo de homem perfeito (Hb 12.2). [“Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o
exemplo que tendes em nós” (1Co 11.1; Rm 16.17). O que deviam imitar? Nos
versos 7-13, lemos que Paulo não tinha confiança no seu eu-próprio, que
estava disposto a sacrificar todas as coisas por Cristo, que reconhecia a sua
própria imperfeição e que estava grandemente desejoso para avançar rumo ao alvo
- o Senhor. Sua advertência é necessária, porque há aqueles que tomam
uma atitude diferente. São “inimigos da cruz de Cristo”, não por causa
de qualquer hostilidade da parte deles, mas por causa das vidas que vivem.
Interessam-se mais em satisfazer os seus apetites do que servir a Deus (“o
deus deles é o ventre”) e jactam-se das liberdades que tomam na licenciosidade
e vidas impuras (2Pe 2.19). “Só pensam nas coisas terrenas” - alegam
estar no caminho do Céu, mas amam as coisas mundanas; “o destino deles é a
destruição”.].
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Não basta “corrermos”, pois se realmente
desejamos progredir em nossa vida cristã, devemos conhecer e obedecer aos
preceitos da Palavra de Deus até o Dia de Jesus Cristo (Fp 1.6).
III. A ASPIRAÇÃO CRISTÃ HOJE
1. A atualidade do desejo paulino. O
propósito de Paulo em relação a si e aos filipenses deve servir-nos de
instrução, pois as dificuldades, tentações e demais obstáculos que serviam de
empecilhos à vida de comunhão naquela época continuam atuais e bem maiores.
Mais do que nunca, devemos nos esforçar para vivermos uma vida de íntima
comunhão com Deus (Fp 3.12). [A
devoção enfoca o objetivo de intimidade com Deus. É “devotar a si mesmo” para
conhecer Jesus Cristo. Uma medida de maturidade é o nível em que essa busca
torna-se nosso foco e desejo de consumo. Em nenhuma outra parte o discípulo de
Jesus é mais desafiado a tornar-se um homem ou mulher “segundo o coração de
Deus” do que aqui].
2. O cristão deve almejar a
maturidade espiritual. Seguindo o exemplo de Paulo, reconheçamos
que ainda precisamos alcançar a perfeição. Sejamos sóbrios e vigilantes, reconhecendo
também o quanto carecemos de maturidade espiritual e de um maior conhecimento
acerca da pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. [O conhecimento de Cristo que Paulo tinha não envolve simplesmente uma
apreensão intelectual, mas sim um conhecimento empírico resultante de sua
comunhão pessoal com Cristo. Em contraste com a vida que ele tem agora, seu
antigo modo de viver era esterco, algo para ser atirado aos cães. Nossa herança
como crentes pode ser completamente recebida se permanecermos no que Deus disse
face à adversidade das circunstancias, algumas vezes até sofrendo e enfrentando
a morte. Uma postura de fé elimina o medo e a preocupação e traz a liberdade de
“regozijar ainda mais”.].
3. Rejeitando a fantasia da falsa
vida cristã. Paulo era um sofredor consciente, um homem que sabia
o quanto é difícil ser fiel a Deus. Ele, porém, suportava tudo por causa da
obra de Deus (Fp 2.17) [O objetivo pelo
qual Paulo se esforça promete um esplêndido troféu – salvação em toda sua
plenitude (Fp 1.28; Rm 13.11). Deus chamou a Paulo, no início (Rm 8.30; Gl
1.15). É porque Paulo pode dizer “fui conquistado por Cristo Jesus” (v. 12) que
ele prossegue para o alvo da vida na glória (v. 13)]. Quem
quiser viver assim nos dias atuais, precisa reconhecer que padecerá as mesmas
angústias (2Tm 3.12) [Paulo ensina que a salvação não se baseia no que o
ser humano alcança obedecendo à lei, mas inteira e exclusivamente na “justiça
que procede de Deus”, dada àqueles que estão unidos com Cristo (Rm 1.16,17;
3.21,26)]. Semelhante ao apóstolo Paulo, podemos ter certeza
de que receberemos o “prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp
3.14). [Ser como Deus é
viver como ele nos disse para viver; isso envolve estudo e a aplicação das Escrituras.
Aqueles que o fizerem se tornarão reprovação viva daqueles que não o fizerem e,
sendo assim, se depararão frequentemente com a perseguição. Paulo mostra aos
filipenses que a justiça que vem pela fé leva-nos a sofrer injustiças neste
mundo, visto que devemos participar das aflições de Cristo, para que sejamos
capazes de participar da Sua glória (Rm.8:17)].
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Ainda não alcançamos a perfeição, por
isso, precisamos ser sóbrios e vigilantes, reconhecendo o quanto carecemos de
maturidade espiritual e de um maior conhecimento acerca da pessoa de Nosso
Senhor Jesus Cristo.
CONCLUSÃO
Toda a vida de Paulo era centrada na pessoa de
Jesus Cristo. Ele tudo fazia para agradá-lo. Sua grande aspiração era conhecer
mais do Mestre da Galileia. Por isso, o apóstolo podia declarar: “Já estou
crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida
que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se
entregou a si mesmo por mim” (Gl 2.20). [Na perícope de Fp 3.17-21, Paulo dá instruções específicas sobre como
buscar o prêmio de perfeição espiritual, que é Cristo. Mais tarde, nessa mesma
missiva, Paulo lembra aos crentes de Filipos que "a nossa pátria está
nos céus, de onde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que
transformará o corpo da nossa humilhação, para ser conforme ao corpo da Sua
glória, pelo exercício do poder que Ele tem de sujeitar todas as coisas a si
mesmo "(Fp 3.20,21). O apóstolo João ecoa esse mesmo pensamento:
"Amados, agora somos filhos de Deus, e o que seremos, ainda isso não
foi manifesto. Sabemos que quando ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele,
porque nós vamos vê-Lo como Ele é "(1Jo 3.2). Semelhança de Cristo é o
prêmio que deve ser perseguido, apesar de que o prêmio não será alcançado aqui,
enquanto estivermos em carne. “Mas, naquilo a que já chegamos, andemos
segundo a mesma regra e sintamos o mesmo”. Devemos andar na luz daqueles
conhecimentos que já atingimos. “Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela
mesma doutrina, conhecerá se ela é de Deus” (Jo 7.17)].
NaquEle que me garante:
"Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de
Deus" (Ef 2.8),
Graça
e Paz a todos que estão em Cristo!
Francisco
de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine,
prompte et sincere
Meu
coração te ofereço, Senhor, pronto e sincero (Calvino)
Recife-PE
Agosto
de 2013.
EXERCÍCIOS
1. Que analogia o
apóstolo Paulo usa para ilustrar que o crente precisa se esforçar para conhecer
mais a Jesus Cristo?
R. Paulo
utiliza a analogia do atletismo.
2. O que
reivindicavam os mestres do gnosticismo?
R. Os
mestres do gnosticismo reivindicavam serem iluminados e não terem mais nada a
aprender ou que desenvolver.
3. Qual o sentido
do vocábulo “perfeito” empregado por Paulo?
R. O
vocábulo “perfeito”, empregado por Paulo tem um sentido especial, pois se
refere à “maturidade espiritual”.
4. O que significa
a expressão “andemos segundo a mesma regra”?
R. Trata-se
de andar conforme a doutrina de Cristo, segundo aquilo que já recebemos do
Senhor. Assim, esse “andemos segundo a mesma regra” denota modo de viver, atitudes,
ações, obras, e comportamentos em geral, semelhantes aos do Senhor Jesus, que o
crente deve seguir.
5. Qual o alvo da
sua vida?
R. Resposta
pessoal.
NOTAS
BIBLIOGRÁFICAS
OBRAS CONSULTADAS:
-. Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos; Comentarista: Pr. Elienai Cabral; CPAD;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital);
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001, Dinâmica do Reino – Confissão de Fé; p. 1236;
-. RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007;
-. PEARLMAN, M. Epístolas Paulinas: Semeando as Doutrinas Cristãs. 1 ed., RJ: CPAD, 1998;
-. Filipenses - Epístolas Paulinas - E.P. myer pearlman -
-. Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos; Comentarista: Pr. Elienai Cabral; CPAD;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital);
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001, Dinâmica do Reino – Confissão de Fé; p. 1236;
-. RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007;
-. PEARLMAN, M. Epístolas Paulinas: Semeando as Doutrinas Cristãs. 1 ed., RJ: CPAD, 1998;
-. Filipenses - Epístolas Paulinas - E.P. myer pearlman -
Autorizo
a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito,
tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria,
igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando
e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site,
impressão, etc.).
Francisco de Assis Barbosa