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UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

Este Blog não é a palavra oficial da Igreja ou da CPAD. O plano de aula traz um reforço ao seu estudo. As ideias defendidas pelo autor do Blog podem e devem ser ponderadas e questionadas, caso o leitor achar necessário. Obrigado por sua visita! Boa leitura e seja abençoado!

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14 de julho de 2011

Lição 4 – A Comissão Cultural e a Grande Comissão

24 de julho de 2011

Texto Áureo

“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” (Mt 28.19).

O tema de Mateus é Cristo como Rei, e a incumbencia final de Jesus aos seus súditos reflete uma perspectiva global. O ministério terreno de Cristo foi dirigido a Israel (Mt10.5,6), mas a proclamação do seu Reino e a adesão à sua autoridade estende-se a todas as nações. A forma pela qual os discípulos devem reconhecer abertamente sua lealdade a Cristo é através do batismo em águas, ministrado em nome da Trindade.

Verdade Prática

A evangelização requer da Igreja a proclamação integral do Evangelho ao mundo todo.

Leitura Bíblica em Classe

Gênesis 1.26-30; Marcos 16.15-18,20

Objetivos

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Compreender que a missão integral é uma ordenança divina;
- Saber que a Comissão Cultural é uma convocação à igreja, e
- Conscientizar-se de que o Senhor Jesus comissionou-nos a pregar, a batizar e a fazer discípulos em todo o mundo.

Palavra-Chave

MISSÃO INTEGRAL

Proclamação da mensagem da salvação mediante a pregação e as ações que seguem-se a esta, tendo sempre a visão total do homem.

Comentário

(I. Introdução)

Ao ensinar a vida e princípios do Reino, Jesus guia seus discípulos a pensar, viver e orar para que seu Reino alcance todo o planeta (Mt 6.10). Isso é visto claramente nos ensinos de suas parábolas no capítulo 13 de Mateus. A missão de pregar em ‘todos os lugares’ que ‘o reino de Deus está chegando’ dada por Jesus aos discípulos também reflete esse caráter expansivo do reino. Em nosso Texto de Ouro, o Rei deu-nos a ‘Grande Comissão’, a incumbência máxima de ir a todas as nações, ensinando e batizando a fim de integrá-las ao seu Reino. Escatológicamente, Cristo afirma que o fim somente chegaria quando ‘este evangelho do Reino’ fosse pregado ‘em todo o mundo’ (Mt 24.14). A Igreja é responsável por essa ‘Missão Integral’ e deve proclamar o evangelho mediante a pregação, bem como, de ações que se seguem a esta, visando o bem do homem como um todo. Esse entendimento teremos ao fim desta lição, compreendendo que a Missão Integral é uma ordenança divina. Boa Aula!

(II. Desenvolvimento)

I. MISSÃO INTEGRAL – UMA ORDENANÇA DIVINA

1. Uma responsabilidade que vai além da evangelização. Deus é o Criador e o Juíz de todos os homens. Portanto, devemos partilhar o seu interesse pela justiça e pela conciliação em toda a sociedade humana, e pela libertação dos homens de todo o tipo de opressão. Nossa responsabilidade, portanto, vai além da proclamação do evangelho, deve levar em conta a constituição tricotômica do homem, que possui tabém necessidades fisicas e emocionais. É isso que se infere do texto de 1Ts 5.23 quando Paulo ora por seus convertidos para que estes sejam inteiramente santificados, isto é, em todo o seu ser – corpo, alma e espírito. A Grande Comissão de Cristo a todos os seus seguidores, em todas as gerações, declaram o alvo, a responsabilidade e a autorga da tarefa missionária da Igreja. É digno de nota que, esse imperativo de Jesus nos ordena a concentrar forças para alcançar os perdidos e não em ‘cristianizar’ a sociedade ou assumir o controle político de uma nação; nosso interesse não deve ser o de aumentar o número de membros de nossa denominação, mas sim, fazer discíplos que observem os mandamentos do Senhor e que o seguem de toda a mente, coração e vontade (Jo 8.31).

2. A Missão Integral da Igreja. O comentarista da lição define muito bem o termo “Missão Integral” e o papel que esta ocupava na Igreja Primitiva. Hoje, nós sabemos que o papel da Igreja não está restrito apenas ao sagrado, mas ela é também exerce as funções de uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos, e que tem por finalidade principal, anunciar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. A Igreja pode e deve criar e manter serviços de evangelização concomitantes com a assistência social, inclusive, assessorias educacional e cultural, inclusive, havendo oportunidade, celebrar convênios com entidades públicas ou privadas que comunguem dos mesmos objetivos da Igreja, visando a aplicabilidade dos projetos sociais, desde que, não firam os princípios bíblicos que norteiam a Igreja.

3. O marco histórico da Missão Integral. As ulltimas décadas têm sido influênciadas, em termos de missões, por vários movimentos. O comentarista da lição destacou o Movimento de Lausanne. A partir da conferência de Lausanne, na Suiça, em 1974, o mundo evangélico é levado a refletir sobre sua tarefa missionária e sobre a cooperação no cumprimento da missão. Com o lema “toda a Igreja levando todo o Evangelho a todo o Homem em todo o Mundo”, a conferência alcançou bem mais do que os participantes, criando um movimento mundial com benefícios incalculáveis para as missões. Conferências regionais foram realizadas e, em 1989, Lausanne II em Manilla, Filipinas. O movimento Lausanne quer:

a. dar uma orientação teológica, baseada na Biblia, acerca da motivação missionária e seu conteúdo;

b. estimular os cristãos a uma responsabilidade maior pela evangelização que já vem ocorrendo nas diferentes denominações e movimentos;

c. inspirar os cristãos, individualmente, a um serviço intensivo de intercessão e de ofertar bem mais para missões;

d. conscientizar os cristãos de que evangelização e ação social devem acompanhar um ao outro; e

e. possibilitar contatos ecumênicos entre a cristandade evangélica para melhor planejamento e cooperação[1].

É digno de nota que, houveram outros movimentos de destaque no decorrer do último século, entre eles, o Movimento do Crescimento da Igreja, iniciado por Donald McGravan, professor de Missões no Fuller Theological Seminary, Passadena, EUA. Este movimento tem sido fortemente criticado por só se preocupar com o crescimento numérico mas, ultimamente, os seus defensores vêm enfatizando o ‘crescimento equilibrado da Igreja’, incluindo, além do crescimento quantitativo, também o qualitativo e o orgânico. Também, o Movimento Ano 2000 (AD 2000), surgido de uma reunião em janeiro de 1989, em Singapura, onde foi realiazada uma Consulta Global de Evangelização Mundial para o ano 2000 e Além. Esta consulta deu origem ao movimento denominado AD 2000. Este movimento deu enfoque principal à chamada ‘janela 10/40’[2].

Sinópse do Tópico (1)

A evangelização deve contemplar o homem como um todo – corpo, alma e espírito.

II. COMISSÃO CULTURAL – UMA CONVOCAÇÃO À IGREJA

1. Um chamado à responsabilidade. O cristianismo visto como uma cosmovisão de mundo é um importante aspécto para a transformação da sociedade amalgamando-a numa cultura debaixo do senhorio de Cristo. A Comissão Cultural diz respeito à restauração da criação através da construção de uma sociedade para a glória de Deus. Através da graça comum*, o homem pode produzir uma cultura que reflita a ordem original da criação em todos os aspéctos da vida humana. Deus criou o homem para ser seu agente em seu reino, para governar e dominar o resto da criação. O poder e autoridade do ser humano para o exercício desse governo tem a sua origem no desejo de Deus de fazer o ser humano à sua própria imagem e semelhança. A graça comum é a fonte de toda a ordem, o refinamento, a cultura, a virtude comum, etc., que encontramos no mundo, e através dela é que o poder moral da verdade no coração e na consciência é aumentado, e as paixões maléficas dos homens são restringidas. Na verdade, é a graça comum que impede este mundo de ser transformado num inferno. Contudo, sem a iluminação do Espírito Santo, a graça comum é incapaz de produzir salvação. O parágrafo seguinte, escrito pelo Dr. S. G. Craig estabelece de maneira muito clara as limitações da graça comum: - "O Cristianismo entende que educação e cultura, que deixam Jesus Cristo fora de consideração, enquanto possam fazer homens mais inteligentes, polidos, brilhantes, não têm o poder para mudar dos seus caracteres. Quando muito tais coisas em si mesmas podem limpar o exterior do recipiente, sem no entanto afetar a natureza do seu conteúdo. Aqueles que depositam a sua confiança na educação, na cultura e em coisas afins, assumem que tudo o que seja necessário para transformar uma oliveira selvagem numa oliveira boa é regar, podar, cultivar e assim por diante, enquanto que o que a árvore precisa, em primeiro lugar, é seja enxertada com um broto de uma oliveira boa. E até que isto seja feito, todo trabalho dispensado à árvore é na maior parte jogado fora. Nós não subestimamos o valor da educação e da cultura, e todavia alguém poderia tanto supor-se capaz de purificar as águas de um rio simplesmente em melhorando as margens do mesmo, como também supor que estas coisas, próprias de si mesmos são capazes de transformar os corações dos filhos dos homens .... como um antigo provérbio Judeu diz: "pegue uma árvore de frutos amargos e plante-a no jardim do Éden e regue-a com as águas dali; e deixe o anjo Gabriel cuidar dela, e a árvore ainda assim produzirá frutos amargos." [3]

2. Restaurando a dignidade humana. A habilidade do ser humano para manter o seu papel como governador delegado da terra repousará na sua obediência contínua ao governo de Deus como o Rei de tudo. O seu poder para reinar na vida apenas irá até onde vai a sua fidelidade em obedecer à lei de Deus. O homem é distinto do restante da criação. O Conselho divino e triúno determinou que o ser humano deveria ter a ‘imago Dei’. O homem é um ser espiritual que não é apenas corpo, mas também alma e espírito. Ele é um ser moral cuja inteligência, percepção, autodeterminação excedem em muito os de qualquer outro ser terreno. Capacidade e habilidade constituem responsabilidade. Nós nunca deveríamos estar felizes em viver num nível de existência inferior àquele em que Deus tornou possível que nós vivêssemos. Nessa percepção, devemos lutar para ser o melhor que podemos ser e alcançar os níveis mais altos que pudermos atingir. Fazer menos que isso é ser servo infiel da vida que nos foi concedida (ver Sl 8.4,5; 139.13,14).

(*) Graça comum é um conceito teológico do protestantismo, primariamente em círculos calvinistas ou reformados, que se refere à graça de Deus que é comum a toda a humanidade. Ela é comum porque seus benefícios se estendem a todos os seres humanos sem distinção. Ela é graça porque é concedida por Deus em Sua soberania. Neste sentido, a graça comum distingue-se da concepção calvinista de graça especial ou graça salvadora, que se estende somente aos escolhidos por Deus para a redenção. Deus faz com que o Seu sol nasça sobre o mau e sobre o bom, e manda chuva sobre o justo e sobre o injusto. Ele provê estações frutíferas e dá muitas coisas as quais contribuem para a felicidade da humanidade em geral. Entre as bênçãos mais comuns que devem ser atribuídas à esta fonte, podemos enumerar a saúde, a prosperidade material, a inteligência em geral, os talentos para a arte, música, oratória, literatura, arquitetura, comércio, invenções e etc.

Sinópse do Tópico (2)

Deus concedeu ao homem a responsabilidade pela administração da terra.

III. GRANDE COMISSÃO – A IGREJA PROCLAMA O EVANGELHO AO MUNDO

1. A Grande Comissão. Ide... ensinai...batizando”, estas palavras constituem a Grande Comissão de Cristo a todos os seus seguidores, em todas as gerações. Declaram o alvo, a responsabilidade e a autorga da tarefa missionária da Igreja. A igreja deve ir a todo o mundo e pregar o evangelho a todos de conformidade com a revelação do Novo Testamento, da parte de Cristo e dos apóstolos. Esta tarefa inclui a responsabilidade primordial de enviar missionários a todas as nações (At 13.1-4). O evangelho pregado centraliza-se no arrependimento e na remissão de pecados (Lc 24.47), na promessa do recebimento de ”o dom do Espírito Santo” (At 2.38), e na exortação de separar-nos desta geração perversa (At 2.40), ao mesmo tempo em que esperamos a volta de Jesus, do céu (At 3.19, 20; 1Ts 1.10)[4].

2. O “ide”. O próprio Cristo instituiu a obra missionária cristã como uma tarefa santa e obrigatória da Igreja. “E, quando saiam, encontraram um homem cirineu, chamado Simão, a quem constrangeram a levar a sua cruz” (Mt 27.32) – esse texto nos lembra de que as diferentes culturas foram representadas no Calvário e na Igreja:

1) Simão: homens sábios de todas as idades teriam a honra de poder realizar a tarefa que era concedida a Simão de Cirene, um homem negro do noroeste da África. Independentemente de serem voluntárias ou obrigadas, as mãos negras foram estendidas para ajudar o Salvador a carregar sua cruz;

2) O eunuco etíope da África (At 8.26) foi o primeiro convertido gentio citado pelo nome nos Atos dos Apóstolos. A história relata que ele retornou à Etiópia para fundar a Igreja Cristã Abssínia, que existe até hoje[5].

3. A ordem é fazer discípulos em todas as nações. O termo grego ethne, traduzido por nações no versículo 19, significa ‘grupos de pessoas’ – hoje em dia estima-se que haja cerca de 24.000 etnias no mundo. A exemplo de Paulo, que centralizou seu esforço ministerial nas missões, principalmente nas áreas onde o evangelho não tinha sido pregado suficientemente e assim facultou áqueles que não tinham ouvido a oportunidade de aceitarem a Cristo. Paulo questiona: “Como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rm 10.14). Um ‘púlpito’ pessoal é designado a cada crente – em casa, na comunidade, no trabalho ou na escola – para mostrar e contar aos outros as boas novas. Como diz Paulo: ‘eu sou devedor’, para demonstrar seu senso de obrigação de anunciar o evangelho.

Sinópse do Tópico (3)

O Senhor Jesus comissionou a Igreja para que pregue, batize e faça discípulos em todo o mundo.

(III. Conclusão)

toda a Igreja levando todo o Evangelho a todo o Homem em todo o Mundo”, este é o lema da Missão Integral, e quantas vezes temos esquecido ou negligenciado isso e consideramos a atividade evangelizadora à parte da atividade social? O Pacto de Lausanne afirma: “Embora a reconciliação com o homem não seja reconciliação com Deus, nem a ação social evangelização nem a libertação política salvação, afirmamos que a evangelização e o envolvimento sócio-político são ambos parte do nosso dever cristão. Pois ambos são necessárias expressões de nossas doutrinas acerca de Deus e do homem, de nosso amor por nosso próximo e de nossa obediência a Jesus Cristo” (Mt 5.13; Lc 6.47,48).

"Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade." (1Jo 3.18)

N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),

Francisco A Barbosa

auxilioaomestre@bol.com.br

Questionário

1. Porque a evangelização deve contemplar o ser humano como um todo?

R. Porque o ser humano não é composto apenas de alma e espírito, mas também possui necessidades fisicas e emocionais.

2. O que é Missão Integral?

R. Proclamar a mensagem da salvação mediante a pregação e as ações que a esta se seguem, tendo sempre a visão total do homem.

3. O Evangelho visa somente a salvação do homem do pecado e do inferno? Por quê?

R. Não. Porque visa levá-lo a agir como instrumento transformador da sociedade na qual acha-se inserido.

4. Quais são os objetivos da Grande Comissão?

R. a) proclamar o Evangelho em palavras e ações a toda criatura; b) discipular os novos conversos; c) integrá-los espiritual e socialmente na igreja local.

5. O que você tem feito em favor da Grande Comissão?

R. Resposta pessoal.

Notas Bibliográficas

[1]. Adaptado de EKSTRÖN, Bertil, História de Missões – Um guia de estudo da história missionária, Editora Betânia, Belo Horizonte, MG, 1993, p. 60;
[2].Ibidem, pp. 61, 62;
[3].Extraído do texto ‘Graça Comum’, por Loraine Boettner, disponível no Blog Monergismo: http://www.monergismo.org.br/;
[4].Adaptado de Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, Nota textual de Mt 28.19, p.1452;
[5].Adaptado de Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2001,Dinâmica do Reino, p.990.
Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/, na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.

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