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30 de junho de 2010

LIÇÃO 01 - O MINISTÉRIO PROFÉTICO NO ANTIGO TESTAMENTO

 

Este comentário adicional segue os tópicos e subtópicos da revista de Lições Bíblicas da CPAD (http://www.cpad.com.br). AUTORIZO a divulgação, desde que citada a fonte e o autor.


04 DE JULHO DE 2010

 

TEXTO ÁUREO

“E falarei aos profetas e multiplicarei a visão; e, pelo ministério dos profetas, proporei símiles” (Os 12.10).

- Ninguém poderia alegar ignorância como desculpa, Deus alertava seu povo através de profecias. Visões é uma das maneiras que Ele concede revelações aos profetas (Nm 12.6; Jó 33.14-16). Símiles eram figuras de linguagem que transmitiam mensagens divinas – Comparação que se faz entre duas coisas que se assemelham; Semelhança, analogia; Exemplo que se propõe; Parábola: 2Sm 12.1-4; Sl 78.2; Is 5.1-7; Ez 17.2-10. Entre as símiles pelas quais os profetas representaram a mensagem divina estava a vida do próprio Oséias e seu relacionamento com Gomer, uma representação que descrevia o amor de Deus por Israel.

 

VERDADE PRÁTICA

Os profetas do Antigo Testamento serviram como canais de comunicação entre Deus e o seu povo, conscientizando-o acerca da vontade e do conhecimento divinos.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Números 11.24-29

 

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

- Identificar a origem do ministério profético;

- Explicar o significado do termo profeta dentro do contexto das Escrituras Sagradas, e

- Reconhecer que Moisés e Arão deram início ao ministério dos profetas em Israel.

 

PALAVRA-CHAVE

P R O F E T A

[Do Heb. Nabi; do gr prophetes].

[latim propheta ou prophete, -ae, sacerdote, profeta]

s. m.

1. Rel. Aquele que prediz o futuro por inspiração divina.

2. Rel. Título que os muçulmanos dão a Maomé.

3. Pessoa que faz previsões em relação ao futuro.

4. Adivinho, vidente. (http://www.priberam.pt/)

“No Antigo testamento, era a pessoa devidamente vocacionada e autorizada por Deus para falar por Deus e em lugar de Deus.

 

COMENTÁRIO

 

(I. INTRODUÇÃO)

 

Iniciamos mais um trimestre abençoado estudando o ministério profético na Bíblia. E onde está a importância desse tema para hoje? “Porque se levantarão falsos cristos, e falsos profetas, e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos.”(Mc 13.22). (leia mais...:). Isaías faz um convite para que os homens provem todas as coisas por meio da Palavra revelada de Deus. Qualquer coisa contrária à revelação escrita de Deus provém dos demônios, e não do Espírito Santo. A Palavra escrita de Deus é a verdadeira luz e aqueles que desejam a luz e a verdade irão segui-la e rejeitar todas as coisas contrárias a ela. Eis o convite aos profetas da atualidade!

“À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva (ou: não haverá manhã para eles” (Is 8.20)

Entenderemos que os profetas do Antigo Testamento eram homens de Deus separados para esse venerável trabalho. Os sacerdotes, juízes, reis, conselheiros e os salmistas, tinham cada um, lugar distintivo na história de Israel, mas nenhum deles logrou alcançar a estatura dos profetas, nem chegou a exercer tanta influência na história da redenção. A Bíblia como conhecemos não teria chegado a nossas mãos se não fosse esse abnegado ministério; Tal fato fica evidente na divisão tríplice da Bíblia hebraica - (Tanakh): Torah (Lei), Neviim (Profetas), e Kethuvim (Escritos). (cf. Lc 24.44). A categoria dos profetas inclui seis livros históricos, compostos sob a perspectiva profética: Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis. Em segundo lugar, há dezessete livros proféticos específicos (Isaías até Malaquias). Finalmente, Moisés, autor do pentateuco (a Torá), era profeta (Dt 18.15). Sendo assim, dois terços do AT, no mínimo, foram escritos por profetas. A maioria dos seguimentos cristãos acredita que somente Deus pode ver o futuro e muitas vezes é o desejo dEle revelar fatos futuros ao homem. Para isso, Deus usava e ainda usa homens que recebem as suas revelações e as transmite por forma oral ou escrita. A crença que Deus fala aos homens sobre fatos vindouros está fundamentada em muitos textos da Bíblia tais como:

“Lembrem do que aconteceu no passado e reconheçam que só eu sou Deus, que não há nenhum outro como eu. Desde o princípio, anunciei as coisas do futuro; há muito tempo, eu disse o que ia acontecer. Afirmei que o meu plano seria cumprido, que eu faria tudo o que havia resolvido fazer” (Is 46.9, 10);

“Por acaso, o SENHOR Deus faz alguma coisa sem revelar aos seus servos, os profetas?” (Am 3.7);

“Na manhã seguinte, todos se levantaram cedo e foram para o deserto de Tecoa. Ao saírem, Josafá ficou de pé e disse: - Povo de Judá e moradores de Jerusalém, escutem! Confiem no SENHOR, seu Deus, e estarão seguros; confiem nos profetas dele, e tudo o que vocês fizerem dará certo.” (2 Cr 20.20);

“Deus diz ao seu povo: As coisas que prometi no passado já se cumpriram, e agora vou lhes anunciar coisas novas, para que vocês as saibam antes mesmo que elas aconteçam”. (Is 42.9);

“Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (2Pe 1.20,21).

Inicialmente, analisaremos panoramicamente o ministério profético no Antigo Testamento.

 

(II. DESENVOLVIMENTO)

 

I. O INÍCIO DO MINISTÉRIO DOS PROFETAS

 

1. Contexto histórico (v. 24). Moisés sentiu o peso da liderança solitária, então, segue o conselho do seu sogro separando anciãos entre aqueles que já estão exercendo liderança. Como sinal de aprovação, o Espírito passa de Moisés para estes 70 trazendo uma nova autoridade para o exercício da liderança. Este passar do Espírito é uma ordenação para uma função oficial e não a outorga de um dom. (Leia mais...)

 

2. Moisés iniciou o ofício profético em Israel (vv. 25,26). A figura do profeta está presente na história bíblica desde a época patriarcal (Gn 20.7). Ainda que haja menção de Abraão como profeta (Gn. 20.7), é Moisés o primeiro profeta nacional de Israel. A passagem citada no subtópico trata-se de uma conseqüência inesperada. Não está relacionada à função de liderança dos 70 anciãos, pois era um fenômeno antigo. A profecia pode ter sido manifestada como um êxtase induzido pelo Espírito Santo ou como uma declaração, como no caso do profetizar de Saul em 1Sm 10. Naquela ocasião, Saul fora nomeado rei e a profecia foi um sinal (1Sm 10.9-10) que não rendeu nenhuma mensagem ou declaração. Portanto, aqui nessa perícope, profecia aparece como sinal da ordenação dos setenta anciãos. Para entendermos o que é, de fato, profecia e profeta, precisamos voltar as suas origens no AT. Já o ofício profético organizado em Israel remonta aos dias do profeta Samuel. Foi ele quem deu origem ao ofício de profeta como uma ordem ou classe organizada. Nesse sentido, ele é “o primeiro dos profetas” – distinção que as Escrituras neotestamentárias reconhece perfeitamente: “E todos os profetas desde Samuel, todos quantos depois falaram, também anunciaram estes dias” (At 3.24 cf. 13.20; Hb 11.32).

 

3. “Tomara que todo o povo do SENHOR fosse profeta” (v. 29). O versículo 29 deixa transparecer uma aparente preocupação de Josué em querer controlar o episódio do ‘êxtase coletivo’. Embora Eldade e Medade fossem também anciãos, eles não estavam entre os 70 separados. O espírito não é confinado a pessoas em especial, mas é livre para vir sobre quem ele quiser. Moisés por certo ansiava por uma nação de profetas (Jl 2.28-32) e este episódio com sua resposta ao apressado Josué deixa transparecer esse desejo. “Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados.” (1Co 14.31); Moisés desejava que todo o povo do Senhor fosse profeta (Nm 11.29), e o apóstolo Paulo ensinou que todos podemos profetizar (1Co 14.31). Deus deseja que cada crente profetize, isto é, fale por Ele e O expresse.

 

 O ministério profético, como instituição, teve início em Israel por meio de Moisés. Sinopse do Tópico (1)

 

II. O PROFETA

 

1. Seu significado. O termo hebraico nãbi representa profeta, quer verdadeiro ou falso (Dt 13.1-5). No grego, “prophetes”, significa “aquele que fala antecipadamente ou abertamente”, é uma denominação que se dá ao fenômeno pelo qual em algumas religiões, a revelação de uma divindade ou de seus ensinamentos quanto ao passado, presente ou futuro, é atribuída à palavra falada ou escrita de um ou mais indivíduos tidos como “profetas”, “iluminados” ou “inspirados”. Profeta é quem, inspirado pela divindade ou convencido de estar possuído por uma entidade espiritual superior, fala em nome da mesma e transmite sua mensagem. Assim, a figura do profeta perde seu significado essencial quando é reduzida ao poder de predizer o futuro, o que não constitui mais do que um elemento acessório de sua missão. Desde suas origens, a autoridade do profeta adquire teor ao mesmo tempo religioso, político e moral. Os verdadeiros profetas eram porta-vozes de YAWEH. Muito mais do que predizer as coisas, a função precípua do profeta consistia em convocar o povo ao arrependimento. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é mensageiro do SENHOR dos Exércitos.” (Ml 2.7-ARA). “apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem” (Tt 1.9–ARA). Julgamos ser a mesma função hoje outorgada aos pastores, sendo assim, não é seu papel entreter ninguém, não é criar programações para segurar os jovens na Igreja. É sua função “ficar na brecha”! O Dicionário VINE assim explica a função do profeta:“[...]Então, disse o SENHOR a Moisés: Vê que te constituí como Deus sobre Faraó, e Arão, teu irmão, será teu profeta.” (Ex 7.1-ARA). O plano de fundo desta declaração é Ex 4.10-16, onde Moisés discutiu a sua inabilidade de falar com clareza. Por conseguinte, ele não poderia comparecer diante de Faraó como porta-voz de Deus. Deus prometeu designar Arão para ser o locutor: “Ele falará por ti ao povo; ele te será por boca, e tu lhe serás por Deus” (Ex 4.16-ARA)... Está claro que a palavra ‘profeta’ é igual àquele que fala por outra pessoa ou é a sua boca” (Dicionário VINE, CPAD 2002, pág 248).

 

2. Sua abrangência. É função do profeta proclamar os oráculos de Deus, a fim de conduzir o povo à obediência das leis de Deus. Em Deuteronômio 18 fica claro que o profeta é sempre chamado por Deus (v.18), tem a autoridade de Deus (v.19) e o que ele diz será provado verdadeiro (v.22). O profeta era então conhecido como servo de Deus (2 Rs 17.13,23; Jr 7.25). O profeta sempre defendia os padrões de Deus e chamava o povo para Ele (Dt 13), era isso que distinguia o profeta verdadeiro do falso (por exemplo, 1 Rs 13.18-22; Jr 28). Os profetas não eram simplesmente indivíduos perceptivos no sentido político ou social. Eram pessoas que, pela revelação de Deus, tinham conhecimento da importância dos eventos e das necessidades do povo comum. Em seu trabalho eles falavam de acontecimentos futuros, de modo a advertir sobre as conseqüências dos atos presentes (ver Am 1.2), e no geral falavam contra a sociedade em que viviam. [...] Havia muito mais profetas do que aqueles que conhecemos pelas profecias registradas ou eventos históricos" (GOWER, Ralph Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. Rio de Janeiro, CPAD, 2002, pp.367-369). “levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos” (MT 24.11-ARA); “O profeta que profetizar paz, só ao cumprir-se a sua palavra, será conhecido como profeta, de fato, enviado do SENHOR” (Jr 28.9-ARA). Temos de julgar as profecias e discernir os espíritos (1Co 12.20; 14.29; 1Jo 4.1).

 

3. Expressões correlatas. Nabi; Strong05030: alguém que proclama ou comunica uma mensagem recebida; [...] Nabi ocorre mais de 300 vezes no AT. A palavra aparece na forma feminina, nebiyah, e é traduzida como ‘profetisa’; essas seis referencias nomeiam a Miriã, Débora, Hulda (duas vezes), Noadias e a esposa de Isaías. (PC 1Sm 3.20, Bíblia de Estudo plenitude, p. 293). Há ainda, no hebraico, dois outros termos para profeta: rõ’eh e hõzeh, ambos significando vidente. Somente para as pessoas que falavam hebraico era natural referirem-se aos profetas como vidente, já que este freqüentemente recebiam mensagens por meio de visões. Este substantivo, traduzido por “vidente”, em português, indica a capacidade especial de se ver na dimensão espiritual e prever eventos futuros. O título sugere que o profeta não era enganado pela aparência das coisas, mas que as via conforme realmente eram — da perspectiva do próprio Deus. Como vidente, o profeta recebia sonhos, visões e revelações, da parte de Deus, que o capacitava a transmitir suas realidades ao povo. Em algum momento da história, os profetas profissionais do culto fundiram Nabi com Hozeh. No Antigo Testamento, o profeta também era conhecido como “homem de Deus” (ver 2Rs 4.21), “servo de Deus” (cf. Is 20.3; Dn 6.20), homem que tem o Espírito de Deus sobre si (cf. Is 61.1-3), “atalaia” (Ez 3.17), e “mensageiro do Senhor” (Ag 1.13). Os profetas também interpretavam sonhos (José, Daniel) e interpretavam a história — presente e futura — sob a perspectiva divina.

 

 O profeta é um porta-voz ou embaixador divino, que fala em nome de Deus. Sinopse do Tópico (2)

 

III. O MINISTÉRIO

 

1. Havia o ministério dos profetas?. Depois de Siló e da morte de Eli, Samuel retorna a Ramá, onde nascera, para viver e levar adiante seu ministério profético. Naiote significa tenda ou acampamento e é usado, algumas vezes, para se referir à choupanas ou abrigos de pastores – talvez faça referencia ao nome da escola. A escola de profetas liderada por Samuel localizava-se em Ramá. Essas escolas eram centros de vida religiosa, onde se buscava a comunhão com Deus mediante a oração e meditação. É evidente que estudavam as profecias, inquirindo sobre o tempo de seu cumprimento (1 Pd 1.10-12), além de recordarem os grandes feitos de Deus no passado. Através dessas escolas, cresceu em Israel uma ordem profética reconhecida (2 Rs 2.3,5). Não raras vezes, durante a adoração, o espírito apossava-se destes profetas e elevava o seu culto acima do seu próprio entusiasmo. “Aparentemente, homens que desejavam ser profetas se reuniam para aprender os caminhos de Deus e para ser treinados em questões teológicas. Sem dúvida, eles buscaram a deus e foram ungidos com o Espírito Santo como em outros períodos. Ao longo das épocas, certos homens tiveram fome de Deus e se inclinaram espiritualmente para o Senhor. Houve assembléias como esta desde os dias de Samuel (vv 1 Sm 19.20, 24; 10.5-12; 1Rs 18.4, 13). Aqueles que se reuniram nos dias de Elias e de Eliseu foram chamados de filhos dos profetas (1Rs 20.35, 41; 2Rs 2.2-7, 15)”. Estudos Temáticos, Bíblia Dake, CPAD, p. 529.

 

 Mas, se todos profetizassem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado. Os segredos do seu coração ficarão manifestos...” (1Co 14.24,25) REFLEXÃO

 

2. A corporação profética. Os profetas foram pessoas que se levantaram em momentos de crise social. Eles surgem em grupos (1Sm 19.20; 1Rs 2.3); viviam em comunidades (2Rs 4.38-41); eram sustentados por esmolas e doações (2 Rs 4.8, 42); cantavam, soltavam gritos e lamentações (1Sm 10.6-9; Mq 1.8), chegavam até a cair por terra, prostrados ou desmaiados (1Sm 19.24; Dn 8.18, 27). Assim como hoje, houve uma classe de profetas profissionais, antropocêntricos, que só pensavam no crescimento do reino humano (Is 42.18-43.2; Jr 29.8,9). Só pregavam Deus apoiando o povo, não lhes importava a aliança, ou a justiça. Sua teologia era de apenas uma ponta, não levava em consideração toda realidade e história do povo.

 

3. Classificação. Profetas da palavra (acanônicos) – profetas da “palavra” – que apenas profetizaram e não se registrou nada sobre suas profecias; Profetas da escrita (canônicos) – profetas da “escrita” – cujas palavras foram proferidas e também registradas na Bíblia Sagrada.

 

 O texto sagrado revela a existência de uma organização de profetas, que eram categorizados em clássicos ou profetas escritores e orais ou não-escritores. Sinopse do Tópico (3)

 

 (III. CONCLUSÃO)

 

“Acautelai-vos”, exortou-nos Jesus. Este imperativo é um alerta para o crente prestar atenção, cuidar-se, guardar-se, acautelar-se. Temos assistido um constante desvirtuamento do conteúdo doutrinário da pregação. Há um frenesi por ‘revelações’, ‘profecias’, ‘unções especiais’, ‘oração no monte’, ‘poder’, ‘cair no espírito’, etc. Nosso povo já não sabe distinguir misticismo herético de verdadeira espiritualidade. Encontramos na história de Israel um retrato dos falsos profetas, que se alastravam como uma praga. O mesmo retrato também pode ser aplicado aos falsos mestres da atualidade, os quais têm sido levantados para enganar a Igreja. Precisamos tomar cuidado, pois nem sempre é fácil identificá-los. Venda de potes com água do Rio Jordão, onde Jesus foi batizado; pedras que seriam do Templo onde Jesus pregava; areia de Jerusalém, onde o Mestre caminhava; azeites de Israel; toalhinhas ungidas; rosas, sal grosso, fogueiras santas; correntes; quebra de maldições; sessão do descarrego... No que têm transformado a igreja pentecostal? O verdadeiro profeta falava a verdade, porém era impopular. O ‘profeta corporativo’, impostor, falava mentiras, mas produzia falsas esperanças e conforto para o povo. Com mensagens de auto-ajuda, bem-estar e riqueza, falam apenas o que as pessoas querem ouvir, mesmo quando não estão em perfeita comunhão com o Senhor. Alerta-nos o Senhor Jesus que, nos últimos dias, aparecerão muitos falsos profetas que, se possível, enganarão até mesmos os escolhidos (Mt 24.11).

 

 Os profetas bíblicos eram tanto pregadores da verdade como prognosticadores do futuro. A profecia tem suas raízes na história, mas também se estende pelo futuro. Em outras palavras, a natureza da profecia preditiva surge a partir do contexto histórico do profeta, quando a revelação de Deus lhe mostra o futuro bem como o presente.” Ed Hindson. REFLEXÃO

 

 

 Características do Movimento Profético: o profetismo iniciou-se na Síria, Palestina e Mesopotâmia. Os profetas de Baal – 1Rs 18.19; foi um fenomeno internacional – Jr 227.9; Na Suméria o profeta era visto como o homem que penetra o céu. Possui característica extática: (êxtase – sair de si – 1Rs 18.19; 2Rs 10.19), teve como instrumentos a necromancia (estudo dos mortos), vôo dos pássaros, estudo dos astros, e sortes – Ez 21.26; 1Sm 14.40; Pv 16.33. É descrito nos documentos de Mari XVIII como ‘Apilum’ – aquele que responde e ‘Muhhutum’ – profetiza.

 

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Vitória, vitória, vitória... é a mensagem do momento! Esqueceram que a Bíblia tem assuntos como Trindade, regeneração, justificação pela fé, fruto do Espírito, mordomia cristã, sofrimentos dos justos, vida devocional, dons espirituais, vinda de Cristo, ressurreição dos santos e de Cristo, etc. A mensagem dos profetas normalmente continha advertências aos que colocavam sua confiança em outras coisas e não em Deus, tais como na sabedoria humana (Jr 8: 8, 9; 9: 23, 24); na riqueza (Jr 8: 10); na autoconfiança (Os 10: 12,13); no poder opressor; em outros deuses. Constantemente o profeta desafiava a falsa santidade do povo judeu e tentava desesperadamente encorajar sincera obediência à Lei. A igreja tem que ser aquela Naiote, não por vanglória, cobiça ou coisa parecida, mas simplesmente por amor. Sem amor, as pessoas se corrompem, sem amor, líderes enriquecem no poder. É ilícito um pastor/pregador/evangelista enriquecer com a pregação do evangelho, porque o evangelho ensina exatamente a renúncia, inclusive material. Certos pregadores apregoam a teologia da prosperidade enquanto o Espírito Santo procura convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). Este câncer é milenar. O ‘profeta chorão’ argumentou, intercedeu, teologou, tudo para convencer os reis e o povo de Israel do perigo que estava para acontecer. Enquanto isso, o profeta da prosperidade Hananias, no mesmo lugar e para o mesmo público ávido por uma mensagem de ‘poder e unção’, profetizava “prosperidade” (Jr 28.9, NVI), ou “paz” (NTLH e ARA), ou “felicidade” (Bíblia de Jerusalém). O reino de Deus não coaduna riquezas materiais com ministério pastoral. O pastor deve ser conhecido e reconhecido pela sua simplicidade de vida, pelo amor ao próximo, por sua paixão em anunciar o evangelho, e não pelo tamanho de sua igreja, pelo tamanho da platéia, pelos anéis, títulos, fama ou pela quantidade de letras que aparecem antes do seu nome. O pastor que ensina qualquer forma de prosperidade financeira e material como sinônimo de benção não passa de lobo e sua mensagem é mentirosa. Todo verdadeiro profeta, por uma questão de compromisso, quase sempre diz o que não agrada. Mas sempre diz a verdade! Existem falsos profetas, bem como profetas verdadeiros, precisamos distinguir entre eles. Não é por milagres e curas, o adversário também pode realizar milagres. A questão é: qual é a fonte da inspiração do profeta. Devemos confrontar a profecia com os princípios bíblicos, se houver divergência, a profecia é falsa. “Conheçamos, {e} prossigamos em conhecer ao Senhor: como a alva será a sua saída: e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.” (Os 6.3-ARC). Nossa igreja ainda tem líderes parecidos com Cristo, que têm a mente de Cristo e que anseiam em levar as ovelhas que o Pai lhes confiou aos pastos verdejantes e às fontes de água viva.

N’Ele, para que a prova da nossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo (1Pe 1.7),

Francisco A Barbosa

auxilioaomestre@bol.com.br

 

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA

- Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD;

- Bíblia de Estudo Plenitude, SBB;

- Bíblia de Estudo de Dake, CPAD;

- Blog Teologia e Graça (http://teologiaegraca.blogspot.com/2010/07/profetismo-e-profetas-biblicos.html)

- http://www.slideshare.net/gotchalk/profetismo;

- Imagem: (Profeta Isaías).

 

EXERCÍCIOS

RESPONDA

1. Quem deu início ao ministério profético?

R. Moisés.

2. . Qual o significado de profeta?

R. “Porta-voz” ou “embaixador” de Deus, que fala em nome dEle.

3. Explique os dois sentidos da palavra vidente.

R. Ver com os olhos físicos e ver instrospectivamente, ou seja, ver com o espírito, por isso, o profeta é chamado de “homem de espírito”.

4. Quem presidia a congregação de profetas em Naiote?

R. Samuel.

5. Qual a classificação dos profetas do Antigo Testamento?

R. São categorizados em clássicos, ou profetas escritores, e não-escritores ou orais.

 

BOA AULA!