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18 de abril de 2016

Lição 4: Os benefícios da Justificação



Lição 4: Os benefícios da Justificação
Data: 24 de Abril de 2016

TEXTO ÁUREO
“Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8). [Comentário: Tal como o trecho de 8.1-4, 32, esta passagem ilumina o propósito especial e a eficácia que Paulo atribui regularmente à morte de Cristo. Em outras palavras, Cristo morreu especificamente ‘por nós’ (v 8), os quais agora cremos e estamos justificados mediante a nossa fé, pois a sua morte realmente obteve para nós a ‘reconciliação’ que ‘recebemos, agora’ (v 11).]

VERDADE PRÁTICA
A justificação pela fé em Cristo nos libertou de Adão, símbolo do velho homem, para nos colocar em Cristo, onde fomos feitos uma nova criação.

LEITURA DIÁRIA
Segunda — 1Co 15.21 - O pecado entrou no mundo mediante a Queda de um único homem
Terça — 1Co 15.22 - Todos morreram em Adão e só podem ser vivificados em Jesus
Quarta — Rm 5.13 - O pecado só pode ser imputado havendo a lei
Quinta — Rm 5.15 - A suprema eficiência da redenção em Jesus Cristo
Sexta — Rm 5.17 - O pecado trouxe morte, mas Cristo trouxe a graça divina
Sábado — Rm 5.21 - A graça e a justiça reinam por intermédio de Cristo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 5.1-12.
1 — Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo;
2 — pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.
3 — E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência;
4 — e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança.
5 — E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado.
6 — Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.
7 — Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer.
8 — Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.
9 — Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.
10 — Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.
11 — E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação.
12 — Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.

HINOS SUGERIDOS
90, 310 e 400 da Harpa Cristã.

OBJETIVO GERAL
Esclarecer que a justificação pela fé em Cristo nos libertou da lei do pecado e nos fez novas criaturas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
    I. Apresentar as bênçãos decorrentes da justificação;
    II. Mostrar as bênçãos do amor trinitário;
    III. Explicar as bênçãos decorrentes na nova criação.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO
I. A BÊNÇÃO DA GRAÇA JUSTIFICADORA (Rm 5.1-5)
            1. A bênção da paz com Deus.
            2. A bênção de esperar em Deus.
            3. A bênção de sofrer por Jesus.
II. AS BÊNÇÃOS DO AMOR TRINITÁRIO (Rm 5.5-11)
            1. O amor que o Pai outorga.
            2. O amor que o Espírito distribui.
            3. O amor que o Filho realiza.
III. AS BÊNÇÃOS DA NOVA CRIAÇÃO (Rm 5.12-21)
            1. O homem em Adão.
            2. O homem em Cristo.
CONCLUSÃO

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, você já parou para refletir a respeito das bênçãos decorrentes da justificação pela fé? Pare e pense no que Cristo fez por você. Louve ao Salvador. Adore-o pela sua graça e redenção. O Filho de Deus assumiu o castigo que era nosso. Ele tomou sobre si a nossa condenação. Na cruz Cristo cumpriu a nossa pena nos justificando perante o Pai e fazendo de nós novas criaturas. Ele nos libertou da lei do pecado. Uma vez livres e justificados pela fé temos paz com Deus (Rm 5.1) e acesso à graça (Rm 5.2). Como pecadores jamais poderíamos pagar a nossa dívida para com o Pai. Quando pela fé recebemos o perdão de Deus, a culpa que perturbava as nossas consciências foi substituída pela graça e misericórdia divina.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nos quatro primeiros capítulos da Epístola aos Romanos, Paulo já havia escrito a respeito das origens e das bases da nossa justificação. Faltava agora falar dos resultados dessa justificação. Que benefícios ela nos trouxe? Quais seriam as bênçãos a ela associada? Paz, alegria, esperança são algumas dessas bênçãos associadas à justificação. Todavia, Paulo vai além, ele mostra que tudo isso só foi possível porque Deus nos fez participante de uma bênção maior — sermos parte da nova criação. Esse fato será mostrado através do contraste feito entre Adão, símbolo da velha criação e Cristo, o segundo Adão, cabeça de uma nova criação. [Comentário: A primeira abordagem de Paulo sobre a justiça de Deus pela fé em Cristo se dá no capítulo 1, versos 16 à 17. Em seguida, o apóstolo passa a demonstrar que todos os homens pecaram e foram destituídos da glória de Deus em Adão (Rm 1.16 à Rm 3.20 ). Após demonstrar que diante de Deus todos os homens tornaram-se escusáveis (judeus e gregos), o apóstolo volta a abordagem inicial: a justificação pela fé. No capítulo 4, o apóstolo apresenta exemplos de justificação pela fé no Antigo Testamento: Abraão e Davi, ou seja, Paulo evoca a autoridade da Escritura para dar sustentação a sua argumentação (Rm 4.1-25). Chegamos ao capítulo cinco. Este pode ser chamado um capítulo de transição da qual passamos da doutrina da justificação para a da santificação. Mas antes destra transição o Apóstolo ainda apresenta de forma singular as vantagens únicas da justificação pela Fé em Cristo Jesus. Vamos então analisar os benefícios da justificação. Após estudar o capítulo cinco da carta de Paulo aos Romanos, será possível divisarmos como todos os homens tornaram-se pecadores, e como é possível ser participante da graça de Deus. Verificaremos, ainda, qual é a condição dos que estão em Cristo, e a condição daqueles que continuam inimigos de Deus.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?

PONTO CENTRAL
A justificação pela fé nos concede muitos benefícios.

Paulo argumenta que todos estão caídos e necessitam ouvir e crer no Evangelho para obter salvação. O Auxílio ao Mestre propõe a você o convite, seguindo este entendimento paulino, para apoiar o 1º Avanço Missionário patrocinado pelo AuxílioaoMestre.com. Seja nosso Parceiro para evangelização do município de São José dos Ramos, interior da Paraíba, no próximo dia 1º de maio, com uma pequena doação! O pecado afetou toda a raça humana, por isso, todos precisam de salvação! Clique aqui e veja como.

I. A BÊNÇÃO DA GRAÇA JUSTIFICADORA (Rm 5.1-5)
1. A bênção da paz com Deus. No capítulo cinco de Romanos, Paulo mostra os benefícios da justificação pela fé logo no primeiro versículo: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo”. O uso que Paulo faz da palavra paz aqui é diferente daquele usado no mundo antigo. No geral, o termo significava ausência de guerra. Porém, Paulo se refere ao vocábulo paz conforme ele aparece no Antigo Testamento e cujo significando era a salvação dos piedosos, prosperidade e bem-estar. Embora os manuscritos mais aceitos do original grego tragam a palavra tenhamos em vez de temos, os teólogos concordam que o argumento de Paulo aqui é a paz como efeito imediato dessa justificação. Assim sendo essa paz deve ser desfrutada aqui e agora. Robertson, erudito em grego bíblico, traduz essa expressão como gozemos de paz com Deus. Portanto, uma paráfrase das palavras de Paulo ficaria da seguinte forma: “Já que fomos justificados por meio da fé, desfrutemos, pois, dessa paz com Deus”. Deus tem paz para todos os que foram justificados em Cristo Jesus e deseja que desfrutemos dela. [Comentário: Não é correto nos pautarmos nas divisões de textos como capítulos e versículos quando da interpretação das cartas bíblicas. Ao analisar o texto, não podemos atrelar a análise tão somente a um capítulo ou a um, dois ou três versículos. Antes, a análise de qualquer versículo ou frase deve ser considerada dentro do contexto geral da carta. Precisamos estar atentos, pois as divisões em versículos e capítulos acabam por influenciar a leitura bíblica. As divisões em capítulos e versículos devem ser considerados somente como auxilio para localização e referenciamos certos textos. A observação anterior é válida na análise deste capítulo. Quando o apóstolo diz: "Tendo sido, pois, justificados pela fé..." ( Rm 5:1 ), ele termina uma argumentação e introduz uma nova ideia. Quando o apóstolo escreve 'Tendo sido, pois, justificados pela fé...', ele dá por encerrada a discussão sobre a superioridade dos judeus, ou que somente os gentios eram pecadores, ou que a justiça de Deus era proveniente da lei mosaica. Ao ser justificado pela fé em Deus, as questões abordadas anteriormente passam à segundo plano, uma vez que não há distinção alguma entre gentios e judeus. "Sendo, pois, justificados pela fé..." remete à versículos anteriores ( Rm 1:16 -17 e Rm 3:21 -22), e apresenta um novo aspecto da justificação pela fé. Os cristãos pela fé adquiriram paz com Deus, por intermédio de Cristo Jesus. Por meio da fé os cristãos são declarados justos e obtiveram paz com Deus. A condição alcançada em Cristo contrasta com a condição apresentada no verso 10. O homem por causa do pecado tornou-se inimigo de Deus, e bem sabemos que por conta própria o homem não buscou e nem busca tal reconciliação (Rm 3.10-12). Coube a Deus, em seu infinito amor trazer e proporcionar ao homem tamanha reconciliação, ou seja, a “Paz” que somente obtemos por meio da Fé salvadora em Cristo Jesus. http://www.estudobiblico.org/pt/detalhe/ver/romanos-capitulo-5-196]

2. A bênção de esperar em Deus. Antes de falar da bênção de esperar em Deus, Paulo fala como se deu esse acesso: “Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus” (Rm 5.2). A fé no Cordeiro de Deus nos abriu a porta da graça. Observe o comentário que William Barclay faz a respeito desse texto: “O próprio Jesus nos introduz na presença de Deus; nos abre a porta de acesso à presença do Rei dos reis. E quando se abre essa porta o que encontramos é a graça; não condenação, nem juízo, nem vergonha; senão o intocado e imerecido amor de Deus”. A porta se abriu para a esperança. No contexto de Romanos, esperança significa enfrentar o tempo presente, com todos os seus desafios, porque se tem certeza quanto ao futuro. O futuro não é algo mais desconhecido, porque a fé em Jesus nos tornou participantes do seu reino. [Comentário: Desde já, vale observar que, ao falar da salvação em Cristo, Paulo apresenta a condição dos cristãos (paz com Deus), para depois apresentar como alcançaram tal condição (pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça). Ou seja, durante a análise da carta aos Romanos, demonstraremos que, geralmente, o ponto de partida para o apóstolo apresentar o plano da salvação é o da condição alcançada (paz com Deus), e em seguida, ele retroage até demonstrar qual era a condição anterior (inimizade). Por intermédio de Jesus os cristãos têm entrada a esta graça, ou seja, alcança a graça da justificação e amizade com Deus pela fé. Este versículo demonstra que por Cristo e pela fé os cristãos recebem a graça de Deus, e o verso anterior fixa-se em demonstrar a graça alcançada: justificação e amizade com Deus. Paulo reitera que ele e todos quantos estão em Cristo (...também temos...), estão firme na graça proveniente do evangelho (...na qual estamos firmes...). Enquanto muitos se gloriam das questões relativo à carne ( 2Co 11:18 ), os cristãos gloriam-se na esperança proposta por meio do evangelho. Embora o apóstolo não volte a falar que não há diferenças entre gentil e judeu explicitamente, ele acaba por falar de modo velado destas distinções promovidas pelos homens, e não por Deus. Gloriar-se na esperança da glória de Deus é uma das maneiras de trazer à lembrança dos cristãos àqueles que se vangloriam da carne. Enquanto os da fé gloriam-se na esperança proposta e nas tribulações, os segundo à carne gloriam-se em questões meramente humanas "Pois que muitos se gloriam segundo a carne, eu também me gloriarei" ( 2Co 11:18 ); "Se convém gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza" ( 2Co 11:30 ). Enquanto os da carne buscavam elementos para gloriarem-se na carne dos irmãos em Cristo "Porque nem ainda esses mesmos que se circuncidam guardam a lei, mas querem que vos circuncideis, para se gloriarem na vossa carne" ( Gl 6:13 ), Paulo demonstra que o cristão deve gloriar-se tão somente na cruz de Cristo, esperança da glória "Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo" ( Gl 6:14 ). http://www.estudobiblico.org/pt/detalhe/ver/romanos-capitulo-5-196]

3. A bênção de sofrer por Jesus. Na lista dos benefícios ou bênçãos vindos da cruz encontramos uma que, no contexto atual, escandaliza muita gente. Paulo tem no sofrimento uma motivação para se gloriar! “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência; e a experiência, a esperança” (Rm 5.3,4). A palavra grega thlipsis, traduzida em português como tribulação, significa pressões, dificuldades e sofrimentos. Que tipo de fé era essa que se alegrava no sofrimento? Era a fé pura, sem os resquícios da Teologia da Prosperidade, sem os paliativos espirituais criados para entreter os cristãos modernos. [Comentário: “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência” (v. 3); Enquanto os da fé gloriam-se na esperança proposta e nas tribulações, os segundo à carne gloriam-se em questões meramente humanas "Pois que muitos se gloriam segundo a carne, eu também me gloriarei" ( 2Co 11:18 ); "Se convém gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza" ( 2Co 11:30 ). Enquanto os da carne buscavam elementos para gloriarem-se na carne dos irmãos em Cristo "Porque nem ainda esses mesmos que se circuncidam guardam a lei, mas querem que vos circuncideis, para se gloriarem na vossa carne" ( Gl 6:13 ), Paulo demonstra que o cristão deve gloriar-se tão somente na cruz de Cristo, esperança da glória "Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo" ( Gl 6:14 ). A fé é a 'entrada' à graça de Deus, que pela esperança proposta concede forças para suportar as tribulações ( Hb 12:2 ). Quando o apóstolo diz que 'a esperança não traz confusão', ele aponta para o Espírito Santo, que foi concedido através do amor de Deus. Ao escrever este verso Paulo tinha em mente a declaração feita aos cristãos de Éfeso: "Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa. O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória" ( Ef 1:13 -14). O penhor geralmente é equivalente ao valor da dívida, e Paulo demonstra que os cristãos já haviam recebido o que é infinitamente superior à herança: o Espírito Santo de Deus. Esta relação entre tribulação, paciência, experiência e esperança também foi abordado por Pedro e Tiago, porém, cada um à sua maneira (Tg 1.2 -4; 1Pe 1.6 -7). http://www.estudobiblico.org/pt/detalhe/ver/romanos-capitulo-5-196]

SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Com a justificação pela fé recebemos a bênção da paz com Deus.

SUBSÍDIO DIDÁTICO
Inicie o tópico fazendo a seguinte indagação: “Quais são as bênçãos decorrentes da justificação?”. Incentive a participação de todos e ouça os alunos com atenção. Em seguida copie no quadro o esquema abaixo. Utilize-o para mostrar aos alunos algumas das bênçãos decorrentes da justificação. Leia e discuta as referências bíblicas com os alunos.

II. AS BÊNÇÃOS DO AMOR TRINITÁRIO (Rm 5.5-11)
1. O amor que o Pai outorga. A visão que Paulo possui a respeito do Senhor é muito diferente da do judaísmo dos seus dias. O Deus que Paulo está revelando em suas epístolas é amor. Por isso, muito diferente daquele que os judeus conheciam. A expressão amor de Deus, que aparece em Romanos 5.5, no original está no caso genitivo, indicando origem ou posse. Deus é a origem e a fonte do amor. Embora o antigo Israel houvesse quebrado a aliança, sendo digno de punição, Deus em seu amor infinito o procura para uma reconciliação. Esse é o amor que perdoa. O Deus da teologia paulina ama suas criaturas e como prova maior desse amor enviou seu Filho para morrer por elas (Jo 3.16). A justificação pela fé nos dá uma nova percepção da pessoa de Deus e seus atributos, e essa percepção mostra que Ele é amor. [Comentário: Amor, ágape; Strong 26: Uma palavra à qual a cristandade deu um novo significado. Fora do Novo Testamento, ela raramente ocorre nos manuscritos gregos existentes no período. Agape denota uma benevolência invicta e boa vontade inconquistável que sempre procuram o bem maior da outra pessoa, independentemente do que ela faz. É o amor autoconcedido que dá livremente sem pedir nada em troca e sem considerar o valor de seu objeto. Agape é mais um amor por escolha do que philos, que é amor por acaso; e refere-se à vontade, ao invés da emoção. Agape descreve o amor incondicional que Deus tem pelo mundo. "Deus é amor" (1Jo 4.8,16): "Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor". Paulo diz: "... Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu" (Rm 5.5). O amor de Deus é um exercício de sua bondade para com os pecadores, individualmente, por meio do qual, tendo se identificado com o bem-estar dessas pessoas, entregou seu Filho para ser o Salvador delas, e agora as leva a conhecê-lo e a desfrutá-lo em uma relação de aliança, assim, a natureza desse amor derramado é visto na cruz. Ali Deus agiu ‘no tempo certo’, tanto no sentido que a morte de Cristo teve lugar de acordo com o tempo de Deus (Jo 17.1; At 2.23; Gl 4.4), como também porque essa benção nos veio no momento de nossa mais profunda necessidade. Esse é o ponto tocado por Paulo quando ele diz: ‘quando nós ainda éramos fracos’ (v 6), ‘sendo nós ainda pecadores’ (v 8) e ‘quando inimigos’ (v 10).]

2. O amor que o Espírito distribui. Deus é a fonte do amor e o Espírito Santo é quem o instrumentaliza na vida do crente. Paulo diz que o amor de Deus está “[...] derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5.5b). O apóstolo tem em mente a profecia de Joel 2.28 e o evento de Pentecostes em Atos dos Apóstolos 2.4, onde há a infusão do Espírito Santo sobre os crentes. Há alguns fatos interessantes com o tempo verbal grego (tempo perfeito) da palavra ekchéo, traduzida aqui como derramar. Esse verbo enfatiza uma ação passada, mas que continua com os efeitos no presente. É como se ele dissesse, “o amor de Deus foi derramado em nossos corações no passado quando cremos no Senhor, mas seus efeitos continuam vivos no presente”. Temos, pois, razão para amarmos porque o Espírito Santo faz-nos viver esse amor. [Comentário: Quando o apóstolo diz que 'a esperança não traz confusão', ele aponta para o Espírito Santo, que foi concedido através do amor de Deus. Ao escrever este verso Paulo tinha em mente a declaração feita aos cristãos de Éfeso: "Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa. O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória" (Ef 1.13-14). O penhor geralmente é equivalente ao valor da dívida, e Paulo demonstra que os cristãos já haviam recebido o que é infinitamente superior à herança: o Espírito Santo de Deus.]

3. O amor que o Filho realiza. O amor é originário do Pai, operacionalizado pelo Espírito e realizado pelo Filho. Cristo é a manifestação suprema do amor de Deus (Rm 5.6-8). Se quisermos conhecer o amor de Deus, basta olharmos para Cristo, o bendito Filho de Deus. [Comentário: O amor é medido pelo que oferece; Deus deu seu único Filho para morrer pelos pecadores, e assim tornar-se o único mediador que nos pode levar a Deus; amor grande (ver Ef 2.4; 3.19). Jesus é a suprema revelação de Deus ao homem. O amorável Salvador era Deus manifestado na carne quando veio do Céu para revelar o Pai (Hb 1.2). Cristo, Deus Filho, estava com Deus Pai no princípio e criou todas as coisas. Cristo é divino no mais pleno e absoluto sentido da palavra. Ele é também humano no mesmo sentido, exceto porque não conheceu o pecado. O apóstolo Paulo chega ao seguinte ponto em Efésios 5.1-3: “Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados, e vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus. Entre vocês não deve haver nem sequer menção de imoralidade sexual como também de  nenhuma espécie de impureza e de cobiça; pois essas coisas não são próprias para os santos.”]

SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Com a justificação pela fé recebemos a bênção do amor trinitário.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
 “O amor divino derramado em nós (5.5b)
Temos a força que energiza a nossa esperança que é ‘o amor de Deus derramado em nossos corações pelo Espírito Santo’. Esse amor só é derramado sobre um coração justificado. O interessante desse versículo é o destaque ao amor que Deus tem por nós, e não o amor que temos para com Ele. Descobrimos também neste versículo a participação das três Pessoas da Trindade na nossa justificação. Clifton J. Allen, em seu Comentário aos Romanos, escreve sobre isto: ‘As três Pessoas da Trindade têm sua parte na nossa salvação. Deus nos justifica por causa da nossa fé. Sua justiça se torna possível por causa da redenção dada por Cristo. O Espírito Santo nos torna cônscios da nossa necessidade, faz com que exerçamos a fé, e faz transbordar os nossos corações com o amor de Deus. O amor de Deus satisfaz a terna afeição do coração ou corresponde ao desejo do coração’. Portanto, recebemos o amor de Deus em nossos corações e somos transbordados de alegria, graça, poder e vida nova” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, pp.64,65).

III. AS BÊNÇÃOS DA NOVA CRIAÇÃO (Rm 5.12-21)

1. O homem em Adão. Os efeitos e as bênçãos da justificação são agora ilustrados por Paulo com as figuras de Adão e Cristo. Primeiramente Paulo fala do “homem em Adão”, em Romanos 5.12-14. Existem várias interpretações a respeito deste texto bíblico, mas a ideia mais aceita pelos intérpretes é que Adão, como cabeça da raça humana, representava toda a humanidade. Nesse aspecto, todos pecaram, pois, todos descenderam de Adão. Para Paulo, o “homem em Adão”, símbolo da velha criação, está condenado; em desobediência; dominado pelo pecado e vencido pela morte. O homem em Adão é, portanto, um projeto falido. Não há nenhuma esperança para ele. [Comentário: É interessante notar que a palavra ‘portanto’ usada no começo do versículo 12, indica que aquilo que se segue está ligado, na mente de Paulo, com o que precedeu, pelo que a comparação e o contraste que ele traça entre Adão e Cristo é sua elaboração teológica do que já havia sido dito. Paulo salienta a idéia de ‘um só homem’ por toda essa passagem, e isso indica que ele encarava tanto Adão como Cristo como indivíduos históricos. No caso de Adão, ele enfoca a atenção sobre a sua ‘ofensa’, mediante a qual todos os homens se ‘tornaram pecadores’ (v 19). Eles mostraram-se solidários com Adão, que foi o representante deles diante de Deus, e isso os constitui pecadores, quando Adão pecou. Essa comparação que Paulo faz só será concluída nos versículos 18-21. Paulo não explica como toda a humanidade se viu envolvida com Adão em seu pecado, simplesmente assevera o fato. Pecado é descrito na Bíblia como transgressão da lei de Deus (1Jo 3.4) e rebelião contra Deus (Dt 9.7; Js 1.18). Quando Adão caiu (pecado original), isso resultou em seus descendentes sendo “contaminados” pelo pecado. Davi lamentou esse fato em um de seus Salmos: “Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51.5). Note a progressão em Romanos 5.12: O pecado entrou no mundo através de Adão, morte segue o pecado, morte vem a todas as pessoas, todas as pessoas pecam porque herdaram pecado de Adão. Porque “...todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23), precisamos de um sacrifício perfeito e sem pecado para purificar nosso pecado – isso é algo que somos incapazes de fazer sozinhos.]

2. O homem em Cristo. O contraste entre Adão e Cristo é feito com cores vivas pelo apóstolo em Romanos 5.15-17. O “homem em Cristo”, símbolo da nova criação de Deus, é justificado, obediente, dominado pela graça e dominado pela vida com Deus. O primeiro Adão é alma vivente, o segundo Adão é Espírito vivificante; o primeiro Adão é da terra, o segundo Adão é do céu; o primeiro Adão é pecador, o segundo Adão é justo; o primeiro Adão é morte, o segundo Adão é vida. É exatamente isso que o apóstolo ensina em outro lugar aos cristãos de Éfeso. Em Cristo, somos abençoados com toda sorte de bênçãos espirituais; escolhidos nEle antes da fundação do mundo para sermos santos; fomos feitos filhos de Deus; temos a redenção dos nossos pecados pelo seu sangue e fomos selados com o Espírito Santo (Ef 1.1-13). [Comentário: A Bíblia apresenta Adão como o primeiro homem, e dá ao Senhor Jesus Cristo, o curioso título de “o último Adão” (1Co 15.45). O que significa esse termo e por que é que o deu? Quais são as semelhanças entre Adão e Jesus que levam a Jesus ter este título? Quais são as diferenças? Enquanto Adão foi feito à imagem de Deus, Cristo é “a imagem do Deus invisível” (Cl 1.15). A Bíblia nos diz que o último Adão, Jesus Cristo, foi o único meio por quem Deus criou todas as coisas (Jo 1.1–3, Cl 1.15–20, Hb 1.2). Assim, Jesus era pré-existente com Deus Pai e Deus o Espírito Santo antes de Adão viver (Jo 8.58; Mq 5.2). No entanto, na Sua humanidade, Ele também teve um começo miraculoso quando foi encarnado como um ser humano sendo concebido pelo Espírito Santo e nascido da virgem Maria (Mt 1.20–23, Lc 1.26–35). Adão foi criado um homem perfeito, em plena posse de todas as faculdades humanas, e com a consciência de Deus, que lhe permitiu ter comunhão espiritual com Deus. Inicialmente, inocente, imaculado e santo, ele estava num relacionamento correto com Deus, com a mulher, com si mesmo e com mundo natural ao seu redor. O último Adão, Jesus, também era perfeitamente homem, um com Deus (Jo 10.30; 17.21–22), inocente, imaculado e santo (Hb 7.26). O Evangelho de Jesus Cristo é o único farol de esperança para a humanidade perdida. A sua integridade está fundamentada na verdade histórica de ambos, do primeiro e do segundo Adão. Ao contrário do primeiro Adão, o Senhor Jesus foi, para além disso, divino, possuindo os atributos, ofícios, prerrogativas, e os nomes de divindade. Sendo totalmente Deus, Ele é digno de adoração (Ap 5.11–14). Adão foi o cabeça da raça humana. Jesus Cristo é o cabeça da humanidade redimida (ver, por exemplo, Efésios 5.23). Uma vez que Cristo morreu uma vez por todas (Hb 7.27, 9.28, 10.10–14), nunca haverá a necessidade de qualquer outro, portanto, ele é o último Adão. O primeiro Adão deu vida a todos os seus descendentes. O último Adão, Jesus Cristo, comunica ‘vida’ e ‘luz’ para todos os homens, e dá a vida eterna àqueles que O recebem e creem no seu nome, dando-lhes “o poder de se tornarem filhos de Deus” (Jo 1.1–14). A Adão, o que representa a humanidade, foi-lhe dado domínio sobre o mundo criado (Gn 1.26). Depois de ser ressuscitado dentre os mortos, Jesus Cristo foi elevado à mão direita de Deus, e dado o domínio sobre todas as coisas, que foram (1Co 15.27, Ef 1.20–22) “colocadas sob os seus pés”. O primeiro Adão era senhor de um domínio limitado, o último Adão é o Senhor de todos (At 10.36). Um sono profundo produz uma linda noiva. Gn 2.21–23 diz-nos que Deus colocou Adão num sono profundo, durante o qual Deus fez a noiva de Adão, Eva, a partir do lado de Adão, uma ferida no lado de Adão produziu uma noiva! O último Adão, Jesus, morreu na cruz, sofrendo o sono da morte por todos. O Seu lado foi perfurado por uma lança (Jo 19.34). Na sua morte, ele pagou a punição pelos pecados da humanidade (1Co 15.1–4). Aqueles que se arrependem e colocam sua fé Nele estão unidos com Cristo num relacionamento que a Bíblia compara ao de uma noiva com seu marido (2Co 11.02, Ef 5.27, Ap 19.6–8). Assim, uma ferida no lado do último Adão também produziu uma noiva—a verdadeira Igreja—“a noiva gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante … santa e irrepreensível” (Ef 5.27). No início da vida de Adão, ele passou por um período de teste para saber se iria ou não obedecer Deus. “E o Senhor Deus ordenou ao homem, dizendo: Podes certamente comer de toda árvore do jardim, mas da árvore da do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque no dia em que dela comeres certamente morrerás.” (Gn 2.16–17). No início do ministério, o último Adão, Jesus foi conduzido pelo Espírito Santo ao deserto, para ser tentado pelo diabo (Mt 4.1, Lc 4.1–3). O primeiro Adão falhou no teste, e ao fazê-lo envolveu toda a humanidade na sua derrota, arrastando a raça humana com ele na sua queda. Como resultado, em Adão, todos estamos condenados, espiritualmente falidos, escravos do pecado e expulsos do Paraíso (Rm 5.12 ss.). O último Adão, Jesus, foi vitorioso sobre o pecado, a carne e o diabo. Como resultado, em Cristo, os crentes estão justificados e redimidos, espiritualmente ricos, libertos do pecado, e novamente incluídos no Paraíso de Deus (Rm 5.18 ss;. 1Co 15.21 ss; Ap 2.7). O primeiro Adão desobedeceu a Deus. O primeiro Adão desobedeceu a Deus. O último Adão foi “obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2.8). O primeiro Adão experimentou o juízo de Deus, no final ele morreu e seu corpo tornou-se outra vez pó. Por causa do seu pecado, a morte veio para todos os homens: “Porque todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Rm 3.23). O último Adão, Jesus Cristo, também morreu, na cruz, para expiar o pecado (Is 53.5, 1Pe 3.18, Hb 2.9). Mas Ele não ficou morto, nem o seu corpo “viu a corrupção” (At 2.27; 13.35–37). Ao terceiro dia, Ele ressuscitou, vencendo, assim, o diabo e o poder da morte, ganhando isso, para todos aqueles que creem nEle (Hb 2.14), trazendo a ressurreição dos mortos (1Co 15.22–23). Extraído de http://creation.com/first-adam-last-adam-portuguese]

SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Com a justificação pela fé recebemos a bênção do novo nascimento.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Reproduza o quadro abaixo. Leia com os alunos Romanos 5.15-21 e em seguida, utilizando o quadro faça um contraste entre Adão e Cristo.

CONCLUSÃO
O capítulo cinco de Romanos mostra de que forma Deus amou os homens. Ele os encontra pecadores, ímpios, e indiferentes ao seu propósito. Mas, mesmo assim os ama. Numa demonstração inimaginável de amor, Ele os justifica pela fé na pessoa bendita de Jesus Cristo e os abençoa com todas as bênçãos espirituais. No capítulo 5 de Romanos o amor de Deus parece romper todos os limites. Não é pelo que fazemos, mas pelo que Cristo fez por nós! Como disse certo autor: “Não há nada que eu possa fazer para Deus me amar mais e não há nada que eu possa fazer para Ele me amar menos”. [Comentário: “O grande amor de Deus para com a humanidade é demonstrado pelo fato de o Filho de Deus não ter vindo à terra como um anjo, e, sim, como homem, o homem Cristo Jesus, tendo a natureza humana como a nossa” OWEN, John, A Glória de Cristo, p.8.. Estamos todos ligados ao primeiro Adão (o cabeça natural e legal da raça humana) como pecadores e culpados, e por isso sobre nós recai a sentença de morte que Deus pronunciou sobre ele. No entanto, todos os que estão ligados com o último Adão, Jesus, através do arrependimento e fé na Sua obra redentora, estão perdoados, e “receberam o dom gratuito da justiça”, e assim “já passamos da morte para a vida” (Cl 1.14, Rm 5.17, 1Jo 3.14)] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Hoje, em Campina Grande-PB
Abril de 2016

PARA REFLETIR
A respeito da Carta aos Romanos, responda:
Qual era o significado da palavra paz no Antigo Testamento?
O uso que Paulo faz da palavra paz é diferente daquele usado no mundo antigo. No geral, o termo significava ausência de guerra. Porém, Paulo se refere ao vocábulo paz conforme ele aparece no Antigo Testamento e cujo significado era a salvação dos piedosos, prosperidade e bem-estar.
Qual o primeiro benefício da justificação?
A paz com Deus.
Qual o significado da palavra esperança no contexto de romanos?
No contexto de Romanos, esperança significa enfrentar o tempo presente, com todos os seus desafios, porque se tem certeza quanto ao futuro.
Quem é a origem, fonte do amor?
Deus é a origem e a fonte do amor.
Faça um contraste entre Adão e Cristo.
O primeiro Adão é alma vivente, o segundo Adão é Espírito vivificante; o primeiro Adão é da terra, o segundo Adão é do céu; o primeiro Adão é pecador, o segundo Adão é justo; o primeiro Adão é morte, o segundo Adão é vida.

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Os benefícios da justificação
Ora, pode uma doutrina como a da justificação pela fé ter um benefício prático na vida do crente? Há alguma consequência concreta quando o crente toma a consciência de que foi justificado por Deus por intermédio da graça divina mediante a fé em Jesus?

Professor, é importante enfatizar aos alunos de que toda doutrina bíblica possui uma aplicação para a vida. Doutrina não é apenas teoria; ela visa a amadurecer o crente a fim de que ele caminhe de maneira segura no processo de amadurecimento da fé no caminho de Cristo. Por isso, ao iniciar a aula desta semana, conforme a sua possibilidade, reproduza resumidamente os benefícios da doutrina da justificação pela fé com o objetivo de facilitar a reflexão em sala de aula:

O quadro acima destaca uma série de bênçãos que o crente justificado por Deus tem acesso ao Pai no momento em que abre o coração para a Palavra de Deus. Um dos pontos mais importantes desse quadro são as imagens que o apóstolo Paulo usa para destacar o “homem imperfeito em Adão” e o “ser humano perfeito em Jesus”. A maior das bênçãos da justificação pela fé é que se por Adão entrou no mundo a morte, o sofrimento, a traição etc, por Cristo chegou a vida, a paz, a esperança, a alegria e tudo quanto é bom para aquele que está em Cristo Jesus, o nosso Senhor (Rm 5.12-21).

Enfatizar ao aluno a nova realidade de vida de uma pessoa justificada por Deus é permitir-lhe conhecer uma das mais ricas e consoladoras doutrinas sobre a condição do ser humano agora justificado por Cristo. Quantas são as pessoas que chegam às nossas comunidades sofridas, cheias de condenação na alma e na consciência? O contato, a assimilação e a fé nesta verdade bíblica quebrarão e destruirão as amarras da alma e da consciência daqueles que se sentem acusados e se tornam acuados pelo Inimigo de nossas almas. Ore a Deus, peça-o para cada aluno viver a graça dessa verdade em nome de Jesus.