Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2013 - CPAD -
Jovens e Adultos
Tema: Filipenses - A Humildade de CRISTO como exemplo para a Igreja.
Tema: Filipenses - A Humildade de CRISTO como exemplo para a Igreja.
Comentário: Pr. Elienai Cabral
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no Brasil, Campina Grande-PB;
Postagem no Blog AUXÍLIO AO MESTRE: Francisco A Barbosa.
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no Brasil, Campina Grande-PB;
Postagem no Blog AUXÍLIO AO MESTRE: Francisco A Barbosa.
Lição 7 – A atualidade
dos conselhos paulinos
18 de agosto de 2013
TEXTO ÁUREO
“Finalmente, irmãos meus, que vos regozijeis
no Senhor” (Fp 3.1a). – “Finalmente” (para loipon)
é melhor traduzida como "além disso",
"assim, então," ou "agora então." É uma palavra de transição,
não é a conclusão, uma vez que metade dos Filipenses segue. O termo grego χαρά
(chara) é o mesmo que encontramos na missiva aos Gálatas (Gl 5.22) com relação
ao fruto do Espírito. O significado é alegria,
gozo, regozijo, deleite, prazer. Portanto, o verbo, que é o que
está sendo usado, significa regozijar,
alegrar, estar contente. (Veja Sl 37.4).
VERDADE PRÁTICA
Para quem ama a Deus o mais
importante é ter um coração renovado pela ação do Espírito Santo.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 3.1-10.
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
• Dissertar a respeito da alegria do Senhor;
• Explicar a tríplice advertência de Paulo contra os inimigos
da fé, e
• Compreender o significado da verdadeira circuncisão cristã.
PALAVRA-CHAVE
Conselho: Parecer, juízo, opinião. Advertência que emite; admoestação, aviso.
COMENTÁRIO
introdução
No capítulo três de
sua carta aos Filipenses, Paulo continua revelando preocupação a respeito dos
“maus obreiros”. Estes se aproveitavam de sua ausência para introduzir falsas
doutrinas na igreja. A fim de precavê-la, por três vezes o apóstolo diz:
“guardai-vos” (v.2). Nesta lição, veremos que Paulo também não deixou de
exortar os filipenses a que, mesmo diante das adversidades, se alegrassem no
Senhor (v.1), pois a alegria do Senhor é a nossa força (Ne 8.10). [Os adversários de Paulo aqui, sejam eles
cristãos (como em Gálatas) ou não-cristãos, defendem a lei de Moisés e insistem
na circuncisão como o emblema da salvação (At 15.1). Paulo adverte severamente
os judaizantes, os quais asseveravam que, para a salvação, era necessária a
observância à Lei e tentavam, incessantemente, sabotar seu evangelho de livre
graça. A palavra circuncisão no versículo 2 é uma paródia. Os legalistas
ensinaram a necessidade da circuncisão, mas, na verdade, um ritual físico sem
justiça no coração não é nada mais do que uma mutilação na carne sem valor.]
Tenham todos uma excelente e abençoada aula!
I. A ALEGRIA DO
SENHOR
1. Regozijo espiritual. A expressão “resta, irmãos meus” (v.1),
aparece no texto grego como to loipon, que é traduzido como “finalmente”. Ela
sugere que Paulo estava concluindo sua carta, mas ainda havia algo importante a
dizer aos irmãos da igreja em Filipos. O apóstolo ensina aos irmãos filipenses
que a alegria do Senhor é a força que nos faz superar toda e qualquer
adversidade. O contentamento que Jesus nos oferece é um reforço para a nossa fé
em tempos de adversidade. [A alegria é um dos
temas dominantes em Filipenses. A obediência a esse mandamento é sempre
possível, mesmo em meio de conflito, adversidade e privação, porque a alegria
não repousa em circunstancias favoráveis, mas no “Senhor”. Paulo recorre à
repetição para enfatizar essa verdade. Os crentes são ordenados a regozijar sob todas as
circunstancias, portanto, o crente pode ser internamente alegre quando tudo
está monótono no exterior (Hb 3.17,18; 2Co 6.10)].
2. Exortação ao regozijo. A alegria do Senhor é produzida pelo Espírito
Santo no coração do crente. Esta alegria independe das circunstâncias, pois é
divina e faz com que o cristão supere as dificuldades. Paulo mostra aos
filipenses que esse sentimento de felicidade, concedido pelo Senhor, é uma
capacitação divina que fortalece a igreja a suportar as adversidades. Para o
apóstolo, que se encontrava na prisão, a alegria do Senhor era como um precioso
consolo, capaz de trazer descanso e quietude para a sua alma. [O termo grego chairõ, um verbo
primário, significando ser alegre, isto é, claramente feliz ou
confortável, afortunado; em sentido impessoal, especialmente como saudação, e por
fim, regozije-se. Conhecer o poder da ressurreição de Cristo(v. 10),
isto é, experimentar a renovação da vida espiritual, o livramento do poder do
pecado (Rm 5.10; 6.4; Ef 2.5,6) e o poder do Espírito Santo é o caminho para
regozijar!]
3. Alegria em meio às preocupações e aflição. Paulo percebeu que, em virtude do sofrimento,
os irmãos de Filipos poderiam ser tomados pelo desânimo. Por isso, ele os
exortou a se alegrarem em Deus, pois a alegria vinda da parte do Senhor nos
fortalece (Ne 8.10). Triunfante por causa de sua confiança no Cristo
ressurreto, o apóstolo sabe que somente aquele que conhece e confia no Senhor,
e em sua Palavra, é capaz de regozijar-se diante das dificuldades, tal como ele
e Silas o fizeram (At 16.24,25). Deus é o nosso conforto. Nele podemos confiar
e regozijar-nos sempre (1Ts 5.16). [Alegria é um tema importante, tanto em Filipenses (cf. 1.4, 18, 25,
2.2, 17-18, 28-29; 4.1, 4, 10) e no resto do Novo Testamento, onde ela aparece
em como substantivo e formas verbais cerca de 150 vezes. Aqui, como em 4.4, 10
(cf. Lucas 1.47), Paulo liga para alegrar um relacionamento, comandando os
crentes a se alegrar no Senhor. A esfera em que a alegria existe é na sua
relação com o Senhor Jesus Cristo. A alegria de que Paulo escreve não é o mesmo
que a felicidade (a palavra relacionada ao "acaso" prazo), o
sentimento de alegria associada com eventos favoráveis. Na verdade, a alegria
persiste em face da fraqueza, dor, sofrimento, até mesmo a morte (cf. Tiago
1.2). Alegria bíblica produz uma profunda confiança no futuro que se baseia na
confiança no propósito de Deus e poder. Isso resulta na ausência de qualquer
medo final, uma vez que a relação em que se baseia é eterna e inabalável (Sl
16.11; João 16.22). Nem é uma emoção humana produzida; A ordem de Paulo mostra
que alegria é um ato da vontade em escolher obedecer a Deus. O resultado é uma
emoção produzida de forma sobrenatural, fruto de andar no Espírito (Rm 14.17;
Gl 5.22). Assim, regozijar-se é a marca de verdadeiros crentes (cf. Sl 9.14;
13.5; 32.11; 33.1, 21; 35.9; 40.16; 51.12; 70.4, Lc 10.20; Jo 15.11; 17.13, Rm
15.13; 1Ts 5.16).].
SINOPSE
DO TÓPICO (I)
A alegria do Senhor, a que Paulo se
refere, se manifesta em meio às preocupações e as aflições da vida.
II. A TRÍPLICE ADVERTÊNCIA CONTRA OS INIMIGOS (3.2-4)
1. “Guardai-vos dos cães”. A hostilidade de
Paulo contra os maus obreiros era forte e decisiva, pois eles causavam muitos
males à igreja, em especial aos novos convertidos. Paulo chama os judaizantes
de “cães”, pois estes acreditavam e ensinavam que os gentios deviam obedecer a
todas as leis judaicas, um fardo legalista que nem mesmo os próprios judeus
suportavam (Gl 2.14). Os judaizantes eram como “cães” que atacavam os novos
convertidos durante a ausência de Paulo. O apóstolo repelia-os com veemência e
orientava os filipenses a que deles se resguardassem. [O termo grego
empregado para traduzir gentio, é ethnikõs, advérbio de ethnikos, (especial) um gentio: - (homem) pagão. Os judeus assim tratavam a todos
os não judeus e de forma perjorativa, os chamavam de cães, veja por exemplo, Jesus em pregando o termo referindo-se à
mulher cananéia: “não é bom pegar o pão
dos filhos e deitá-los aos cachorrinhos” (Mt 15.26), e em Mt 7.6: “não deis aos cães as coisas santas...”.
Trata-se de uma metáfora judaica e refere-se a convidar pagãos totalmente
desinteressados a juntar-se às preces ao Senhor. Paulo emprega agora essa
metáfora para descrever os crentes de origem judaica que distorciam o evangelho
e pregavam a necessidade de cumprir rituais do Antigo Testamento. A maior
provação de Paulo era a tristeza que sentia e experimentava por causa dos que
distorciam o evangelho de Cristo. Seu amor a Cristo, à igreja e à verdade
redentora, era tão forte que o levou a opor-se energicamente àqueles que
pervertiam a doutrina pura, e a descrevê-los como "cães" e "maus
obreiros" (ver 1.17; Gl 1.9; cf. Mt 23).]
2. “Guardai-vos dos maus obreiros”. Estes também são
denominados por Paulo como “cães” e os da “circuncisão”. Eles espalhavam falsos
ensinos, não se importando com a sã doutrina ensinada pelos apóstolos. Pregavam
um falso evangelho (Gl 1.8,9) [Aqueles que exigem mais do que a fé em Jesus
Cristo para salvação, ainda que suas credenciais sejam as melhores, distorcem
completamente o evangelho. A salvação foi adquirida na cruz por Cristo e Sua
justiça nos é imputada pela graça, por meio da fé; não exige nenhuma
pré-disposição, ritual nem esforço algum. A única conditio sine qua non é a fé em Jesus
Cristo (At 16.31; Rm 10.9). Aqueles que pregam e exigem mais do que isso são na
verdade pregadores do falso evangelho e estão debaixo da condenação de Deus]. Afirmavam que para
que os gentios se tornassem cristãos deveriam seguir a lei mosaica e, pior, as
tradições judaicas. Todavia, no concílio da igreja em Jerusalém, conforme Atos
15, os apóstolos já haviam discutido sobre o papel da lei judaica em relação
aos gentios. Segundo as deliberações do “concílio de Jerusalém” os gentios
cristãos não deveriam comer alimentos oferecidos aos ídolos, carne com sangue e
sufocada (Lv 17.14). Deveriam também evitar as práticas sexuais imorais. Não
obstante, os “maus obreiros” faziam questão de discordar do ensino paulino, a
fim de impor aos gentios as práticas judaicas. [Paulo adverte severamente os
judaizantes, os quais ensinavam que para a salvação, era necessária a observância
à Lei e tentavam, incessantemente, sabotar seu evangelho de livre graça. Não
esqueçamos de que, ainda hoje, enfrentamos o legalismo em nosso meio; líderes
legalistas que impõem cargas pesadíssimas ao rebanho com o pretexto de santidade
e assegurar a salvação. Como detectar os legalistas de hoje? Ora, o legalismo
sempre está acompanhado de medo e servidão; enquanto que, a mensagem da graça é
“boa nova” e traz liberdade e alegria!]
3. “Guardai-vos da circuncisão”. Um dos costumes
judaicos que aqueles “maus obreiros” queriam impor era a prática da
“circuncisão”. Eles ensinavam, erroneamente, que a circuncisão tornaria os
gentios verdadeiramente cristãos. Paulo então passa a ensinar aos filipenses
que a verdadeira circuncisão é aquela operada no coração; logo não é algo da
carne, mas do Espírito Santo. De acordo com o Comentário Bíblico Pentecostal,
editado pela CPAD, “os cristãos filipenses não deveriam ter como motivo de
orgulho quaisquer sinais físicos que demonstrassem sua condição de comunhão, porém,
antes, deveriam orgulhar-se em Cristo e na sua obra”. [A palavra
circuncisão empregada no versículo 2 é uma paródia. Os legalistas ensinaram a
necessidade da circuncisão, mas na verdade, um ritual físico sem justiça no
coração não é mais do que uma mutilação da carne sem valor. Circuncidar era um
rito pelo qual se corta a extremidade do prepúcio. Entre os judeus tinha um
valor altamente religioso. Era o sinal do antigo concerto (At 7.8; Rm 4.6-12) e
obrigava a guardar toda a Lei mosaica (At 15.1-5,24; Gl 5.3). Na Nova Aliança
não se faz necessário essa observância ritual, já que nessa Nova Aliança o
acesso se dá por meio da fé em Jesus Cristo (At 11.1-18; 15.1-29; 1Co 7.19; Gl
5.1-6; 6.12-16). Em resposta aos judaizantes e sua ênfase equivocada no rito
exterior e físico da circuncisão, Paulo afirma que os cristãos são a verdadeira
circuncisão, isto é, o Israel espiritual (Gl 3.6-4.7)].
SINOPSE DO TÓPICO (II)
“Guardai-vos dos cães”, “guardai-vos dos
maus obreiros”, “guardai-vos da circuncisão”; são advertências paulinas a que a
igreja se cuidasse com os judaizantes.
III. A VERDADEIRA CIRCUNCISÃO CRISTÃ (3.3)
1. A circuncisão no Antigo
Testamento. Sabemos que a circuncisão era um rito religioso com caráter moral e
espiritual, consistindo em um sinal físico de que a pessoa pertencia ao povo
com o qual Deus fez um pacto. Era também um sinal de obediência a Deus (Gn
17.11; At 7.8). Porém, os seguidores de Jesus não precisam da circuncisão para
serem identificados como pertencentes a Ele. A circuncisão do cristão é
espiritual e interior, operada pelo Espírito Santo, no coração, mediante a fé
em Jesus Cristo (Rm 4.9-11).[A circuncisão não era prática incomum no antigo
Oriente Próximo, porém Deus a escolheu como um sinal para identificar o povo do
concerto abraâmico, pois esta literalmente tem a ver com os homens no seu
aspecto de propagação da vida. O ato da circuncisão era exigido como um sinal
do concerto previamente estabelecido com Abraão. Isto não constituía um novo
concerto, porém um sinal externo que Abraão e os seus descendentes deviam
praticar para mostrar que eles eram o povo escolhido de Deus. O fato desta
cerimônia ser praticada no órgão reprodutor masculino possuía um significado
duplo, pelo menos: 1) o ato de cortar o prepúcio falava em cortar a dependência
carnal, e 2) a sua esperança pela posteridade e prosperidade futuras não
deveria repousar sobre as suas próprias habilidades. A circuncisão era uma
afirmação de que a confiança do fiel estava sendo depositada na promessa de
Deus e na sua fidelidade, e não em sua própria natureza carnal (Gn 15.10;
22.13). Mais tarde, o orgulho fez da circuncisão um símbolo idólatra, assumido
pelos hebreus como garantia do favor contínuo de Deus. Assim como o batismo
cristão sem fé não tem sentido para a justificação, o mesmo vale para a mera
circuncisão física (Rm 2.25-29)]
2. A verdadeira circuncisão não deixa
marcas físicas. Paulo ensina aos colossenses que a verdadeira circuncisão em Cristo não
é por intermédio de mãos humanas, mas “no despojo do corpo da carne” (Cl
2.11,12). É um ato espiritual, levado a efeito pelo Senhor Jesus que remove a
nossa velha natureza e nos concede uma nova (2Co 5.17). É uma circuncisão do
coração (Rm 2.29). [O termo grego "circuncisão", como é empregado por Paulo
significa mutiladores do corpo e
refere-se ao rito da circuncisão segundo o ensino dos falsos mestres
judaizantes, afirmando que o sinal da circuncisão conforme a Lei mosaica era
necessário à salvação. Paulo declara que a verdadeira circuncisão é uma obra do
Espírito Santo realizada no coração do salvo, pela qual o pecado e o mal são
cortados (v. 3; Rm 2.25-29; Cl 2.11). Contrária à falsa doutrina, a salvação
não é alcançada mediante a observância ritual. Cristo é o cumprimento do que é
tipificado nos ritos da Lei, libertando-nos da servidão do legalismo (Rm
2.25-29; 3.27-31; 10.4). Em sua identificação com Jesus, os crentes
compartilham as experiências do Senhor. Eles não precisam de nada mais! Em
Colossenses 2.11, dramaticamente, Paulo afirma que no batismo dos gentios em Cristo
e em seu corpo, os mesmo já tinham sido circuncidados. Batismo é a circuncisão
de Cristo e significa o lavar que remove o pecado, a renovação pessoal pelo
Espírito Santo e a participação como membro do corpo de Cristo (At 2.38; Rm
6.4; 1Co 12.13; Tt 3.5; 1Pe 3.21). Com isso, não quero dizer que o batismo
cristão seja idêntico à circuncisão, mas lhe corresponde em essência (Rm 4.11)
e a substituiu como sinal da aliança.]
3. A verdadeira circuncisão não
confia na carne (3.3-7). Os cristãos judaizantes que participavam da igreja
em Filipos confiavam muito mais na carne e na circuncisão do que em Cristo. Por
isso, Paulo narra a sua história como judeu. Ele declara ter sido circuncidado
ao oitavo dia (v.5) e ter seguido todos os ritos da lei (v.6). Mas o apóstolo
enfatiza que ao encontrar-se com Cristo, renunciou a tudo da velha religião
para servir apenas a Cristo. Paulo declara: “Porque a circuncisão somos nós,
que servimos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não
confiamos na carne” (3.3). A salvação é somente pela fé em Jesus. Nenhum rito
religioso é capaz de trazer salvação. [O texto de Fp 3.46 apresenta uma
lista de sete características de linhagem que qualificavam a Paulo como um
seguidor da Lei. Sua circuncisão foi conforme preconiza Gênesis 17.12; era da
tribo de Benjamim e seu nome judeu, Saulo, foi-lhe dado em virtude do rei Saul,
também de Benjamim (1Sm 9.1,2). Sua vida era de escrupulosa obediência à Lei
mosaica, tanto à Torah quanto às tradições judaicas que lhe foram ensinadas (At
22.3; 26.5; Gl 1.14). Ele próprio afirma que viveu de forma irrepreensível, não
com pretensa intenção de afirmar que era sem pecado (Rm 7.713), mas de ter
vivido com fidelidade aos preceitos do Antigo Testamento. Quando ele entendeu o
evangelho de Cristo, o apóstolo percebeu que todos essas credenciais,
realizações, privilégios e direitos não valiam nada. Paulo não está dizendo que
eles não são de nenhum valor social, cultural, educacional, ou histórico. Em
vez disso, ele está dizendo que eles não são de nenhum valor salvífico, que não
podiam salvá-lo ou a qualquer outra pessoa. A obediência de Paulo à lei era
respeitável, mas seu consequente “confiar” era o pior dos pecados. Ele agora
afirma que renuncia a tudo isso por causa de Cristo, considerando aquelas
coisas como refugo – palavra grega empregada em sentido figurado; seu
significado literal é lixo e já foi traduzida como esterco.
Paulo joga fora, com aversão, qualquer coisa que possa interferir na “sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus,
meu Senhor”. A salvação não se baseia no que o ser humano alcança
obedecendo a Lei, mas inteira e exclusivamente na “justiça que procede de
Deus”, dada àqueles que estão unidos com Cristo (Rm 1.16,17; 3.21-26).]
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A verdadeira circuncisão não confia na
carne nem deixa marcas físicas, pois ela é gerada pelo Espírito.
CONCLUSÃO
Paulo ensinou aos filipenses que a confiança em Cristo nos garante
alegria. Tal felicidade independe das circunstâncias e faz-nos enfrentar todas
as dificuldades comuns às demais pessoas com uma diferença: temos esperança!
Paulo também mostrou aos filipenses que as leis do Antigo Testamento e seus
ritos tinham sua importância, todavia, a obediência a tais leis e ritos não
garantiam a salvação de ninguém. O que deve ser considerado pelo crente é o seu
relacionamento com o Cristo ressurreto. [A salvação deve ser o motivo de
nossa alegria independente das circunstancias. O maior anseio na vida de Paulo
era conhecer a Cristo e experimentar de modo mais íntimo sua comunhão e
presença. Os ritos da Lei cumpriram seu objetivo, já não cabem mais na nova
aliança. A justiça do crente deve consistir, em primeiro lugar, em ser perdoado
do pecado, justificado e aceito por Deus, mediante a fé (Rm 4.5). O Novo
Testamento declara que nossa justiça é Cristo, o próprio Senhor Jesus,
habitando em nosso coração (Fp 1.20,21; Rm 8.10; 1 Co 1.30; Gl 2.20; Ef 3.17;
Cl 3.4). Nesta lição, fica claro que o fundamento da nossa alegria da salvação
e nossa única esperança de justificação é a morte sacrificial de Cristo e seu
sangue derramado no Calvário (Rm 3.24; 4.25; 5.9; 8.3,4; 1Co 15.3; Gl 1.4;
2.20; Ef 1.7; Hb 9.14; 1 Pe 1.18,19; 1 Jo 4.10) e sua vida ressurreta dentro do
nosso coração (Rm 4.22; Rm 4.22,25; 5.9,10; 8.10,11; Gl 2.20; Cl 3.1-3). Não há
nada que possamos acrescentar!]
NaquEle que me garante:
"Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de
Deus" (Ef 2.8),
Graça
e Paz a todos que estão em Cristo!
Francisco
de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte
et sincere
Meu
coração te ofereço, Senhor, pronto e sincero (Calvino)
Recife-PE
Agosto
de 2013.
EXERCÍCIOS
1. Quem produz a
verdadeira alegria em nossos corações?
R. O
Espírito Santo.
2. Quem são os
inimigos mencionados por Paulo em Filipenses 3.2?
R. Os
judaizantes.
3. O que os
judaizantes acreditavam e ensinavam aos cristãos gentios?
R. Eles
acreditavam e ensinavam que os gentios deviam obedecer a todas as leis judaicas,
um fardo legalista que nem mesmo os próprios judeus suportavam (Gl 2.14).
4. De acordo com a
lição o que era a circuncisão no Antigo Testamento?
R. A
circuncisão era um rito religioso com caráter moral e espiritual, consistindo
em um sinal físico de que a pessoa pertencia ao povo com o qual Deus fez um
pacto. Era também um sinal de obediência a Deus (Gn 17.11; At 7.8).
5. Defina a
verdadeira circuncisão para o cristão.
R. A
circuncisão do cristão é espiritual e interior, operada pelo Espírito Santo, no
coração, mediante a fé em Jesus Cristo (Rm 4.9-11)
NOTAS
BIBLIOGRÁFICAS
OBRAS CONSULTADAS:
-. Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos; Comentarista: Pr. Elienai Cabral; CPAD;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital);
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001, Dinâmica do Reino – Confissão de Fé; p. 1236;
-. ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4 ed., Vol. 2, RJ: CPAD, 2009.
-. RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007.
-. Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos; Comentarista: Pr. Elienai Cabral; CPAD;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital);
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001, Dinâmica do Reino – Confissão de Fé; p. 1236;
-. ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4 ed., Vol. 2, RJ: CPAD, 2009.
-. RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007.
Autorizo
a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito,
tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria,
igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando
e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site,
impressão, etc.).
Francisco de Assis Barbosa