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3 de março de 2011

Lição 11

13 de março de 2011

O Primeiro Concílio da Igreja de Cristo

TEXTO ÁUREO

"Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá." (At 15.28,29 ARC Fiel).

- As decisões da igreja não devem ser tomadas apenas pelo homem; a liderança reunida deve buscar a direção do Espírito Santo até que a vontade divina seja claramente discernida (At 13.2-4). Este concílio foi dirigido pelo Espírito Santo, com Jesus havia prometido: ‘Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade’ (Jo 16.13). Uma marca da igreja verdadeira, é ouvir o que o Espírito diz às igrejas ( Ap 2.7).Ficou estabelecido certos limites que possibilitaram a convivência harmoniosa entre a Igreja judaica e a Igreja gentia: Os gentios deviam se abster de certas práticas consideradas ofensivas aos judeus. Paulo faz uso dessa norma em 1Co 8.1-11 ao afirmar que aqueles que, pelo seu exemplo, levam outros ao pecado e à ruína espiritual pecam, não somente contra aquela pessoa, mas também contra o próprio Cristo. A aferição do grau de maturidade do crente é ver a sua disposição de refrear-se das práticas que outros crentes consideram certas e outros consideram erradas.

VERDADE PRÁTICA

O objetivo de um concílio eclesiástico, convocado sob orientação divina, é preservar a unidade da Igreja no Espírito Santo e conservar a sã doutrina.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Atos 15.6-12

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

- Saber que o concílio de Jerusalém foi vital para a expansão do cristianismo;

- Compreender que as decisões adotadas no concílio são para os dias atuais, e

- Conscientizar-se de que as reuniões eclesiásticas são de suma importância para a organização da Igreja.

PALAVRA-CHAVE

CONCÍLIO: - Reunião em que se trata de assuntos dogmáticos, doutrinários ou disciplinares.

COMENTÁRIO

(I. INTRODUÇÃO)

O capítulo 15 de Atos registra a reunião do primeiro concílio convocado para resolver um problema muito importante, a saber, a relação entre gentios e judeus e as condições em que os primeiros seriam salvos: devia os gentios guardar a lei mosaica para serem salvos? Devia os gentios ter igualdade religiosa com os judeus? Paulo evangelizou os gentios sem os judaizar. Os radicais que permeavam a Igreja queriam que esses novos convertidos adotassem o costume judaico. Como vencer essas dificuldades que pareciam impedir a formação de uma igreja única? Como unir os gentios religiosamente sem a obrigação de guardar a lei mosaica? Como uni-los socialmente como irmãos iguais na família de um pai comum? A solução deve ter parecido impossível naquele dia e sem a intervenção da graça divina teria sido impossível. Uma excelente e abençoada aula!

(II. DESENVOLVIMENTO)

I. O QUE É UM CONCÍLIO

1. Definição. Concílio (latim concilium, reunião, assembleia, concílio, entrevista) Assembleia do alto clero para tomar decisões disciplinares ou de fé; Cânones ou decisões conciliares; Congresso; assembleia [1]. O vocábulo concílio foi substituído, na atualidade, pelo termo convenção. O importante é que estas reuniões, tanto ordinárias como extraordinárias, sejam assistidas pelo Espírito Santo.

2. Os concílios no Antigo testamento. Vai, e ajunta os anciãos de Israel e dize-lhes: O SENHOR Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, me apareceu, dizendo: Certamente vos tenho visitado e visto o que vos é feito no Egito’ (Gn 3.16), essa é a primeira ocasião em que surge a necessidade do povo de Deus reunir-se em assembléia para a tomada de uma importante decisão. YAHWEH ordena a Moisés que reúna os anciãos (literalmente ‘os barbados’), aqueles em idade avançada que, pela grande experiência e autoridade, eram os líderes do povo hebreu. Esses são os cabeças de famílias que representariam Israel. Moisés cumpre esta ordem no capítulo 4.29, como citado pelo comentarista.

3. Os concílios no Novo testamento. Além deste concílio em Jerusalém, a Igreja havia se reunido outras duas ocasiões, para solucionar os muitos problemas que surgiram. Temos o registro do primeiro concílio em At 1.15 para a escolha do substituto de Judas. Depois, At 6.2 mostra outra solene convocação da multidão dos discípulos para a escolha dos Diáconos, esta assembléia seguiu o modelo determinado por Jesus (Mt 18.15-17). O Concílio de Jerusalém é citado como o primeiro e mais importante concílio da Igreja em sua história, talvez em virtude da importância de suas decisões para a expansão do Evangelho. Earle E. Cairns em seu livro ‘O Cristianismo Através dos Século’ afirma que este encontro reservado parece ter sido seguido por outro encontro da Igreja toda no qual a decisão tomada foi referendada por todos os presentes (At 15.7-29) [2].

SINÓPSE DO TÓPICO (1)

O Concílio é uma reunião de representantes da Igreja, com o objetivo de deliberar acerca da fé, doutrinas e costumes eclesiásticos.

II. A IMPORTÂNCIA DO CONCÍLIO DE JERUSALÉM

Os historiadores da Igreja chamaram este simples, mas decisivo encontro como o Concílio de Jerusalém, ocorrido no ano de 49 d.C. Ele seria o marco definitivo da ruptura do judaísmo com o cristianismo. A admissão de gentios (não-judeus) era um fato de difícil compreensão para os crentes-judeus, que ainda se encontravam em parte presos às velhas tradições e práticas antigas. Entre eles estabeleceu-se uma dúvida e uma polêmica: saber se os gentios, ao se converterem ao cristianismo, teriam que adotar algumas das práticas antigas da Lei Mosaica para poderem ser salvos, inclusive o fazer-se circuncidar.

1. Convocação. A visita dos judaizantes a Antioquia, ostensivamente com autoridade de Tiago para pregar à moda antiga (At 15.24), provocou o encontro de Jerusalém, em 49 ou 50, a fim de discutir o problema [3]. Para tratar da aplicabilidade ou da convivência da Lei Antiga com a Lei Nova reuniram-se todos os apóstolos em "concílio". Paulo e Barnabé se fizeram portadores do ponto de vista das comunidades não-judaicas e Pedro manifestou-se a favor da liberdade dos cristãos com relação à Lei Antiga. Após um período curto, mas intenso, de discussões a liderança da Igreja em Antioquia entende ser melhor levar a discussão para Jerusalém. Não enxergo aqui uma subordinação hierárquica à Igreja de Jerusalém. A razão de subirem a Jerusalém não esta vinculada a falta de autonomia ou uma subordinação eclesiástica, mas unicamente pelo fato de que ainda por aqueles dias vários apóstolos permaneciam naquela comunidade e poderiam dar maior embasamento à resolução deste debate – o que realmente veio acontecer.

2. Presidência. Neste ponto discordo do nobre comentarista ao afirmar que Pedro presidiu este concílio. Quando terminaram de falar, Tiago tomou a palavra e disse: ‘Irmãos, ouçam-me!’”(At 15.13). Em seguida, Tiago passa a expor tudo aquilo que deveria ser escrito na carta aos gentios que levara a essa contenda entre eles: Portanto, julgo que não devemos pôr dificuldades aos gentios que estão se convertendo a Deus. Pelo contrário, devemos escrever a eles, dizendo-lhes que se abstenham de comida contaminada pelos ídolos, da imoralidade sexual, da carne de animais estrangulados e do sangue. “Pois, desde os tempos antigos, Moisés é pregado em todas as cidades, sendo lido nas sinagogas todos os sábados” (At 15.19-21). E foi exatamente essa a carta enviada aos gentios, baseada inteiramente nas palavras de Tiago, e não de Pedro ou de qualquer outro. Quem deu a palavra final foi Tiago, e não Pedro, o que nos mostra que era Tiago quem exercia um cargo proeminente dentro da Igreja primitiva. Pedro teve apenas um dos papéis de fala tanto quanto Paulo e Barnabé (At 15.12), mas quem falou em nome do corpo de apóstolos foi Tiago.

3. Debates. Os ‘da circuncisão’ (cristãos judeus), principalmente da igreja de Jerusalém, que criam que o sinal da circuncisão do AT era necessário a todos os crentes da Nova Aliança, ensinavam que os crentes judaicos não deviam comer com crentes gentios não circuncidados e que não observassem os costumes e as restrições sobre os alimentos dos judeus. Pedro, embora soubesse que Deus aceitava os crentes gentios sem parcialidade (At 10.34,35), opôs-se a suas próprias convicções, talvez por receio das críticas e da possível perda de autoridade na igreja em Jerusalém. Seu afastamento da comunhão com os crentes gentios, nas refeições, favoreceu a doutrina errônea de que o corpo de Cristo estava dividido: o judaico e o gentio. Figuras principais deste Concílio foram Pedro, Paulo, Barnabé e Tiago, que tiveram oportunidade de expor suas idéias perante o Concílio, vejamos suas exposições:

a) Pedro

Atos 15, 7-11: Depois de uma longa discussão, Pedro se levantou e lhes disse: “Irmãos! Sabeis que desde muito tempo Deus fez uma escolha entre vós: que os pagãos ouvissem de minha boca o Evangelho e abraçassem a fé. E Deus, que conhece os corações, manifestou-se em favor deles, dando-lhes o Espírito Santo do mesmo modo que a nós, sem fazer nenhuma distinção entre nós e eles, depois de purificar seus corações pela fé. Por que agora tentais a Deus, impondo aos discípulos um peso que nem nossos pais nem nós mesmos pudemos suportar? Mais uma vez: pela graça do Senhor Jesus é que nós cremos ter alcançado a salvação, exatamente como eles”.

Ao questionar sobre os que queriam impor aos outros os preceitos da Lei Mosaica, diz que quem agia desta maneira estava tentando a Deus. E, para ser coerente com o que já vinha fazendo na prática, não poderia agir de outro modo.

Na pratica Pedro também não concordava com a imposição de se fazer a circuncisão aos convertidos, isso fica mais claro quando recorremos à Bíblia Sagrada, Edição Pastoral, numa de suas notas explicativas, ao rodapé da página:

“O discurso de Pedro é fundamental e contém a orientação conciliar. Pedro parte de fatos concretos: ele foi o primeiro evangelizador dos pagãos e compreendeu que Deus não faz distinção entre pagão e judeu (cf. At. 10, 34, 44-47), mas concede a ambos o mesmo Espírito Santo que leva o homem a seguir Jesus. Depois, Pedro salienta que os costumes judaicos são um jugo, isto é, um elemento cultural que não deve ser imposto aos pagãos, pois o que salva a todos é a graça que leva à fé em Jesus Cristo. Barnabé e Paulo reforçam o testemunho de Pedro”.

Aqui fica mais evidente ainda que Pedro e Paulo não eram divergentes quanto à essa questão. E, que, no princípio, Pedro pregou também aos pagãos.

b) Paulo

Atos 15, 12: Toda a assembléia ficou em silêncio e escutou a Barnabé e Paulo relatarem todos os sinais e prodígios que Deus tinha feito entre os pagãos por meio deles.

Paulo, nesse momento, relata tudo o que aconteceu a ele e Barnabé quando estavam a divulgar o Evangelho do Cristo. Aí coloca, com certeza, o que faziam sobre o assunto do concílio, explicando que eram totalmente contra essa prática.

c) Tiago

Atos 15, 13-20: Quando acabaram de falar, Tiago tomou a palavra e disse: “Irmãos, escutai-me! Simão acabou de explicar como Deus, logo de início, se dignou separar dentre os pagãos um povo consagrado a Ele. Isto concorda com a palavra dos profetas, porque está escrito: Depois disso, voltarei e reconstruirei a tenda arruinada de Davi. Reedificarei as suas ruínas e as reerguerei. Os outros homens irão procurar o Senhor, como também as nações que foram consagradas pela invocação de meu Nome. Assim fala o Senhor, que faz essas coisas conhecidas desde os tempos mais antigos. Julgo, por isso, que deixeis de molestar os que se convertem do paganismo para Deus. Basta lhes escrever que não se contaminem com a idolatria ou uniões ilegais, nem tampouco comendo sangue ou carne de animais estrangulados. Porque desde muito tempo a Lei de Moisés está sendo lida e proclamada todos os sábados nas sinagogas de cada cidade”.

Tiago, depois de ouvir Pedro e a Paulo, toma posição favorável a não haver necessidade de circuncidar os convertidos. Mas, algumas exigências da Lei Mosaica ficaram ainda em vigor, entretanto não estavam relacionadas ao problema da circuncisão. Foram elas: abster da carne imolada dos ídolos, do uso do sangue e da carne de animais estrangulados e das uniões ilegais.

d) Decisão do concílio

Atos 15, 22-29: Os apóstolos, presbíteros e toda a assembléia resolveram então escolher entre eles alguns homens e enviá-los a Antioquia junto com Paulo e Barnabé. Eram eles: Judas, Barsabás e Silas, homens de muito prestígio entre os irmãos. Por seu intermédio lhes foi enviada a seguinte carta: “Os apóstolos e presbíteros, vossos irmãos, aos irmãos que moram em Antioquia, na Síria e na Cilícia, provenientes do paganismo. Saudações. Fomos informados de que alguns dos nossos, sem nossa autorização, vos foram inquietar com certas afirmações, criando confusão em vossas mentes. Resolvemos por unanimidade escolher alguns representantes e enviá-los a vós, junto com nossos queridos irmãos Barnabé e Paulo. Estes dois têm dedicado suas vidas à causa de Nosso Senhor Jesus Cristo. Enviamos, pois, Judas e Silas, para vos transmitir de viva voz as mesmas diretivas. Porque o Espírito Santo e nós mesmos decidimos não vos impor nenhum outro peso além do indispensável: abster-vos da carne imolada dos ídolos, do uso do sangue e da carne de animais estrangulados e das uniões ilegais. Fareis bem evitando isto tudo. Passai bem!”.

A opinião de Tiago acaba por ser a decisão final do Concílio, que para ficar bem registrada e para que todos pudessem cumprir a decisão tomada deu origem a uma carta que foi enviada aos convertidos do paganismo que moravam em Antioquia, na Síria e na Cilícia.

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

A importância do concílio de Jerusalém, instrumentalizado pelo Espírito Santo, foi universalizar o Reino de Deus, levando-o até aos confins da terra.

III. A CARTA DE JERUSALÉM

O desejo comum e verdadeiro de conhecer a mente de Deus leva à unanimidade. A Igreja que possui o Espírito Santo tem a garantia de não estar desamparada. O Espírito Santo trouxe concordância harmoniosa aos líderes diante de uma ‘não pequena discussão’ e ‘grande contenda’ (At 15.22). Foram estabelecidos certos limites que possibilitariam a convivência harmoniosa entre os cristãos judaicos e os gentios. Os gentios deviam abster-se de certas práticas consideradas ofensivas aos judeus, o que foi resumido na primeira encíclica da Igreja da seguinte forma:

1. Da salvação pela graça. O cerne da conferência de Jerusalém era se a circuncisão e a obediência à lei Mosaica eram necessárias à salvação em Cristo. Os representantes que se reuniram ali chegaram à conclusão de que os gentios eram salvos pela graça do Senhor Jesus, que lhes perdoara os pecados e deles fizera novas criaturas. A graça é concedida à pessoa que se arrepende do pecado e crê em Cristo como Senhor e Salvador (At 2.38,39). Essa receptividade à graça de Deus capacita a pessoa a receber o poder de tornar-se filho de Deus (Jo 1.12). "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8); em suas cartas, Paulo se refere à salvação ou como um acontecimento futuro (Rm 5.9,10) ou como um processo presente (1Co 1.18); 2Co 2.15). Em Rm 8.24, Paulo refere-se à salvação como fato consumado no passado, mas ainda por ser completada no retorno de Cristo: ‘Porque, na esperança, fomos salvos’.

2. Da comida sacrificada aos ídolos. Esse preceito diz respeito às restrições que se referem aos alimentos sacrificados aos ídolos. Esse assunto foi aprofundado por Paulo em Rm14.13-16; 1Co 8.7-15 e 10.23-33. Paulo afirma que aqueles que, pelo seu exemplo, levam outros ao pecado e à ruína espiritual incorrem em pecado, não somente contra aquela pessoa, mas também contra o próprio Cristo.

3. Da ingestão de sangue e de carne sufocada. A proibição de ingerir sangue está prevista em Lv 3.17, porém, os gentios desconheciam esse padrão divino e costumavam utilizar o sangue como alimento e bebida. Neste ponto, aliás, as testemunhas de Jeová interpretam esta passagem de Levítico como proibição para a transfusão de sangue, o que não resiste a uma análise do texto, pois o sangue ali não é humano, mas de animais, fato explícito pelos termos ‘carne sufocada’ em referencia à carne animal. Do contrário, teriam que admitir que a ‘carne sufocada’ seja uma referência à carne humana. (Para uma refutação a essa crença, veja Mt 12.3-7). Era muito comum entre os gentios o abate de animais sem derramar o sangue, o que era proibido a Israel (Gn 9.5; 17.10-16; Dt 12.16, 23-25). Os judeus sempre matavam os animais que iriam comer, degolando-os e deixando o sangue todo escorrer. Os outros povos muitas vezes matavam por sufocamento ou destroncando o pescoço do animal ou da ave que seria consumida. Assim, o sangue permanecia na carne e nós hoje sabemos que o sangue transmite doenças e, por isso, deve ser evitado. Em outras palavras, é bom não comer carne com sangue, ou alimentos feitos de sangue animal, como o chouriço, por exemplo.

4. Das relações sexuais ilícitas. O padrão moral dos gentios não se assemelhava ao judaico-cristão. Para quem nasceu numa cultura licenciosa, era fácil ter uma recaída e naufragarem nessas práticas licenciosas. O crente, antes de mais nada, precisa ser moral e sexualmente puro (cf. 2Co 11.2; Tt 2.5; 1Pe 3.2). A palavra “puro” (gr. hagnos ou amiantos) significa livre de toda mácula da lascívia. O termo refere-se a abstenção de todos os atos e pensamentos que incitam desejos incompatíveis com a virgindade e a castidade ou com os votos matrimoniais da pessoa. Refere-se, também, ao domínio próprio e a abstenção de qualquer atividade sexual que contamina a pureza da pessoa diante de Deus. Isso abrange o controle do corpo “em santificação e honra” (1Ts 4.4) e não em “concupiscência” (4.5). Este ensino das Escrituras é tanto para os solteiros, como para os casados [4].

SINÓPSE DO TÓPICO (3)

As resoluções do Concílio de Jerusalém consistiram dos seguintes temas: Salvação pela graça; Comida sacrificada aos ídolos; Ingestão de sangue, e de carne sufocada; Relações sexuais ilícitas.

(III. CONCLUSÃO)

Ao retornar de sua primeira viagem missionária, Paulo defronta-se com um sério problema na Igreja judaica – gentios convertidos sem a obrigação de guardar os costumes judaicos. A conversão de gentios ao Evangelho não era questionado, o problema era judaizar. Até Pedro se deixou levar por essa dissimulação fazendo vista grossa (Gl 2.11-13). A experiência do apóstolo dos gentios em sua viagem falava alto como Deus agiu poderosamente entre os novos convertidos sem o ritualismo judaico. Esse concílio trouxe as bases para a nova Igreja e se a decisão fosse outra, teríamos uma ‘medíocre’ seita judaica. A decisão influenciada pelo Espírito Santo trouxe o marco definitivo da ruptura do judaísmo com o cristianismo.

APLICAÇÃO PESSOAL

As Assembléias de Deus no Brasil ligadas à CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, criada em 1930. A CGADB é membro da Associação Mundial da Assembleia de Deus), seu órgão máximo, se reúne a cada dois anos em Concílios ordinários, para estabelecer estratégias de crescimento. Nos mesmos moldes do Concílio de Jerusalém, nossas lideranças sempre dirigidas pelo Espírito Santo, tomam as decisões necessárias para que a Igreja do Senhor alcance os objetivos propostos. Como houve desde o princípio, quando se reúnem, nossos lideres se deparam com assuntos polêmicos e questões sobre usos e costumes, que às vezes, sequer aparecem no texto sagrado, e são apregoados como condição para a salvação. Viver os bons costumes não é condição para salvação, mas sim fruto da salvação. Nossas lideranças são alvo de nossas orações, para o bem da obra do Senhor, nessa próxima convenção, a 40ª AGO - Assembléia Geral Ordinária, que ocorrerá de 12 a 14 de abril de 2011, no Templo Central da Assembléia de Deus de Cuiabá (Grande Templo), a fim de deliberarem sobre o seguinte temário:

1 – Posicionamento da CGADB quanto à nulidade ou anulabilidade do casamento, união estável e concubinato, e a revisão do posicionamento acerca do divórcio, com leitura de parecer elaborado pela Comissão Especial designada na última Assembléia Geral Ordinária;

2 – Ênfase aos princípios pentecostais, face à celebração do Centenário das Assembléias de Deus.

3 – Perigos que ameaçam as Assembléias de Deus no Brasil:

a) Mornidão;

b) Modismos neo-pentecostais;

c) Remoção dos marcos antigos;

d) Omissão dos valores eclesiásticos.

4 – Homologação de Convenções afiliadas e/ou julgamentos de recursos;

5 – Apreciar e deliberar sobre relatórios da Mesa Diretora e do Conselho Fiscal, relativos ao período do mandato, conforme disposto no Art. 8º - III, do Regimento Interno.

N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),

Francisco A Barbosa

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NOTAS BIBLIOGRAFICAS

[1]. http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=conc%C3%ADlio

[2]. CAIRNS, Earle E. O Cristianismo através dos Séculos. 2ª Edição, São Paulo: Ed Vida Nova, 1995; p. 55;

[3]. CAIRNS, Earle E. O Cristianismo através dos Séculos. 2ª Edição, São Paulo: Ed Vida Nova, 1995; p. 54;

[4]. STAMPS, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD; Adaptado do Estudo Doutrinário ‘Padrões de Moralidade Sexual’;

Lições Bíblicas 1º Trim 2011 – Livro do Mestre, CPAD, Atos dos Apóstolos – Até aos confins da terra;

Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2001;

Bíblia de estudos de Genebra. Trad. de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Cultura Cristã, 1999.

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