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UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

Este Blog não é a palavra oficial da Igreja ou da CPAD. O plano de aula traz um reforço ao seu estudo. As ideias defendidas pelo autor do Blog podem e devem ser ponderadas e questionadas, caso o leitor achar necessário. Obrigado por sua visita! Boa leitura e seja abençoado!

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12 de junho de 2010

LIÇÃO 12 - A OPÇÃO PELO POVO DE DEUS

Este comentário adicional segue os tópicos e subtópicos da revista de Lições Bíblicas da CPAD (http://www.cpad.com.br). AUTORIZO a divulgação, desde que citada a fonte e o autor.




20 DE JUNHO DE 2010

TEXTO ÁUREO

“Escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado; tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo” (Hb 11.25,26).

- A decisão de Moisés de abdicar ‘os tesouros do Egito’ e sofrer o ‘opróbrio de Cristo’ deve encorajar aqueles que sofreram perdas e opróbrio por causa de sua fé (Hb 10. 33-34). A ARC traz: “porque tinha em vista”, apoblepo; Strong 578: Uma palavra descritiva combinando apo, ‘longe de’ e blepo, ‘ver’. A palavra literalmente significa ‘desviar o olhar de tudo a fim de olhar atentamente para um objeto(Bíblia de Estudo Plenitude, SBB, PC Hb 11.26; p. 1293). Moisés desviou o olhar da riqueza dos sistemas mundiais para um futuro messiânico; sua escolha exemplifica certeza quanto à sua esperança porque contemplava a ‘recompensa’ (Hb 10.35; 11.6,13). Somente a fé pode influenciar uma decisão desse porte, que transcende a realidade presente! Todo crente é chamado à essa decisão diariamente: fazer a escolha de/ou desfrutar os prazeres mundanos ou viver em obediência à Palavra; vale salientar o conflito travado internamente em cada um de nós – o Espírito contra a carne; esse conflito pode levar o crente à uma completa submissão à carne e ao domínio do pecado ou então à plena submissão ao Espírito Santo. À exemplo de Moisés, nossa escolha deve ser em razão da fé: “desviar o olhar de tudo a fim de olhar atentamente para Cristo!”

VERDADE PRÁTICA

Como homens de Deus, esta é a única alternativa: optar em permanecer com o povo de Deus, ainda que isto nos custe sacrifícios, perdas e até a própria vida.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Jeremias 40. 1-6

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

- Identificar na história de Israel o cumprimento das profecias de Jeremias;

- Comparar a vida de Jeremias a de outros personagens bíblicos que se sacrificaram pelo povo, e

- Refletir a respeito de suas escolhas ao longo da jornada cristã aqui na terra.

PALAVRA-CHAVE

Opção

  1. Ato ou faculdade de optar; livre escolha;
  2. Direito de opção: direito de preferência.

COMENTÁRIO

(I. INTRODUÇÃO)

O texto que serve de base para esta lição está incluso nos seis capítulos que versam sobre os acontecimentos que se seguiram à queda de Jerusalém, sob o poder da Babilônia (Jr 40.1-44.30). O comandante caldeu reconheceu que fora o Deus de Israel quem dera vitória à Babilônia embora não O conhecesse ou O servisse! Ao encontrar o profeta, oferece-lhe a regalia de poder escolher para onde ir: para a Babilônia onde desfrutaria de poder, honrarias e conforto; ou permanecer em Judá, onde só acharia sofrimento e continuaria pobre e rejeitado. Certamente temeu ser tido pelos cativos judeus como traidor – Nabucodonosor talvez houvesse sido informado do conselho do profeta para Judá render-se à Babilônia e talvez isso explique porque o comandante caldeu tratou o profeta com deferência quando da tomada de Jerusalém. O invasor nomeara um governador: Gedálias, pertencente a uma família de altos funcionários judeus de quem Jeremias gozava da amizade e a quem ficou confiada a sua proteção, pois o altruísta Jeremias opta pelo improvável: pela dor, pela rejeição, pelo sofrimento, sacrificando-se pelo povo a quem tanto amava sem ser amado.

Estamos sendo chacoalhados com notícias desafiadoras nesse momento em que se aproxima o centenário – notícias de desagregação e renúncias de renomados profetas (Leia). A Lição é oportuna e nos convida a fazer uma opção: “Escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado; tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa. (Hb 11.25,26). "É hora de despertarmos dessa letargia, e passar a entender o que nos tem reservado o Senhor." Claudionor de Andrade REFLEXÃO

(II. DESENVOLVIMENTO)

I. AS PROFECIAS DE JEREMIAS SE CUMPREM

1. A destruição de Jerusalém. O cerco à cidade de Jerusalém durou um ano e seis meses, tempo de privações em virtude desse isolamento - sem suprimentos, a fome minou a fortaleza e em cumprimento às palavras de YAHWEH pronunciadas por Jeremias, a cidade caiu perante os caldeus. Em 605 a.C. Nabucodonosor invade a Palestina e captura certo número de reféns judeus, gente capacitada, de cultura e posses; os pobres, doentes e desvalidos foram deixados na terra – assim começou o cativeiro babilônico que durou 70 anos preditos por Jeremias (Jr 25.11, 12). A destruição e o cativeiro aconteceram em três fases:

- 605 a.C.: prisão do rei Joaquim, levado juntamente com Daniel e seus três amigos para a Babilônia (Dn 1.1-7; 2Cr 36.6,7);

- 597 a.C.: nova invasão de Jerusalém e são levados cativos o rei Jeoaquim, os tesouros do Templo e 10.000 homens, dentre os quais, o profeta Ezequiel;

- 586 a.C.: terceira e última invasão de Jerusalém: destruição da cidade e do Templo e deportação do rei Zedequias e a elite do povo para a Babilônia (Jr 52.29).

2. O fiel cumprimento das palavras de Jeremias. A perseverança não é uma virtude comum. A maioria de nós carece de comprometimento, cuidado e disposição que perdure às mais difíceis condições. Jeremias perseverou mesmo com a apatia e descrença dos judeus; foi ignorado, insultado, desacreditado e por fim, escolheu ficar na terra desolada e cercado por pobres e desvalidos. A resposta do profeta veio com a entrega da Palavra do SENHOR e um profundo lamento pelo destino do povo obstinado. Manteve seu olhar fixo no Deus que o vocacionara e esperou firmemente o cumprimento das palavras de YAHWEH; nenhuma delas cai por terra. Não nos demovamos de nossa posição, fiel é O que nos vocacionou! Todas as profecias de Jeremias em relação à destruição de Israel se cumpriram. SINOPSE DO TÓPICO (1)

II. A OPÇÃO DE JEREMIAS

1. Jeremias sob custódia. Nebuzaradã, Comandante caldeu, concede uma grande libertação a Jeremias através da soltura de todas as sua cadeias, em obediência às ordens que Nabucodonosor emanara acerca do profeta – não está claro o quanto da mensagem do profeta era do conhecimento do conquistador, é provável que este considerasse Jeremias um simpatizante da Babilônia (Jr 25.12). Nebuzaradã o encontrara nas cercanias de Ramá, talvez estivesse entre o grupo de cativos já que essa cidade funcionou como uma espécie de ‘centro de triagem’ ou ‘campo de concentração’ para separar os judeus que seguiriam a Babilônia dos que permaneceriam na terra. De Ramá, ele é conduzido até Mispa (atual Tel en-Nasbeh), 13 Km ao norte de Jerusalém, onde permaneceu sob proteção de seu amigo Gedálias.

2. A teologia em boca de ímpio. O fato de pessoas que não servem ao Senhor reconhecerem que Ele tem poder e domínio não significa que sejam sinceros nessa ‘adoração’, apenas encontram espaço no seu panteão idólatra para mais um deus. Fatos como esse são vistos aqui em Jeremias e em diversas ocasiões no exílio, em especial com Daniel; o rei ímpio ou seus altos funcionários teologizam respeitosamente e até de forma positiva sobre o Deus de Israel. Isso não se traduz num perfeito entendimento acerca da justiça divina. E os teus ouvidos ouvirão a palavra que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho; andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda.” (Is 30.21).

3. A opção de Jeremias. Depois de dar a Jeremias comida e um presente, Nebuzaradã o deixou partir, e Jeremias optou ficar entre os que restaram na terra, em detrimento das regalias que lhe foram oferecidas caso fosse para a Babilônia. Talvez sua recusa fosse por medo de ser odiado pelos exilados de Judá. Em Judá ele permaneceria pobre e rejeitado mas o remanescente do povo saberia que ele não era um traidor. Jeremias escolheu permanecer com o povo de Israel em Judá ao invés de ir para a Babilônia. SINOPSE DO TÓPICO (2)

III. COMO OS HERÓIS DA FÉ FIZERAM SUAS OPÇÕES

Muitos personagens bíblicos optaram por sacrificar suas próprias vontades, conforto e até mesmo a vida em prol do povo de Deus. SINOPSE DO TÓPICO (3). Vejamos alguns deles.

1. A opção de Abraão. A história de Abraão tem início com um imperativo e uma promessa divina. A ordem é a de deixar sua parentela idólatra (Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Antigamente, vossos pais, Tera, pai de Abraão e de Naor, habitaram dalém do Eufrates e serviram a outros deuses - Js 24.2). Com Abraão, começa a história da criação de Israel por Deus e tudo se inicia com a partida de uma cidade humana (Ur) em busca da cidade ‘da qual Deus é o arquiteto e o edificador’ (Hb 11.10). Note que a perícope onde está narrado a chamada de Abrão (Gn 12) vem após a saída de Tera, seu pai, com toda a família, de Ur(1) para Harã, ao norte da Mesopotâmia, num braço do rio Eufrates, aproximadamente 965 Km ao norte da cidade sumeriana de Ur; O chamado veio a Abraão em Ur dos caldeus, antes da morte de seu pai, não em Harã (Ex 15.7). A jornada de aproximadamente 2.400 Km foi impulsionada pela fé:

“Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela fé habitou na terra da promessa, como em terra alheia... Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus.” (Hb 11.8-10)

Ao fazer a sua opção, Abraão tornou-se o pai de todos aqueles que crêem (Rm 4.11) e todos os que crêem tornam-se filhos de Abraão (Gl 3.7). não era nem israelita nem judeu; não passava de um gentio que, pela fé, aceitara plenamente a vontade divina (Dt 26.5). - Conheça um pouco mais: http://www.ixtus.pro.br/textoDez.htm

2. A opção de José. A soberania divina é fato na história de José. Este jovem foi levantado por YAHWEH para ser governante do Egito e o meio utilizado por Deus foi transformar as más ações de seus irmãos para cumprir seus propósitos. Ele envia José adiante para preservar vidas, salvar o Egito e preparar o caminho para o início da nação de Israel. José certamente poderia ter aplicado a lei de Talião(2) quando seus irmãos desceram ao Egito para comprar mantimentos, mas sua opção graciosa foi perdoá-los e compartilhar sua prosperidade! (Gn 45.3-8).

3. A opção de Moisés. Como príncipe, Moisés tinha tudo a sua disposição mas substituiu tudo pela vida árdua de pastor de ovelhas numa humilhante experiência que certamente, não planejara. Deus o preparou para ser um líder e talvez Moisés não apreciasse essa situação mas foi no deserto que ele realmente tornou-se líder apto a libertar Israel. Foi necessário fé para fazer esta opção! È fácil ser ludibriado pelas benesses mundanas e não enxergarmos o futuro reino celestial. Somente a fé pode nos dar essa visão para enxergarmos os valores eternos do céu. Não obstante suas deficiências, Moisés abriu mão de toda a luxúria do Egito, pois não ignorava a missão que lhe confiara o Senhor (Hb 11.23-26).

4. A opção de Ester. Ester poderia ter entrado em desespero quando a ordem para trucidar os judeus foi exarada e ter decidido salvar apenas a si própria. Embora rainha, Ester precisaria de proteção. Deixada ‘de lado’ por trinta dias, ela não sabia se o rei havia encontrado outra mais atraente e deparada com a questão de morte aos judeus, ela refletiu sobre a pergunta de Mordecai: “Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento de outra parte sairá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?” (Et 4.14). Corajosamente, optou por seu povo, arquitetou um plano e o pôs em prática. A resposta? O rei a incumbiu de reescrever a lei (Et 9.29).

5. A opção de Jesus. “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus (Fp 2.5), Esta perícope é conhecida como “a passagem kenosis (3) (grego: vazio) (vs 6-11), nos dá a idéia de que Cristo não rejeitou sua divindade, mas a glória de sua divindade e seus privilégios e “a si mesmo se humilhou” (Fp 2.8) a fim de por sua morte, nos resgatar. Paulo, assim, aponta para Cristo como exemplo de humildade e renuncia - 2Co 7.1: “Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor a Deus”. Hoje há uma evidente falta de paradigmas, onde paira valor sobre resultados não importando os meios. Nossa comunidade cristã inevitavelmente é atingida pela onda do hedonismo, pela ética humanista. Em Jesus Cristo encontramos o paradigma ideal, que deve ser imitado a qualquer custo. Na Kenósis há um exemplo inspirador que confiantemente podemos seguir. Segundo vaticina o profeta Isaias (cap. 53), em Jesus não havia beleza nem formosura. Mas foi nesta opção pela humilhação que Deus usou para exaltar o ser humano.

(III). CONCLUSÃO

Que exemplo para nós! Hoje, estamos acostumados a avaliar os crentes pelo grau de ‘poder’ e pela quantidade de ‘experiências’. Muitos obreiros, a exemplos dos opositores de Paulo, estão como aquele filho de Dédalo, do mito de Ícaro, inebriados pelas novas potencialidades, jactânciam-se daquilo que foi-lhes dado não para proveito próprio, mas para edificação do Corpo. Nesse vôo do orgulho correm o risco de suas potencialidades não servirem para coisa alguma. “De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo” (2Co 12.9). O Senhor tem uma didática interessante. Deus realiza os seus propósitos sem tirar de seus servos o espinho – seja ele qual for. Apesar das debilidades humanas, a graça de Deus atinge seus propósitos em um mundo decaído. A fé escolhe crer na Palavra de Deus acima da evidencia dos sentidos, sabendo que as circunstancias naturais devem ser mantidas sujeitas à Palavra de Deus. A fé não nega as circunstancias; pelo contrário, crê no testemunho de Deus e vive em concordância com o mesmo. Paulo deixa isso bem claro quando optou por sofrer por Jesus e afirmar que sua jactância está nessa opção. Que lição para os crentes de hoje!

(1): Ur: Cidade muito antiga no sul da Babilônia, que se identifica como Tell el-Muqayyar; ela estava situada na margem direita do rio Eufrates, a meio caminho entre Bagdá e o Golfo Pérsico. Tera e seus filhos – entre eles Abrão – nasceram em Ur e de lá se mudaram para Harã. - http://www.chamada.com.br/mensagens/abraao.html;

(2): A lei de talião consiste na rigorosa reciprocidade do crime e da pena — apropriadamente chamada retaliação. Esta lei é freqüentemente expressa pela máxima olho por olho, dente por dente. É uma das mais antigas leis existentes.

(3): Kenosis é a palavra em grego para o ‘esvaziar-se’. Filipenses 2:7, " Jesus se fez nada (κένωσεν ekenosen) ... " ( NIV ) ou "... ele esvaziou-se ..." ( NVI ), usando a forma verbal κενόω kenóō "esvaziar". (http://en.wikipedia.org/wiki/Kenosis)

APLICAÇÃO PESSOAL

Na Alegoria da Caverna, escrita pelo filósofo Platão, encontramos a exemplificação de como podemos nos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona através da luz da verdade: Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali. Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder locomover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira. Os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade. Um dos prisioneiros optou por abandonar essa condição e fabrica um instrumento com o qual quebra os grilhões. Aos poucos vai se movendo e avança na direção do muro e o escala, com dificuldade enfrenta os obstáculos que encontra e sai da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza. Aquele homem volta à caverna e ao falar destas verdades para os homens afeitos às suas impressões, não foi compreendido e foi tomado por mentiroso, um corruptor da ordem vigente. Que belo paralelo à história de Jeremias, o qual optou por sair do meio comum, do carnal e viveu no espiritual; optou por falar as palavras do Senhor e aconselhar seus patrícios e foi tido por mentiroso, um corruptor da ordem vigente! Precisamos ser aquele homem que optou por sair da caverna. Dependemos inteiramente do Senhor para caminharmos bem a carreira que nos foi proposta. Jamais deveremos nos exaltar ou gloriar pelos dons, pelas experiências espirituais. Um câncer está devorando a Igreja. Se ele não for extirpado agora, as conseqüências serão catastróficas. A influência de doutrinas falaciosas que só trazem confusão e instabilidade espiritual precisa ser cortada. Muitos há que professam a Cristo como Salvador, mas assumem uma postura distorcida em relação ao que significa ser cristão. Na verdade não fizeram a opção pelo povo de Deus! Sob a égide de um evangelho nitidamente místico, milhões estão sendo ludibriados e impedidos de viverem realmente uma vida com abundancia. Verdades eternas tiradas da Palavra de Deus estão sendo pervertidas. Quase no final do seu ministério, Charles Spurgeon escreveu uma série de artigos advertindo a igreja de seus dias quanto ao perigo de se tornarem mundanos, espiritualmente frios e tolerantes aos erros doutrinários. O que ele previu se repete hoje, dessa vez, a origem é outra: o pragmatismo que ignora a pureza da doutrina e se focaliza mais na obtenção de sucesso do que na pregação ousada da Palavra. O pragmatismo enfatiza o crescimento da igreja, em detrimento da pureza doutrinal; entreter o público é mais importante do que doutrinar; a verdade é secundária. Nenhum dos superapóstolos atuais pode jactar-se, como Paulo o fez por sua opção em sofrer por amor à Cristo, pelo contrário, o fazem de suas supostas potencialidades, assim mesmo como faziam os adversários de Paulo em Corinto, e assim mesmo como no mito de Ícaro, inebriados com seus delírios sucumbirão. Somente a fé pode influenciar uma decisão desse porte, que transcende a realidade presente! Todo crente é chamado a essa decisão diariamente: fazer a escolha de seguir o pragmatismo desfrutando os prazeres mundanos ou viver em obediência à Palavra. A palavra-chave da lição de hoje é “opção”; carecemos de experiência com Deus, que nos dê força e coragem para suportarmos as dificuldades da caminhada, mas precisamos acima de tudo, optar por dependermos unicamente da graça e poder divinos.

N’Ele, para que a prova da nossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo (1Pe 1.7),

Francisco A Barbosa

auxilioaomestre@bol.com.br

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA

- Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD;

- Bíblia de Estudo Plenitude, SBB, PC Hb 11.26; p. 1293

- Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

- História de Israel, wiki/História_de_Israel;

- Bíblia de Estudo de Genebra, ECC/SBB;

- O Arrebatamento da Igreja, TOGNINI, Enéas, S. Paulo, 1970;

- Ur dos Caldeus: chamada.com;

- Blog O Gideão: http://ogideao.blogspot.com/;

- Imagem: (Jesus entre nós).

EXERCÍCIOS

RESPONDA

1. Que opção foi oferecida a Jeremias?

R.Ficar na Babilônia onde haveria de ser bem tratado.

2. Que decisão tomou o profeta?

R. Ele optou por ficar com o restante do povo de Deus.

3. Cite alguns exemplos de opções pelo povo de Deus nas Sagradas Escrituras?

R. Moisés, José.

4. Qual o maior exemplo de renúncia?

R. Jesus Cristo.

5. Como você demonstra a sua opção pelo povo de Deus?

R. Resposta pessoal.

BOA AULA!