VOCÊ PODE AJUDAR O BLOG: OFERTE PARA assis.shalom@gmail.com

UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

Em 2024, Estará disponível também o comentário da revista de jovens, na mesma qualidade que você já conhece, para você aprofundar sua fé e fazer a diferença.

Classe Virtual:

SEJA MANTENEDOR!

Esse trabalho permanece disponível de forma gratuita, e permanecerá assim, contando com o apoio de todos que se utilizam do nosso material. É muito fácil nos apoiar, pelo PIX: assis.shalom@gmail.com – Mande-me o comprovante, quero agradecer-lhe e orar por você (83) 9 8730-1186 (WhatsApp)
A fim de abençoar meus leitores e seguidores com um pouco mais de conteúdo, com profundidade, clareza e biblicidade, iniciarei uma Pós-Graduação em Teologia Bíblica e Exegética do Novo Testamento, pela Faculdade Internacional Cidade Viva. O curso terá duração de 14 meses. Como sabem, é necessário a aquisição de livros e material afim, o que exige investimentos. Aqui, desejo contar com fiéis colaboradores! Peço gentilmente sua colaboração nesse intuito, enviando sua ajuda para assis.shalom@gmail.com. Deus em Cristo retribua. “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo” (Cl 3:23-24).

29 de maio de 2018

Liçao 10: Ética Cristã e Vida Financeira

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - ADULTOS
2º Trimestre de 2018
Título: Valores cristãos — Enfrentando as questões morais de nosso tempo
Comentarista: Douglas Baptista

Lição 10
3 de Junho de 2018
Ética Cristã e Vida Financeira

Texto Áureo

Verdade Prática
"Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer?" (Is 55.2a)

As finanças do crente devem ser bem administradas para ele garantir o sustento da família, contribuir na manutenção da igreja local e ajudar o próximo.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Almeida Corrigida e Revisada Fiel
1 Crônicas 29.10-14; 1Timóteo 6.8-10
1 Crônicas 29.10-14
10 Por isso Davi louvou ao SENHOR na presença de toda a congregação; e disse Davi: Bendito és tu, SENHOR Deus de Israel, nosso pai, de eternidade em eternidade.
11 Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, SENHOR, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos.
12 E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e o dar força a tudo.
13 Agora, pois, ó Deus nosso, graças te damos, e louvamos o nome da tua glória.
14 Porque quem sou eu, e quem é o meu povo, para que pudéssemos oferecer voluntariamente coisas semelhantes? Porque tudo vem de ti, e do que é teu to damos.
1Timóteo 6.8-10
8 Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.
9 Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
10 Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.


Comentário
   INTRODUÇÃO

O Senhor é a fonte de toda riqueza e tanto a prata quanto o ouro pertencem a Ele (Ag 2.8). Logo, as posses e os bens são concedidos ao ser humano por meio do nosso Deus. Assim, cada um prestará contas de tudo o que recebeu nesta vida para administrar (Rm 14.12), inclusive na esfera financeira (Mt 25.19). Nesta lição, veremos como podemos gerir melhor as nossas finanças. (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 10, 3 Jun 18)

O cristão, como filho de Deus, dEle recebe todas as coisas, incluindo o dinheiro, que deve ser utilizado de maneira correta, sensata e temente a Deus, para glória do Seu Nome. É por esta razão que a vida do cristão deve ser equilibrada e satisfeita com aquilo que Deus colocou em nossas mãos. Todas as áreas de nossa vida estão norteadas pelas regras estabelecidas por Deus em sua Palavra, tudo visando o nosso bem-estar; Inclusive a forma como gastamos nosso dinheiro e a administração dos bens amealhados ao longo da vida. As riquezas podem ser uma bênção ou podem se tornar uma maldição, a maneira como desfrutamos dela é que dirá; administrando de modo judicioso, para glória de Deus e expansão do seu reino, com gratidão pelos bens adquiridos, seremos recompensados pelo Senhor. Certamente, o equilíbrio e a bênção na vida financeira começam pelo reconhecimento de quem Deus é – “a fonte de toda riqueza e tanto a prata quanto o ouro pertencem a Ele (Ag 2.8). A forma como empregamos nosso dinheiro também demonstra a realidade de nosso amor por Deus. Devemos honrar a Deus com aquilo que produzimos, com integridade – “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mc 12.17) e com alegria e gratidão. Que possamos utilizar nossos recursos financeiros de modo honesto, como verdadeiros mordomos de nosso Senhor Jesus Cristo. Saiba-se que a avareza é uma forma de idolatria (Cl 3.5). Que os princípios que vamos estudar hoje nos orientem na manutenção ou recuperação de uma vida financeira equilibrada! Dito isto, convido-o a pensarmos maduramente a fé cristã!

   TÓPICO l - UMA TEOLOGIA PARA A VIDA FINANCEIRA

O equilíbrio financeiro foge dos extremos da riqueza e da pobreza, e ainda possibilita uma vida desprovida de preocupações desnecessárias.

1. Vida financeira equilibrada. No livro de Provérbios estão registradas as palavras de Agur (Pv 30.1). Ele fez dois pedidos ao Senhor pelos quais almejava usufruir antes de sua morte (Pv 30.7). O primeiro pedido foi por uma vida íntegra, livre da vaidade e da falsidade (Pv 30.8a). O segundo foi uma vida financeira equilibrada: "não me dês nem a pobreza nem a riqueza" (Pv 30.8b). O motivo desse segundo pedido é explicado no versículo nove: "para que, porventura, de farto te não negue e diga: Quem é o SENHOR? Ou que, empobrecendo, venha a furtar e lance mão do nome de Deus". Agur desejava dinheiro suficiente para uma vida digna que não o levasse a pecar. ELe não queria muito dinheiro, objetivando, assim, evitar a soberba; mas também não desejava que Lhe faltasse para não ser desonesto. Nesse propósito, ele apenas aspirava à porção necessária para cada dia (Pv 30.8c). Foi exatamente isso que Cristo nos ensinou a pedir: "o pão nosso de cada dia dá-nos hoje" (Mt 6.11). (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 10, 3 Jun 18)

Equilíbrio financeiro não depende do quanto ganhamos, mas de como administramos aquilo que está em nossas mãos; e isso não tem sido fácil, principalmente, nestes dias, marcados pelo consumismo, pelo materialismo, pelo viver na moda, pela procura de status, ou seja: uma vida apoiada sobre falsos valores e em aparências. “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos, e sê sábio. Pois ela, não tendo chefe, nem guarda, nem dominador, Prepara no verão o seu pão; na sega ajunta o seu mantimento”(Pv 6.6-8) - Este texto nos fala de inteligência, integridade e iniciativa - atitudes que Deus valoriza e quer ver reproduzidas em nosso caráter.
Muitos têm ficado em situação difícil, por causa do uso irracional do cartão de crédito — na verdade, cartão de débito. As dívidas podem provocar muitos males, tais como falta de tranquilidade (causando doenças); desavenças no lar; perda de autoridade e independência. Devemos lembrar: “O rico domina sobre os pobres, e o que toma emprestado é servo do que empresta” (Pv 22.7). Outro problema é o mau testemunho caloteiro perante os ímpios, quando o crente compra e não paga.
b) Evitar extremos. De um lado, há os avarentos, que se apegam demasiadamente à poupança, em detrimento do bem-estar dos familiares. São os “pães-duros”. De outro lado, há os que gastam tudo o que ganham, e compram o que não podem, às vezes para satisfazer o exibicionismo a insensatez da concorrência com os vizinhos e conhecidos, à mania de esbanjar, a inveja de outros, ou por mera vaidade. Isso é obra do Diabo(3º Trimestre de 2002. Título: Ética Cristã — Confrontando as questões morais. Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima. Lição 11: O cristão e as finanças. Data: 15 de setembro de 2002).


2. O perigo do amor do dinheiro. O apóstolo Paulo confirma que a vida moderada é o melhor caminho para fugir dos Laços e das tentações das riquezas (1 Tm 6.9). É fato que a cobiça pelo dinheiro corrompe os homens e os faz desviar da fé (1Tm 6.10). Entretanto, o texto bíblico mostra que o mal em si não está no dinheiro e sim no "amor do dinheiro". O mal está em perder a comunhão com Deus e passar a depositar a confiança nas riquezas. A Bíblia revela que essa atitude foi empecilho de libertação na vida de muitos, como nos exemplos do jovem rico (Lc 18.23), de Judas Iscariotes (Lc 22.3-6) de Ananias e Safira (At 5.1-5) que valorizaram o dinheiro em detrimento da salvação. Portanto, mesmo que o Senhor nos permita enriquecer, o salmista nos adverte quanto ao pecado em relação às riquezas: "se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração" (SI 62.10). (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 10, 3 Jun 18)

Amor ao dinheiro é o que chamamos de ‘Avareza’. O avarento não passa de um escravo do vil metal - “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1Tm 6.9,10). Notemos que não há nas Escrituras uma proibição quanto o enriquecimento, mas há inúmeras advertências quanto à ambição, cobiça, exploração, usura e à avareza. Ao longo das Escrituras encontramos muitos servos que foram abastados, possuíram grandes riquezas, como Abraão e seus filhos depois dele, Jó, Davi, Salomão entre outros, e nenhum deles foi repreendido por isso. Notemos, também, que o problema real não é o dinheiro, mas o estado pecaminoso que nos encontramos, nos levando à ganância e à ambição desenfreada (cf. Pv 28.20). O dinheiro mal usado fatalmente fará o crente cair em tentação e cilada - "Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína”. (1Tm 6.9). Por isso, solenemente Paulo adverte: "o amor ao dinheiro é raiz de todos os males” (1Tm 6.10). Em 1Tm 6.7-11 o apóstolo Paulo alerta seu filho na fé Timóteo que há um perigo que nos rodeia que devemos tomar redobrado cuidado, esse perigo é a ganância. Que é o desejo de ficar rico sem qualquer escrúpulo. A Bíblia nos alerta é que quem é dominado por esse desejo é levado a ruína e a perdição (1Tm 6. 9).
Observe como essa ruína e perdição ocorrem. Em primeiro lugar Paulo diz que essa cobiça é uma tentação, ou seja, procede de Satanás, pois Deus não tenta ninguém e nem pode ser tentado: “Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta” (Tg 1.13). Deus prova os seus servos e provação é diferente de tentação (cf. Gn 22).
Em segundo lugar, Paulo nos diz que isso é uma cilada, uma armadilha para derrubar os incautos. Essa tentação leva a uma cilada que leva a muitas concupiscências insensatas e perniciosas, ou seja, o senso moral fica totalmente ofuscado como resultado da paixão que o domina [2]. A pessoa passa a agir de forma impensada, pois é dominada por um desejo incontrolável, tal pessoa perde o senso, ou seja, é dominado por uma concupiscência insensata (sem senso, que perdeu a razão). Outro detalhe que Paulo nos chama a atenção é que essa concupiscência é perniciosa. Esse termo quer dizer que é algo prejudicial, nocivo, ruinoso; perigoso. É como se a pessoa estivesse com uma febre muito grave, acompanhada de delírios, e amiúde mortal.
Em terceiro lugar, Paulo fala que tal desejo leva a pessoa à morte; morte essa que pode ser tanto espiritual quanto física, pois a pessoa é afogada na ruína e perdição. Paulo está dizendo que tal pessoa está em total decadência e desgraça. Esse é o preço pago pela ganância.  Um exemplo disso é o Mister Colibri, onde milhares de pessoas pensam que irão ficar ricas ou até mesmo milionárias da noite para o dia ganhando cerca de 240% de lucro ao mês. Isso não existe, mas tem pessoas cegas pela ganância que não conseguem ver isso.” (Silas Alves Figueira, ‘Quando a ganância nos domina’. Disponível em: http://www.napec.org/heresias-igreja/quando-a-ganancia-nos-domina/. Acesso em: 29 maio, 2018)

   TÓPICO II - MEIOS HONESTOS PARA GANHAR DINHEIRO

Ganhar dinheiro não é pecado, mas uma necessidade indispensável. Trabalhar de modo honesto para o sustento de sua família é uma atitude altruísta.

1. Trabalho e emprego. Desde a queda no Éden, o homem precisa empregar esforços para obter os bens de que necessita para sobreviver. Disse Deus: "No suor do teu rosto, comerás o teu pão..."(Gn 3.19a). Assim, o trabalho passou a ser um meio legítimo para prover o sustento humano. O Senhor Jesus ensinou que "digno é o trabalhador do seu salário" (Lc 10.7 - ARA). Quando escreveu aos irmãos de Tessalônica, Paulo enfatizou que o trabalho é um meio digno de ganhar dinheiro (1Ts 2.9). Porém, no afã de obter o seu salário, o cristão não pode envolver-se com meios ilícitos ou criminosos (Pv 11.1; 20.10), nem tampouco explorar ou extorquir seu semelhante (Am 2.6). A responsabilidade individual de trabalhar para o próprio sustento é tão relevante que a Bíblia condena o preguiçoso (Pv 21.25; 22.13) e ainda assevera: "Se alguém não quiser trabalhar, não coma também"(2Ts3.10). (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 10, 3 Jun 18)

A ética bíblica nos orienta que devemos trabalhar com afinco para fazermos jus ao que percebemos. Desde o Gênesis, vemos que o homem deve empregar esforço para obter os bens de que necessita. Disse Deus: “No suor do teu rosto, comerás o teu pão…” (Gn 3.19a). O apóstolo Paulo escreveu, dizendo: “Porque bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus” (1Ts 2.9); “e procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vô-lo temos mandado” (1Ts 4.11). “Se alguém não quiser trabalhar, não coma também”(2Ts 3.10). Daí, o preguiçoso que recebe salário está usando de má fé, roubando e insultando os que trabalham. O cristão não dever recorrer a meios ou práticas ilícitas para ganhar dinheiro, como o jogo, o bingo, a rifa, loterias, e outras formas “fáceis” de buscar riquezas. Em Provérbios, lemos: “O homem fiel abundará em bênçãos, mas o que se apressa a enriquecer não ficará sem castigo” (Pv 28.20). O cristão também não deve frequentar casas de jogos, como cassinos e assemelhados. Esses ambientes estão sempre associados a outros tipos de práticas desonestas, como prostituição e drogas. O trabalho diuturno deve ser normal para o cristão. A preguiça não condiz com a condição de quem é nascido de novo. Jesus deu o exemplo, dizendo: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17). O livro de Provérbios é rico em exortações contra a preguiça e o preguiçoso (Pv 6.9-11). (3º Trimestre de 2002. Título: Ética Cristã — Confrontando as questões morais. Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima. Lição 11: O cristão e as finanças. Data: 15 de setembro de 2002).

2. Escolarização e Mobilidade Social. A sociedade é formada por classes sociais. A possibilidade de um cidadão trocar de classe é denominada "mobilidade social". Um dos meios disponíveis para isso é a escolarização, ou seja, a educação acadêmica. A escolarização proporciona a capacitação profissional e o acesso a níveis superiores de ensino. Os que alcançam maior escolarização possuem maior probabilidade de encontrar empregos com bons salários. No entanto, o cristão precisa tomar cuidado na busca de seu aprimoramento intelectual para não ser enredado por meio de filosofias e vãs sutilezas (Cl 2.8). Precisa também ter em mente que não devemos buscar conhecimento por vanglória ou para nos considerar melhor que outros (Fp 2.3). Assim, o padrão bíblico está em usarmos a escolarização e a ascensão social para servir melhor o Reino de Deus (Fp 2.4,21; 1Co 10.32,33). (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 10, 3 Jun 18)

 O termo mobilidade social significa o deslocamento de indivíduos ou grupos entre posições socioeconômicas diferentes. Em sociedades regidas pelos regimes de castas ou estamentos, essa mobilidade é praticamente inexistente, uma vez que a posição social do indivíduo está estabelecida desde o seu nascimento e não pode ser alterada. Nas sociedades ocidentais modernas – onde o capitalismo é o modo de produção predominante – a mobilidade entre diferentes classes sociais é mais freqüente. Tal mobilidade pode se dar em dois sentidos: de forma ascendente (quando há um aumento nos ganhos financeiros e, conseqüentemente, um maior acesso a bens e serviços) ou, no sentido contrário, de forma decrescente.” (Camila Betoni, ‘Mobilidade social’. Disponível em: https://www.infoescola.com/sociologia/mobilidade-social/. Acesso em: 29 maio, 2018)
Ainda segundo Camila Betoni, Mestre em Sociologia Política (UFSC, 2014), “o número de pessoas que transitam entre uma classe e outra torna-se um importante indicador do grau de democracia de um país” (Mobilidade Social). Assim, teoricamente, há a possibilidade de ascendermos socialmente, e o meio para alcançarmos isso é sem dúvida a educação de boa qualidade, esta, aliás, não está acessível a todos.
Houve algum progresso nos últimos anos, que ajudou a reduzir a desigualdade. Segundo o IBGE, 47,4% das pessoas com mais de 25 anos atingiram um nível de instrução superior ao do pai e 51,4% ao da mãe. Mas os dados também revelam que persistem as dificuldades de progredir nos estudos para aqueles que nascem em famílias menos instruídas. Entre aqueles cujos pais não tinham instrução, 63,6% se mantiveram no mesmo nível ou conseguiram apenas começar o ensino fundamental, sem chegar à conclusão. Apenas 4% dos filhos de pais analfabetos completaram o ensino superior, o equivalente a um milhão de pessoas. Já dos que têm pais com ensino superior, 69,1% completaram o curso universitário. Em geral, quanto maior a instrução, maior o rendimento do trabalho do pai, e o filho entra no mercado de trabalho mais tarde. Quanto mais precária a situação profissional dos pais, mais as crianças precisam contribuir para o orçamento da família. A maioria dos filhos de agricultores, 59,6%, começou a trabalhar antes dos 13 anos, geralmente na mesma atividade do pai, e tem menos tempo para estudar. Por outro lado, 37% dos profissionais de ciências e artes entram no mesmo ramo dos pais depois dos 20 anos e podem estudar mais. Da população pesquisada, 73,9% começaram a trabalhar até os 17 anos; sendo que um terço começou ainda criança, com menos de 13 anos” (Educação ainda é grande barreira à mobilidade social. Disponível em: https://www.forumensinosuperior.org.br/cms/index.php/noticias/item/educacao-ainda-e-grande-barreira-a-mobilidade-social. Acesso em: 29 maio, 2018)


   TÓPICO III - COMO ADMINISTRAR O DINHEIRO?

A mordomia das finanças é de responsabilidade de todos os membros da família. A má gestão financeira provoca endividamento e constrangimentos desnecessários.

1. Fidelidade na Casa do Senhor. A boa administração financeira tem início com a fidelidade do cristão na entrega dos dízimos e das ofertas. O dízimo era praticado antes da Lei (Gn 14.18-20), requerido no período da Lei (Ml 3.7-10) e permaneceu em vigor na Nova Aliança (Mt 23.23; Lc 11.42). É mandamento da Lei e da Graça - da antiga e da nova dispensação. Entregar os dízimos significa devolver ao Senhor a décima parte de todos os nossos rendimentos. Já a oferta é extra ao dízimo. Tanto um quanto outro devem ser dados com alegria (2 Co 9.7), amor, altruísmo e voluntariedade. O sentimento que deve predominar no coração do crente no momento da entrega solene é o da gratidão a Deus: "O povo se alegrou com tudo o que se fez voluntariamente; porque de coração íntegro deram eles liberalmente ao SENHOR; também o rei Davi se alegrou com grande júbilo." (1Cr 29.9-ARA). (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 10, 3 Jun 18)

Mordomo quer dizer, literalmente, ecônomo, isto é, aquele que é incumbido da direção da casa, o administrador. É aquela pessoa a quem é entregue tudo quanto o senhor possui para ser cuidado e desenvolvido. É aquele a quem o senhor incumbe o governo daquilo que lhe é mais precioso." – Walter Kachel – Lições de Mordomia. A mordomia cristã é é um princípio bíblico - “Assim, se vocês não forem dignos de confiança com as riquezas deste mundo ímpio, quem lhes confiará as verdadeiras riquezas?” (Lc 16.11), considerando que Deus é dono de tudo (1 Cr 29.11), precisamos ser fiéis em tudo - “Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um seja encontrado fiel” (1Co 4.2). Diante disso, como contribuir para o reino de Deus?
1. Sacrificalmente, isto é, algo que custo alguma coisa para você: 2 Co 8.2, Pv 11.24-25
2. Alegremente: 2 Co 9.7
3. Voluntariamente, não por que é "lei": 2 Co 8.3, 9.7
4. Regularmente (pelo menos uma vez por mês): 1 Co 16.2
5. Começar pelo dízimo (10% da renda total): Ml 3.8, 10-11, Lc 11.42

2. Estabelecendo prioridades. A Bíblia ensina que o dinheiro serve de proteção (Ec 7.12 - ARA). Contudo, o dinheiro somente será uma bênção se a família souber administrar os rendimentos. Estipular prioridades e metas a serem atingidas é o caminho mais fácil para aplicar habilidosamente os recursos e evitar o desperdício (Pv 21.5). As metas devem ser estabelecidas, obviamente, de acordo com as condições financeiras da família. O planejamento evita aplicação do dinheiro em atividades supérfluas ou desnecessárias (Is 55.2). Nesse sentido, as prioridades devem ser ordenadas pela necessidade e urgência de cada situação. Assim, uma administração transparente e sincera demonstra temor de Deus na aplicação das finanças da família (l Tm 5.8). (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 10, 3 Jun 18)

O dinheiro em si é neutro. Tudo depende do uso que se faz dele. 1 Tm 6.10 ensina que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, e não o dinheiro em si.
Vivemos em um mundo extremamente capitalista. A mídia nos sufoca de propagandas e campanhas publicitárias que, em geral, possuem um objetivo muito claro: gerar necessidade nas pessoas. Desse modo, compramos o que não precisamos, com o dinheiro que não temos, para agradar as pessoas e mostrar para a sociedade que somos capazes. Capazes de quê?  Antes de decidir comprar algo, se pergunte: Eu realmente preciso disso? Posso realmente pagar? Quero mesmo isto?
a) não devemos gastar sem sabedoria. Muitos são compulsivos e gastam o que não têm, e se tornam prisioneiros. “Por que gastar dinheiro naquilo que não é pão e o seu trabalho árduo naquilo que não satisfaz?” (Is 55.2).
b) O crente deve honrar seus compromissos. A nossa palavra tem de ter valor; tem de ter valor de documento.
c) economizar para alcançar. Além de orar e pedir ao Senhor, o crente deve aprender a planejar (economizar) para alcançar seus objetivos. Pare com os gastos desnecessários! Coloque seus propósitos diante do Senhor.
d) Cuidado com os empréstimos....o que toma emprestado é servo do que empresta. ” (Pv 22.7,26,27)(SÉRIE MORDOMIA NA FAMÍLIA. Disponível em: http://www.batistadopovo.org.br/PortalIBP/licoes/9193-mordomia-nas-financas. Acesso em: 29 maio, 2018)
Se não houver planejamento para o uso do dinheiro e impulsivamente gastá-lo, não demora muito, problemas chegarão. Muitos não estão dizimando ou ofertando porque se enredaram com dívidas – muitas vezes desnecessárias. Se estiver endividado, sair dessa situação começa com um bom planejamento. Em seguida, coloque-se diante do Senhor com o propósito de não contrair mais dívidas e ore por isso. Se necessário, procure ajuda do seu pastor ou de sua liderança na execução do seu planejamento. Dizimar é muito importante para a manutenção e progresso da obra do Senhor, mas se você estiver endividado e for necessário fazer a escolha: ‘dizimar ou pagar dívida’, opte por honrar com seus credores, nisto você estará honrando o Nome do Senhor. Pagar dívidas é um dever; dizimar é "opcional". A doação financeira sacrificial faz parte do chamado de Deus para todos os cristãos e não podemos negligenciar esse chamado, adoramos à Deus quando devolvemos o dízimos e ofertamos. No entanto, se for realmente impossível pagar a dívida e continuar a dizimar ao mesmo tempo, não seria errado diminuir a doação, ou temporariamente parar por completo, e quitar as dívidas – não voltando a se enredar nelas.


3. Evitando as dívidas. A falha no estabelecimento de prioridades provoca o endividamento. Quando a família não planeja suas compras acaba por contrair dívidas acima de suas posses, assim, o lar passa a sofrer privações e se torna refém do credor, pois "o que toma emprestado é servo do que empresta" (Pv 22.7). O comprometimento da renda familiar acarreta uma série de outros prejuízos, tais como: impaciência, nervosismo e desavenças no lar. Para evitar essas desagradáveis situações é aconselhável comprar tudo à vista (Rm 13.8), não ser fiador de estranhos (Pv 11.15; 27.13), fugir dos agiotas (Êx 22.25; Lv 2536) e ser fiel nos dízimos e nas ofertas (Ml 3.10,11). (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 10, 3 Jun 18)

Muitos têm ficado em situação difícil, por causa do uso irracional do cartão de crédito (que aliás, é comprar o que não precisa com o dinheiro que não tem). Perdemos o sono, a tranquilidade, a saúde; aparecem as desavenças no lar e toda sorte de problemas que nos desafiam a continuar... Foi por isso que o sábio escreveu: “O rico domina sobre os pobres, e o que toma emprestado é servo do que empresta” (Pv 22.7). Quantos de nós estamos escravizados pelo banco, pagando altas taxas de juros pelo cheque especial, pela dívida do cartão de crédito, pela agiotagem? Ou aquele bem adquirido quando não poderíamos comprá-lo? E não somente escravizados mas, dando o mau testemunho de ‘caloteiro’ perante os ímpios, comprando e não pagando.
b) Evitar extremos. De um lado, há os avarentos, que se apegam demasiadamente à poupança, em detrimento do bem-estar dos familiares. São os “pães-duros”. De outro lado, há os que gastam tudo o que ganham, e compram o que não podem, às vezes para satisfazer o exibicionismo a insensatez da concorrência com os vizinhos e conhecidos, à mania de esbanjar, a inveja de outros, ou por mera vaidade. Isso é obra do Diabo.
c) Comprar à vista, se possível. Faz bem quem só compra à vista. Se comprar a prazo, é necessário, que o crente avalie sua renda e, quanto vai se comprometer com a prestação assumida, incluindo os juros. É importante que se faça um orçamento familiar em que se observe quanto ganha, o que vai gastar (após pagar o dízimo do Senhor), e sempre procurar ficar com alguma reserva para imprevistos.
d) Não ficar por fiador. Outro cuidado importante, é não ficar por fiador. A Bíblia desaconselha isso (Pv 11.15; 17.18; 20.16; 22.26; 27.13). Outro perigo é fornecer cheque para alguém utilizar em seu nome. Conheço casos de irmãos que ficaram em aperto por isso. É importante fugir do agiota. É verdadeira maldição quem cai na não dessas pessoas, que cobram “usura” ou juros extorsivos (Êx 22.25; Lv 25.36).
e) Pagar os impostos. Em Romanos 13.7, lemos: “Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra” (Rm 13.7). A sonegação de impostos acarreta prejuízo para toda a nação. O cristão não deve ser contrabandista pois isso não glorifica a Deus (3º Trimestre de 2002. Título: Ética Cristã — Confrontando as questões morais. Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima. Lição 11: O cristão e as finanças. Data: 15 de setembro de 2002).


   CONCLUSÃO

O cristão deve trabalhar honesta e diligentemente para suprir o sustento de sua família. Ele deve administrar bem seus recursos a fim de não pecar contra Deus e não expor a sua família ao vexame moral e privações. Devemos, em primeiro lugar, confiar que Deus suprirá todas as nossas necessidades (Fp 4.7); em segundo, fazer todo o possível ao nosso alcance para bem administrar os recursos que Deus nos deu.. (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 10, 3 Jun 18)

O cristão não foi chamado para acumular riquezas, mas para dar tanto quanto Deus o dirige a fazê-lo. Deus é a fonte de tudo aquilo que foi colocado em nossas mãos, e deve ser honrado com isso. Os Seus benefícios ultrapassam os custos. "E isto afirmo: aquele que semeia pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará. Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra" (2Co 9.6-8).
Para que a generosidade seja manifesta exteriormente, o coração deve antes estar enriquecido de amor e compaixão sinceros para com o próximo. Dar de nós mesmos e daquilo que temos, resulta em: (1) Suprir as necessidades dos nossos irmãos mais pobres; (2) louvor e AÇÕES de graças a Deus (v.12) e (3) amor recíproco da parte daqueles que recebem a ajuda”. Para conhecer mais leia Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.1782.

“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Maio de 2018


   PARA REFLETIR

A respeito do tema "Ética Cristã e Vida Financeira" responda:
• Quais foram os dois pedidos de Agur?
O primeiro pedido foi por uma vida íntegra, livre da vaidade e da falsidade. O segundo foi uma vida financeira equilibrada.
• Contra os laços e a tentação das riquezas, o que o apóstolo Paulo confirma?
O apóstolo Paulo confirma que a vida moderada é o melhor caminho para fugir dos laços e das tentações das riquezas.
• Elenque os meios honestos de ganharmos dinheiro.
Trabalho, emprego, escolarização e mobilidade social.
• Qual é o início da boa administração financeira?
A boa administração financeira tem início com a fidelidade do cristão na entrega dos dízimos e das ofertas.
• A sua vida financeira está em ordem ou em desordem? Por que não começar colocar em prática as sugestões mostradas nesta lição?
Resposta pessoal. (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 10, 3 Jun 18)