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UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

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10 de junho de 2012

LIÇÃO 12: O JUÍZO FINAL


Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012 - CPAD - Jovens e Adultos
“As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem Final de CRISTO à Igreja”.
Comentários da revista da CPAD: Pr. Claudionor Correa de Andrade
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto

LIÇÃO 12
O JUÍZO FINAL
17 de Junho de 2012

TEXTO ÁUREO

“Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte”.
(Apocalipse 21.8).
Tímidos: Coragem e resistência paciente são indispensáveis no conflito entre o Cordeiro e o Dragão. Incrédulo é o oposto de fiel. Abomináveis significa poluídos pelas abominações da terra (17.5). Feiticeiros: O grego literal refere-se àqueles que traficam drogas. Mentirosos são aqueles que se desviam da verdade e juntam-se aos enganadores. [a].

VERDADE PRÁTICA
Deus é amor, mas não permitirá que nenhum pecador impenitente fique impune.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Apocalipse 20.7-15.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Definir o Juízo Final;
- Compreender o sistema do julgamento divino e seus personagens; e
- Conscientizar-se de que o Juízo Final é uma doutrina fundamental das Escrituras.

Palavra Chave
Juízo: Ato, processo ou efeito de julgar; Ato de julgar. Faculdade intelectual de julgar, entender, comparar e tirar conclusões. Julgamento, apreciação: fazer bom juízo de alguém. Sensatez, bom senso, tino, siso [b].


COMENTÁRIO

introdução
"E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo," (Hb 9.27). Segundo as Escrituras, aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o Juízo final. O Juízo Final, Julgamento Final, o Dia do Juízo Final, ou Dia do Senhor nas Escrituras, é o julgamento final e eterno feito por Deus sobre todas as nações. Terá lugar depois da ressurreição dos mortos e a Segunda Vinda de Cristo (Ap 20.12-15). A Escola Pré-Milenista dispensacionalista [c], ensina que a Segunda Vinda acontecerá em duas fases distintas: na primeira, Cristo se encontrará com a Igreja nos ares e levará os salvos para participar das Bodas do Cordeiro nas regiões celestiais; na segunda, após sete anos de Tribulação na Terra sem a presença da Igreja, Cristo regressará com ela para reinar neste mundo por mil anos. Fazemos distinção entre a ressurreição para a Igreja, na ocasião do Arrebatamento; a ressurreição para aqueles que virão a crer durante a Grande Tribulação de sete anos (ressurreição esta que ocorrerá na segunda fase da Segunda Vinda de Jesus, no final da Grande Tribulação); e a ressurreição dos incrédulos no final do Milênio. Distingue também o julgamento dos crentes após o Arrebatamento (Tribunal de Cristo), o julgamento dos judeus e gentios convertidos no final da Grande Tribulação (Julgamento das Nações) e o julgamento dos incrédulos no final do Milênio (Juízo Final ou Juízo do Grande Trono Branco). Cremos que o período de sete anos da Grande Tribulação será literal, e que a Igreja será arrebatada antes dessa tribulação. O Milênio será inaugurado e estabelecido com a Segunda Vinda de Jesus (na segunda fase), após a Grande Tribulação, e durará literalmente mil anos. Para esta escola, há distinção entre Israel e a Igreja. Boa aula!

I. O QUE É O JUÍZO FINAL
1. O Juízo Final. A cena do Juízo Final que aparece na Bíblia é esta que fala em justiça soberana e santa. A idéia do Juízo e retratada através do Rei sobre o seu trono medindo a justiça de todos que estão a sua frente. Os termos usados para descrever o Trono "Grande e Branco" salienta a Soberania e Santidade. A última rebelião é [imediatamente] seguida pelo Julgamento do Grande Trono Branco, sobre os não salvos. Esta é a segunda ressurreição e a segunda morte. A primeira ressurreição [mesmo em etapas] foi aquela dos salvos, enquanto que a segunda é a dos que não foram salvos. A primeira morte é a separação entre o espírito e o corpo, enquanto que a segunda é a separação eterna de Deus, no Lago de Fogo.
2. As bases do Juízo Final.E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras” (Ap 20.12-13). Será um julgamento de obras, e isso significa que todos os que serão julgados ante este Grande Trono Branco serão condenados, pois todos são pecadores (Rm 3.9-18), e “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam” (Is 64.6). Salvação, por outro lado, não é pelas obras, mas é pela graça de Cristo, que morreu em nosso lugar; “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;” (Ef 2.8-9). A obra (singular) do crente será julgada no Tribunal de Cristo: “A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão.” (1Co 3.13,14), referindo-se a um exame do seu serviço prestado a Cristo, para que o crente receba recompensas ou as perca. Mas os descrentes darão conta de suas "obras" (plural), referindo-se a seus pensamentos e ações serem julgados pela santa lei de Deus. As "boas obras" de um homem não podem salvá-lo, pois elas não podem comprar o perdão de sem sequer um dos seus pecados. Além disso, como vimos, até mesmo a retidão do homem ou as suas boas obras são como trapo de imundície, diante um Deus triplamente santo: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam.” (Is 64.6).
3. A ocasião do Juízo Final. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.” (Ap 20.12).

SINOPSE DO TÓPICO (I)
O julgamento que o Altíssimo conduzirá no final dos tempos consoante às obras dos homens chama-se Juízo Final.

II. O JULGAMENTO DA BESTA, DO FALSO PROFETA E DO DRAGÃO
1. O juízo sobre a Besta. Um anjo que estava no sol fez um convite para todas as aves que voavam pelo meio do céu a virem se fartarem das carnes dos poderosos, (Apocalipse 19:17 e 18) “E vi um anjo que estava no sol, e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde e ajuntai-vos à ceia do grande Deus, para que comais a carne dos reis, e a carne dos tribunos, e a carne dos fortes, e a carne dos cavalos e dos que sobre eles se assentam, e a carne de todos os homens, livres e servos, pequenos e grandes”. A besta, os reis da terra e seus exércitos avançaram contra ao que estava montado no cavalo branco e seu Exercito, (Apocalipse 19:19) “E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo e ao seu exército”. A besta e o falso profeta foram presos e lançados no lago de fogo, (Apocalipse 19:20 e 21) “E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre. E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes” [d].
2. O juízo sobre o Falso Profeta. Os dois aliados do dragão introduzidos no capítulo 13 – a besta (do mar) e o falso profeta (a besta da terra que induzia as pessoas a adorarem a besta) são tomados pelas forças do Cordeiro. Foi comum nas guerras tomar os reis ou comandantes como prisioneiros, ou para o cativeiro (cf. 2 Reis 25.5-7) ou para serem executados diante do povo vitorioso (cf. Juízes 8.12,21). O destino destes líderes dos ímpios: Os dois foram lançados vivos dentro do lago de fogo que arde com enxofre: O “lago de fogo” é mencionado somente no Apocalipse (cf. 20.10,14,15). Destes versículos aprendemos que é o lugar do tormento perpétuo das duas bestas, do diabo e daqueles que não são achados no Livro da Vida. A morte e o inferno (hades), também, são lançados neste lago. Enxofre sempre representa castigo ou destruição que vem de Deus (cf. 9.17-18; 14.10; Salmo 11.5-7). A destruição, porém, não significa cessar de existir. O tormento deles continua “pelos séculos dos séculos” (20.10) [e].
3. O juízo sobre o Dragão.  Satanás será acorrentado durante estes mil anos dentro do abismo, conforme Apocalipse 20:1-3: "E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo (poço sem fundo), e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente [dos primórdios], que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o [seguramente] por mil anos. E lançou-o no abismo (poço sem fundo), e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo." O diabo, que habilitou a besta e o Falso Profeta, compartilha de seu destino. No primeiro estágio de seu julgamento, ele é amarrado por mil anos no abismo. Qualquer que seja a interpretação sobre o milênio, a verdade central da derrota de Satanás em estágios, continua a mesma. O objetivo da prisão do diabo é para que não engane as nações. Desde a época do primeiro advento de Jesus e do derramamento do Espírito Santo, não foi mais possível para Satanás manter o povo do mundo nas trevas sem disputa (Lc 2.29-32), uma vez que os discípulos proclamam o evangelho para “todas as nações” (Mt 28.18-20) [e]. A trindade profana estará reunida para passar a eternidade em tormentos. Em seguida, ocorrerá o julgamento diante do Grande Trono Branco, no qual os perdidos de todas as épocas — os espíritos não regenerados daqueles que morreram sem Cristo, incluindo aqueles que foram consumidos pelo fogo ao seguirem a Satanás no fim do Milênio — serão julgados de acordo com suas obras, conforme registradas nos "livros" (plural) (Ap 20.12).

SINOPSE DO TÓPICO (II)
Antes de instaurar o Juízo Final, o Senhor julgará antecipadamente a Besta, o Falso Profeta e o Dragão.

III. A INSTALAÇÃO DO TRONO BRANCO
Os últimos versículos do capítulo 20 descrevem uma cena de julgamento de destruição dos mortos. A santidade de Deus não aceita a impureza daqueles cujos nomes não foram achados no Livro da Vida. O trono branco aparece somente aqui, mas a idéia do julgamento divino aparece em diversos textos no Antigo e Novo Testamento.
1. O Trono Branco. É um trono que descreve a majestade e grande autoridade de Deus. Este é o trono do Rei dos reis e Senhor dos senhores, o trono onde cada sim é sim [absoluto e final] e cada não é não [absoluto e final], para além do qual não há mais possibilidade de recurso, de apelo [muito menos de segunda chance. Branco significa santidade e retidão. Trata-se do trono do santo [e final] julgamento de Deus contra todos os pecados. Não há um arco-íris como havia em Apocalipse 4. Não há nenhuma graça, nem misericórdia, não há nenhum pacto de esperança. Em contraste com os crentes, que vêem livre e corajosamente a um "trono da graça", em razão do sangue de Cristo [sobre eles aplicado]: “Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno”; “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus,” (Hb 4.16, 10.19), o descrente é arrastado até um aterrorizador, flamejante trono branco para receber julgamento sem nenhuma diminuição. “Quem parará diante do seu furor, e quem persistirá diante do ardor da sua ira? A sua cólera se derramou como um fogo, e as rochas foram por ele derrubadas” (Na 1.6 ). “Porque o SENHOR teu Deus é um fogo que consome, um Deus zeloso” (Dt 4.24); “Nuvens e escuridão estão ao redor dele; justiça e juízo são a base do seu trono. Um fogo vai adiante dele, e abrasa os seus inimigos em redor”(Sl 97.2,3); “Porque o nosso Deus é um fogo consumidor” (Hb 12.29). (Ap 20.11: “E vi um grande trono branco...) É grande, o que significa a onipotência de Deus. O pecador, que invariavelmente pensa de si como importante e digno de graça, será plenamente consciente de sua insignificância e inutilidade de sua vaidade quando ele ficar diante deste grande trono.
2. Os Tronos dos Justos. O plural tronos é usado somente quatro vezes em Apocalipse (ver 4.4; 11.16), e aqueles sentados neles sempre são os vinte e quatro anciãos, a quem foi dado o poder de julgar como representantes da Igreja no céu e na terra (ver Dn 7.9,22,27; Mt 19.28; Lc 22.30; Hb 12.1,2). [f]. Essa foi a promessa do Cristo glorificado à igreja de Laodicéia: “Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono”. (Ap 3.21).
3. O Supremo Juiz.E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles” (Ap 20.11). O ocupante do trono este é Jesus Cristo, a quem o Pai deu todo o julgamento: “E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo” (Jo 5.22). O homem disse, “Mas os seus concidadãos odiavam-no, e mandaram após ele embaixadores, dizendo: Não queremos que este reine sobre nós.” (Lc 19.14 ) mas agora eles comparecerão perante Ele, contra Quem se rebelaram, e darão conta a Ele.
4. Os livros do Juízo Final. O livro da vida será aberto. Este é o livro que contém os nomes das pessoas de todos os séculos que estão eleitas em Cristo, de acordo com o pré-conhecimento de Deus “E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto, desde a fundação do mundo.”; “A besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição; e os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que virá.” (Ap 13.8; 17.8). A própria existência deste livro irá relembrar todo pecador que um Salvador veio ao mundo para morrer pelos pecados do homem, e que a salvação foi oferecida a "todo e qualquer que a queira". "O Livro da Vida será desenrolado ali, porque muitas pessoas naquela grande multidão têm tido como garantido que os seus nomes estão lá, meramente porque, por acaso, foram listadas no rol de membros de alguma igreja ou sociedade religiosa". “E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.” (Mt 7.23). O livro de obras será aberto. É mantido registro de todas as obras do homem, incluindo cada palavra inútil e cada coisa secreta: “Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo.”; “Porque não há coisa oculta que não haja de manifestar-se, nem escondida que não haja de saber-se e vir à luz.”; “No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho.” (Mt 12.36; Lc 8.17; Rm 2.16). Salmos 50.16-21 descreve o tipo de coisas que serão vistas no Julgamento do Grande Trono Branco:“Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar os meus estatutos, e em tomar a minha aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças as minhas palavras para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele, e tens a tua parte com adúlteros. Soltas a tua boca para o mal, e a tua língua compõe o engano. Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe. Estas coisas tens feito, e eu me calei; pensavas que era tal como tu, mas eu te argüirei, e as porei por ordem diante dos teus olhos”. O livro de Deus [a Bíblia] também vai estar lá. Em João 12.48 Jesus disse: “Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia”. Assim, a Bíblia será aberta nessa ocasião como um testemunho para cada pecador.

SINOPSE DO TÓPICO (III)
Na instauração do Juízo Final teremos os seguintes símbolos: o Trono Branco, os tronos dos justos, o Supremo Juiz e os livros do juízo.

IV. O JULGAMENTO DOS MORTOS
Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono: A tendência de muitos comentaristas é ver aqui a ressurreição no último dia e o julgamento final. A Bíblia claramente ensina que haverá uma ressurreição de todos e um julgamento “perante o tribunal de Cristo” (2Co 5.10; Jo 5.27-29). Os mortos, neste caso, seriam aqueles que se dedicavam à besta. Não há menção aqui de galardão para os fiéis, somente de condenação dos ímpios. Na “primeira ressurreição” (20.5), os adoradores do Cordeiro foram exaltados para reinar com ele. Aqui, podemos ver uma segunda ressurreição – dos adoradores da besta, os grandes e os pequenos (cf. 13.16), que serão condenados com ela.
1. A segunda ressurreição. “Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia”: Nenhum morto foi isento deste julgamento. Até os ímpios entregues à Morte e ao Inferno (6.7-8) são apresentados para o julgamento. Deus tem domínio, e ninguém consegue proteger os mortos do julgamento dele. “E foram julgados, um por um, segundo as suas obras”: Os servos da besta são julgados da mesma maneira que todos serão julgados no último dia (2 Coríntios 5:10). Deus é justo, e dará a cada um segundo as suas obras.
2. Os mortos da segunda ressurreição. No discurso feito logo após a cura do paralítico de Betesda, Jesus falou de duas ressurreições distintas. A primeira é a ressurreição figurada: “Eu lhes asseguro: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas passou da morte para a vida. Eu lhes afirmo que está chegando a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e aqueles que a ouvirem, viverão” (Jo 5.24-26). A segunda é a ressurreição literal: “Não fiquem admirados com isto, pois está chegando a hora em que todos os que estiverem nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que fizeram o bem ressuscitarão para a vida, e os que fizeram o mal ressuscitarão para serem condenados” (Jo 5.28-29). Jesus explicou que a hora da primeira ressurreição “já chegou”, mas a hora da segunda “está chegando”. É o tempo que separa e diferencia uma ressurreição da outra. Em outras palavras, a primeira ressurreição está acontecendo e a segunda está para acontecer. [g]. Os mortos da segunda ressurreição são os fisicamente mortos. A ressurreição para a vida é chamada de Primeira Ressurreição. A ressurreição que é para a morte, é chamada de Segunda Ressurreição (“E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno” Daniel 12.2; “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação” João 5.28-29) [h].
3. A segunda morte. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo: A Morte e o Inferno são inimigos de Deus, mas são dominados, utilizados e vencidos pelo Senhor. Existem vários sentidos ou contextos em que Jesus vence a morte e o inferno (a palavra grega aqui é hades – região dos mortos). No passado, ele a venceu na sua ressurreição (Atos 2:24-31; Romanos 6:9; 2 Timóteo 1:10). No presente, os servos fiéis participam da vitória sobre a morte (Romanos 8:2,38-39; Hebreus 2:15; 1 João 3:14). No futuro, a morte é o último inimigo a ser vencido (1 Coríntios 15:26). Aqui, em relação à guerra do dragão e suas bestas contra os santos, a morte e o inferno são derrotados e lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo: O vencedor é isento desta morte (2:11; 20:6). Ele participa da vida que há em Cristo Jesus. O lago de fogo já foi representado como lugar de castigo perpétuo (20:10). Na verdade, os ímpios ressuscitarão para uma “segunda morte”, Ap 21.8. Essa “segunda morte” não significa aniquilamento, mas banimento da presença de Deus (2 Ts 1.9). Esse banimento implica que todos os ímpios serão lançados no Geena, chamado “Lago de Fogo” (Mt 25.41,46), que arde continuamente com fogo inapagável — o tormento eterno (Ap 14.10,11).

SINOPSE DO TÓPICO (IV)
No Juízo Final, os mortos, sejam grandes ou pequenos, estarão diante do Trono Branco.

V. O JULGAMENTO DA MORTE E DO INFERNO
O inferno e a morte (o lugar de separação), tendo sido esvaziados pela segunda ressurreição, serão lançados como lixo para dentro do lago de fogo, e assim eliminados completamente.
1. O juízo sobre a morte. Enfim, da morte nunca mais se dirá "Em Adão todos morrem" (1Co 15.22). A morte está sendo personificada aqui pois é a grande inimiga do homem, e está ligada ao inferno, ou Hades, o equivalente do grego para o hebraico Sheol - é o lugar para onde atualmente só descem as almas dos mortos ímpios, pois as dos justos sobem para estar com Cristo no céu (2Co 5.8).
2. O juízo sobre o inferno. A palavra “inferno” aparece na Bíblia por 30 vezes, sendo apenas 10 vezes em todo o Velho Testamento e 20 vezes no Novo Testamento, porém não foi registrada a mesma palavra para inferno em todas as passagens. Não houve na realidade falha do tradutor quando menciona inferno no lugar delas, pois cada uma das palavras originais tem um significado próprio e complexo na sua descrição. Em primeiro lugar não podemos associar a palavra “inferno” a todos os lugares citados, sem dúvida seria incorreto. Em algumas traduções mais equivocadas ainda está mencionado “sepultura” outras o “alem”, nesses casos não houve nenhuma fidelidade na tradução da palavra. Sequer foi deixado claro que o lugar é de tormento terrível quando a tradução está dessa forma.

SINOPSE DO TÓPICO (V)
Embora não sejam pessoas, a morte e o inferno serão finalmente julgados. Eles simbolizam os dois grandes castigos perpetuados na humanidade.

CONCLUSÃO
A mensagem do Julgamento do Grande Trono Branco é que não existe qualquer possibilidade de salvação após a morte, e que o homem deve confiar em Cristo na presente vida, ou ser condenado eternamente. "Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável E socorri-te no dia da salvação; Eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação” (2Co 6.2). São do próprio Senhor Jesus estas palavras: Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, TEM a vida eterna, e NÃO entrará em condenação, mas passou da morte para a vida(Jo 5.24). A esperança da Igreja está baseada na ressurreição de Cristo. Sua morte e ressurreição são a garantia total de que Ele voltará. Sua vitória sobre a morte foi com glória, triunfo e poder. Esse assunto não é agradável nem fácil de ser compreendido. A justiça divina não deve ser pesada por nossos vãos pensamentos, devemos apenas cumprir a Palavra e submetermo-nos à sua autoridade. Nosso papel como atalaia é o de anunciarmos as Palavras do Senhor e alertarmos os ímpios de seus maus caminhos. Não é o desejo divino que alguém se perca, por isso mesmo Ele nos levantou por atalaias neste mundo! Eia!Vamos alcançar os perdidos e adverti-los acerca do futuro e do juízo de Deus. Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo’ (Hb 10.31).
N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Campina Grande, PB
Junho de 2012,
Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere.


EXERCÍCIOS
1. O que é o Juízo Final?
R. É o julgamento que o Senhor Deus conduzirá no final dos tempos, para retribuir a cada um consoante às suas obras (2 Tm 4.1; Ap 20.12).
2. Quais os três personagens que serão julgados antes da instauração do Juízo Final?
R. Besta, Falso Profeta e o Dragão.
3. Segundo a lição, qual será o símbolo do Juízo Final?
R. O Trono Branco.
4. O Juízo Final será coletivo ou individual? Explique.
R. Individualmente. Cada um será tratado individual e personalizadamente. Diz o texto sagrado: “E foram julgados cada um segundo as suas obras” (Ap 20.13).
5. Quais foram os dois grandes castigos que recaíram sobre os filhos de Adão?
R. A experiência física terminal e a penalidade eterna.


NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja; Comentarista: Claudionor de Andrade; CPAD;

[a]
. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001; nota textual Ap  21.8, pág 1369;
[b].
http://www.dicio.com.br/juizo/;
[c].
http://www.monergismo.com/textos/escatologia_reformada/pre-dispensa-comparados_hanko.pdf;
[d]. http://www.bepeli.com.br/estudos_biblicos/ismar_malta/estudosbiblicos/do_arrebatamento_ao_juizo_final.htm;
[e]. Adaptado de Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001; nota textual Ap  20.1-8, pág 1368;
[f]. http://www.tempodofim.com/falso_profeta.htm;
[g]. http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/304/a-ressurreicao-do-corpo-no-ensino-de-jesus ;
 [h]. http://solascriptura-tt.org/EscatologiaEDispensacoes/RessurreicaoEsperancaGloriosa-CleversonFaria.htm ;




OBRAS CONSULTADAS:
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
-. HORTON, S. M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed., RJ: CPAD, 2001.
-. LAWSON, S. J. As Sete Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final de Cristo para seu povo. 5.ed., RJ: CPAD;
-. BLOMBERG, C. L. Questões Cruciais do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2010.
-. RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2007.
-. RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1.ed., RJ: CPAD, 2005.

Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/ , na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.


Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site, impressão, etc.).
Francisco de Assis Barbosa