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UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

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28 de novembro de 2010

Lição 10 – O Ministério da Interseção


5 de dezembro de 2010

TEXTO ÁUREO

“Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6.18).

- A oração estimula a estabilidade e previne contra o desanimo durante a demora do retorno de Cristo. Além desse estímulo, a guerra do crente contra as forças espirituais da maldade exige dedicação a oração, ou seja, orar "no Espírito", "em todo tempo", "com toda oração e súplica", "por todos os santos", "com toda perseverança". Não devemos considerar a oração apenas mais uma arma, mas ela é parte do conflito propriamente dito, onde a vitória só será alcançada mediante a cooperação com o próprio Deus. O próprio Senhor Jesus empenhou-se em levar seus seguidores a reconhecerem a necessidade de estarem continuamente em oração, para cumprirem a vontade de Deus na suas vidas. Da parábola da viúva que perseverava em oração (Lc 18.1-8), aprendemos que os crentes devem perseverar em oração em todo tempo, até a volta de Jesus (Rm 12.12; Cl 4.2; Ef 6.18; 1 Ts 5.17). Nesta vida, temos um adversário furioso (1 Pe 5.8) e só com oração poderemos estar protegidos do Maligno (Mt 6.13). É através da oração que os filhos de Deus devem clamar-lhe contra o pecado e por justiça! Por causa de Satanás e dos prazeres do mundo, muitos deixarão de ter uma vida de perseverante oração (Lc 8.14; Mt 13.22; Mc 4.19).

VERDADE PRÁTICA

Através de Cristo e sob o poder do Espírito Santo, somos impulsionados e capacitados a interceder uns pelos outros.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Gênesis 18.23-29,32,33

OBJETIVOS:

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

- Explicar a oração intercessória no Antigo Testamento e em o Novo Testamento;

- Compreender as características de um intercessor, e

- Conscientizar-se que a compaixão e o amor são características marcantes dos cristãos.

PALAVRA-CHAVE

Intercessão

[Do latim intercessionem]. Súplica em favor de outrem. Intervenção conciliadora.

A interseção pressupõe sofrer com os que sofrem; chorar com os que choram.

COMENTÁRIO

(I. INTRODUÇÃO)

Intercessão é o Ato de interceder, pedir a favor de outrem, e também uma intervenção conciliadora. A intercessão é uma responsabilidade do cristão. Interceder é se colocar diante de Deus em oração diante de todos os homens (1Tm. 2.1-7). É ver a necessidade e pedir a intervenção de Deus em qualquer situação. É captar a mente de Cristo, e ver as circunstâncias como Cristo as vê, depois se unir a Ele em súplica para que Ele se mova de tal maneira que sua vontade e propósitos divinos sejam cumpridos nas vidas das pessoas. Do ponto de vista etimológico, a palavra Intercessão pode ser considerada no hebraico, grego e português. O vocábulo hebraico ‘paga’ ocorre 46 vezes no Antigo Testamento. "Paga" vem da raiz de uma palavra que significa ‘colidir pela violência’, ‘entrar em contato com’, ‘ir contra’, ‘ser violento contra’, ‘colocar-se entre’, ‘encontro com’, ‘suplicar’, ‘orar’, ‘correr’. Pela oração intercessória trazemos a habilidade de Deus à situação em causa. Não há passividade na intercessão; nela nós nos agarramos a Deus, chegando diante d’Ele com Sua própria Palavra em nossos lábios, de acordo com Isaías 62.6, “E Jerusalém, sobre os teus muros pus atalaias, que não se calarão nem de dia, nem de noite; ó vós, os que fazeis lembrar ao Senhor, não descanseis, e não lhe deis a ele descanso até que estabeleça Jerusalém e a ponha por objeto de louvor na terra”. Boa Aula!

(II. DESENVOLVIMENTO)

I. A ORAÇÃO INTERCESSÓRIA

1. No Antigo Testamento. Temos no AT grandes intercessores que, no passado, tinham suplicado perante Deus pelos filhos de Israel (cf. Êx 32.11-14,30-32; Nm 14.13-20; Dt 9.13-19; 1 Sm 7.8,9; 12.19-25). Moisés e Samuel são citados pelo próprio Deus a Jeremias recebendo testemunho do Eterno como verdadeiros intercessores. A Bíblia está repleta de exemplos muito claros: Abraão suplicou por Ló; Moisés intercedeu por Israel; Samuel orou pela nação; Daniel orou pela libertação do povo no cativeiro, etc. A oração de Daniel no cap. 9 é uma oração intercessória, pois ele ora contritamente em favor da restauração de Jerusalém e de todo o povo de Israel. No AT, os líderes do povo de Deus, tais como os reis (1Cr 21.17; 2Cr 6.14-42), profetas (1Rs 18.41-45; Dn 9) e sacerdotes (Ed 9.5-15; Jl 1.13; 2.17,18), deviam ser exemplos na oração intercessória em prol da nação. Exemplos marcantes de intercessão no AT, são as orações de Abraão em favor de Ismael (Gn 17.18) e de Sodoma e Gomorra (Gn 18.23-32), as orações de Davi em favor de seus filhos (2Sm 12.16; 1Cr 29.19), e as de Jó em favor de seus filhos (Jó 1.5). Na vida de Moisés, temos o exemplo supremo no AT, quanto ao poder da oração intercessória. Em várias ocasiões ele orou intensamente para Deus alterar a sua vontade, mesmo depois de o Senhor declarar-lhe aquilo que Ele já resolvera executar. Por exemplo, quando os israelitas se rebelaram e se recusaram a entrar em Canaã, Deus falou a Moisés que iria destruí-los e fazer de Moisés uma nação maior (Nm 14.1-12). Moisés, então, levou o assunto ao Senhor em oração e implorou em favor dos israelitas (Nm 14.13-19); no fim da sua oração, Deus lhe disse: “Conforme à tua palavra, lhe perdoei” (Nm 14.20; Êx 32.11-14; Nm 11.2; 12.13; 21.7; 27.5). Outros poderosos intercessores do AT são Elias (1Rs 18.21-26; Tg 5.16-18), Daniel (9.2-23) e Neemias (Ne 1.3-11).

2. Em o Novo Testamento. Encontramos exemplos em maior quantidade de orações intercessórias no NT. Os evangelhos registram como os pais e outras pessoas intercediam com Jesus em favor dos seus entes queridos. Os pais rogavam a Jesus para que curasse seus filhos doentes (Mc 5.22-43; Jo 4.47-53); um grupo de mães pediu que Jesus abençoasse seus filhos (Mc 10.13). Certo homem de posição implorou, pedindo a cura de seu servo (Mt 8.6-13), e a mãe de Tiago e João intercedeu diante de Jesus em favor deles (Mt 20.20,21). A igreja do NT intercedia constantemente pelos fiéis. Por exemplo, a igreja de Jerusalém reuniu-se a fim de orar pela libertação de Pedro da prisão (At 12.5, 12). A igreja de Antioquia orou pelo êxito do ministério de Barnabé e de Paulo (At 13.3). Tiago ordena expressamente que os presbíteros da igreja orem pelos enfermos (Tg 5.14) e que todos os cristãos orem “uns pelos outros” (Tg 5.16; cf. Hb 13.18,19). Paulo vai mais além, e pede que se faça oração em favor de todos (1Tm 2.1-3). O apóstolo Paulo, quanto à intercessão, merece menção especial. Em muitas das suas epístolas, discorre a respeito das suas próprias orações em favor de várias igrejas e indivíduos (Rm 1.9,10; 2Co 13.7; Fp 1.4-11; Cl 1.3,9-12; 1Ts 1.2,3; 2Ts 1.11,12; 2Tm 1.3; Fm .4-6). Vez por outra fala das suas orações intercessórias (Ef 1.16-18; 3.14-19; 1Ts 3.11-13). Ao mesmo tempo, também pede as orações das igrejas por ele, pois sabe que somente através dessas orações é que o seu ministério terá plena eficácia (Rm 15.30-32; 2Co 1.11; Ef 6.18-20; Fp 1.19; Cl 4.3,4; 1Ts 5.25; 2Ts 3.1,2).

3. Nos dias atuais. Em nossas orações, devemos submeter-nos a Deus e orar para que sua vontade seja feita em nossa vida (Jo 14.13). Uma vez conhecida a vontade de Deus a respeito de um determinado assunto, podemos orar com confiança e fé. Quando fazemos assim, sabemos que Ele nos ouve e que seus propósitos para nós serão cumpridos, por exemplo, a oração pelos crentes espiritualmente fracos, que necessitam das orações do povo de Deus para ministrar-lhes a vida e a graça. Deus, no seu plano de salvação da humanidade, estabeleceu que os crentes sejam seus cooperadores no processo da redenção. Em certo sentido, Deus se limita às orações santas, de fé e incessantes do seu povo. Muitas coisas não serão realizadas no reino de Deus se não houver oração intercessória dos crentes. Deus quer enviar obreiros para evangelizar e essa obra não será levada a efeito dentro da plenitude do propósito de Deus sem as orações do seu povo: “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara” (Mt 9.38). Os intercessores nos dias atuais devem orar para que o poder do Espírito Santo venha sobre os crentes (At 8.15-17; Ef 3.14-17), por curas (At 28.8; Tg 5.14-16), por perdão dos pecados (At 7.60), para Deus capacitar às pessoas investidas de autoridade para governarem bem (1Cr 29.19; 1Tm 1.1,2), pelo crescimento na vida cristã (Fp 1.9-11; Cl 1.10,11), por pastores para que sejam capazes (2Tm 1.3-7), pela obra missionária (Mt 9.38; Ef 6.19,20), pela salvação do próximo (Rm 10.1) e para que os povos louvem a Deus (Sl 67.3-5). Qualquer coisa que a Bíblia revele como a perfeita vontade de Deus para o seu povo pode e deve ser um motivo apropriado para a oração intercessória.

SINÓPSE DO TÓPICO (1)

A oração intercessória no AT (como as de Moisés e Samuel) e em o NT (o supremo exemplo de Jesus) serve de modelo para os dias hodiernos.

II. CARACTERÍSTICAS DE UM INTERCESSOR

1. Perseverança. Do latim ‘perseverantia, -ae’: Qualidade ou ação de quem persevera; Constância, firmeza, pertinácia; Duração aturada de alguma coisa. Perseverança, paciência ou persistência são ingredientes indispensáveis em qualquer tipo de empreendimento. Quem desiste não faz história, mas quem persevera escreve a história. A perseverança na fé verdadeira consiste em confiar em Deus em todas as circunstâncias, e permanecer fiel a Ele, mesmo sob grande aflição e quando parecer que Ele não nos responde e que não se importa conosco. Esta é a prova da fé (1 Pe 1.7; Lc 18.1-7). No caso da mulher siro-fenícia registrado em Mt 15.22-28, a palavra "filhos" refere-se a Israel, isto é, Jesus expressa o pensamento que é necessário, primeiramente, levar o evangelho a Israel. A mulher compreende o fato, mas se volta para Cristo com sabedoria, perseverança e fé. Argumenta que o propósito de Deus é que os gentios recebam indiretamente as bênçãos quando Ele abençoa Israel. Cristo recompensa essa mulher de acordo com a sua fé diligente, e cura a sua filha. O crente deve perseverar em oração por si mesmo, ou pelos outros, e, em certas ocasiões, até mesmo arrazoar com Deus!

2. Altruísmo. Do francês altruisme: Inclinação para procurarmos obter o bem para o próximo; filantropia. “Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus.” (1Jo 3.10). Este é o âmago e a conclusão dos ensinos de João em 2.28-3.10. Ele acabou de advertir o crente no sentido de não se enganar quanto à natureza da salvação (v. 7). O que caracteriza um verdadeiro filho de Deus é o amor altruísta, manifesto na solicitude sincera pelas necessidades espirituais e físicas doutros crentes (vv. 16,17). O Calvário nos deu a oportunidade de irmos diretamente a Deus para recebermos perdão e diante dEle podemos exercer a função de sacerdote para os demais irmãos em Cristo (1 Pe 2.9). Tiago ressalta a natureza eficaz da oração feita por um justo, a idéia básica é a de uma súplica que tem energia. "Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens" (1Tm 2.1); "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo" (Tg 5.16). Interceder é ver a necessidade da intervenção de Deus nas mais diversas situações. É captar a mente de Cristo, de modo a ver as circunstâncias como Cristo as vê, e unir-se a Ele em súplica para que Deus se mova de tal maneira que Sua vontade e propósito Divinos sejam cumpridos nas vidas dos homens e das nações. A intercessão deve ser uma das prioridades da vida do cristão. Todo crente é chamado a interceder. Há pessoas que têm um ministério de intercessão, com uma unção especial para tanto, mas cada crente tem uma vocação de Deus para interceder; É um imperativo. Quem não o faz, não exerce seu sacerdócio. Paulo é enfático ao dizer: "Exorto, pois, antes de tudo, que se façam súplicas, orações, intercessões, ações de graças por todos os homens," (1Tm 2.1).

3. Empatia. Do grego empátheia, -as: paixão; forma de identificação intelectual ou afetiva de um sujeito com uma pessoa, uma idéia ou uma coisa. Todos os que se dedicam a Jesus Cristo pela fé, também devem dedicar mútuo amor uns aos outros, como irmãos em Cristo (1 Ts 4.9,10), com afeição sincera, bondosa e terna. Devemos preocupar-nos com o bem-estar, as necessidades e a condição espiritual dos nossos irmãos, sendo solidários e assistindo-os nas suas tristezas e problemas. Devemos preferir-nos em honra uns aos outros, ou seja, devemos estar dispostos a respeitar e honrar as boas qualidades dos outros crentes (Jo 13.34,35). O crente é exortado a amar de um modo especial a todos os outros cristãos verdadeiros. Amar a todos os cristãos verdadeiros, inclusive os que não pertencem à minha igreja, não significa transigir ou acomodar minhas crenças bíblicas específicas nos casos de diferenças doutrinárias. Também não significa querer promover união denominacional. É essencial que o amor a Deus e à sua vontade, conforme revelados na sua Palavra, controlem e orientem nosso amor ao próximo. O amor a Deus deve sempre ocupar o primeiro lugar em nossa vida. O amor (gr. agape) deve ser a marca distintiva dos seguidores de Cristo (1 Jo 3.23; 4.7-21). Este amor é, em suma, um amor abnegado e sacrificial, que visa ao bem do próximo (1 Jo 4.9,10). Por isso, o relacionamento entre os crentes deve ser caracterizado por uma solicitude dedicada e firme, que vise altruisticamente a promover o sumo bem uns dos outros. Os cristãos devem ajudar uns aos outros nas provações, evitar ferir os sentimentos e a reputação uns dos outros e negar-se a si mesmos para promover o mútuo bem-estar (1Jo 3.23; 1Co 13; 1Ts 4.9; 1Pe 1.22; 2Ts 1.3; Gl 6.2; 2Pe 1.7).

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

As principais características bíblicas do intercessor são: perseverança, altruísmo e empatia.

III. A FORÇA DA ORAÇÃO COLETIVA

1. Nínive. (Jn 3.5-10). Nínive, uma ‘cidade excessivamente grande’, como é chamada no Livro de Jonas, jazia na margem oriental do rio Tigres na antiga Assíria, através do rio da importante cidade moderna de Mosul, no estado de Ninawa do Iraque. A Nínive histórica é mencionada por volta do século 18 a. C. como um centro de adoração a Ishtar, cujo culto foi responsável pela antiga importância da cidade. A estátua da deusa foi enviada ao faraó Amenhotep III do Egito no século XIV a.C. Nínive é primeiramente mencionada em Gênesis 10.11: “Ashur deixou aquela terra e construiu Nínive”. Algumas traduções modernas interpretam Ashur no hebraico deste verso como o país “Assíria” antes que uma pessoal, assim fazendo Nimrod o construtor de Nínive. O livro de Jonas retrata Nínive como uma cidade cruel merecedora da destruição. Deus envia Jonas para profetizar contra a cidade, e os ninivitas se arrependem, aceitam a mensagem de Jonas, crendo já estarem condenados, a menos que se arrependessem. Como expressão de seu genuíno arrependimento e humildade, jejuaram (cf. 1 Sm 7.6; 2 Sm 1.12) e vestiram-se de panos de saco (um tecido grosseiro, geralmente feito de pêlo de cabra; cf. 2 Sm 3.31; 2 Rs 19.1,2). Note que Jesus declarou que Nínive se levantará no Dia do Juízo para condenar Israel por causa de sua incredulidade e dureza de coração (Mt 12.41). Por ter o povo se arrependido e realizado um jejum coletivo, Deus suprimiu o juízo.

2. Israel. (Et 4.15-17; 8.1-17). Deus participa dos acontecimentos do mundo para salvar o seu povo do mal e cumprir seus propósitos redentores em seu favor. Todos os crentes devem lembrar-se que Deus está no controle do que acontece ao nosso redor, para nos livrar desse presente mundo maligno e nos levar para estarmos com Ele para sempre (Rm 8.29-39; Gl 1.4; Jd v. 24). Note que na perícope em apreço, Ester estava disposta a dar a sua vida num esforço para salvar o seu povo. Ela faria o que lhe competisse, e deixaria o resultado com Deus. É verdade que Deus não abençoará aqueles que se calam para manter seu lugar ou posição, mas, aqueles que, por amor a Deus e à sua Palavra, falam a verdade, mesmo com risco de sofrerem grandes danos (Jo 16.1-4). Mardoqueu e Ester estavam dispostos a morrer, se necessário fosse, na luta contra as forças do mal e assim, tornaram-se exemplos de obediência às suas convicções religiosas.

3. Igreja Primitiva. (At 2.42; 12.1-17). Paulo descreve a igreja como "um só corpo de Cristo" (Rm 12.5) e seu "corpo" (Ef 1.23). A igreja encerra numa comunhão única de vida divina a Cristo pelo Espírito Santo mediante a fé. Todo poder da igreja para adorar e servir, era dom de Deus. A igreja é uma entidade viva e ativa. É responsabilidade da igreja, praticar a unidade, o amor e mostrar que Cristo verdadeiramente vive naqueles que são membros do seu corpo. Os crentes do NT enfrentavam a perseguição em oração fervorosa. A situação parecia ser o fim daquele movimento; Tiago martirizado e Pedro encontrava-se em cárcere por ordem de Herodes vigiado por dezesseis soldados. Todavia, a igreja primitiva tinha a convicção de que a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16), e oraram de um modo intenso e contínuo a respeito da situação de Pedro. A oração deles não demorou a ser atendida (vv. 6-17). As igrejas do NT freqüentemente se dedicavam à oração coletiva prolongada (1.4; 2.42). A intenção de Deus é que seu povo se reúna para a oração definida e perseverante; note as palavras de Jesus: A minha casa será chamada casa de oração (Mt 21.13).

SINÓPSE DO TÓPICO (3)

A oração coletiva é eficaz na perseverança e unanimidade da igreja, assim como o exemplo em Nínive, Israel e na Igreja Primitiva.

(III. CONCLUSÃO)

Pode-se definir a intercessão como a oração contrita e reverente, com fé e perseverança, mediante a qual o crente suplica a Deus em favor de outra pessoa ou pessoas que extremamente necessitem da intervenção divina. A Bíblia nos fala da intercessão de Cristo e do Espírito Santo, e de numerosos santos, homens e mulheres do antigo e do novo concerto.

APLICAÇÃO PESSOAL

A Intercessão pode ser definida como um combate espiritual – disso fala Efésios 6.10-18 – “fortalecei no Senhor” quer dizer: adquira força espiritual. Há muitas definições que nós poderíamos dar sobre intercessão. A mais simples está na Bíblia: "Orai uns pelos outros" (tg. 5:16). Ela está cheia de exemplos: Abraão suplicou por Ló e este foi liberto da destruição de Sodoma e Gomorra; Moisés intercedeu por Israel apóstata e foi ouvido; Samuel orou constantemente pela nação; Daniel orou pela libertação do seu povo do cativeiro; Davi suplicou pelo povo; Cristo rogou por Seus discípulos e fez especial intercessão por Pedro; Paulo é exemplo de constante intercessão. Toda a Igreja é chamada ao fascinante ministério da intercessão. A oração do justo realiza muitas coisas. A oração do justo leva-o mais perto de Deus (Hb 7.25); abre o caminho para uma vida cheia do Espírito (Lc 11.13; At 1.14); dá-lhe poder para servir (At 1.8; 4.31,33) e para a devoção cristã (Ef 3.14-21); edifica-o espiritualmente (Jd 20); dá-lhe compreensão da provisão de Cristo por nós (Ef 1.18,19); ajuda-o a vencer Satanás (Dn 10.12,13; Ef 6.12,18); esclarece a vontade de Deus para ele (Sl 32.6-8; Pv 3.5,6; Mc 1.35-39); capacita-o a receber dons espirituais (1 Co 14.1); leva-o à comunhão com Deus (Mt 6.9; Jo 7.37; 14.16,18,21); outorga-lhe graça, misericórdia e paz (Fp 4.6,7; Hb 4.16); leva os perdidos de volta a Cristo (5.20; Gl 4.19); outorga-lhe sabedoria, revelação e conhecimento de Cristo (Ef 1.17); proporciona-lhe a cura (5.15); dá- lhe livramento nas aflições (Sl 34.4-7; Fp 1.19); glorifica a Deus com louvor e ações de graças (Sl 100.4); torna real a presença de Cristo (Jo 14.21; Ap 3.20), e por fim, assegura-lhe a salvação final e a intercessão de Cristo em seu favor (Hb 7.25).

Crendo N’Aquele que é galardoador dos que o buscam (Hb 11.6),

Francisco A Barbosa

auxilioaomestre@bol.com.br

EXERCÍCIOS

1. O que é intercessão?

R. Orar a Deus em favor de outra pessoa.

2. Cite três exemplos de homens fiéis que perseveraram em oração a Deus no Antigo Testamento.

R. Abraão, Moisés e Samuel.

3. Em qual verdade bíblica se enquadra a oração intercessória?

R. “Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (At 20.35).

4. Quem é o nosso supremo exemplo no ministério da intercessão?

R. O Senhor Jesus.

5. De acordo com a lição, quais as principais características de um intercessor?

R. Perseverança, altruísmo e empatia

Boa aula!

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA

- Lições Bíblicas 4º Trim. Livro do Mestre CPAD (http://www.cpad.com.br);

- Max Lucado, "A Grande Casa de Deus" – Rio de Janeiro: CPAD, 2001;

- A Oração de Jesus, Hank Hanegraaff, 1ª edição - 2002, Rio de Janeiro, CPAD;

- Stamps, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;

- Bíblia de Estudo Genebra. São Pulo e Barueri, Cultura Cristã e SBB, 1999;

- BIBLIA TEB, Edições Loyola, 1ª edição;

- (HORTON, Stanley M (ed). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro. 12.ed. CPAD, 2009, pp. 600-1).

- Hybels, Bill. Ocupado Demais para Deixar de Orar / Bill Hybels; Tradução Magaly Fraga Moreira. Campinas, SP: Editora United Press, 1999.

- Teologia Sistemática De Hodge - Charles Hodge, Hagnos;

- Teologia Sistemática Pentecostal, Stanley M. Horton, CPAD;

- BRANDT, Robert L.; BICKET, Zenas J. Teologia Bíblica da Oração. Rio de Janeiro, CPAD, 4. ed., 2007, p.29;

- HUGHES, R. Kent. Disciplinas do Homem Cristão. 3. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2004;

- SOUZA. Estevam Ângelo. Guia Básico de Oração. Como Orar com Eficácia no seu Dia-a-Dia. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2002.

Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site, impressão, etc.).

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20 de novembro de 2010

Lição 9 - A Oração e a Vontade de Deus


28 de novembro de 2010

TEXTO ÁUREO

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito” (Jo 15.7).

- Em virtude de sua adesão constante a Jesus e de sua obediência, aquele que crê não sente nenhum temor em face do futuro, pois sabe que sua oração, formulada em função da sua compreensão das intenções divinas, será certamente ouvida e favorecida. (cf 14.13). Quando estamos em Cristo, nossas orações são eficazes. O segredo de resposta divina à nossa oração é permanecer em Cristo. O princípio que Cristo ensina aqui é que, quanto mais perto o homem vive de Cristo, pela meditação, estudo das Escrituras e comunhão com Ele, tanto mais suas orações estarão em harmonia com a sua natureza e as suas palavras e, portanto, mais eficazes serão essas orações (Sl 66.18).

VERDADE PRÁTICA

A Bíblia nos garante que a oração realizada de acordo com a vontade de Deus será atendida.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 14.13-17; 15.7; 1 João 5.14,15

OBJETIVOS:

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

- Estabelecer a diferença entre a vontade de Deus geral e particular.

- Relacionar as orações que não são respondidas por Deus.

- Explicar o porquê das orações de Elias, Salomão e Davi terem sido atendidas.

PALAVRA-CHAVE

Vontade Divina

[Do latim voluntade]. Amorosa disposição que Deus, com base em seus decretos e desígnios, manifesta em relação ao ser humano.

COMENTÁRIO

(I. INTRODUÇÃO)

Vimos na última lição que Deus, no seu plano de salvação da humanidade, estabeleceu que os crentes sejam seus cooperadores no processo da redenção. Em certo sentido, Deus se limita às orações santas, de fé e incessantes do seu povo. Muitas coisas não serão realizadas no reino de Deus se não houver oração intercessória dos crentes. Qual a vontade de Deus para sua vida? Você tem consciência do que Deus espera de você? Muitos correm de um lado para o outro, procurando profetas para ouvir a voz de Deus e descobrir sua vontade. Todavia, para descobrir a vontade do Senhor para nossas vidas, basta cultivarmos uma vida de íntima comunhão com o Pai, mediante a leitura da Palavra e a oração. Através da lição desse domingo, veremos que à medida que conhecemos o Senhor, sua vontade vai se tornando mais evidente. Veremos que conhecer o Senhor e, por conseguinte, a vontade dEle para o nosso viver, é imprescindível para obter respostas para toda e qualquer necessidade. Boa Aula!

(II. DESENVOLVIMENTO)

I. A ORAÇÃO E A VONTADE DE DEUS

1. O caráter de Deus. O caráter de Deus diz quem Deus escolheu ser a partir do que Ele é. Deus "exercita" seu caráter perfeitamente e, por isso, é nosso modelo para o desenvolvimento do nosso caráter. Algumas características de Deus são: amor, santidade, misericóridia, retidão, justiça, sabedoria, fidelidade, honestidade. Quando confessamos nossos pecados e intercedemos pelos outros, Deus ouve e responde. Em Is 45.21-22, Ele diz: “E não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador, não há fora de mim. Olhai para mim e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro”. Em sua oração, Daniel menciona vários atributos de Deus que tinham um relacionamento direto com a oração respondida. No verso 4, ele O chama de o “Deus grande e tremendo”. Isto fala de Seu poder e majestade. Nós podemos orar com confiança, pois Deus é poderoso o suficiente para mudar as circunstâncias quando isso serve aos Seus propósitos. A fidelidade de Deus é refletida na frase “que guardas o concerto” (v. 4). Ele sempre guarda Suas promessas. Ele fez um concerto com Israel que, se eles se arrependessem, Ele os perdoaria (Dt 30.1-3). Ele prometeu nunca esquecê-los (Dt 31.6; Hb 13.5). O amor de Deus é visto em Seus atos de misericórdia para com aqueles que O amam (v. 4). Sua justiça e santidade são inerentes à frase “a ti, ó Senhor, pertence a justiça” (v. 7). As ações de Deus são sempre misericordiosas e justas. Ele nunca comete um engano (Gn 18.25). O versículo 9 menciona os dois atributos finais: compaixão e perdão. Compaixão é um sinônimo de misericórdia. Perdão significa absolver os seus erros cancelando a penalidade do pecado que foi posta em sua conta. Ele nos reconcilia com sigo mesmo em doce comunhão. Que Deus gracioso nós servimos! Regozijemo-nos em Seu amor e aprendamos de Suas promessas. Ele nunca falhará conosco!

2. A vontade de Deus e as Sagradas Escrituras. Por que algumas orações são respondidas, e outras, não? Uma vida de oração está vinculada à nossa dedicação a Deus. Obedecer aos mandamentos de Deus, amá-lo e agradar-lhe são condições indispensáveis para recebermos aquilo que pedimos em oração (Jo 8.29; 2 Co 5.9; Ef 5.10; Hb 13.21). No AT a falta do conhecimento pessoal de Deus destruía os israelitas, não porque tal conhecimento se achasse fora do alcance deles. Mas porque os israelitas rejeitavam deliberadamente a verdade que Deus lhes revelara através dos profetas e de sua Palavra escrita. Não são poucos os crentes que, por não conhecerem a Palavra de Deus, estão sendo destruídos por ventos de doutrina e inovações. O segredo de resposta divina à nossa oração é permanecer em Cristo. O princípio que Cristo ensina aqui é que, quanto mais perto o homem vive de Cristo, pela meditação, estudo das Escrituras e comunhão com Ele, tanto mais suas orações estarão em harmonia com a sua natureza e as suas palavras e, portanto, mais eficazes serão essas orações.

3. A vontade de Deus para cada indivíduo. Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.” (Os 6.3). O genuíno arrependimento do povo de Deus trar-lhe-ia renovada vida espiritual. Então, à medida que os fiéis chegassem a conhecer melhor ao Senhor, Ele viria como a chuva, trazendo-lhe mais vida e bênçãos espirituais. A água é freqüentemente mencionada como símbolo, ou tipo do Espírito Santo (Jo 7.37-39; Sl 1.3). A chuva temporã é a que cai na época de arar e semear a terra; simboliza a obra do Espírito Santo no AT. A serôdia é a que cai na época da colheita; simboliza a obra do Espírito Santo no período da igreja. À medida que conhecemos o Senhor, sua vontade vai se tornando mais evidente para nós.

SINÓPSE DO TÓPICO (1)

A vontade geral de Deus para o homem está descrita na Bíblia, e a particular pode ser conhecida mediante um relacionamento íntimo com o Senhor.

II. ORAÇÕES NÃO RESPONDIDAS POR DEUS

1. Orações egoístas (Tg 4.3). Deus deixa de responder as orações dos que amam os prazeres e que desejam honra, poder e riquezas. Todos devemos tomar consciência disso, porque Deus não ouvirá as nossas orações se tivermos o coração cheio de desejos egoístas. As Escrituras nos dizem que Deus aceita somente as orações dos justos (Sl 34.13-15; 66.18,19), daqueles que o invocam em verdade (Sl 145.18), dos genuinamente arrependidos e humildes (Lc 18.14) e daqueles que pedem segundo a sua vontade (1 Jo 5.14). “[...] Mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeito vontade de Deus”. Rm 12.2. Devemos resistir às formas prevalecentes e populares do proceder deste mundo e em lugar disso proclamar as verdades eternas e aplicar os padrões justos da Palavra de Deus em nosso viver, por amor a Cristo (1 Co 1.17-24). “O Senhor acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía (Jó 42.10). A restauração das riquezas de Jó revela o propósito de Deus para todos os crentes fiéis.

2. Orações por posição social (Mt 20.17-28). O texto bíblico do subitem 2 apresenta um pedido contrastante com o auto-sacrifício que Jesus acabara de descrever com o egoísmo de seus seguidores [a direita e a esquerda são posições de honra no reino consumado]. Uma parte de seu pedido foi atendida: realmente Tiago e João provaram do cálice e foram batizados como Jesus! [cálice era usado para significar tanto grande alegria quanto grande pesar, aqui representa a morte de Jesus e o julgamento de Deus contra o pecado. Batismo refere-se a ser mergulhado no sofrimento divinamente determinado]. Tiago foi o primeiro dos apóstolos a ser martirizado (At 12.2); e em seus últimos anos, João sofreu perseguição e exílio (Ap 1.9). De acordo com a tradição, ele também foi martirizado. Nós precisamos compreender que a verdadeira grandeza consiste em termos de serviço, foi o próprio Jesus quem promoveu este padrão como o mais alto oferecendo-se na cruz em expiação por muitos (Is 53.11). O mundo usualmente utiliza esse pensamento da mãe dos filhos de Zebedeu; a prática secular forma um nítido contraste com a prática requerida pela Palavra do Senhor. Jesus é o nosso modelo!

3. Orações hipócritas (Mt 6.5,6). Nem toda oração é verdadeira. A atitude é não menos importante que a persistência. Jesus corrige a noção errônea de que a justiça é uma realização humana ao invés de uma dádiva da graça de Deus. A parábola do fariseu e do publicano mostra dois modelos de oração. O fariseu era justo aos seus próprios olhos. A pessoa que pensa ser justa por causa dos seus próprios esforços não tem consciência da sua própria natureza pecaminosa, da sua indignidade e da sua permanente necessidade da ajuda, misericórdia e graça de Deus. Por causa dos seus destacados atos de compaixão e da sua bondade exterior, tal pessoa acha que não precisa da graça de Deus. O fariseu confiou nos seus próprios méritos, não tendo descoberto que nenhuma justiça humana é suficiente diante de um Deus que exige perfeição (Mt 5.48). O publicano, por outro lado, estava profundamente consciente do seu pecado e culpa e, verdadeiramente arrependido, voltou-se do pecado para Deus, suplicando perdão e misericórdia. Ele confiou na graça de Deus e a encontrou. Tipifica o verdadeiro filho de Deus. Deus deixa de responder as orações dos que amam os prazeres e que desejam honra, poder e riquezas. Todos devemos tomar consciência disso, porque Deus não ouvirá as nossas orações se tivermos o coração cheio de desejos egoístas. As Escrituras nos dizem que Deus aceita somente as orações dos justos (Sl 34.13-15; 66.18,19), daqueles que o invocam em verdade (Sl 145.18), dos genuinamente arrependidos e humildes (Lc 18.14) e daqueles que pedem segundo a sua vontade (1 Jo 5.14).

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

As orações egoístas, hipócritas e que visam status social não são atendidas pelo Senhor.

III. ORAÇÕES ATENDIDAS POR DEUS

Muitos pensam que “oração respondida” é quando Deus concede o que foi pedido em uma oração a Ele oferecida. Se um pedido de oração não é concedido, geralmente se entende que a oração não foi respondida. Contudo, isto não é um correto entendimento em relação à oração. Deus responde cada oração que a Ele é elevada. O que devemos nos lembrar é que às vezes Deus responde “não” ou “espere”. Deus somente promete conceder o que pedimos em oração quando pedimos de acordo com Sua vontade. 1Jo 5.14,15 nos diz: “E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos.”

1. A oração do rei Salomão (2 Cr 1.7-10). A Palavra de Deus nos dá uma série de exemplos de como podemos, se quisermos, balizar as nossas orações. Pareando com a do Senhor Jesus, temos a oração mais longa já realizada em toda literatura bíblica: a oração do rei Salomão(1Rs 8.22-53). Depois de concluir “o santuário real”, no décimo primeiro ano do seu reinado (1 Rs 6.38), Salomão inaugurou o Templo oferecendo sacrifícios ao Senhor (1 Rs 8). O rei estendeu as mãos para os céus e ofereceu uma oração de dedicação. Ele orou pelo o povo, pedindo a Deus que respondesse todas as petições que ali fossem feitas. Rogou para que a salvação e a benevolência do Senhor estivessem em suas vidas. Salomão encerra a dedicação do Templo oferecendo sacrifícios pacíficos, ofertas queimadas e ofertas de manjares ao Eterno (1 Rs 8.62-66). Pode-se aprender muito com a oração de Salomão. Era bastante incomum que um rei se ajoelhasse perante outro, sobretudo diante de seus súditos, porque o ato significa submissão a uma autoridade superior. Salomão demonstrou seu grande amor e respeito por Deus ao se ajoelhar diante dEle. Essa atitude revelou que reconhecia Deus como Supremo Rei e Autoridade; isto encorajou o povo a fazer o mesmo. Quando Salomão dedicou o Templo, que construiu para que Deus pudesse habitar no meio do seu povo, colocou diante de Deus petições referentes à muitas situações que preocupariam Israel no futuro: pecado, inimigos, perdão, seca, pestilência, guerra, cativeiro, e assim por diante. Cada petição foi seguida por uma súplica para que Deus ouvisse e respondesse as orações de Israel. Quando Salomão terminou suas petições, Deus demonstrou de forma dramática a sua aprovação pelo templo e a sua aceitação da oração de Salomão. Desceu fogo do céu, consumindo os sacrifícios e as ofertas queimadas. Então a glória do Senhor encheu o templo. Há lições aqui para nós, pois Deus agora habita nossos corações como seu templo. Se o buscarmos, Ele estará conosco no mesmo momento. No instante em que colocamos as ofertas que selecionamos sobre o altar, o seu fogo santo desce. E sempre que deixarmos espaço disponível para Deus, Ele vem e ocupa!

2. A oração do profeta Elias (1 Rs 18.36-39). A coragem e a fé patentes em Elias não têm paralelo em toda a história da redenção. Seu desafio ao rei, sua repreensão a todo o Israel e seu confronto com os 450 profetas de Baal (1Rs 18.16- 22) foram embates que ele os enfrentou dispondo apenas das armas da oração e da em Deus. Vemos sua confiança em Deus na brevidade e simplicidade da sua oração (41 palavras em hebraico). O propósito de Elias no seu confronto com os profetas de Baal, e a oração que se seguiu, foi revelar a graça de Deus para com o seu povo. Elias queria que o povo se voltasse para Deus. Semelhantemente, João Batista, o ‘Elias’ do NT, tinha como alvo levar muitos a buscarem a Deus como preparação para o advento de Cristo. O Senhor milagrosamente produziu fogo para consumir o sacrifício de Elias (1Cr 21.26; 2Cr 7.1). Esse milagre vindicou Elias como profeta de Deus e comprovou que somente o Senhor de Israel era o Deus vivo, a quem deviam servir. De modo semelhante, o crente deve orar, com fé, pela manifestação divina em seu meio, mediante o Espírito Santo (1Co 12.4-11; 14.1-40). A oração em nome de Cristo abrange pelo menos duas coisas:

a. orar em harmonia com sua pessoa, caráter e vontade;

b. orar com fé em Cristo, na sua autoridade e com o fim de glorificar tanto o Pai como o Filho (At 3.16). Orar realmente em nome de Jesus equivale a dizer que Ele ouvirá qualquer oração como Ele mesmo oraria. Não há limite para o poder da oração quando ela é dirigida a Jesus ou ao Pai com fé e conforme a sua vontade (Mt 17.20).

3. A oração de Davi (Sl 51.1-17). Conforme se lê no título do Salmo 51, este salmo de confissão é atribuído a Davi, alusivo ao momento em que o profeta Natã revelou seus pecados de adultério e de homicídio (2 Sm 12.1-13). É a mais notável das ‘orações de penitência’ (leia o Sl 6, um tipo de lamentação). Note que este salmo foi escrito por um crente que voluntariamente pecou contra Deus e de modo tão grave que foi privado da comunhão e da presença de Deus (cf. v. 11). Provavelmente, Davi escreveu este salmo já arrependido, após Natã declarar-lhe o perdão divino (2Sm 12.13). Davi roga contritamente a plena restauração da sua salvação, a pureza, a presença de Deus, a vitalidade espiritual e a alegria (vv. 7-13).

SINÓPSE DO TÓPICO (3)

As orações de Salomão, Davi e Elias foram respondidas pelo Senhor porque estavam de acordo com sua vontade.

(III. CONCLUSÃO)

A comunhão constante com Deus é o segredo para conhecê-Lo e para se ter influência com Ele. O Senhor cede ante a persistência de uma fé que O conhece. Confere as Suas bênçãos mais ricas aos que manifestam desejo e estima por estes bens, tanto pela constância como pelo fervor da sua importunidade. Cristo, que nisto, como em tudo, é o nosso Modelo, passou noites inteiras em oração. O Seu costume era orar muito. Tinha um lugar habitual de oração. Largos períodos de tempo em oração formaram a Sua história e o Seu caráter. Paulo orava dia e noite. Daniel, no meio de importantes ocupações, orava três vezes ao dia. As orações de David de manhã, ao meio-dia e à noite foram indubitavelmente muito prolongadas em muitas ocasiões. Aqueles que manifestaram de maneira mais perfeita possível a Cristo através de seu caráter, e têm afetado mais poderosamente o mundo a Seu favor, são os homens que gastaram muito tempo com Deus, até que isso se tornou uma das características mais salientes de suas vidas. E. M. Bounds.

APLICAÇÃO PESSOAL

Não é o caso que se pense por ‘longos períodos com o Senhor’, que o valor das orações tem de ser medido com o relógio, senão que desejamos recalcar a necessidade de se estar longo tempo a sós com Deus; se a nossa fé não tem produzido este distintivo, deve-se ao fato de que é uma fé débil e superficial. Os homens que, no seu caráter se têm assemelhado a Cristo e que têm impressionado o mundo com ele, são os que têm passado tanto tempo com Deus, que este hábito se tornou uma característica notável da sua vida. John Wesley passava duas horas diárias em oração. Começava às quatro horas da manhã. Uma pessoa que o conheceu bem escreveu: “Tomava a oração como a sua ocupação mais importante, e via-o sair depois das suas devoções com uma serenidade no rosto que quase resplandecia”. A experiência de Lutero era esta: “Se deixo de passar duas horas em oração cada manhã, o inimigo obtém a vitória durante o dia; tenho tantos assuntos que não consigo despachá-los sem ocupar três horas diárias de oração”. O seu lema era: “O que tem orado bem tem estudado bem”. É edificante! Que maior incentivo poderíamos receber, senão este? Somos conclamados a buscar ao Senhor. Para isso, recebemos a orientação de como fazê-lo: buscar de todo o coração e de toda a alma. Porém, além de ser uma orientação, esta é também uma condição, reiterada por Deus mesmo que usa o profeta Jeremias para novamente dizer isso ao povo: ‘Então me invocareis, e ireis e orareis a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração.’ (Jr 29.12,13). Assim fazendo, temos a certeza de que acharemos o Senhor e de que ouviremos a sua voz, porque o nosso Deus é misericordioso e não nos desamparará, diz a Palavra.

Crendo N’Aquele que é galardoador dos que o buscam (Hb 11.6),

Francisco A Barbosa

auxilioaomestre@bol.com.br

EXERCÍCIOS

1. Como podemos saber a vontade de Deus para o homem?

R. Lendo a Palavra de Deus.

2. Como podemos saber a vontade de Deus para nossa própria vida?

R. Cultivando uma vida de íntima comunhão com Deus.

3. Quais orações não serão respondidas pelo Senhor?

R. Orações egoístas, por posição social e hipócritas.

4. Quais personagens tiveram suas súplicas atendidas por Deus?

R. Salomão, Elias e Davi.

5. Quais orações são atendidas pelo Senhor?

R. As orações que são feitas de acordo com a vontade dEle.

Boa aula!

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA

- Lições Bíblicas 4º Trim. Livro do Mestre CPAD (http://www.cpad.com.br);

- Max Lucado, "A Grande Casa de Deus" – Rio de Janeiro: CPAD, 2001;

- A Oração de Jesus, Hank Hanegraaff, 1ª edição - 2002, Rio de Janeiro, CPAD;

- Stamps, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;

- Bíblia de Estudo Genebra. São Pulo e Barueri, Cultura Cristã e SBB, 1999;

- BIBLIA TEB, Edições Loyola, 1ª edição;

- (HORTON, Stanley M (ed). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro. 12.ed. CPAD, 2009, pp. 600-1).

- Hybels, Bill. Ocupado Demais para Deixar de Orar / Bill Hybels; Tradução Magaly Fraga Moreira. Campinas, SP: Editora United Press, 1999.

- Teologia Sistemática De Hodge - Charles Hodge, Hagnos.

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