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3 de janeiro de 2017

JOVENS - Lição 2: O real propósito da Igreja



LIÇÕES BÍBLICAS CPAD
1º Trimestre de 2017
Título: A Igreja de Jesus Cristo — Sua origem, doutrina, ordenanças e destino eterno
Comentarista: Alexandre Coelho

JOVENS
 - Lição 2 -
8 de Janeiro de 2017

O real propósito da Igreja

TEXTO DO DIA

SÍNTESE
“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2.9).

A Igreja de Jesus Cristo tem por objetivo mostrar ao mundo como Deus age na história da salvação.

AGENDA DE LEITURA
Segunda -  Rm 12.1
A busca pelo culto e adoração racionais
Terça - Hb 10.25
Não deixe de congregar
Quarta - Ef 4.29
Edificando por meio de palavras

Quinta - Cl 4.3,4
Falemos de Cristo
Sexta - 1Co 12.13
Formamos um só corpo
Sábado - Jo 4.24
Adorar em espírito e em verdade


OBJETIVO GERAL
Compreender o real significado da frutificação espiritual.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
           EXPLICAR que a adoração abrange as diversas formas de expressão de louvor;
           CONSCIENTIZAR de que a edificação da Igreja ocorre através da disponibilidade de seus membros em servir uns aos outros;
           MOSTRAR que a missão da igreja é transmitir o evangelho aos perdidos.

INTERAÇÃO
Caro docente, conhecer o real propósito da Igreja é fundamental para a realização das atividades que cumprimos em nossas igrejas. Somos chamados para adorar ao nosso Criador, assim como trabalhar para a edificação dos nossos irmãos em Cristo e também alcançar aqueles que estão distantes do caminho da salvação. Para que seus alunos conheçam e sintam-se motivados a participarem desse propósito como Igreja é necessário que haja estímulos. Pessoas motivadas trabalham com afinco em uma mesma direção. Nesse caso, professor, a cada ponto discursado ao longo da lição você poderá trazer exemplos de situações que fazem parte do contexto em que seus alunos estão inseridos. Em geral, nos sentimos à vontade em conversar a respeito de assuntos que possuímos mais domínio de conteúdo. Procure ouvir a opinião de seus alunos a respeito de cada tópico. Abra espaço para expressarem o que pensam. Isso tornará a aula mais dinâmica.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
É comum encontrarmos na igreja pessoas que alegam não terem o dom de evangelizar. Isso é mais comum do que podemos imaginar. Entretanto, não podemos nos esquivar da responsabilidade que nos foi outorgada pelo nosso Senhor, de levar a mensagem do evangelho a todas as pessoas. Converse com os jovens e explique que expressar o amor de Deus às pessoas não se resume em tentar convencê-las a respeito do que é teologicamente correto, mas também na forma como nos relacionamos e transmitimos a imagem de Cristo para os descrentes através do nosso testemunho. Reflita com os alunos, por alguns instantes, que tipo de comportamento tem distanciado as pessoas do vínculo com a igreja, em especial, da juventude cristã. Reflita com eles sobre que medidas podem ser tomadas para que, ao invés, de distanciarmos, atrairmos os jovens para Cristo.


TEXTO BÍBLICO
Romanos 12.1-8.
1 Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
2 E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
3 Porque, pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
4 Porque assim como em um corpo temos

muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação,
5 assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.
6 De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;
7 se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;
8 ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.


COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Toda instituição precisa ter propósitos bem definidos. Uma empresa deve oferecer emprego e dar lucro a seus acionistas ou proprietários. Uma escola tem como objetivos principais educar e formar cidadãos. As forças armadas e policiais têm como alvos zelar pela segurança nacional e pública. A Igreja, como instituição fundada por Deus, tem dentre outros desígnios a adoração, a edificação dos crentes e a evangelização. Trataremos desses três objetivos nesta lição. [Comentário: A linguagem de Pedro empregada no texto do dia, aplicando à igreja os termos do Antigo Testamento referentes a Israel, afirma a constituição do ‘Novo Israel’, agora incluindo os crentes gentios que, em outro tempo, não eram povo e que não tinham alcançado misericórdia. Essa citação de Oséias 1 é uma indicação de que o apóstolo podia encarar as profecias do Antigo Testamento sobre a nação de Israel como realizada na Igreja, o novo Israel espiritual.. Contrastando o destino dos incrédulos (v. 8) e a posição dos eleitos, ele afirma: ‘vós, porém...’ Soberanamente Deus fez uma escolha (v.6 e 9). Falando sobre eleitos, o dicionário Strongs esclarece: ‘eklektos1588: Comparar com ‘eclético’. De ‘ek’, ‘fora de’ e ‘lego’, ‘pegar, reunir’. A palavra designa alguém escolhido em meio a um grupo maior para serviços ou privilégios especiais. Descreve Cristo como o Messias escolhido de Deus (Lc 23.35), anjos como mensageiros do céu (1Tm 5.21) e crentes, como receptores do privilégio de Deus (Mt 24.22; Rm 8.33; Cl 3.12). O Novo Testamento aponta a fonte de eleição para a graça de Deus. Como alvos dessa eleição, nós somos devedores, no dizer paulino, do Evangelho (Rm 1.15). Como sacerdócio real, observa-se a natureza real do adorador resgatado. Como Igreja, temos uma missão tripla: em relação à Deus, aos irmão na fé e ao mundo.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?


I. COM RELAÇÃO A DEUS — ADORAR

1. O que é adorar. A adoração sem dúvida tem sido um dos assuntos mais comentados de nossos dias. De forma positiva, tem se buscado um modelo de culto que respeite a santidade e a presença de Deus entre aqueles que se dizem seus filhos, e, ao mesmo tempo, permita que esses filhos de Deus participem do culto com ordem e decência. Por outro lado, têm sido abundantes os cultos marcados por excessos de manifestações artísticas, músicas cujo conteúdo mexe mais com o corpo do que falam ao coração, e pouca primazia se dá à pregação bíblica e ao ensino. Adorar envolve mais do que cânticos e louvores. Envolve ter uma vida que agrade a Deus e que seja um exemplo de serviço a Ele e aos membros do Corpo de Cristo. Quando entendemos que servir faz parte do ministério de Cristo (Mc 10.45), entendemos também que nossa adoração a Deus, no “aspecto vertical”, deve ser desenvolvida igualmente no “aspecto horizontal”, quando nos dispomos a ser servos uns dos outros. [Comentário: "Deus disse: Este povo com a sua boca diz que me respeita, mas na verdade o seu coração esta longe de mim. A adoração deste povo é inútil, pois eles ensinam leis humanas como se fossem meus mandamentos!” (Mt 15.8,9). Adoração está intimamente ligada à obediência. O significado de obedecer no dicionário é: 1. Mostrar obediência. 2. Estar dependente. 3. Ceder. 4. Deixar-se guiar. 5. Cumprir, executar, observar. Logo vemos que:
1º Quem mostra obediência precisa conhecer bem as regras onde gera dentro de si o temor, para não as quebrar; “O que despreza a palavra a ela se apenhora, mas o que teme o mandamento será galardoado.” (Pv13. 13)
2º Quem obedece a Deus mostra que depende d’Ele para viver e tomar suas decisões; independentemente se Ele disser sim ou não, o filho sensato procura lembrar-se de tal dependência e assim, agradar ao seu Pai, “O filho insensato é tristeza para o pai e amargura para quem o deu a luz." (Pv17. 25)
3º O servo obediente cede às suas vontades para obedecer à “boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12.2). Texto extraído de: http://ensdominical.blogspot.com.br/2010/07/licao-3-obedecer-e-o-mesmo-que-adorar.html. Obedecer nada mais é do que se submeter à vontade de alguém ou estar sob o comando de alguém. Obedecer é uma decisão. E a decisão de obedecer é um ato de amor (Jo 14.15). No Antigo Testamento, vemos que toda vez que alguém praticava pecado contra Deus, era necessário oferecer um sacrifício para se obter o perdão; e diferente do que podemos imaginar tal situação não alegrava ao coração de Deus. Ao decidir por se afastar da vontade de Deus, dizemos que Ele não está mais na direção das nossas vidas e sim nós mesmos. É isso que queremos? Abrir mão dos planos de Deus para satisfazer a nossa própria vontade? A Bíblia nos garante que Deus ordenou a sua vontade para que ela fosse obedecida, e os que a obedecem serão felizes e jamais serão abandonados por Ele (SI. 119.1-8). Você quer viver uma vida feliz? Viva uma vida de obediência ao Senhor! E caso venha a desobedecê-Lo, não pense que tudo está perdido. Deus enviou Jesus para morrer pelos nossos pecados. Se arrependa, peça perdão a Ele e guarde em seu coração a Palavra do Senhor (SI 119.11) Extraído de: Lição 3- Obediência e Adoração. Lições Bíblicas de Adolescentes – 2°tri. De 2016 – CPAD. Entendendo que tudo em nossa vida é do Pai, compreendemos também que devemos louvá-lo em nossas atividades diárias. Por isso, aquele que lidera uma equipe no trabalho, deve agir com justiça e equidade (Cl 4.1), sem ameaças sabendo que o Senhor de tudo está no céu (Ef 6.9). O cristão que exerce um cargo de chefia com opressão e desrespeito está pecando contra Deus. Já o crente que é empregado em um estabelecimento deve saber que quando trabalha com seriedade e produtividade, faz de sua profissão seu sacerdócio (Ef 6.5-8Cl 3.23,24Tt 2.9,10).]
2. A diversidade da adoração. O culto ao Senhor pode variar de acordo com o lugar e a época. Quem trabalha no campo missionário tem muitas histórias sobre a diversidade cultural e a adoração a Deus. Há diversos modelos de cultos em nossos dias, e esses estão mais afeitos a lugares, com regionalismos próprios. Nem sempre um modelo adotado em um país será necessariamente aceito em outra cultura. O que não se pode esquecer é que o nosso culto deve ser racional, e feito com ordem e decência: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12.1). A adoração ao Senhor não pode ser transformada em um espetáculo, onde as pessoas se dirigem ao santuário para serem entretidas, para passar tempo, esquecendo-se de que estão ali para adorar, orar e ouvir a Palavra de Deus. [Comentário: O apóstolo Paulo descreve perfeitamente a verdadeira adoração em Romanos 12.1-2: "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus". Essa passagem contém todos os elementos da verdadeira adoração. Primeiro, há a motivação para adoração: "as misericórdias de Deus." As misericórdias de Deus são tudo o que Ele tem nos dado que nós não merecemos: o amor eterno, a graça eterna, o Espírito Santo, a paz eterna, a alegria eterna, a fé salvadora, conforto, força, sabedoria, esperança, paciência, bondade, honra, glória, justiça, segurança, vida eterna, perdão, reconciliação, justificação, santificação, liberdade, intercessão e muito mais. O conhecimento e a compreensão desses presentes incríveis nos motivam a demonstrar louvor e ação de graças - em outras palavras, adoração! Também na passagem encontra-se uma descrição da forma da nossa adoração: "apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo e santo." Apresentar os nossos corpos significa dar a Deus tudo de nós mesmos. A referência aos nossos corpos, aqui, significa todas as nossas faculdades humanas, tudo da nossa humanidade - nossos corações, mentes, mãos, pensamentos, atitudes - deve ser apresentado a Deus. Em outras palavras, estamos abrindo mão do controle dessas coisas e entregando-o a Ele, assim como um sacrifício literal foi entregue totalmente a Deus no altar. Mas como alcançar isso? Mais uma vez, a passagem é clara: "pela renovação da sua mente." Renovamos as nossas mentes diariamente ao limpá-las da "sabedoria" do mundo e substituindo-as com a verdadeira sabedoria que vem de Deus. Nós o adoramos com nossas mentes renovadas e limpas, não com nossas emoções. As emoções são coisas maravilhosas, mas a menos que sejam formadas por uma mente saturada na Verdade, elas podem ser forças destrutivas e fora de controle. Onde a mente vai, a vontade segue, e assim fazem as emoções. Primeiro Coríntios 2:16 nos diz que temos "a mente de Cristo", e não as emoções de Cristo. Leia mais em: https://gotquestions.org/Portugues/verdadeira-adoracao.html.]
3. A adoração que Deus recebe. Ter uma liturgia adequada para nos portarmos no culto ao Senhor é correto, pois isso nos ajuda a lembrar de que estamos na presença do Senhor, e o nosso culto deve ser racional (Rm 12.1). Entretanto, ainda mais importante é lembrar que “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.24). Deus não recebe uma adoração forçada, falsificada, mas uma adoração que brota verdadeiramente de uma pessoa com um espírito agradecido, e que reconhece a grandiosidade de Deus não apenas no momento do culto, mas igualmente fora do ambiente do santuário, pois somos adoradores em tempo integral, dentro da igreja e fora dela. [Comentário: O texto do dia não somente aponta o louvor, mas representa uma revelação básica da Bíblia: Deus quer pessoas que andem com ele em oração, marchem com ele em louvor, e agradeçam e louvem a ele. Adoração exige que conheçamos àquele a quem estamos adorando. Jesus respondeu essa questão à mulher samaritana, deixando evidente que onde a adoração acontece não é tão importante quanto à razão pela qual O adoramos e o quanto de si mesmo cada um de nós oferece a Deus quando O adoramos. A adoração genuína e autêntica vem seguida de um coração agradecido e tem o propósito de agradar a Deus. A Bíblia diz: “Sejamos agradecidos e adoremos a Deus de um modo que o agrade”. (Hb 12.28). Reconhecer Deus como soberano e regozijar na glória dos Seus atributos manifestos no Redentor é adoração espiritual e são ações do espírito de um homem regenerado, de quem nasceu de novo. A adoração sem entendimento, ou inteligência, não é culto racional, algo que Deus pede (Rm 12.1,2). Tentativas de adorar ao Senhor somente com as sensações são ações de um bruto. O louvor que usa a razão é adoração de um homem para com seu Deus. A adoração espiritual é louvor que corresponde à natureza nova de um homem regenerado (Rm 8.5). Uma vez que entendemos o que Deus tem feito por nós, faz sentido nos dedicar a ele em obediência e serviço. Leia Romanos 12.1 e note que o uso da palavra “pois” mostra que este serviço razoável se baseia nas coisas ditas anteriores. Paulo acabou de falar sobre a profundidade da riqueza de Deus, que nos criou e nos deu a salvação de graça (Rm 11.33-36). Por isso, devemos nos dedicar ao Senhor. Muitos entendem que para adorar a Deus é necessário estar em um templo cercado de pessoas em atitude reverente. Para elas é preciso um momento de concentração, reforçado com meditação, rezas e orações. É o que chamam de ambiente propício. Este ambiente geralmente surge de um envolvimento emocional promovido pela expectativa de milagres, profecias, manifestações, etc. A condição ‘em verdade’ é proveniente de uma nova criação, como bem assevera o apóstolo Paulo: “E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade" ( Ef 4.24 ). O novo homem é criado por Deus ‘em verdadeira’ justiça e santidade. É por isso que todo aquele que está ‘em Cristo’ é uma nova criatura. Você já nasceu de novo? Então você adora em verdade! Biblicamente, se o homem adora em espírito, concomitantemente ele está na Verdade, e se adora 'em verdade' é porque vive em Espírito! Adoração não é um estilo de vida como apregoam. Adorar em espírito e em verdade só é possível quando se conhece a Deus, ou seja, quando Deus passa a habitar no homem "O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós" ( Jo 14.17 ).]


Pense!
A adoração faz parte do culto, tanto quanto o faz a contribuição e o ouvir a Palavra de Deus, que também são adoração.


Ponto Importante
Adorar a Deus é uma das maiores oportunidades que o ser humano tem de reconhecer o senhorio do seu Criador e Senhor.


II. COM RELAÇÃO AOS CRENTES — EDIFICAR

1. Edificando por meio da comunhão. Um dos fatores mais importantes na edificação do Corpo de Cristo é a comunhão. Ela não nos permite ficar isolados uns dos outros, mas nos incentiva à interação e ao fortalecimento por meio da oração, ações de graças, atos de generosidade e socorros. Pela comunhão, crescemos juntos, exercemos misericórdia e podemos, como corpo de Cristo, apresentar “todo homem perfeito em Jesus Cristo” (Cl 1.28). [Comentário: Num mundo tão repleto de exemplos negativos, devemos nos empenhar em ter uma vida de adoração ao Pai. e por meio desta, tornarmo-nos exemplo para nossa geração. A mulher samaritana pode ouvir, dos habitantes de sua vila, que a fé em Jesus que ela inicialmente testemunhara, tornara-se uma viva consciência espiritual em cada pessoa daquele vilarejo. A adoração não nos torna escandalosos, de modo a afastar pessoas de Cristo; ao contrário, a fé no Salvador é algo tão poderoso e transformador do caráter de uma pessoa que esta passa a ser exemplo e inspiração a todos aqueles que o cercam (At 9.19-21). Além de anunciar o reino (Lc 9.11; At 1.3) e revelar os seus mistérios (Mt 13.11; Mc 4.11), Jesus incumbiu os seus discípulos de fazerem o mesmo (Mt 10.7; 24.14; Lc 9.2,11,60); a igreja primitiva fez isso (At 8.12; 19.8; 20.25; 28.23,31; Cl 4.11). No sermão do monte Jesus falou sobre a influência da igreja no mundo e usou duas figuras simples, porém, poderosas para ilustrar essa verdade magna: a Igreja como sal da terra e luz do mundo. A igreja é o conjunto daqueles que crêem em Cristo e que se associam uns aos outros por causa da sua fé comum. À luz das Escrituras, a igreja é uma realidade essencialmente corporativa, comunitária. Ela é descrita como o corpo de Cristo, a família da fé, o povo de Deus, um rebanho, um edifício e outras figuras que acentuam o seu caráter de comunidade e solidariedade com propósitos bem definidos: adoração, comunhão, edificação, proclamação, e serviço. Esses propósitos apontam para três dimensões essenciais da vida da igreja: seu relacionamento com Deus, seus relacionamentos internos e seu relacionamento com o mundo. A missão da igreja se relaciona principalmente com os dois últimos aspectos: proclamação e serviço. E é aqui que entra o papel do crente individualmente]
2. Edificando por meio dos dons. Os dons dados por Deus são meios pelos quais a Igreja é edificada. Os dons espirituais são dados de forma individual, mas sua utilização é manifesta na coletividade, na igreja local. Os dons de Deus não são um atestado de superioridade espiritual, mas instrumentos pelos quais Deus usa homens e mulheres com poder, apesar de suas limitações pessoais, em prol do crescimento e aperfeiçoamento dos santos.
Lembremo-nos de que os dons são concedidos pelo Espírito Santo. Não são aprendidos academicamente ou por técnica alguma. Com o passar do tempo, aqueles que os recebem devem primar em fazer com que os dons sejam exercidos com ordem no culto, e isso pode e deve ser ensinado. Esse aspectos, sim, podem ser aprendidos, de tal forma que possamos ver os dons do Espírito sendo usados de forma edificante e ordeira no santuário. [Comentário: Os dons espirituais são uma dotação sobrenatural concedida pelo Espírito Santo ao crente, para o serviço e execução dos propósitos de Deus na igreja e através dela. Os dons espirituais, portanto, não são qualidades humanas aprimoradas e abençoadas por Deus. São sete as principais passagens que tratam sobre os dons espirituais: 1 Co 12.1-11,28-31; 13; 14; Rm 12.6-8; Ef 4.7-16; Hb 2.4; 1 Pe 4.10,11. Além destas, há muitos outros textos da Bíblia sobre o assunto. A marca das obras das mãos de Deus é a diversidade, não a uniformidade. Assim é com a natureza; é assim também com a graça, e em nenhum lugar mais do que na comunidade cristã. Nesta há muitos homens e mulheres das mais diversas espécies de origem, ambiente, temperamento e capacidade. E não só isso, mas, desde que se tornaram cristãos, são também dotados por Deus de uma grande variedade de dons espirituais. Entretanto, graças a essa diversidade e por meio dela, todos podem cooperar para o bem do todo. Seja qual for a espécie de serviço que se deva prestar na igreja, que seja feito de coração e com fidelidade pelos que são qualificados por Deus, quer seja a profecia, o ensino, a exortação, a administração, as contribuições materiais, a visitação aos enfermos, quer a realização de qualquer outra classe de ministério. Para ilustrar suas palavras, Paulo usa a figura do corpo humano, como já fizera em 1 Coríntios 12.12-27. Cada parte do corpo tem sua função característica a desempenhar e contudo, num corpo sadio, todas as partes funcionam harmoniosa e Ínterdependentemente para o bem do corpo todo. Assim deve ser na igreja, que é o corpo de Cristo. Pela graça que me foi dada - isto é, a "graça" ou o dom do apostolado (ver 1.5, 15.15). Conforme o versículo 6, cada membro da igreja recebeu uma "graça" especial neste sentido, a qual deve ser exercida para o benefício de todos. Tal como 1Co 12, Paulo lança mão da analogia do corpo, com suas várias partes, para ilustrar a natureza da igreja. Ele salienta sua unidade (v. 5), sua diversidade (v.6) e a necessidade de reconhecer os próprios dons e fazer apropriado dos mesmos (v. 6-8). Paulo reconhece a grande variedade e a natureza prática desses dons, bem como, o entrelaçamento dos dotes naturais com os dons espirituais (1 Co 14.26,32,33,40). Toda energia e poder sem controle são desastrosos. Deus nos concede dons, mas não é responsável pelo mau uso deles; por desobediência do portador à doutrina bíblica ou por ignorância desta. Portanto, os que recebem os dons devem: a) procurar saber o que a Palavra ensina sobre o exercício daquele dom em particular; b) exercer o dom segundo a Escritura; c) evitar desordens e confusões no uso dos dons.]
3. Edificando por meio do ensino. Por meio do ensino bíblico, apresentamos assuntos teológicos e outros relacionados à vida cristã de forma sistematizada ao Corpo de Cristo, e todas as faixas etárias da igreja podem ser contempladas, cada uma com suas características e necessidades. É um momento em que há uma interação entre professor e aluno, o que não ocorre por ocasião da pregação expositiva da Palavra de Deus. E quando aprendemos realmente a Palavra de Deus, podemos usá-la de forma adequada tanto na Igreja quanto fora dela. Jesus dedicou grande parte de seu ministério ao ensino. Ele sabia que para dar prosseguimento à divulgação do Evangelho, seus sucessores deveriam ser ensinados sobre os princípios e verdades do Reino de Deus, e que pelo poder do Espírito, seriam lembrados dos ensinos de Jesus e os fariam conhecidos: “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (Jo 14.26). O Espírito de Deus nos lembra o que aprendemos, ou seja, Ele se utiliza do que já recebemos para nos relembrar do que precisamos fazer. [Comentário: A Palavra de Deus tem extremo valor para a vida cristã. Deus revelou nela tudo o que precisávamos saber para que tenhamos comunhão com Ele dentro dos moldes divinos, perdão dos nossos pecados e a certeza da vida eterna. Deus inspirou homens santos a que escrevessem a sua verdade, deixando a mensagem divina registrada para a posteridade. É na Palavra de Deus que encontramos as verdades da fé cristã, como a realidade do pecado e a salvação proposta por Deus para a humanidade. A Bíblia nos mostra também a origem do povo de Israel, sua história de erros e acertos ao longo dos séculos, e a vinda de Jesus, o Cristo, para resgatar a humanidade do pecado. Mostra a origem da Igreja, a atuação do Espírito Santo orientando os seguidores de Jesus e a mensagem deixada para a Igreja pelas mãos dos apóstolos, com as diversas orientações tanto para líderes quanto para os crentes em geral. Apresenta a realidade da vida após a morte, do céu e do inferno, e o que está reservado no futuro tanto para os que receberam a Jesus quanto àqueles que o rejeitaram. Finalmente, manifesta como as coisas serão quando o mal deixar de existir e a alegria do novo céu e da nova terra. Extraído de Lições Bíblicas CPAD, 1º Trim 2015 – Eu Creio – Revelando ao Mundo suas Convicções Cristãs; Lição 4 (25/01/2015) – Eu Creio na Inspiração das Escrituras (CPAD).]


Pense!
De que forma você tem sido um instrumento de Deus para edificar as pessoas que o cercam?


Ponto Importante
Adorar a Deus é uma das maiores oportunidades que o ser humano tem de reconhecer o senhorio do seu Criador e Senhor.


III. COM RELAÇÃO AO MUNDO — EVANGELIZAR

1. A necessidade de se falar de Jesus às pessoas. Uma das missões mais importantes da Igreja é falar de Jesus às pessoas que ainda não o conhecem. A essência de se evangelizar é fazer com que Jesus esteja vivo em cada pessoa, e o ato de falar de Jesus a uma pessoa é o evangelismo. A Igreja Primitiva não cessava de anunciar a Jesus, mesmo sob perseguição. Eles sabiam que Jesus fazia tanta diferença em suas vidas que não poderiam privar outras pessoas de poderem experimentar uma relação sólida com Deus por meio do perdão dos pecados e da comunhão com Deus. Sigamos o exemplo dos crentes do primeiro século, que testemunhavam de Jesus sempre, mesmo sob perseguição, perda de bens e familiares. Todos temos a oportunidade de tornar Jesus conhecido de nossos parentes, familiares, amigos e mesmo daqueles com quem não temos qualquer tipo de relacionamento. Conhecer Jesus faz a diferença em nossas vidas, e o mesmo fará na vida de outras pessoas. Há pessoas que “conhecem” Jesus como um grande profeta, sacerdote ou pessoa que lutou por uma boa causa. Mas essas pessoas precisam saber que Jesus é o Filho de Deus, que está vivo, que veio para salvar os pecadores. Sem isso, Jesus permanecerá para tais pessoas uma figura histórica. [Comentário: Evangelização é o ato, processo ou efeito de evangelizar, de difundir os ensinamentos do Evangelho. Evangelizar (‘dar a boa notícia’) é a grande tarefa da Igreja; é para isso que ela foi fundada, enviada e sustentada pelo poder do Espírito Santo e embora alguns talvez queiram deixar o evangelismo para os pregadores, os especialistas em apologética, ou talvez simplesmente para os que são extrovertidos, o Novo Testamento declara que todos os cristãos são chamados a evangelizar, como diz C. H. Spurgeon, ‘todo cristão ou é um missionário ou é um impostor! Se nós devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos (Mc 12.31; Tg 2.8), acaso há algum modo mais importante de amar alguém do que compartilhar o evangelho com ele ou ela? É necessário diferenciarmos os termos ‘evangelismo’ e ‘evangelização’; na palavra evangelismo a partícula ‘ismo’ denota sistema. É todo um sistema para a proclamação do evangelho. Existem vários conceitos para evangelismo, porém aqui esta um que é muito coerente: Evangelismo é o sistema baseado em princípios, métodos, estratégias e técnicas tiradas do Novo Testamento, pelos quais se comunica o evangelho de Cristo a todo pecador, sob a liderança e no poder do Espírito Santo, visando persuadi-lo a aceitar a Cristo como seu salvador pessoal, de acordo com o comissionamento de Jesus dado a todos os seus discípulos, levando, ao final, os que crerem, a se integrarem à igreja pelo batismo, preparando-os para a volta de Cristo. Evangelização é a ação de evangelizar. Em resumo, evangelização é a ação de comunicar o evangelho, visando levar os perdidos a Jesus para que sejam por ele salvos.]
2. A salvação é oferecida a todos. Deus, em Cristo, oferece gratuitamente a salvação dos pecados e da morte eterna por intermédio do sacrifício de seu Filho, Jesus Cristo. Devemos, conforme Cristo ordenou, fazer discípulos em todas as nações, sem distinção (Mt 28.19), pois a salvação não é privilégio de alguns poucos escolhidos aleatoriamente, mas de todo aquele que crê em Jesus Cristo, como falou o próprio Jesus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Jesus deve ser anunciado por todos os meios lícitos e para todas as pessoas. Quando dizemos que a salvação é para todos, entendemos que o ato de Jesus, de morrer por nossos pecados, abrange todos aqueles que creem na mensagem do Evangelho. Isso não significa que mesmo aqueles que rejeitaram a Jesus, no final das contas, terão uma oportunidade de se arrepender e ser salvos, pois a hora de decidir aceitar a Jesus é agora, e não depois da morte. Portanto, faça o nome de Jesus ser conhecido do maior número de pessoas que você conhece. [Comentário: Segundo a Bíblia, todos nós pecamos (Ec 7.20, Rm 3.23, 1Jo 1.8). Como resultado do pecado, todos nós merecemos a morte (Rm 6.23) e julgamento eterno do lago de fogo (Ap 20.12-15). Com isso em mente, todo dia que vivemos é um ato de misericórdia de Deus. Posto que a graça traz salvação, é crucial compreender o que a graça significa. A graça de Deus é seu favor ativo em outorgar o maior dom aos que merecem o maior castigo. Essa graça penetrou em nossas trevas morais e espirituais. Difere de misericórdia, embora algumas vezes as Escrituras usem a graça como um sinônimo de misericórdia. Graça é favor imerecido. O termo no original grego é charis, que deriva de charizomai. Esta palavra significa “mostrar favor para” e assume a bondade do doador e a indignidade do receptor. Quando charis é usada para indicar a atividade de Deus, significa “favor não merecido”; assim, dizemos que nós recebemos a graça de Deus. Estamos dizendo, ao mesmo tempo, que somos indignos dela e que não podemos trabalhar por ela. Desta maneira, definimos graça como ela é usada no Novo Testamento, ou seja, "O eterno e absolutamente livre favor de Deus concedido a pessoas indignas e culpadas na doação de bênçãos espirituais e eternas". O Senhor Jesus é o motivo supremo e também a Autoridade que nos manda pescar homens para Ele. Ele é o Mestre por excelência, e o exemplo na arte de fazê-lo. A ordem é: ‘Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo’ (Mt 28.19). Além disso, Ezequiel 3.11 diz: ‘Eia, pois, vai aos do cativeiro, aos filhos do teu povo, e lhes falarás e lhes dirás: Assim diz o Senhor Deus, quer ouçam quer deixem de ouvir’. Testificar aos homens, apresentando-lhes as verdades do Evangelho ou Boas Novas a cerca de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, é obrigação séria e responsabilidade de cada cristão. Paulo quando fala sobre a evangelização diz: ‘Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!’ (1Co 9.16). Todos nós somos devedores da mensagem do evangelho a todos os homens (Rm 1.14) e sobre nós repousa essa responsabilidade que não foi concedida aos anjos (1Pe 1.12). É por isso que Paulo nos diz: ‘Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus (…) prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não’ (2Tm 4.1-2).]
3. A presciência divina. Deus evidentemente sabe, pela sua presciência, quem vai ou não rejeitar a mensagem da salvação, mas isso não significa que Ele predeterminou quem será salvo e quem não vai, e não podemos confundir a presciência divina com determinismo. O importante é anunciar a Cristo em todos os momentos e fazer o seu nome conhecido em todos os lugares. [Comentário: Em Deus estão indissociavelmente ligados o propósito, a presciência e o fazer. Por isso ele também “executou” sua vontade em Jesus Cristo (cf. Ef 1.9, onde se fala da “resolução” – termo idêntico ao de Ef 3.11 – que ele sintetizou em Jesus Cristo). A salvação que consiste no envio de Jesus Cristo também foi concretizada nele dessa maneira. As passagens definitivas sobre predestinação no NT são Rm 8.28-30; Ef 1.3-14 e Rm 9. Estes textos obviamente enfatizam que Deus é soberano e que está no controle total de todas as coisas, inclusive da história humana. Há um plano divino de redenção que foi pré-estabelecido e está sendo trabalhado através do tempo. Contudo, tal plano não é arbitrário nem seletivo. É baseado não apenas na soberania e na presciência de Deus, mas também no Seu imutável caráter de amor, misericórdia e graça imerecida. Temos que ter cuidado com nosso individualismo ocidental (americano) e de nosso zelo evangelístico que pode distorcer esta verdade maravilhosa. Também temos que ter cuidado para não nos deixarmos polarizar pelos conflitos históricos e teológicos de Agostinho contra Pelagius ou do calvinismo contra o arminianismo. Predestinação não é uma doutrina que pretenda limitar o amor, a graça e a misericórdia de Deus nem excluir alguns do evangelho. Ela pretendeu fortalecer os crentes, moldando a visão de mundo deles. Deus é a favor de toda a humanidade (João 3.16; 1Tm 2.4; 2 Pe 3.9) e está no controle de tudo. Quem ou o que pode separar-nos dele (Rm 8.31-39)? Predestinação é uma das duas formas de ver a vida. Deus vê a história toda como presente. Os seres humanos é que estão limitados ao tempo. Nossa perspectiva e habilidades mentais é que são limitadas. Não há contradição entre a soberania de Deus e a liberdade de escolha da humanidade (ou livre arbítrio). É uma estrutura testamentária ou de pacto. Este é outro dos freqüentes exemplos de verdades bíblicas que aparecem em tensão dialética. As doutrinas bíblicas são usualmente apresentadas de perspectivas diferentes. Elas freqüentemente parecem contraditórias, mas a verdade está no equilíbrio entre os pares aparentemente opostos. Não podemos remover a tensão escolhendo só uma das verdades. Não podemos fechar alguma verdade bíblica em um compartimento isolado. Extraído de The Book of Romans, pág 164.]


Pense!
Até que ponto você tem feito do ato de evangelizar uma constante em sua vida?


Ponto Importante
Nossa missão é tornar Jesus conhecido não apenas com nossas palavras, mas principalmente com a nossa vida.


CONCLUSÃO
Somos chamados a servir na igreja local com propósitos bem definidos. Portanto, não podemos enterrar nossas vocações e talentos, e sim observar esses três propósitos — adoração, edificação e evangelização — de forma equilibrada, como também deve ser equilibrada a nossa vida cristã. [Comentário: “À medida que revisamos o mandato da Grande Comissão, podemos resumir a tarefa da igreja em várias afirmações que apresentam o padrão e o propósito de missões. A Grande Comissão declara enfaticamente a soberania do Senhor e assume completamente a singularidade, finalidade, suficiência, integridade, universalidade, e o aspecto inclusivo e exclusivo do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. A igreja cristã tem a solene obrigação de fazer o seguinte:
1. Apresentar a Cristo de forma viva, clara, eficaz e persuasiva ao mundo e ao indivíduo como o Salvador enviado por Deus, o Senhor soberano do Universo e futuro Juiz da humanidade.
2. Guiar os povos a uma relação de fé com Jesus Cristo a fim de que possam experimentar perdão dos pecados e renovação de vida. O homem deve nascer novamente, se quiser herdar vida eterna e amizade eterna com Deus.
3. Separar e congregar os crentes através da realização do batismo, estabelecendo-os em igrejas atuantes. O companheirismo constitui uma parte vital da vida cristã.
4. Firmar os cristãos na doutrina, nos princípios e nas práticas da vida, amizade e serviço cristão, ensinando-os a observar todas as coisas. Isso é instrução, a criação de discípulos cristãos, a cristianização do indivíduo.
5. Treiná-los a viver no Espírito Santo. Já que a vida cristã contém exigências e ideais sobrenaturais, ela só pode ser vivida através de uma confiança plena no Espírito Santo. Se as lições não forem aprendidas cedo, a vida cristã fica cercada de frustração e torpor; a apatia instala-se, ou as pessoas acomodam-se a uma vida cristã anormal. Essa é a tragédia de inumeráveis cristãos que nem mesmo esperam concretizar os ideais bíblicos” PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2000, p.260.] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Janeiro de 2017

HORA DA REVISÃO

1. Segundo a lição, o que é adorar?
Adorar envolve mais do que cânticos e louvores. Envolve ter uma vida que agrade a Deus e que seja um exemplo de serviço a Ele e aos membros do Corpo de Cristo.
2. Qual é a adoração que Deus recebe?
É aquela que reconhece a grandiosidade de Deus não apenas no momento do culto, mas igualmente fora do ambiente do santuário, pois somos adoradores em tempo integral.
3. Qual dos fatos é um dos mais importantes na edificação do Corpo de Cristo?
A comunhão.
4. Qual o objetivo dos dons espirituais?
São instrumentos pelos quais Deus usa homens e mulheres com poder, apesar de suas limitações pessoais, em prol do crescimento e aperfeiçoamento dos santos.
5. Qual é a missão mais importante da Igreja?
É anunciar Jesus às pessoas que ainda não o conhecem.


SUBSÍDIO I

“É a igreja de Jesus Cristo (histórica). Só a igreja, ao longo dos séculos, experimenta a presença de Jesus Cristo em sua membresia. Isso acontece porque é a igreja de Cristo comprada por Ele mesmo com seu sangue e é cuidada como o marido cuida da esposa. Jesus declarou que onde dois ou três indivíduos se reúnem sua presença prometida é vivenciada. Independentemente de o grupo ser pequeno — ali está uma igreja.
É a congregação de todos os crentes (universal). Essa é uma igreja de períodos distintos: passado, presente e futuro — juntas elas formam a igreja. É uma igreja de diferentes culturas encontrada nos países espalhados pela terra, mas unida em seu Senhor em comum. É uma igreja de características, temperamentos e habilidades distintos, além de ser uma igreja apresentando diferentes planos de experiência, dos cristãos mais antigos aos discípulos mais novos — contudo, uma igreja.
É a unidade do Espírito (espiritual). A unidade do Espírito, a respeito da qual o apóstolo Paulo escreve, é mais importante que as diferenças entre os grupos e as denominações. A igreja só é realmente uma por causa do único Espírito que a une. Embora todos os cristãos tenham de trabalhar pela unidade e devam consertar as divisões, eles não têm de buscar a uniformidade. Antes, ela é o reconhecimento de todos que apresentam semelhança com a família” (Guia Cristão de Leitura da Bíblia. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2013, p.506).

SUBSÍDIO II

“O que significa ser um crentre-sacerdote? Antes de mais nada, significa que nós servimos a Deus pessoalmente. E o louvamos por meio de palavras e obras. Significa que nós temos acesso direto a Deus. Significa que ministramos aos outros, levando a eles a Palavra de Deus e ao Senhor as suas necessidades. Significa que cada um de nós somos chamados para servir, para ser servido, da mesma maneira com que Cristo se deu por nós. Uma das maiores tragédias da história da igreja é que a doutrina do sacerdócio de todos os crentes, redescoberta durante a Reforma, nunca foi plenamente interpretada. Pois o ‘mistério’ abrange muito mais do que pregar e ensinar. Ele deve inspirar os nossos relacionamentos com o outros, e também o nosso relacionamento com o Senhor” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. RJ: CPAD, 2007, p.522).
Fonte: O texto da lição foi retirado de: