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6 de janeiro de 2019

(JOVENS) Lição 2: Os Preparativos para a Conquista


REVISTA JOVENS 1° TRIMESTRE 2019
TEMA: Rumo à Terra Prometida — A peregrinação do povo de Deus no deserto no livro de Números
COMENTARISTA: Reynaldo Odilo Martins Soares

- L I Ç Ã O   2 -
13 de Janeiro de 2019

OS PREPARATIVOS PARA A CONQUISTA

TEXTO DO DIA
“Os filhos de Israel assentarão as suas tendas, cada um debaixo da sua bandeira, segundo as insígnias da casa de seus pais; ao redor, defronte da tenda da congregação, assentarão as suas tendas.” (Nm 2.2)

SÍNTESE
O povo de Deus deve viver em unidade, santidade, e também deve conhecer sua força e preparar-se para os embates da vida; sabendo, especialmente, que a vitória vem do Senhor.

TEXTO BÍBLICO
Números 1.1-4, 18,19, 52,53
1 Falou mais o SENHOR a Moisés, no deserto do Sinai, na tenda da congregação, no primeiro dia do segundo mês, no segundo ano da sua saída da terra do Egito, dizendo:
2 Tomai a soma de toda a congregação dos filhos de Israel, segundo as suas gerações, segundo a casa de seus pais, conforme o número dos nomes de todo varão, cabeça por cabeça;
3 da idade de vinte anos para cima, todos os que saem à guerra em Israel, a estes contareis segundo os seus exércitos, tu e Arão.
4 Estará convosco de cada tribo um homem que seja cabeça da casa de seus pais.
18 e ajuntaram toda a congregação no primeiro dia do segundo mês, e declararam a sua descendência segundo as suas famílias, segundo a casa de seus pais, pelo número dos nomes dos de vinte anos para cima, cabeça por cabeça;
19 como o SENHOR ordenara a Moisés, assim os contou no deserto do Sinai.
52 E os filhos de Israel assentarão as suas tendas, cada um no seu esquadrão e cada um junto à sua bandeira, segundo os seus exércitos.
53 Mas os levitas assentarão as suas tendas ao redor do tabernáculo do Testemunho, para que não haja indignação sobre a congregação dos filhos de Israel; pelo que os levitas terão o cuidado da guarda do tabernáculo do Testemunho.

COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Os israelitas permaneceram no deserto do Sinai (após a história narrada em Êxodo), mas o lugar da manifestação de Deus tinha migrado do monte para a planície do deserto (Nm 3.14), onde estava o tabernáculo (erguido um mês antes - Êx 40.17; Nm 1.1). Nesse cenário, Deus levantou líderes para guiar o seu povo: Moisés, Arão (Nm 1.1,3) e um líder de cada tribo de Israel (Nm 1.4).  O Senhor mencionou-os nominalmente (Nm 1.5-15), declarando, que eles seriam “príncipes das tribos de seus pais” (Nm 1.16). Os hebreus tinham potencial para conquistar o território de Canaã, mas lhes faltou humildade, obediência e fé, para seguirem até o fim. Todos aqueles líderes, nomeados por Deus, e seus companheiros, morreram no deserto. Começaram bem, mas terminaram mal. Por isso, os fatos narrados em Números devem ser cuidadosamente observados, pois trazem graves advertências para todos.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 2, 13 Jan, 2019]
- O livro dos números é sobre o povo de Deus no deserto - como eles chegaram lá, como Deus lida com eles no deserto, e como Ele os leva para fora do deserto a caminho da Terra Prometida. Os erros e pecados de Israel servem-nos de alerta para que não venhamos a cometer os mesmos enganos. O monte Sinai é um lugar especial para todo o povo de Deus. Ali Deus revelou-se de modo especial a Moisés e a Israel e lhe entregou os Dez Mandamentos. Ali os israelitas tiveram a revelação da glória e da santidade do Todo-Poderoso. Tiveram também a revelação da sua natureza, da sua lei, da expiação do pecado, da vontade divina e do seu culto. A distância do Sinai a Canaã é de quase 500 quilômetros, e seria percorrida em um curto prazo pelos israelitas, mas infelizmente levou 38 anos. A demora decorreu como parte do julgamento divino dos pecados de incredulidade, murmuração, rebelião e desvio dos israelitas (Dt 2.14,15). A permanência no Sinai, conforme as determinações do Senhor a Moisés, foi cerca de onze meses. Durante sua permanência ali, Israel caiu no abominável pecado da idolatria do bezerro de ouro (Êx 32.1-8,25). Com a idolatria veio a obscenidade, a imoralidade e a prostituição. Este horrível pecado de Israel é mencionado várias vezes através da Bíblia, sempre de modo infamante como em 1 Coríntios 10.7: “Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber e levantou-se para folgar”. Apesar de Israel ter falhado, o eterno propósito salvífico de Deus não falhou (Ef 3.11).. – That said, let's think maturely the Christian faith!

I - CRIANDO A ORDEM SOCIAL
1. Censo para a guerra. O livro de Números começa com o Senhor determinando a contagem dos israelitas aptos para a guerra, expressão repetida várias vezes em Números 1. O Senhor estava revelando, assim, que haveria guerras, pois os inimigos continuariam colocando obstáculos ao projeto de Deus, aliás, os israelitas já tinham lutado e vencido uma batalha contra os amalequitas (Êx 17.8-16). Interessante que, mesmo com a promessa de Deus “[…] a tua semente possuirá a porta dos seus inimigos” (Gn 22.17), Israel precisava conhecer sua força militar e preparar-se para os embates futuros; crendo que o Senhor daria força, estratégia, e desenvoltura belicosa para guerrear e vencer os inimigos. Eles só não poderiam ficar inertes, pois a Terra Prometida seria conquistada com muito esforço. Definitivamente, a vida dos servos de Deus nunca foi, nem nunca será fácil. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 2, 13 Jan, 2019]
- "O tema do livro de Números é a jornada para a Terra Prometida de Canaã. Seus primeiros dez capítulos, cobrindo apenas cinquenta dias, descrevem como Moisés organizou Israel para a marcha do Sinai até a Terra Prometida. "(Wenham). Deus ordenou a Moisés que fizesse o censo de Israel pelas diversas tribos, e que contasse somente o número de homens prontos para a guerra, ou seja, de vinte anos para cima, exceto os da tribo de Levi, que seriam contados separadamente sob outro critério, pois eles não seriam empenhados nas batalhas de Israel em Canaã, pois tinham a seu cargo os serviços do tabernáculo, e não receberiam também terras como herança na terra prometida. Se nos atentarmos para a exata conta dos israelitas, os números mostrados dos apenas jovens de 20 anos para cima, revelariam uma população muito grande de mais de dois milhões de pessoas. O livro de Números nos dá uma grande visão: para onde Deus está nos levando? O que é preciso para chegar lá? Que qualidades internas Deus deve desenvolver e exigir em nós ao longo do caminho?

2. Censo sem discriminação. Observa-se que a iniciativa do censo foi de Deus e não de Moisés (Nm 1.1,2). O Senhor anelava que eles se credenciassem, que assumissem a posição de guerreiros, afinal não eram mais escravos. Os que se sentissem aptos para o alistamento seriam agregados ao exército de Israel. Deus usaria a todos que se dispusessem a lutar. O censo não seria feito levando em consideração a posição econômica, a intelectualidade, a força física ou outros requisitos; o objetivo era conhecer o número de jovens, “da idade de vinte anos para cima, capazes de sair à guerra em Israel” (Nm 1.2,3). Ninguém apto seria desprezado, demonstrando o princípio segundo o qual toda pessoa “nascida de novo” é um instrumento de Deus, pois certamente recebeu algum talento do Senhor (Mt 25.14-30).”. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 2, 13 Jan, 2019]
- “Esta contagem exclusiva de pessoas do sexo masculino, em idade adulta, e em condições plenas de compor o exército de Israel, não configurava uma forma de discriminação às mulheres, crianças e aos velhos, mas tinha o propósito de servir de figura da igreja de Cristo, que independente de sexo, idade e condição social, é composta por pessoas que são reputadas por Deus como verdadeiros soldados de Cristo, em condições de estarem preparados para a batalha permanente que terão que enfrentar contra as hostes espirituais do mal, enquanto estiverem neste mundo, assim, como os israelitas tiverem que lutar em Canaã, para conquistar a posse da terra. Para a construção do tabernáculo, os mesmos homens, de vinte anos para cima, tinham sido taxados, e o número deles era de seiscentos e três mil, quinhentos e cinquenta (Êx 38.26).(Silvio Dutra, ‘Censo das Tribos de Israel - Números 1’. Disponível em: https://www.texton.com.br/artigos/18258/#!/censo-das-tribos-de-israel-numeros-1. Acesso em: 5 Jan, 2019).

3. Senso organizacional. Depois de fazer o censo, o Senhor ordenou como as tribos deveriam ser distribuídas no acampamento: a Norte, Sul, Leste e Oeste do tabernáculo, quer quando estivessem acampados, quer quando estivessem em marcha (Nm 2.1- 32). É impressionante como, ao longo das Escrituras Sagradas, Deus demonstrou ser extremamente detalhista e organizado. O improviso não faz parte do Reino de Deus. A descendência e o nome das famílias era importante para Deus, por isso foram contados nominalmente (Nm 1.18). A posição geográfica das tribos também foi determinada por Deus, certamente observando o número de pessoas em cada família. Isso nos mostra que o Senhor tem cuidado pelo seu povo e por sua obra, nada acontecendo por acaso ou coincidência. Deus sempre tem o controle de tudo e nenhum dos seus propósitos pode ser impedido (Jó 42.2). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 2, 13 Jan, 2019]
- A ordem para contar os possíveis soldados não deveria implicar que Israel tomaria a terra por suas forças superiores ou simplesmente a bravura daqueles homens - eles receberiam a Terra Prometida pelas mãos de Deus. No entanto, eles ainda tinham que lutar e saber o que estava disponível para eles quando eles foram para a batalha. Dois recenseamentos acontecidos muito próximos, o número de israelitas citado em Êx 38.26, é o mesmo da contagem citada em Nm 1.46, isto é, 603.550. O interessante aqui é que Deus queria a conta feita por suas famílias porque a força de Israel era determinada pela força de famílias individuais. Na verdade, o senso organizacional visava ‘educar’ o povo. Israel havia estado nesta viagem de Êxodo por mais de um ano, e haviam se reunido de qualquer maneira. Mas agora, prestes a entrar na Terra Prometida, eles teriam que tomar o passo seguinte em organização e ordenarem-se. “Deus não é Deus de confusão, senão de paz” (1Co 14.33). A obra de Deus sempre foi feita e ainda deve ser feita “decentemente e com ordem”. Nenhuma obra feita no nome dele que tem confusão, desordem e falta de decência é dele.


II – CONSTRUINDO A IDENTIDADE NACIONAL
1. Senso de pertencimento. Ao analisar as determinações divinas, nos primeiros capítulos de Números, observa-se que Deus mostrou interesse com o senso de pertencimento social dos hebreus. Devido ao longo período em que viveram no Egito, esse censo foi eventualmente fragmentado. Assim, Deus determinou que as pessoas acampassem “junto ao seu estandarte, segundo as insígnias da casa de seus pais” (Nm 2.2). O senso de pertencimento deveria nortear todos. A vida no acampamento deveria ser notoriamente comunitária, sem espaço para egocentrismos ou egoísmo, pois o Senhor já havia ordenado: “[…] amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor” (Lv 19.18). Cada clã deveria funcionar no afã de fazer o bem aos seus integrantes, mas também aos vizinhos, tudo em santidade e constante adoração a Deus, tendo o tabernáculo ao centro. Nas festas, nos descansos, nas viagens, nas guerras, as tribos sempre deveriam estar juntas. Afinal, onde existe amor, existe milagre! Quando Deus preside um ajuntamento, essa regra é imutável.”. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 2, 13 Jan, 2019]
- Israel esteve nesta jornada do Êxodo por mais de um ano, e eles se encontraram quase que sem ordem, cada um da maneira que desejava. Mas agora, prontos para entrar na Terra Prometida, eles tinham que dar o próximo passo na organização: ordenar a si mesmos. Eles deveriam acampar ao redor do tabernáculo do encontro: No centro dessa ordem estava o próprio tabernáculo. As tribos se organizavam a leste, sul, oeste e norte em relação ao tabernáculo. Já que o tabernáculo era simbolicamente a presença de Deus com eles, isso significava que toda a ordem em Israel começou a ser centralizada em torno do próprio Deus. Igual forma, havia uma ordem para o acampamento e a marcha para as tribos. Eles devem se mover como um exército ordenado, não como uma multidão.

2. Senso de serviço. O livro de Gênesis mostra o homem perdendo a comunhão com Deus; no livro do Êxodo, a humanidade reencontra o caminho da comunhão; em Levítico, o homem é ensinado a respeito da verdadeira adoração e em Números, é ensinado a servir. Um novo comportamento começava a surgir, representado na expressão: “Assim fizeram os filhos de Israel; conforme tudo o que o Senhor ordenara a Moisés, assim o fizeram” (Nm 1.54). Os filhos de Israel estavam acostumados a servir por obrigação, debaixo do jugo egípcio, mas agora eles deveriam aprender a servir uns aos outros em amor. Especialmente os levitas, que não trabalhavam secularmente e deveriam ser mantidos pelas demais tribos, bem como, e sobretudo, em relação ao santuário do Senhor. Isso seria uma bênção, já que, por intermédio do serviço ao próximo, e a Deus, as pessoas são aperfeiçoadas, pois, à proporção que elas se doam, em amor, vão morrendo um pouco mais para seus egoísmos e vaidades, e são vivificadas para com Deus. Os hebreus precisavam aprender a servir a Deus e ao próximo.”. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 2, 13 Jan, 2019]
- “E os filhos de Israel fizeram conforme tudo o que o Senhor ordenara a Moisés, e assim fizeram”: Contar, ou fazer inventário, é um passo essencial na organização e no progresso. Em preparação para entrar na Terra Prometida, Israel teve que ser organizado - Deus é um Deus organizado, e se move através da organização, mesmo quando não podemos decifrá-lo! Portanto, era essencial que Israel fizesse o inventário e visse onde eles estavam. O tema de Números é o serviço e o andar do povo de Deus. Nisto podemos ver a severidade e bondade de Deus. Na geração velha (que saiu do Egito) vemos a severidade de Deus, a justiça de Deus e a inflexibilidade da Palavra de Deus. Porque o povo não obedeceu Deus e sua Palavra, e por isso sofreu a correção severa de Deus. Esta geração toda (menos Josué e Calabe) morreu no deserto por causa da sua incredulidade e infidelidade. Na geração nova (que nasceu no deserto e de 20 anos para baixo) vemos a bondade de Deus e a fidelidade infalível de Deus em cumprir a sua promessa e propósito ao seu povo para dar a terra prometida a eles (1Co 10.1-12).

3. Senso de reverência sacerdotal. Deus escolheu a tribo de Levi como a sua propriedade particular, fazendo com que seus membros não trabalhassem, nem fossem à guerra, mas que cuidassem exclusivamente da manutenção e das celebrações do santuário. Isso, possivelmente, foi um choque cultural para aquela nação de ex-escravos. Entretanto, em nenhum momento do Pentateuco, registra-se qualquer tipo de incômodo contra esse “privilégio” levítico. A distinção estabelecida por Deus foi plenamente admitida, conforme está escrito: “[…] conforme tudo o que o SENHOR ordenara a Moisés acerca dos levitas, assim os filhos de Israel lhes fizeram” (Nm 8.20). Dessa forma, em regra, as demais tribos reverenciavam a função sacerdotal da tribo levítica, não obstante tenham se rebelado especificamente contra Moisés e Arão em algumas oportunidades.”. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 2, 13 Jan, 2019]
- Note que o comentarista afirma ‘fazendo com que seus membros não trabalhassem’, ora, eles trabalhavam sim, seu serviço era o sacerdócio, escolhido pela graça soberana de Deus. É Deus quem determina o serviço de cada um dos seus servos e todo serviço de Deus é importante. Não há nenhum que está sem importância. Todo servo de Deus é responsável para cumprir o seu próprio cargo com toda fidelidade. Deve se preocupar com o cargo seu dado por Deus. Os levitas tinham mostrado a sua fidelidade quando Israel fez o bezerro de ouro e os levitas se ajuntaram a Moisés para ficar contra os infiéis (Êx 32.25-29). Eles foram ordenados para ser o sacerdócio de Israel. Estes eram escolhidos para ficar no lugar dos primogênitos de Israel toda. Na páscoa do Egito Deus tinha ordenado os primogênitos para ser seus servos especiais. O total dos levitas deu 22.300. Desse total, somente 8.580 homens foram qualificados, preparados e aceitados para o serviço do tabernáculo.


III – CUIDANDO DA VIDA ESPIRITUAL
1. A importância dos levitas. Antes de conquistar a Terra Prometida, Deus determinou um levantamento numérico dos guerreiros, organizou o acampamento e mostrou como seriam os deslocamentos. Ele incutiu na mente do povo o senso de pertencimento social e a necessidade do serviço no tabernáculo e ao próximo, além de criar um serviço de assistência aos levitas. Assim, em linhas gerais, a vida social e político-administrativa dos filhos de Israel estava bem encaminhada formalmente, mas ainda precisavam ser estabelecidos alguns princípios religiosos. Para o ensino e a função sacerdotal, o Senhor escolheu a tribo de Levi (Nm 3.11,12). Isso era de vital importância, pois os hebreus precisavam ser ensinados a respeito da Lei do Senhor, recentemente dada no Sinai, para que vivessem em serviço e santidade, pois só assim teriam uma jornada vitoriosa. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 2, 13 Jan, 2019]
- Deus tinha ordenado a ordem do arraial de Israel ao redor do tabernáculo e a obra do sacerdócio dos levitas. "... os levitas serão meus" (Nm 8.14b) - em Genesis 29.34 fala de Levi, como sendo o terceiro filho de Jacó e Lia, e a tribo foi eleita para exercer o culto em Israel. Tornou-se assim uma tribo, com tarefas especiais, separada das outras tribos e mantinha em funcionamento os sacrifícios no templo de Jerusalém. Durante a peregrinação no deserto tinham a incumbência de zelar pelo tabernáculo, isto é desmanchar e montá-lo em outro lugar (Nm 1.47-54). Os sacerdotes eram levitas mas nem todo levita era sacerdotes.

2. Vida espiritual no centro. Em Números 2.2 Deus determinou que a “tenda da congregação” ficasse localizada no meio do acampamento, quer o arraial estivesse em deslocamento, quer não, obviamente por ser aquele o lugar mais protegido e importante. O Senhor estava mostrando ao povo que a vida espiritual (representada pelo santuário móvel) constituía-se no bem mais precioso daquela jornada, por isso deveria estar no centro. Eles deveriam ter levado aquela verdade a sério, pois nela residia toda a esperança de sucesso, enquanto nação, daqueles ex-escravos. Deus estava ensinando que a vitória acha-se em permitir que o Senhor ocupe o lugar mais nobre — o centro de tudo. Estratégia, planejamento operacional, coragem, força e capacidade intelectual são importantes, mas o segredo da prosperidade — para o crente — está em entregar a Deus o primeiro lugar na vida (Mt 6.33).”. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 2, 13 Jan, 2019]
- Os filhos de Israel acamparam ao lado da insígnia de suas famílias e ao redor do tabernáculo.: No centro dessa ordem estava o próprio tabernáculo. As tribos se organizavam a leste, sul, oeste e norte em relação ao tabernáculo. Já que o tabernáculo era simbolicamente a presença de Deus com eles, isso significava que toda a ordem em Israel começou a ser centralizada em torno do próprio Deus. Deus sabia que o povo precisava se fortalecer espiritualmente para confiar nele diante dos desafios que enfrentariam, então ele conduziu os israelitas ao monte Sinai, onde teriam um ano de preparo antes de prosseguir para a terra prometida. Nesse tempo, eles receberam a lei do Senhor, prepararam o tabernáculo como um tipo de templo móvel e aprenderam sobre o papel dos sacerdotes e sobre sacrifícios e outros ritos religiosos. Deus estabeleceu ordem entre esse povo, até definindo a posição de acampamento de cada tribo e a sequência de saída em caso de batalha.

3. Vivendo para servir. Quando os filhos de Israel saíram do Egito não tinham regras a seguir, mas agora o Senhor ensinava um novo padrão doutrinário e cultural que eles deveriam adotar. Era o início, o nascedouro da cosmovisão judaico-cristã. O Senhor estabeleceu muitas (e detalhadas) regras para que, por elas, o povo desenvolvesse uma vida plena de santidade e serviço. Não é por acaso que entre os capítulos 3 e 9 de Números, o Espírito Santo ensinou inúmeras condutas que envolviam tanto a celebração cultual como o dia a dia do povo, — Deus estava deixando muito claro sobre a necessidade de os hebreus viverem no centro da sua vontade.”. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 2, 13 Jan, 2019]
- “Tradição judaico-cristã ou somente judaico-cristianismo é um termo genérico usado para caracterizar o conjunto de crenças em comum do judaísmo e o cristianismo, bem como a herança das tradições judaicas herdadas pelos cristãos. Este termo é apropriado para caracterizar, como principal fonte doutrinária das crenças judaicas e cristãs, o conjunto de livros composto pelo Velho Testamento e o Novo Testamento” (WIKIPÉDIA). Todo servo de Deus é responsável para cumprir o seu próprio cargo com toda fidelidade. Deve se preocupar com o cargo seu dado por Deus.

CONCLUSÃO
Como visto, os preparativos da viagem no deserto incluíam organização, estratégia, sentimento de unidade entre as tribos, mas, principalmente, o desenvolvimento de um profundo senso de compromisso do povo com Deus e a sua Palavra. O Senhor tinha chamado o seu filho do Egito e, por isso, estava ensinando-o a andar e dando-lhe mantimento, mas quanto mais o atraía, mas se ia de sua face (Os 11.1-4). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 2, 13 Jan, 2019]
- Israel é apresentado como “uma comunidade em marcha”; ele tinha um objetivo ordenado, e, a fim de alcançá-lo, deveria aprender a depender de Deus e se entregar aos Seus propósitos. “Durante esses quarenta anos, Deus preparou a nação para a próxima etapa no seu plano, a conquista da terra prometida. Esse preparo incluiu, principalmente, duas coisas:
(1) Deus continuou mostrando suas obras para aumentar a fé do povo e ajudá-lo a confiar nele. Ele disse: “e viram as minhas obras por quarenta anos” (Hebreus 3:9).
(2) Moisés foi muito dedicado ao trabalho de ensinar o povo, focando a preparação da nova geração que habitaria em Canaã. Observamos, especialmente nos últimos capítulos de Números e no livro de Deuteronômio, sua ênfase em ensinar o que seria importante depois de tomarem posse da terra. É especialmente notável que o capítulo logo depois da sentença de ficarem quarenta anos no deserto começa com estas palavras: “Disse o SENHOR a Moisés: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando entrardes na terra das vossas habitações, que eu vos hei de dar...” (Nm 15.1-2). Por quarenta anos, uma geração foi castigada enquanto a próxima se preparou para receber a herança prometida por Deus.” (Dennis Allan; Israel no Deserto: Quarenta Anos de Castigo e Preparo. Disponível em: https://www.estudosdabiblia.net/jbd408.htm. Acesso em: 5 Jan, 2019).

Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Janeiro de 2019

HORA DA REVISÃO
1. Os fatos estudados nesta lição aconteceram em qual lugar?
No deserto do Sinai.
2. O censo mencionado em Números 1.1 foi determinado por Deus quanto tempo após o término da construção do tabernáculo?
Um mês.
3. Segundo a lição, a concordância do povo em relação ao sacerdócio levítico ficou demonstrada em qual texto bíblico?
Números 8.20.
4. Segundo a lição, qual a importância dos levitas?
Os hebreus precisavam ser ensinados sobre a Lei do Senhor, por meio dos sacerdotes e levitas, para que o povo não morresse no deserto e pudesse entrar em Canaã.
5. Por que razão há leis ao longo do livro de Números?
O Senhor estabeleceu muitas (e detalhadas) regras para que, por elas, o povo desenvolvesse uma vida plena de santidade e serviço. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 2, 13 Jan, 2019].