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19 de agosto de 2018

Lição 9: Jesus: o Holocausto Perfeito



Lições Bíblicas Adultos – 3° Trimestre 2018
TÍTULO: Adoração,Santidade e serviço
Subtítulo: Os princípios de Deus para sua igreja em Levíticos.
Comentarista: Claudionor de Andrade

Lição 9
26 de Agosto de 2018
Jesus: o Holocausto Perfeito

Texto Áureo

Verdade Prática
“Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez.” (Hb 10.10)

Os holocaustos da Antiga Aliança eram transitórios e imperfeitos, mas o sacrifício de Jesus Cristo é perfeito e eterno, porque Ele morreu e ressuscitou eficazmente por toda a humanidade.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Almeida Corrigida e Revisada Fiel
Levítico 1.1-9
1 - E chamou o SENHOR a Moisés e falou com ele da tenda da congregação, dizendo:
2 - Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando algum de vós oferecer oferta ao SENHOR, oferecereis as vossas ofertas de gado, de vacas e de ovelhas.
3 - Se a sua oferta for holocausto de gado, oferecerá macho sem mancha; ŕ porta da tenda da congregação a oferecerá, de sua própria vontade, perante o SENHOR.
4 - E porá a sua mão sobre a cabeça do holocausto, para que seja aceito por ele, para a sua expiação.
5 - Depois, degolará o bezerro perante o SENHOR; e os filhos de Arão, os sacerdotes, oferecerão o sangue e espargirão o sangue ŕ roda sobre o altar que está diante da porta da tenda da congregação.
6 - Então, esfolará o holocausto e o partirá nos seus pedaços.
7 - E os filhos de Arão, os sacerdotes, porão fogo sobre o altar, pondo em ordem a lenha sobre o fogo.
8 - Também os filhos de Arão, os sacerdotes, porão em ordem os pedaços, a cabeça e o redenho, sobre a lenha que está no fogo em cima do altar.
9 - Porém a sua fressura e as suas pernas lavar-se-ão com água; e o sacerdote tudo isto queimará sobre o altar; holocausto é, oferta queimada, de cheiro suave ao SENHOR.


Comentário
   INTRODUÇÃO

Apesar da glória e da simbologia do holocausto, os profetas não demoraram a revelar a transitoriedade desse ritual levítico. Eles sabiam que, embora a oferenda fosse eficiente como tipo de um sacrifício melhor e definitivo, não era eficaz, em si mesma, para redimir o pecador. Por isso, o holocausto tinha de ser oferecido, pela fé, com os olhos postos no Calvário. Conforme veremos nesta lição, o Senhor Jesus Cristo, ao encarnar-se, tornou-se o holocausto perfeito, para resgatar-nos de nossos pecados, tornando-nos propícios ao Pai. Ele é o Holocausto dos holocaustos. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 9, 26 Ago 18)

Definindo alguns termos, ‘oblação’, é uma oferta voluntária a Deus. É a tradução dos termos hebraicos Minhah, Teruma e Qorban; no Novo Testamento aprendemos que o cristão deve ofertar o seu próprio corpo como um “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Rm 12:1), e a forma com que devemos fazer isso é através do nosso culto racional. ‘Holocausto’ do grego Holos “todo” e kaustos “queimado”; Holocausto é toda oferta totalmente queimada pelo fogo. É a primeira oferta descrita por Deus. Quando a pessoa cometia um pecado deveria trazer um animal sem defeito para o sacerdote. O animal inocente simbolizava a perfeição moral, lembrando-nos do sacrifício futuro – Jesus Cristo. Este animal (boi, carneiro, bode ou pomba), serviria como substituto, levando o pecado da pessoa que o oferecia (Lv 1.3-4), era morto e seu sangue era derramado sobre o altar onde a carne era totalmente queimada (Êx 29.16-18) com o propósito de expiar os pecados em geral. Em Levítico, propriamente nos capítulos 1 ao 7, encontramos cinco oblações que descrevem totalmente as realizações do Calvário:
1º. O holocausto – envolvia sangue (Lv 1.1-17; 6.8-13): Cristo como Holocausto – Satisfaz a justiça. Adão desobedeceu a Deus. Jesus o glorificou. Pela cruz veio mais glória para Deus do que a que perdeu com a queda de Adão. Esta oferta vem em primeiro lugar.
2º. Oferta de Manjares – Sem sangue (Lv 2.1-16; 6.14-23): Cristo e a Oferta de Manjares – Revela a perfeição. Depois de apresentar o sangue precioso que nos deu a paz, ele alegra a Deus pelo que é em si mesmo.
3º. Oferta Pacífica – envolvia sangue (Lv 3.1-17; 7.11-34; 19.5-8; 22.21-25): Cristo e a Oferta Pacífica – Colocando-se entre Deus e os homens, Jesus trás a paz. Esta oferta significa reconciliação.
4º. Oferta pelo Pecado – envolvia sangue (Lv 4.1-35; 6.2430): Cristo e a Oferta pelo Pecado – Ele se ofereceu por nossos pecados e agora pode perdoar.
5º. Oferta pela Culpa – envolvia sangue (Lv 5.14-19; 7.1-17): Cristo e a Oferta pela Culpa – O pecado é considerado uma dívida a ser paga. É a sujeira ou impureza a ser lavada. Com sujeira não há como ir ao Santo dos Santos. Jesus se fez pecado por nós, para nos lavar. Seu sangue “os purifica de todo o pecado” (I Jo 1.7b). “Se alguém pecar, temos um advogado” (I Jo 2.1b). Dito isto, convido-o a pensarmos maduramente a fé cristã!

   TÓPICO l - O HOLOCAUSTO, O SACRIFÍCIO MAIS ANTIGO

O holocausto não foi estabelecido por Moisés, nem surgiu durante a peregrinação de Israel, no Sinai. Praticado desde a queda de Adão, foi observado até a destruição do segundo Templo em 70 d.C.

A palavra holocausto (em grego antigo: ὁλόκαυστον, ὁλον [todo] + καυστον [queimado]) tem origens remotas em sacrifícios e rituais religiosos da Antigüidade, em que animais (por vezes até seres humanos) eram oferecidos às divindades, sendo completamente queimados durante a noite para que ninguem visse. Nesse caso, holocausto quer dizer cremação dos corpos. Este tipo de sacrifício também foi praticado por tribos judaicas, como se evidencia no Livro do Êxodo capítulo 18, versículo 12: Então, Jetro, sogro de Moisés, trouxe holocausto e sacrifícios para Deus; (...).” (Cafetorah)

1. Definição de holocausto. O termo holocausto provém do vocábulo hebraico olah, que, entre outras coisas, significa: ascender ou ir para cima. É uma referência tanto à fumaça da oferta queimada que subia, como a essência dessa mesma oferta que se elevava às narinas do Senhor como cheiro agradável (Lv 1.9). O holocausto era o primeiro e mais importante sacrifício do culto divino no Antigo Testamento (Lv 1.1-3). Consistindo no oferecimento de aves e de animais, a oferenda implicava a queima total da vítima, como sacrifício incondicional ao Senhor (Lv 1.9). Era a oferta que abria as solenidades diárias, sabáticas, mensais e anuais do calendário levítico. A cerimônia era conhecida também como oferta queimada. Simbolicamente, Paulo considerou a atitude dos irmãos filipenses, em favor da obra missionária, como holocausto de aroma suave (Fp 4.18). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 9, 26 Ago 18)

A palavra original é derivada de uma raiz que significa ‘ascender’, ‘subir’, ‘elevar’, e aplicava-se à oferta que era inteiramente consumida pelo fogo e no seu fumo subia até Deus. Pertenciam à classe dos sacrifícios expiatórios, isto é, eram oferecidos como expiação daqueles pecados, que os ofertantes tinham cometido – eram, também, sacrifícios de ação de graças – e, finalmente, constituíam atos de adoração. Importante que se diga que os holocaustos, bem como as ofertas de manjares, e as ofertas de paz, eram sacrifícios voluntários, sendo diferentes dos sacrifícios pelos pecados, pois estes eram obrigatórios – e tinham eles de ser apresentados de uma maneira uniforme e sistemática. Até por isso mesmo encontramos Paulo afirmando dos donativos dos filipenses era um ato de culto agradável a Deus (Hb13.15-18).


2. Objetivos do holocausto. Dois eram os principais objetivos do holocausto: tornar o homem propício a Deus, e aprofundar a comunhão de Israel com o Senhor (Lv. 1.9). O holocausto não era oferecido apenas pela culpa do pecado; era ofertado também como ação de graças a Deus por uma vitória alcançada (Lv 1.4; cf. 1 Sm 6.14). O sacrifício representava, ainda, uma oração dramática que o adorador, através do sacerdote, endereçava ao Senhor (Sl 116.17). Todavia, o ritual, para ter validade, tinha de ser oferecido com fé e confiança na intervenção divina. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 9, 26 Ago 18)

No Templo de Jerusalém, os holocaustos eram oferecidos duas vezes ao dia (de manhã e à tarde). Algo interessante é que as pessoas podiam oferecer um holocausto como sacrifício privado, por intermédio dos sacerdotes. Eram utilizados bezerros, carneiros ou aves sem defeito. A escolha do animal era feita de acordo com a situação econômica do ofertante. Os israelitas entendiam que o animal ou ave que estavam sendo queimadas eram um presente a Deus, e assim subia a Deus como fumaça desde o altar (Lv 1.9), daí vem seu nome, Olah, aquilo que sobe.

3. A tipologia do holocausto. Os profetas sabiam que os sacrifícios do Antigo Testamento eram transitórios, e que uma aliança superior e definitiva já havia sido providenciada por Deus (Jr.31.31-33). Davi, por exemplo, estava ciente de que o holocausto apontava para um sacrifício melhor (Sl 40.6; Hb 10.8). Mais adiante, voltaremos ao assunto. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 9, 26 Ago 18)

A Bíblia ressalta que, no antigo tabernáculo, “quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue”, enfatizando que “sem derramamento de sangue não há remissão” (cf. Lv 17.11). Aqui, vemos a importância do sangue para a expiação do pecado, no Velho Testamento. Isso quer dizer que, quando um animal era oferecido em sacrifício pelo pecado, Deus aceitava a oferta por atribuir a ela o valor provisório do resgate do pecador Ofertante. O sangue era símbolo da outorga da vida, que era dada em expiação. Tal sacrifício apontava para o sangue de Cristo, que seria derramado em nosso lugar. As pessoas que ofertavam o holocausto impunham as mãos sobre o animal indicando que o sacrifício era um substituto para eles mesmos (Lv 1.4). O sangue do sacrifício era aspergido sobre o altar. A oferta e seu ritual realizados de maneira apropriada faziam expiação para os ofertantes, e eles se tornavam aceitáveis diante de Deus. O autor de Hebreus afirma que “era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem” (9.23), ou seja, deviam purificar-se com sangue. Cada animal morto, substituto do pecador, apontava para o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29).


   TÓPICO II - O HOLOCAUSTO NA HISTÓRIA DE ISRAEL

A oferenda de holocaustos pode ser encontrada nos três principais períodos da história de Israel no Antigo Testamento: patriarcal, mosaico e nacional.

O sistema sacrificial era uma “sombra” da obra que Cristo realizaria na cruz, e, por isso, era inferior e incapaz de remover o pecado do adorador: Pois é impossível que o sangue de touros e bodes tire pecados (Hb 10:4). A repetição dos sacrifícios diários e o Dia da Expiação, ano após ano, revelavam a deficiência do sistema como um todo. [10] Os sacrifícios de animais eram um meio temporário de lidar com o pecado; não aperfeiçoavam o adorador, mas apenas o purificavam cerimonial e temporariamente. Podiam cobrir os pecados e adiar o julgamento, mas não traziam redenção definitiva. Aliás, essa nunca foi a intenção de Deus; esses sacrifícios eram temporários e apontavam para o futuro, para a vinda do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.” (PC Amaral)

1. No período patriarcal. O sacrifício dos patriarcas Noé e Abraão (Gn 8.20; 22.13) foi apresentado de acordo com a oferenda, ou seja, um holocausto, que Abel ofereceu ao Senhor. Por isso a oferenda pode ser considerada a mais antiga da história sagrada (Gn 4.4). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 9, 26 Ago 18)

O termos patriarcal tem por objetivo dar o sentido de “pais”; Abraão, Isaque e Jacó são os pais do povo de Deus. Neste período, os patriarcas em sua estrutura social eram nômades e seminômades – peregrinavam pela terra que um dia o Senhor daria à sua semente. O primeiro ato de Noé ao sair da arca foi o de adorar a Deus oferecendo sacrifício. Instituições fundamentais da Lei – o sábado, o santuário ideal, e o sacrifício remontam à épocas pré-diluvianas. Abraão pré-figura de maneira límpida o sacrifício vicário (substitutivo) de Cristo. Em Gênesis 4.4 a palavra hebraica usada para oferta é o termo comum para tributo, o presente de um inferior para um superior; e neste caso, cada um dos irmão trouxe uma oferta apropriada à sua vocação. Esses sacrifícios purificavam cerimonialmente o pecador, mas não lhe satisfaziam os anseios da alma nem o aperfeiçoavam. O sangue dos animais dos sacrifícios, feitos dia após dia, pelos sacerdotes, cobria o pecado, “mas não o lavava, nem podia mudar o coração e a mente dos adoradores”.

2. No período mosaico. Após a saída dos filhos de Israel do Egito, o Senhor instruiu Moisés a sistematizar o culto divino, a fim de evitar impurezas e práticas pagãs. Quanto ao holocausto, por exemplo, apesar de já ser uma tradição na comunidade hebreia, teria de ser oferecido, a seguir, segundo critérios e normas bem definidos. Seria exigido, por exemplo, um altar apropriado para as ofertas queimadas (Êx 31.9). Como pode ser visto nas especificações da cerimônia nos capítulos de 1 a 6 de Levítico. Portanto, tudo seria executado de conformidade com as regras estabelecidas por Deus. Caso contrário, os israelitas corriam o risco de se enveredar pelas idolatrias egípcias e cananeias. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 9, 26 Ago 18)

O período mosaico é uma referência ao tempo em que Moisés liderou o povo judeu, mais especificamente, no período de concessão da Lei de Deus - os Dez Mandamentos e toda a estrutura legal de Israel, recebida e assimilada no Sinai e durante a peregrinação pelo deserto.
2. Do Egito a Canaã. Esse senso de percepção imediata da presença de Deus é mostrado na experiência de Moisés com um arbusto em fogo — a sarça ardente (Êx 3.1-6). Ela o preparou para a sua confrontação com Faraó, e o culto foi a base de sua exigência de que os israelitas fossem libertos (Êx 5.1-3). A apoteótica experiência de libertação da escravidão egípcia foi celebrada na Festa da Páscoa (Êx 12.11; 34.25). Ela também era conhecida como Festa dos Pães Asmos, e tornou-se o mais importante dos festivais de Israel. Embora ela possa ser relacionada com observâncias pré-israelitas, a sua relação com o ato de Deus no Egito tomou-a central no culto a Yahweh. Sabemos muito mais a respeito de sua celebração da parte do Novo Testamento do que do Velho. Depois de atravessar o Mar Vermelho, Moisés e o povo de Israel cantou ao Senhor o cântico que consta em Êxodo 15.1-19. Era característico de Israel prestar louvor a Deus por seus atos poderosos. Eles não apenas cantaram, mas Miriã tomou o seu pandeiro e liderou as mulheres na dança. O período em que o povo de Deus ficou acampado nas cercanias do Monte Sinai foi também ocasião de memoráveis experiências de culto. O povo foi instruído a lavar as suas vestes e a evitar, a qualquer custo, qualquer contato com a montanha, depois que Moisés o consagrou (Êx 19.10-14). E, então, eles tremeram diante da dramática demonstração da presença de Deus antes de o Decálogo ser dado a Moisés. Depois disso, atos pactuais de culto foram executados (Êx 24.3-8). Antes de o povo deixar as fraldas do Sinai, o Senhor instruiu Moisés para fazer com que eles lhe construíssem “um santuário, para que eu habite no meio deles” (Êx 25.8), conforme disse. Essa tenda grande com o seu mobiliário são descritos em Êxodo 25 a 27. Este consistia em altares para ofertas queimadas e para incenso, entre outras coisas, mas o seu objeto mais reverenciado era a arca do pacto, que ficava em um compartimento separado da tenda, chamado o santo dos santos. Essa caixa coberta de ouro provavelmente continha o Decálogo ou alguma outra lista de requerimentos do pacto. Em cada ponta de sua tampa de ouro sólido ficava um querubim, com suas asas estendidas para o outro, e, entre os querubins, ficava o propiciatório, e o lugar de habitação de Yahweh ficava acima desse propiciatório. Sacrifícios, ofertas e observâncias dos tempos mosaicos são descritos em Êxodo 29.38-31.17. Depois que o tabernáculo havia sido edificado, tornou-se centro também de comunhão individual com Deus (Êx 33.7-11), bem como o foco nacional de culto. De acordo com o livro de Números, os homens da tribo de Levi foram escolhidos “para fazerem o serviço da tenda da revelação (8.15). Desta forma, o culto israelita foi uma questão de desenvolvimento, de acordo com a necessidade e com as ordens divinas. A entrada de Israel em Canaã e a queda de Jericó podem ser consideradas como pompa religiosa, tanto quanto procissões militares. Quando Israel se acampou em Gilgal, na margem oriental do Jordão, doze pedras de memorial foram carregadas do leito do Jordão, para lembrar, aos seus filhos, que Deus carregara o seu povo através do Jordão, como o fizera através do Mar Vermelho, “para que todos os povos da terra conheçam que a mão do Senhor é forte” (Js 4.24). Ê provável que Gilgal tenha sido o lugar do primeiro ato de culto de Israel na Terra Prometida. Desta forma, esse local tomou-se um santuário importante; muitos anos mais tarde, Saul foi coroado ali. Ã medida que conquistou a terra, Israel também capturou os santuários dos cananeus. Cada aldeia, por menor que fosse, tinha o seu “lugar alto”. Outros santuários notáveis, desse período, foram Dã, Berseba, Siquém e Siló. As práticas pagãs começaram a influenciar tanto o culto quanto a moralidade dos israelitas, mas, depois da terceira distribuição do território conquistado, o povo “se reuniu em Siló, e ali armou a tenda da revelação” (Js 18.1)”. (Adoração e Culto segundo Deus. Disponível em: http://botanicochurch.blogspot.com/2015/06/adoracao-e-culto-segundo-deus.html. Acesso em: 3 Jul, 2018).

3. No período nacional. Após a conquista de Israel, os holocaustos continuaram a ser oferecidos ao Senhor por vários motivos. Josué celebrou uma importante vitória sobre os cananeus com ofertas queimadas e pacíficas (Js 8.31). Gideão, ao ser comissionado pelo Senhor para libertar Israel, adorou-o com igual oferenda (Jz 6.26). Quanto a Samuel, ofereceu ao Senhor o mesmo sacrifício, antecipando uma grande vitória sobre os filisteus (1 Sm 13.9,10). A reforma de Ezequias também foi marcada por holocaustos (2 Cr 29.7-35). Após o retorno do exílio, os judeus, agradecidos a Deus pela restauração de seu culto, também apresentaram-lhe ofertas queimadas (Ed 8.35). Ao aproximar-se do Senhor com uma oferta queimada, o crente hebreu mostrava, através desse rito, a sua disposição de entregar, não somente a vítima ao Senhor, como também a si mesmo. O Salmo 51 revela tal voluntariedade no Rei Davi. Todos esses holocaustos prefiguravam a vinda de Jesus Cristo, o sacrifício vicário perfeito. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 9, 26 Ago 18)

3. O Culto nos Primórdios da Monarquia. A contenda com os pagãos foi difícil, tanto em termos de política quanto de religião. O livro de Juizes revela o quanto o culto a Baal minou a fé e o comportamento israelita. Na época de Samuel, a arca do pacto foi usada em vão, como fetiche, na tentativa de Israel de derrotar os filisteus. Quanto a arca foi capturada, Siló perdeu o seu significado como santuário de Deus. Culto regular em um lugar central não é mencionado desde Josué até I Samuel. E, então, em II Samuel, começou um reavivamento do culto a Yahweh, sob a direção de Davi. Ele levou a arca para Jerusalém (II Sm 6.15) e colocou-a em uma tenda especial. Mais tarde, ele comprou a eira de Omâ, como local para edificar um altar a Deus — e mais tarde o Templo de Salomão. Alguns eruditos acham que Davi combinou várias tradições religiosas para ajudar a fé de Israel a falar à sua época. Seja o que for que tenha acontecido, “ele elaborou os princípios, o espírito e algumas das formas” (Davies, p. 880) e foi o principal responsável pelo desenvolvimento da música no culto israelita (II Sm 6.5; I Cr 24-26) — desenvolvimento este de tremendo potencial espiritual.(Adoração e Culto segundo Deus. Disponível em: http://botanicochurch.blogspot.com/2015/06/adoracao-e-culto-segundo-deus.html. Acesso em: 3 Jul, 2018).
O holocausto é a oferta por excelência, de onde todas as demais são decorrência. O holocausto significa dedicação integral (alma e corpo) a Deus, e tipifica a pessoa e obra de Cristo, ao se oferecer imaculado a Deus, a fim de cumprir completamente a vontade do Pai (veja Hb 9.14;Fp 2.6-8). O Templo de Salomão, o Primeiro Templo, destruído em 587 a. C. por Nabucodonosor II; fato narrado pelo historiador judeu Flávio Josefo que escreveu: "o templo foi queimado 470 anos, 6 meses e 10 dias depois de ter sido construído" [Josephus, Jew. Ant. 10.8.5]. Em sua inauguração, muitos sacrifícios pacíficos foram oferecidos, a tal ponto que foi necessário usar o átrio do templo porque o altar não comportava tudo. As festas duraram duas semanas, incluindo a festa dos tabernáculos, terminadas as quais o povo voltou feliz para casa.

   TÓPICO III - JESUS CRISTO, O HOLOCAUSTO PERFEITO

A fim de que o Filho de Deus se tornasse o nosso holocausto perfeito, três coisas foram-lhe necessárias: a encarnação, o sofrimento e, finalmente, a morte e ressurreição.

Os animais nunca representaram o desejo final de Deus. Por isso mesmo, quando os israelitas começaram a sacrificar como mero ritual, enquanto viviam como bem desejavam, Deus não se agradou de seus sacrifícios. Rios de sangue de animais não podiam agradar a Deus. Ele não é ritualista. [11] Os animais tão somente apontavam para Cristo. Assim, quando Cristo veio ao mundo, disse: Sacrifício e oferta não quiseste, mas um corpo me preparaste; de holocaustos e ofertas pelo pecado não te agradaste (Hb 10:5-6). O que trouxe deleite a Deus, que já estava farto de sacrifícios vazios e superficiais, foi a disposição do Messias em fazer a sua vontade: Então eu disse: Aqui estou, no livro está escrito a meu respeito; vim para fazer a tua vontade, ó Deus (Hb 10: 7). Deus preparou um corpo humano para Cristo, que veio ser sacrificado pelo pecado”. (PC Amaral)

1. A encarnação de Cristo. A encarnação de Cristo foi o cumprimento cabal e perfeito da profecia de Davi: “Sacrifício e oferta não quiseste; os meus ouvidos abriste; holocausto e expiação pelo pecado não reclamaste” (Sl 40.6). O Messias reconhece, através do Salmista, que os holocaustos são ineficazes, em si mesmos, para redimir o pecador. Eis por que Ele, o Filho de Deus, apresentou-se como a oferta e o ofertante, para resgatar eficazmente a humanidade (Hb 10.1-10). Nessa condição, Jesus Cristo foi provado em todas as coisas, exceto no pecado, a fim de mostrar a eficácia de seu maravilhoso, eterno e definitivo sacrifício (Hb 9.26).  (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 9, 26 Ago 18)

Em Hebreus 10, o autor começa ensinando sobre os sacrifícios anuais e como estes simbolizavam uma recordação anual de pecados. Essa foi a causa principal de Jesus ter vindo ao mundo. O sacrifício de Cristo é infinitamente melhor que os da lei, que não podiam conceder o perdão pelo pecado nem transmitir poder contra o pecado, o qual teria continuado sobre nós e teria domínio sobre nós. O crente sabe que seu Redentor vive e que o verá. Aqui está a fé e a paciência da Igreja, de todos os crentes sinceros.
Tendo mostrado que o tabernáculo e as ordenanças da aliança do Sinai eram somente emblemas e tipos do Evangelho, o apóstolo conclui que os sacrifícios que os sumos sacerdotes ofereciam continuamente não podiam aperfeiçoar os adoradores Enquanto ao perdão e a purificação de suas consciências, mas quando "Deus manifestado em carne" se fez sacrifício, e o resgate foi sua morte no madeiro maldito, então, por ser de infinito valor quem sofreu, seus sofrimentos voluntários foram de infinito valor. O sacrifício expiatório deve ser capaz de consentimento, e deve ser colocado pela própria vontade no lugar do pecador: Cristo fez assim. A fonte de tudo isso que Cristo tem feito por seu povo é a soberana vontade e graça de Deus. a justiça introduzida e o sacrifício oferecido uma só vez por Cristo são de poder eterno, e sua salvação nunca será eliminada. São de poder para fazer perfeitos a todos os que vão até Ele; eles obtêm do sangue expiatório a força e os motivos para obedecer e para o consolo interior.Comentário de Hebreus 10.1-39. Disponível em: https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2013/05/hebreus-101-39-comentario-de-matthew.html. Acesso em 19 Ago, 2018)

2. O sofrimento de Cristo. Assim como a vítima do holocausto era, antes de ser queimada, repartida em pedaços, o Senhor Jesus foi submetido a todos os sofrimentos, angústias e dores (Is 53). Diz o profeta que o Ungido de Deus sabia o que era padecer. O autor da Epístola aos Hebreus afirma, por sua vez, que o Senhor Jesus, durante o seu ministério terreno, apresentou ao Pai, constantes clamores e lágrimas (Hb 5.7). Jesus Cristo foi duramente provado em todas as coisas. Mas, vencendo-as, apresentou um testemunho fiel e poderoso na Terra, nos Céus e no próprio Inferno (Fp 2.9-11). Na condição de Cordeiro de Deus, o Holocausto dos holocaustos, Ele reunia, em si, o cumprimento de todas as ofertas, oferendas e sacrifícios do livro de Levítico (Jo 1.29). No Apocalipse, o Leão da tribo de Judá ainda é glorificado como o Cordeiro que foi morto em nosso lugar (Ap 5.6). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 9, 26 Ago 18)

Neste tópico é importante afirmar que por mais horrível que tenha sido o sofrimento físico impingido a Jesus, não foi nada comparado ao grande sofrimento espiritual pelo qual Ele passou. 2 Coríntios 5.21 diz: "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus." Jesus tinha o peso do pecado do mundo inteiro nos Seus ombros (1Jo 2.2). Foi o pecado que fez Jesus clamar: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Mt 27.46). Então, por mais brutal que o sofrimento físico de Jesus tenha sido, não foi nada em comparação com o fato de que Ele teve que carregar os nossos pecados - e morrer pelos nossos pecados (Rm 5.8).
Nos dias de sua encarnação, Cristo se submeteu, Ele mesmo, à morte: teve fome; foi um Jesus tentado, sofredor e moribundo. Cristo deu o exemplo não somente de orar, senão de ser fervoroso para orar. Quantas orações secas, quão pouco umedecidas com lágrimas, oferecemos a Deus! Ele foi fortalecido para suportar o peso imenso do sofrimento carregado sobre Ele. Não há libertação real da morte senão ao ser levado através dela. Ele foi levantado e exaltado, e a Ele foi dado o poder de salvar até o sumo a todos os pecadores que vão a Deus por meio dEle.” Comentário de Hebreus 5.1-11. Disponível em: https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2013/05/hebreus-51-14-comentario-de-matthew.html. Acesso em 19 Ago, 2018)

3. A morte e ressurreição de Cristo. O auge do sofrimento de Jesus Cristo, como o nosso perfeitíssimo holocausto, foi a sua morte no Calvário. Ele foi morto e sepultado (Mt 27.59-66). Mas, no terceiro dia, eis que ressurge dos mortos como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Mt 28.1-10). Com a sua ressurreição, Jesus plenifica o sacrifício perfeito, como ofertante e oferta (Hb 9.27,28). Ele é o Holocausto dos holocaustos. Aleluia! (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 9, 26 Ago 18)

Todos os animais inocentes, sem mácula, que foram oferecidos como sacrifício no sistema levítico apontavam para o grande sacrifício, feito por Jesus Cristo na cruz do Calvário. João Batista introduziu a Cristo, dizendo “eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). O castigo que Deus impôs pelo pecado é ao mesmo tempo justo e de amor, por que o próprio Deus, na pessoa de seu Filho, pagou o preço por todos aqueles que o aceitam como seu Substituto (Rm 3.26).
O Salmo 40:7-9 foi usado aqui tipologicamente. Davi foi citado como tendo falado do Messias e Sua entrada no mundo em forma humana. A vontade de Deus para o Messias foi realizar uma completa expiação do pecado. Isto exigia sacrifício e derramamento de sangue e portanto um corpo preparado de modo que pudesse sofrer. No sofrimento e morte a vontade de Deus foi inteiramente matizada e a segunda ou a melhor aliança foi plenamente estabelecida. Como insultado, os crentes foram mudados porque foram purificados e santificados mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas (v. 10). Por meio desta oferta, foi feita a expiação, o que agradou perfeitamente a um Deus santo.Interpretação de Hebreus 10. Disponível em: https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2014/11/interpretacao-de-hebreus-10.html. Acesso em 19 Ago, 2018)

   CONCLUSÃO

Esta lição faz-nos refletir sobre o sacrifício perfeito de Jesus Cristo. Ele morreu eficazmente por mim e por você. Por essa razão, temos de viver uma vida de santidade e pureza. Somente assim, seremos vistos pelo Pai Celeste como fiéis testemunhas do Evangelho. Não podemos ignorar o sacrifício de Cristo. Se o fizermos, sobre nós recairá o justo e esperado juízo de Deus (Hb 10.26,27). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 9, 26 Ago 18)

A vida de santidade requerida do cristão é na verdade a demonstração e prova cabal de que ele realmente é salvo. A Bíblia retrata o homem sem salvação como um escravo do pecado e fala sobre libertá-lo da mesma maneira que um escravo era redimido no mundo antigo. Em Cristo "nós temos a redenção através de seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas de sua graça" (Ef 1.7). "Porque vocês não foram redimidos através de coisas corruptíveis, como prata e ouro, do modo vão como vocês viviam … mas pelo precioso sangue de Cristo, como o Cordeiro sem defeito ou mácula" (1Pd 1.18-19).

“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Agosto de 2018


   PARA REFLETIR

A respeito de “Jesus, o Holocausto Perfeito”, responda:

1) O que é o holocausto?
O termo holocausto provém do vocábulo hebraico olah, que, entre outras coisas, significa: ascender ou ir para cima. É uma referência tanto à fumaça da oferta queimada que subia, como a essência dessa mesma oferta que se elevava às narinas do Senhor como cheiro agradável (Lv 1.9).
2) Quando o holocausto começou a ser oferecido?
Praticado desde a queda de Adão.
3) Quais os objetivos do holocausto?
Dois eram os principais objetivos do holocausto: tornar o homem propício a Deus, e aprofundar a comunhão de Israel com o Senhor (Lv. 1.9).
4) Quando o holocausto foi regulamentado em Israel?
Após a saída dos filhos de Israel do Egito, o Senhor instruiu Moisés a sistematizar o culto divino, a fim de evitar impurezas e práticas pagãs.
5) Quem é o nosso perfeito holocausto?
Jesus Cristo. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 9, 26 Ago 18)