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UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

Este Blog não é a palavra oficial da Igreja ou da CPAD. O plano de aula traz um reforço ao seu estudo. As ideias defendidas pelo autor do Blog podem e devem ser ponderadas e questionadas, caso o leitor achar necessário. Obrigado por sua visita! Boa leitura e seja abençoado!

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20 de janeiro de 2010

Lição 5 - Tesouro em Vasos de Barro

31 DE JANEIRO DE 2010

TEXTO ÁUREO

"Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós" (2 Co 4.7). Comprados por uma ou duas moedas de cobre no mercado de Corinto, eram, com frequencia, usados como recipientes para lamparinas de pavio. Embora fossem baratos e frágeis, eles funcionavam muito bem como lâmpadas. Paulo utilizzou a ilustração desses potes de barro para fazer um claro contraste entre ele mesmo e a grande mensagem que levava. Ele era comum e inexpressivo, mas pregava o evangelho da luz e do poder. Esta era a intenção de Deus, para que a fonte de verdade da mensagem fosse reconhecida como divina e não humana.(A Biblia da Mulher, SBB, pág1466).


VERDADE PRÁTICA

Embora sejamos frágeis, Deus nos usa para proclamar as Boas Novas e dá-nos poder para realizarmos sua obra.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Coríntios 4.7-12


OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Conscientizar-se de que mesmo sendo frágeis, Deus nos usa para transmitir as Boas Novas e nos dá poder para realizarmos sua obra.
- Compreender as fragilidades dos vasos de barro.
- Saber que no final os vasos de barro serão glorificados pelo Senhor


PALAVRA CHAVE

Vaso: - Utensílio geralmente de barro, frágil e barato, muito utilizado no século I para conter substâncias líquidas ou sólidas.


INTRODUÇÃO

Alguns críticos de Paulo achavam sua mensagem obscura. Paulo argumentou que o problema não estava na mensagem, mas, sim, no véu que encobria a mente das pessoas e não permitia que vissem a verdade (2Co 3.15). Seus opositores acusaram-no de ser inconstante, pelo que Paulo defende-se explicando-lhes que sua mudança de planos era para o bem-estar dos coríntios. O capitulo 4 é uma continuação do capítulo 3, a respeito da defesa que Paulo faz de seu ministério e sua autorrecomendação. Em seguida ele compara-se com um frágil vaso de barro contendo um riquíssimo conteúdo: o ministério do evangelho e a companhia do poder da nova aliança. Quando nos rendemos ao Senhor, Ele nos transforma paulatinamente em vasos valiosos." Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal


I. PAULO APRESENTA O CONTEÚDO DOS VASOS DE BARRO (4.1-6)

1. Um conteúdo genuíno (v.1). Nossa fraca natureza humana, que inclui mas não está limitada a nossos corpos físicos. Essa fraqueza estabelece um grande contraste com a glória do evangelho, e Paulo relembra-nos que a maneira de Deus atuar é agir através daqueles que são fracos e nada impressionantes aos olhos do mundo. Paulo tinha em mente uma única coisa: sempre dar glória a Deus e não a si mesmo. A exemplo daqueles dias, hoje também surgem pregadores mercantilistas, sem nenhum compromisso, com palavras vazias e amo gosto do ouvinte. “O mercantilismo do Evangelho é visto no oportunismo de pessoas que se aproveitam da facilidade para abrir igrejas, a fim de ganharem dinheiro de modo igualmente fácil. Em vez de abrirem uma mercearia ou uma padaria, por exemplo, tais exploradores optam pela comercialização do Evangelho. Ignoram que já existem igrejas bem estruturadas, capazes de formar discípulos de Jesus e acolhê-los, e fundam as suas próprias igrejas-negócios.
Os exploradores da fé se aproveitam da liberdade religiosa que vigora no país e da facilidade para abrir uma igreja. São necessários cinco dias úteis e menos de R$ 500,00 em despesas burocráticas para estabelecer uma igreja legalmente, com CNPJ e tudo. É preciso apenas o registro da assembleia de fundação e do estatuto social em cartório. Infelizmente, boa parte dos programas evangélicos de tevê é mercantilista. Não apresentando conteúdo evangelístico, sua ênfase recai no triunfalismo e na prosperidade meramente financeira, como se isso fosse a prioridade do cristão. Seus apresentadores se valem de mensagens “proféticas” e testemunhos de pessoas que teriam recebido vitórias financeiras, mediante os quais sensibilizam os telespectadores a lhes enviarem vultosas contribuições.” (Artigo publicado no Mensageiro da Paz, número 1.496, de janeiro de 2010). Naqueles dias, Paulo surge com uma mensagem de esperança e, agindo como bom mestre, declara que o conteúdo de seu ensino não é falsificado (v.2), hoje, temos a oportunidade de transmitir também, um ensino não falsificado.

2. Um conteúdo que rejeitava coisas falsificadas (vv.1,2). Paulo e os seus seguidores rejeitavam a mensagem falsa dos seus opositores, mensagem que ouvimos ser pregada hoje incessantemente: evangelho de autoajuda, verbalizada mediante a repetição de bordões como: “Ouse sonhar”, “Seja um sonhador”, “quem tem promessas não morre”, “Não desista dos seus sonhos”, “profetize”, “determine”, “plante uma semente”, “oferte”. Estes opositores mal-intencionados, sem compromisso com a verdade do Evangelho, interesseiros e sem temor de Deus que vagueavam pelas novas igrejas usando o Evangelho com o intuito de obter lucro (2Co 11.3-15 e 1Tm 6.9-10). Paulo mostra aos cristãos de Corinto que ele era diferente desses aproveitadores (2Co 2.17).

3. Um conteúdo de coisas espirituais transparentes. Os cristãos judaizantes opositores do ministério de Paulo o acusavam de distorcer a mensagem, mas o apóstolo declara, sem medo, que o que pregava era algo revelado, porque era a Palavra de Deus, a verdade do evangelho, que são as boas novas públicas a todos os homens. Paulo não desiste de sua esperança, visto que o ministério da nova aliança, no poder do Espírito Santo, é tão excelente e poderoso, ele afirma que jamais diluiria a Palavra de Deus ou a distorceria para agradar aos ouvintes. Mas ele deixa entendido que seus oponentes praticavam tal adultério e distorção. A questão crucial não era se as pessoas aceitavam ou rejeitavam a Paulo, mas como elas respondiam a Cristo, diferentemente de seus opositores, que aparentemente enfocavam a atenção sobre si mesmos, velando a glória de Cristo com seu próprio orgulho. Para esses, a mensagem estava obscura, porque não podiam ver a sua luz (vv.3,4). Os que rejeitam o Evangelho põem-se sob o poder das trevas, que os impede de conhecer o Senhor Jesus Cristo.

II. PAULO EXPÕE A FRAGILIDADE DOS VASOS DE BARRO (4.7-12)

1. A metáfora do vaso de barro (v.7). "A fraqueza do homem só serve para engrandecer a mensagem." Frank Carver. Os sofrimentos e aparentes derrotas de Paulo servem de evidencia, diante de todos, de que ele não tem forças eficazes em si mesmo, e que, tal como Cristo tinha morrido, assim também Paulo sabe que estava morto, em termos de sua própria capacidade de realizar qualquer coisa que se revestisse de significação eterna, e em suas fraquezas o poder de Cristo se tornava continuamente conhecido. Quando nos rendemos ao Senhor, Ele nos transforma paulatinamente em vasos valiosos." Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal

2. O paradoxo dos sofrimentos (vv.8-10). Paulo usa as experiências-chaves de Cristo (sua morte e ressurreição) como padrão para compreender as suas próprias experiências como um apóstolo. Por conseguinte, Paulo vê os seus próprios sofrimento como uma imitação dos sofrimentos de Cristo. Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo" (2Co 1.5 - Não que possamos acrescentar qualquer coisa aos sofrimentos de Cristo por nós (Is 53.11; Jo 19.30; Hb 9.26-28), mas é que Deus nos chamou para sofrer por Cristo e, assim, seguirmos nos passos de Cristo (Rm 8.17). Visto que estamos unidos ao Seu Corpo, tanto nossos sofrimentos pelo evangelho como o conforto que Deus nos provê em Cristo, resultam da nossa participação nele (Fp 3.10, 11). Nessa perícope, Paulo nos dá a entender uma característica constante de seu ensino. As experiencias-chaves de Cristo, especialmente seu sofrimento, sua morte e sua ressurreição, servem de padrão mediante o qual nós poderemos entender nossos próprios sofrimentos e nosso triunfo final.

3. Sofrer pela Igreja (vv.11,12). Deus manifesta a glória do evangelho através de homens frágeis, tais como vasos de barro. O Senhor tem poder sobre o barro e sobre os vasos que Ele fabrica. Deus tem um propósito soberano tanto em nossas tribulações quanto no conforto que ele nos dá nessas tribulações. Se tivermos experimentado o consolo divino nos sofrimentos, poderemos ser capazes de sustentar aqueles que estiverem sofrendo como nós já sofremos. Paulo, aliás, não tinha dificuldade em enfrentar a morte por amor à Igreja: "De maneira que em nós opera a morte, mas em vós, a vida" (v.12).


III. PAULO FALA DA GLORIFICAÇÃO FINAL DESSES VASOS DE BARRO (4.13-18)

1. O poder que transformará os vasos de barro (vv.13,14). Paulo se gloria não em sua própria habilidade, mas em ter uma consciência limpa e uma conduta moralmente reta. Sua simplicidade e sinceridade piedosa não resultam de ele estar seguindo a sabedoria convencional do mundo, mas resultam dele depender da graça de Deus. Quando se gloria, Paulo não toma crédito para si mesmo. É o triunfo da graça de Deus nele.

2. A esperança capaz de superar os sofrimentos (vv.15,16). Depois de haver explicado sua mudança de planos sobre a visita aos crentes coríntios, Paulo descreve o que é um verdadeiro ministério cristão. Significa ser ministro de uma gloriosa nova aliança, confiando em Deus em meios a tribulações e falando a mensagem de reconciliação. Paulo insiste que a fidelidade a essas tarefas – e não a eloqüência, profundos pensamentos filosóficos ou padrões mundanos de excelência pessoal – é a base de um ministério válido. Ele confia, diante de Deus, que o seu ministério é autêntico e que os crentes coríntios são “carta de recomendação”, que testificam dessa autenticidade. Ele não confiava em si mesmo, mas “por intermédio de Cristo”(3.4).

3. Tribulação temporária e glória eterna (vv.17,18). O ato de crer e anunciar baseia-se na verdade de que, assim como Jesus ressuscitou, os crentes também um dia ressuscitarão. Seus corpos transitórios e corruptíveis serão transformados em corpos espirituais. Quando Paulo menciona, no versículo 17, o peso da sua aflição como "leve e momentâneo", queria, de fato, realçar o peso da glória que Deus tem reservado aos fiéis. Desse modo, revela o apóstolo as causas que o sustentaram em meio aos sofrimentos durante seu ministério: amor à obra, confiança na ressurreição, e gozo eterno. As mesmas causas podem sustentar a todos os crentes que padecem por amor a Cristo.


CONCLUSÃO

Reconhecer-nos como vasos de barro é reconhecer a maravilhosa graça que nos foi dada. Nesta lição, aprendemos a enxergar nossos corpos como frágeis vasos de barro. Todavia, em sua fragilidade, guardam um tesouro incomparável - o conhecimento do Evangelho. Portanto, compartilhe este tesouro com aqueles que ainda não o possuem. Paulo sofreu muito por causa do evangelho, mas quando refletia sobre seus problemas à luz da perspectiva da eternidade, ele os enxergava como leves e momentâneos. Ao comparar o peso desses sofrimentos com a eterna glória, eles se tornavam insignificantes. Embora as aflições possam causar o desgaste do exterior da pessoa, o Espírito, que dá vida, renova seu interior dia após dia, em preparação para a glória do porvir. Paulo incentiva os coríntios a mudarem seu enfoque do peso das circunstancias temporárias e externas para o peso interior e eterno da glória, herança daqueles que crêem.


APLICAÇÃO PESSOAL


A Bíblia registra exemplos de perseguição por causa da fé tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. No AT as perseguições envolviam tanto a nação como as pessoas em particular. No Novo Testamento, a igreja é a vítima de perseguição por declarar que o Senhor é Deus. A perseguição é algo inevitável na vida do cristão, é preciso estarmos atentos para discernir a verdadeira fonte dessa perseguição e os motivos que a provocam. Nós, os que cremos, recebemos ajuda, força e poder de Deus para enfrentar as tribulações (Rm 8. 35-39).
“Paulo conheceu aflições que o pressionavam de todos os lados, porém nunca foi cercado a ponto de ser esmagado. Encontrou circunstâncias desnorteantes, mas nunca chegou a ponto de se desesperar. Seus inimigos haviam perseguido seus passos, mas Deus nunca o deixou cair em suas garras. Paulo descreve estas experiências em termos físicos, identificando-as com a morte de Jesus ou até mesmo como participando desta (v.10), de forma que Deus poderia revelar seu poder de ressurreição. Paulo percebe que embora seus sofrimentos o trouxessem face a face com a morte física, são os meios que Deus usou para trazer vida aos coríntios (v.12). A revelação do poder de Deus através da fraqueza humana e da concessão da vida através da morte são temas que residem no âmago da compreensão de Paulo quanto o Evangelho e de sua própria chamada como um apóstolo” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2004, p.1091).

N’Ele, nossa Força e Ousadia,
Francisco A Barbosa
assis.barbosa@bol.com.br


BIBLIOGRAFIA PESQUISADA


- Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2004, p.1091;
- Biblia da Mulher, SBB, pág1466;
- Dicionário VINE, CPAD;
- Bíblia de Estudo Pentecostal, Rio de Janeiro, CPAD.


BOA AULA!