TEXTO ÁUREO |
“Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar” (1 Ts 5.16,17).
- Em Ef 6.18, passagem paralela a esta, Paulo faz uma convocação urgente de oração militante em favor de todos. Isso significa permanecer na presença do Pai, pedindo continuamente sua graça e bênção. "Sem cessar" não significa estar constantemente repetindo orações formais. Pelo contrário, implica em orações de todos os tipos, que vêm ao nosso espírito em todas as ocasiões, durante o dia (Lc 18.1; Rm 12.12; Cl 4.2; Ef 6.18). |
VERDADE PRÁTICA
A oração em o Novo Testamento tem como padrão a fé, a intensidade e a perseverança. |
Lucas 24.46,49,52,53;
Atos 1.4,5,12,14
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Conhecer a respeito da oração no início da igreja cristã.
- Compreender os princípios da oração congregacional.
- Conscientizar-se de que uma vida de oração resulta em ação onde vivemos.
PALAVRA-CHAVE
Novo Testamento:- Nome dado à segunda parte da Bíblia que compreende 27 documentos escritos por testemunhos oculares de Cristo ou pelos seus contemporâneos através de inspiração divina. |
Na Nova Dispensação, a oração é o segredo espiritual, que alimentava a comunhão espiritual da Igreja Primitiva com Deus e consigo mesma. A Igreja vivia em oração, ela respirava oração. Este era o segredo da comunhão e do crescimento entre os cristãos primitivos (At 1.14; 2.42). As orações da Igreja Primitiva foram cruciais para os eventos sobrenaturais que marcaram os primeiros dias desse novo movimento do Espírito. Na lição de hoje analisaremos a oração num período histórico da Igreja. O objetivo é fazer uma exposição, ainda que resumida, entre os períodos históricos da Igreja. Boa Aula!
I. A ORAÇÃO NO INÍCIO DA IGREJA
1. Jesus volta ao céu. Lucas nos brinda com uma breve, mas excelente narrativa acerca da ascensão na conclusão do seu evangelho, que é um registro de ‘todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar até ao dia em que... foi elevado às alturas’ At 1.1-2). O Jesus ressurreto enviará aquilo que o Pai prometeu: o dom do Espírito Santo (Jl 2.28-32; At 2.1-4). A ascensão, de certo modo, foi a restauração da glória que o Filho tinha antes da encarnação; marcou o início de um reino que jamais existira. Exaltado à destra do Pai, Jesus exerce Seu ministério celestial. O Senhor, como Rei, intercede por seu povo (Rm 8.34; Hb 7.25). Do Seu trono, ele envia o Espírito Santo constantemente para enriquecer seu povo (Jo 16.7-14; At 2.33) e equipá-lo para o serviço (Ef 4.8-12).
2. A primeira reunião de oração. Após a ascensão de Jesus, os discípulos se reuniram no cenáculo em oração (At 1.13,14). Pela narrativa de At 2.5-12, talvez esse local ficasse próximo aos átrios do templo onde as multidões de judeus visitantes estavam reunidos. Esta pode ter sido a mesma sala onde eles tinham celebrado a Páscoa e onde Jesus havia instituído a Ceia do Senhor (Mc 14.15), ou era uma sala na casa de Maria, a tia de Barnabé (Cl 4.10) onde os cristãos se reuniam (At 12.12). Concretamente poderíamos afirmar que esta ocasião foi inaugurado o Circulo de Oração. Neste ponto, sou obrigado a discordar do nobre comentarista; as bênçãos de Deus, assim como a oração, não são para todos, mas apenas para aqueles que buscam e perseveram (At 1.14). Antes de mais nada, a igreja é o agrupamento de pessoas em congregações locais e unidas pelo Espírito Santo, que diligentemente buscam um relacionamento pessoal, fiel e leal com Deus e com Jesus Cristo (13.2; 16.5; 20.7; Rm 16.3,4; 1 Co 16.19; 2 Co 11.28; Hb 11.6).
3. Oração ante a perseguição. Os crentes do NT enfrentavam a perseguição em oração fervorosa. A situação parecia impossível; Tiago fora morto. Herodes mantinha Pedro na prisão vigiado por dezesseis soldados. Todavia, a igreja primitiva tinha a convicção de que a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16), e oraram de um modo intenso e contínuo a respeito da situação de Pedro. A oração deles não demorou a ser atendida (At 12.6-17). As igrejas do NT freqüentemente se dedicavam à oração coletiva prolongada (At 1.4; 2.42; 4.24-31; 12.5,12; 13.2). A intenção de Deus é que seu povo se reúna para a oração definida e perseverante; note as palavras de Jesus: A minha casa será chamada casa de oração (Mt 21.13). As igrejas que declaram basear sua teologia, prática e missão, no padrão divino revelado no livro de Atos e noutros escritos do NT, devem exercer a oração fervorosa e coletiva como elemento vital da sua adoração e não apenas um ou dois minutos por culto. Na igreja primitiva, o poder e presença de Deus e as reuniões de oração integravam-se. Nenhum volume de pregação, ensino, cânticos, música, animação, movimento e entusiasmo manifestará o poder e presença genuínos no Espírito Santo, sem a oração neotestamentária, mediante a qual os crentes perseveravam unanimemente em oração e súplicas (At 1.14). (BEP CD Ron, Nota At 12.5).
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
A oração na Igreja Primitiva era diária; nem mesmo a perseguição impediu os crentes de orar.
II. PRINCÍPIOS DA ORAÇÃO CONGREGACIONAL
‘A oração sempre esteve ligada às grandes manifestações do poder de Deus’ Estevam Ângelo de Souza [1].
1. O crescimento da obra de Deus. Visto que a seara messiânica já está em andamento, o tempo é de máxima importância e as conseqüências da rejeição são decisivas (Lc 10.11,13-16). Jesus admoesta a todos os crentes a estarem sempre conscientes de que os perdidos têm uma alma eterna, de valor incalculável, e que terão que passar a eternidade no céu ou no inferno, e que muitos poderão ser salvos se alguém tão somente lhes anunciar o evangelho. O trabalho primordial da igreja foi resumido nas seguintes palavras do Mestre: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!” (Mt 28.19,20). Esta perícope constitui a Grande Comissão de Cristo a todos os seus seguidores, em todas as gerações. Declaram o alvo, a responsabilidade e a outorga da tarefa missionária da igreja. A igreja deve ir a todo o mundo e pregar o evangelho a todos, de conformidade com a revelação no NT, esta tarefa inclui a responsabilidade primordial de enviar missionários a todas as nações (At 13.1-4). O evangelho pregado centraliza-se no arrependimento e na remissão (perdão) dos pecados (Lc 24.47), na promessa do recebimento de o dom do Espírito Santo (At 2.38), e na exortação de separar-nos desta geração perversa (At 2.40), ao mesmo tempo em que esperamos a volta de Jesus, do céu (At 3.19,20; 1 Ts 1.10). O objetivo da Grande Comissão é fazer discípulos que observarão os mandamentos de Cristo. Este é o único imperativo direto no texto original deste versículo.
2. Outras necessidades. A intenção de Cristo não é que o evangelismo e o testemunho missionário resultem apenas em decisões de conversão. As energias espirituais não devem ser concentradas meramente em aumentar o número de membros da igreja, mas, sim, em fazer discípulos que se separam do mundo, que observam os mandamentos de Cristo e que o seguem de todo o coração, mente e vontade (cf. Jo 8.31). Mt 28.20: ‘Estou convosco...’; Esta promessa é a garantia de Cristo para os que estão empenhados em ganhar os perdidos e ensinar-lhes a obedecer aos seus padrões de retidão. Jesus ressurgiu, está vivo, e pessoalmente tem cuidado de cada filho seu. Ele está contigo na pessoa do Espírito Santo (Jo 14.16,26), e através da sua Palavra (Jo 14.23). Não importa a tua condição - fraco, pobre, humilde, sem importância , Ele cuida de ti e vê com solicitude cada detalhe das lutas e provações da vida e concede a graça suficiente (2 Co 12.9), bem como a sua presença para te dar vitória até o fim (28;20, At 18.10). Esta é a resposta do crente, ante cada temor, dúvida, problema, angústia e desânimo.
3. A oração dos líderes. Conforme é possível observarmos através da expressão contida em 1 Tm 2.1 ‘Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens’ e no versículo seguinte: ‘em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade’, ‘por todos os homens...’ não significa que devemos interceder por toda a humanidade, antes, por ‘todos os tipos de pessoas’, seja qual for a sua posição na vida. De igual modo, é reconfortante saber que temos alguém posto por Deus para cuidar de nós inclusive, na nobre tarefa de intercessão. Quem está investido de autoridade na Igreja deve dedicar-se constantemente à oração. O verbo traduzido ‘perseverar’ (gr. proskartereo) em At 6.4(mas nós perseveraremos na oração...) denota uma fidelidade inabalável e sincera e a dedicação de muito tempo a um certo empreendimento. Por isso, os apóstolos tinham a convicção de que a oração era uma ocupação de máxima importância dos dirigentes cristãos. Note as freqüentes referências à oração em Atos (ver 1.14,24; 2.42; 4.24-31; 6.4,6; 9.40; 10.2,4,9,31; 11.5; 12.5; 13.3; 14.23; 16.25; 22.17; 28.8).
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
Os princípios da oração congregacional passam pelo crescimento da igreja, apresentação de necessidades específicas e a dedicação integral à vida de oração de seus líderes.
III. O APÓSTOLO PAULO E A ORAÇÃO
‘A igreja que ora, também tem problemas, mas os problemas são resolvidos, a obra é realizada e Deus é glorificado.’ Estevam Ângelo de Souza.
1. As revelações do Senhor. Paulo enfrentou resistências ao seu ministério nas igrejas recém-fundadas. Os falsos apóstolos de Corinto, por exemplo, entendiam que feitos espetaculares, sinais e poderes miraculosos eram credenciais indispensáveis ao apostolado. Paulo argumenta ao longo de sua epistola com outros sinais para confirmar seu apostolado: uma vida transformada da parte dos coríntios (2Co 3.1-3), um ministério irrepreensível da parte de Paulo (2Co 6.3-10;7.3;11.7-11), seu grande amor pelas igrejas (6.11-12;7.3;11.7-11), e seu sofrimento sacrifical (2Co 6.3-10;11.23-33). É em meio a constrangimento e somente por causa das exigências dos seus adversários é que Paulo se vê obrigado a relatar suas experiências de sofrimento (2Co 11.23-29 ), sem com isso ver nelas motivo de particular exaltação, antes tem a mensagem da cruz como tema central de suas pregações sabendo que se tiver quer gloriar-se em algo o faria em suas fraquezas (2Co 11.30). Relatou as visões ainda que hesitante, mas deixa claro que não é a sua intenção gloriar-se por causa delas nem as visões devem ser motivo de vangloria de quem quer que as tenha recebido da parte de Deus, e nem tão pouco podem ser consideradas como credenciais de um verdadeiro apostolado. Se assim fosse Paulo mais do que ninguém estaria qualificado, pois ele teve várias visões a primeira no caminho de damasco (At 22.6-11). Também de um varão da Macedônia pedindo ajuda (At 16.9,10). Paulo afirma que o evangelho pregado na Galácia lhe fora dado por revelação (Gl 1.11,12 ), bem como os mistérios que Paulo fala em Ef 3.3-5 e 1Co 2.9,10; 1Ts 4.15-17. Paulo não se gloria tendo, porem, esse tesouro em vaso de barro, para que a excelência do poder seja de DEUS e não de nós (2Co 12.4). Paulo foi o apóstolo que mais recebeu revelações acerca das doutrinas cristãs. Seu amor, dedicação e zelo pela obra do Senhor são incontestáveis e admiráveis. O desprendimento desse incansável homem de Deus pela evangelização, resultou no acelerado crescimento da igreja primitiva. Paulo é um excelente exemplo de como Deus pode transformar e aperfeiçoar o caráter daquele que se entrega a Ele, sem reservas (Gl 1.14; Fp 3.4-7; 2 Co 12.9; 2 Tm 1.3).
2. O zelo de Paulo pela ordem na igreja. ‘Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade.’ (1Tm 3.15). Paulo chama a Igreja de coluna, ou seja, O SUPORTE, aquilo que deve sustentar a Verdade; Quando falamos da ‘Verdade’ certamente estamos falando da Palavra de Deus, pois que é dito: ‘Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.’ (Jo 17.17), e ainda, ‘A tua palavra é a verdade desde o princípio, e cada um dos teus juízos dura para sempre’ (Sl 119.160). Temos a verdade sobre o pecado; sobre a redenção; sobre a santificação; sobre as ordenanças; sobre a igreja, etc. As igrejas verdadeiras são a depositárias autênticas desses ensinamentos preciosos, e devem sustentá-los com toda firmeza; Que peso de responsabilidade repousa sobre a igreja de Cristo: Preservar e difundir a verdade num mundo cheio de mentiras! A verdade só pode ser preservada neste mundo pelo ministério da Igreja. ‘Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo’ (2 Co 11.2). Paulo deixara Tito na igreja de Creta para que cuidasse das questões éticas e administrativas da comunidade. A situação era tão grave que o apóstolo precisou escrever uma carta àquele jovem pastor falando da urgente necessidade de se manter a ordem na igreja. Tais instruções são suficientes para equipar qualquer pessoa que pretenda engajar-se no ministério pastoral. Se os conselhos de Paulo a Tito fossem observados por todas as igrejas, não haveria tantos problemas na condução do rebanho do Senhor. Não haveria tantos escândalos pela má conduta dos que se dizem chamados para o ministério, mas infelizmente, não são qualificados. Paulo nos assevera, nos versículos 5 a 9 do primeiro capítulo de Tito, que a verdadeira Igreja de Cristo não subsiste sem obreiros irrepreensíveis em todas as áreas da vida. Segundo sua orientação, Tito deveria ser enérgico com os que perturbavam o bom andamento do trabalho. Os insubordinados e inconseqüentes teriam de ser severamente admoestados (Tt 1.10-14).
3. Paulo e a oração. A contribuição paulina à teologia da oração do NT é a sua grande ênfase na ação de graças. O fato de todas as suas epístolas, exceto Gálatas e Tito, terem uma expressão de ação de graças ou bênção de Deus logo de início, ou pouco depois da saudação, não pode ser explicada apenas como uma mera forma epistolar, pois está enraizada na teologia paulina. Paulo acreditava que toda oração deve incluir ação de graças (Fp 4.6; Cl 4.2), pois as ações de graças (eucharistia) faziam com que a glória ascendesse a Deus pela graça (charis) que havia descido sobre nós em Jesus Cristo (cf. 2 Co 1.11). O ensino geral de Paulo sobre a oração foi muito bem resumido em 1 Timóteo 2.1-9” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro, CPAD, 2009, p. 1421).
‘A oração é o berço em que a Igreja nasceu, é o alimento que nutre a Igreja, e a faz crescer e lhe dá vigor. Sem oração a igreja não cresce, não tem vida, não tem voz, não tem ouvinte, não tem força.’ Estevam Ângelo de Souza.
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
Paulo era um líder que cultivava a prática da oração. Por meio da oração ele obteve revelações do Senhor e desenvolveu um piedoso zelo pela ordem na igreja.
Depois de aprendermos algumas lições sobre a oração no Antigo Testamento, chegamos ao Novo testamento, onde a oração não apenas continua sendo uma prática relevante na vida cristã, como parece evidenciar-se de forma cada vez mais clara e objetiva. Esta evidência vai surgindo de tal modo, a ponto de podermos dizer que há uma Teologia da Oração que vai sendo construída ao longo da Bíblia e que se completa no Novo testamento. Se no Antigo Testamento, a experiência da oração esteve presente na vida dos grandes servos de Deus, de forma marcante, no novo testamento não é diferente. Assim colocado, o tema sugere uma reflexão sobre o que vem acontecendo com a prática da oração na Igreja, nos dias de hoje. Sem dúvida alguma, uma reflexão necessária. Que a experiência dos apóstolos, registrada em Atos 4.24-39 continue sendo realidade na Igreja de hoje, deve ser a nossa oração!
[1] Pastor Estevam Ângelo de Souza (1922 - 1996) foi um escritor, teólogo e grande líder que dirigiu as Assembleia de Deus no estado do Maranhão entre os anos de 1957 a 1996. Sob sua liderança foram criados o Colégio "Bueno Aza", a Sociedade Filantrópica Evangélica do Maranhão, a Fundação Cultural Pastor José Romão de Souza e a Rádio FM Esperança. Assumiu a presidência da Assembléias de Deus no Maranhão em 1957 com apenas 3 templos e no ano de 1996 já contava com 167 igrejas construídas. Faleceu em 1996, aos 73 anos de idade, em um acidente automobilístico.
APLICAÇÃO PESSOAL
‘Orai sem cessar.’ (1Ts.5.17). Este é um ensinamento aparentemente intrigante e que desperta alguns questionamentos, uma vez que a vida já nos impõe uma rotina tão preenchida de atividades, compromissos e deveres a cumprir. Como poderá alguém orar sem cessar? Sabemos, de antemão, que o nosso Deus não nos dá nenhum ensinamento impossível de ser cumprido. Esta certeza, portanto, já é suficiente para afastar o questionamento quanto à possibilidade. É possível. Sendo possível, como então fazê-lo? A resposta a esta questão nos remete de volta ao sentido e significado da oração. Mais do que um comportamento, de proferir palavras formalmente organizadas para isso, a oração é antes de tudo uma atitude – é interna – do espírito humano, do coração, para depois expressar-se em atividade. Atitude e atividade que envolvem adoração, ação de graças, petição, confissão e que nos levam à comunhão com Deus. Sendo assim, além do comportamento formal da oração, aliás, necessário e de inestimável valor espiritual, como já temos estudado, é possível estarmos incessantemente em oração se estes elementos que a caracterizam estão presentes e atuantes em nosso coração, ainda que não possam estar, em muitos momentos do dia, numa postura formal em nosso comportamento. Diante disso, dois ensinamentos essenciais saltam dessas meditações para o nosso coração: é possível cumprir o imperativo bíblico de 1Ts. 5.17 e vivermos em oração incessante, se passamos todas as horas do nosso dia consciência da presença de Deus conosco, com o nosso coração anelante por mantermos comunhão com o Pai Celeste em todo o tempo, deixando fluir constantemente do nosso interior sentimentos de louvor, adoração e súplicas que irão envolver e direcionar as nossas atividades. E porque é possível vivermos em oração incessante, devemos ser zelosos e vigilantes em tudo aquilo que sentimos, pensamos ou fazemos para que o nome de Deus seja exaltado e glorificado através do nosso viver. Que a nossa vida seja uma permanente oração para a glória de Deus! E que para tanto, o Senhor nos ajude.
Crendo N’Aquele que é galardoador dos que o buscam (Hb 11.6),
Francisco A Barbosa
- Lições Bíblicas 4º Trim. Livro do Mestre CPAD (http://www.cpad.com.br);
- Stamps, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;
- Bíblia de Estudo Genebra. São Pulo e Barueri, Cultura Cristã e SBB, 1999;
- ZUCK, Roy B. (ed). Teologia do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2008.
- BRANDT, Robert L.; BICKET, Zenas J. Teologia Bíblica da Oração. 4. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2007.
- SOUZA. Estevam Ângelo. Guia Básico de Oração: Como Orar com Eficácia no seu Dia-a-Dia. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2002.
- Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro, CPAD, 2009.
- http://ogideao.blogspot.com/2010/07/licao-05-conhecendo-o-valor-da-oracao.html;
EXERCÍCIOS
1. Onde aconteceu a primeira reunião de oração da Igreja Primitiva?
R. No cenáculo.
2. Qual foi o resultado do derramamento do Espírito Santo?
R. A conversão de várias pessoas e a multiplicação dos milagres (At 2.40-43).
3. Cite três exemplos de líderes que oravam a Deus.
R. Paulo e Barnabé (At 14.23); Pedro e João (At 3.1; 8.14-17); Os doze (At 6.2,4).
4. O que Paulo nos assevera, nos versículos 5 a 9 do primeiro capítulo de Tito?
R. A verdadeira igreja de Cristo não subsiste sem obreiros irrepreensíveis em todas as áreas da vida, em particular, a oração.
5. Qual a exortação de Paulo aos crentes de Tessalônica?
R. Orar sem cessar.
Boa aula!
Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site, impressão, etc.).