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1 de setembro de 2019

(ADULTOS) Lição 10: A MORDOMIA DAS FINANÇAS


ANO 10 | Nr 1.334 | 2019
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS - 3º Trimestre de 2019
Título: Tempo, Bens e Talentos — Sendo mordomo fiel e prudente com as coisas que Deus nos tem dado
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima

Lição 10
8 de Setembro de 2019
A MORDOMIA DAS FINANÇAS


TEXTO ÁUREO
"Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores." (Tm 6.10)

VERDADE PRÁTICA
O cristão deve ser grato a Deus por suas finanças, e lidar com o dinheiro com sabedoria, prudência, comedimento e amor.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Eclesiastes 5.10,11; 1 Timóteo 6.6-10.

INTRODUÇÃO
Os cristãos devem ser referência na administração das finanças que Deus, bondosamente lhes concedeu. Nesta aula, refletiremos acerca de alguns aspectos da mordomia financeira com base na Bíblia Sagrada - como nossa única regra de fé e prática. Veremos que o dinheiro pode ser bênção ou maldição, e que tudo depende do uso que fazemos dele. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 10, 8 Setembro, 2019]
- Para uma boa administração financeira, o cristão deve partir do princípio da Soberania de Deus; O Senhor é a fonte de toda riqueza e tanto a prata quanto o ouro pertencem a Ele (Ag 2.8). Logo, possuir bens e riquezas são uma concessão ao ser humano e assim devem ser administradas, para a máxima glória daquele que é o verdadeiro dono de tudo! Cada um prestará contas de tudo o que recebeu nesta vida para administrar (Rm 14.12), inclusive na esfera financeira (Mt 25.19). Nesta lição, veremos como podemos gerir melhor as nossas finanças. Vamos pensar maduramente nossa fé?

I - TUDO O QUE TEMOS VEM DE DEUS
1. Deus é dono de tudo. Tudo o que há no planeta pertence a Deus, tanto o mundo quanto seus habitantes (Sl 24.1). Há os que são filhos de Deus por criação e há os que são seus filhos por adoção através da fé em Jesus (Jo 1.12). Assim, podemos afirmar que os não-crentes recebem dádivas por permissão de Deus; nós, seus filhos por adoção em Jesus Cristo, temos convicção de que tudo o que temos vem diretamente dEle, conforme Davi expressou: "Porque tudo vem de ti, e da tua mão to damos" (1 Cr 29.14). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 10, 8 Setembro, 2019]
- Quando o Salmista escreve que “ao SENHOR pertence aterra e tudo o que nela se contém”, ele fala sobre Seu domínio universal, Sua peculiaridade e Sua soberania, principalmente no Antigo Testamento, onde era tomado no sentido de descartar todas as falsificações pelos assim chamados deuses das nações (Êx 19.5: Dt 10.14; Sl 50.12; 89.11; 1Co 3.21,23). João escreve: “Deste modo, conhecemos quem são os filhos de Deus e quem são os filhos do Diabo: quem não pratica a justiça não procede de Deus, nem tampouco aquele que não ama seu próprio irmão...” (1Jo 3.10), desse modo, não devemos afirmar que todos são filhos de Deus, por criação ou por adoção; “Filho de Deus” é um ‘status’ conquistado na cruz por Cristo e só recebe esse status aquele que nele crê – “Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, ou seja, aos que crêem no seu Nome” (Jo 1.12). Portanto, a frase “Há os que são filhos de Deus por criação e há os que são seus filhos por adoção através da fé em Jesus (Jo 1.12” não é correta. O fato de os não regenerados gozarem das provisões de Deus reflete o que conhecemos como ‘graça comum’, que se refere à graça de Deus que é comum a toda a humanidade. Ela é comum porque seus benefícios se estendem a todos os seres humanos sem distinção “...Ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos” (Mt 5.44,45)”.
- “O princípio da honra a Deus (Pv 3.9-10) - Certamente, o equilíbrio e a bênção na vida financeira começam pelo reconhecimento de quem Deus é. Honramos alguém quando tratamos essa pessoa conforme as expectativas dela, fazendo o que ela deseja, como ela quer. A forma como empregamos nosso dinheiro também demonstra a realidade de nosso amor por Deus. Devemos honrar a Deus com aquilo que produzimos, com integridade – “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mc 12.17) e com alegria e gratidão.” (ULTIMATO).

2. O trato com o dinheiro. Se tudo o que temos vem de Deus, precisamos lidar com o dinheiro de modo especial. Isso é necessário, pois muitos se tornaram materialmente ricos, mas espiritualmente miseráveis, como Jesus revelou a situação dos crentes de Laodiceia (Ap 3.17). Em Apocalipse, nosso Senhor deixou claro que o crente pode pensar estar rico aos próprios olhos, mas invariavelmente desgraçado, miserável, pobre, cego e nu diante dos olhos do Senhor. A história do mundo mostra que a busca por dinheiro e riquezas materiais levou muitas pessoas a cometerem perversidades, violências e crimes inomináveis. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 10, 8 Setembro, 2019]
- Na busca por riquezas e bem estar material, as pessoas estão dispostas a sacrificar coisas importantes como consciência limpa e o bom nome, cometendo torpezas e coisas contrárias à fé cristã; de fato, o cristão deveria estar imune a essa tentação, já que compreende tudo como uma dádiva de Deus, já os irregenerados possuem uma perspectiva errada dos valores de Deus (Pv 11.1; 16.11). Para ilustrar isso, veja o seguinte relato: “Dizem que o autor de Sherlock Holmes, certa ocasião, escreveu um bilhete para oito de seus amigos, e era só uma brincadeira. O bilhete dizia: “Tudo foi descoberto. Fuja rapidamente”. Em menos de vinte e quatro horas, seis deles haviam fugido do país. Se você recebesse um bilhete como esse no seu trabalho, o que faria?” (ULTIMATO).
- “O apóstolo Paulo confirma que a vida moderada é o melhor caminho para fugir dos laços e das tentações das riquezas (1Tm 6.9). É fato que a cobiça pelo dinheiro corrompe os homens e os faz desviar da fé (1Tm 6.10). Entretanto, o texto bíblico mostra que o mal em si não está no dinheiro e sim no “amor do dinheiro”. O mal está em perder a comunhão com Deus e passar a depositar a confiança nas riquezas. A Bíblia revela que essa atitude foi empecilho de libertação na vida de muitos, como nos exemplos do jovem rico (Lc 18.23), de Judas Iscariotes (Lc 22.3-6), de Ananias e Safira (At 5.1-5) que valorizaram o dinheiro em detrimento da salvação. Portanto, mesmo que o Senhor nos permita enriquecer, o salmista nos adverte quanto ao pecado em relação às riquezas: “se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração” (Sl 62.10).(LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – ADULTOS. 2º Trimestre de 2018; Título: Valores cristãos — Enfrentando as questões morais de nosso tempo. Comentarista: Douglas Baptista. Lição 10: Ética Cristã e Vida Financeira, 3 de Junho de 2018).
- “Muitos têm ficado em situação difícil, por causa do uso irracional do cartão de crédito — na verdade, cartão de débito. As dívidas podem provocar muitos males, tais como falta de tranquilidade (causando doenças); desavenças no lar; perda de autoridade e independência. Devemos lembrar: “O rico domina sobre os pobres, e o que toma emprestado é servo do que empresta” (Pv 22.7). Outro problema é o mau testemunho caloteiro perante os ímpios, quando o crente compra e não paga. b) Evitar extremos. De um lado, há os avarentos, que se apegam demasiadamente à poupança, em detrimento do bem-estar dos familiares. São os “pães-duros”. De outro lado, há os que gastam tudo o que ganham, e compram o que não podem, às vezes para satisfazer o exibicionismo a insensatez da concorrência com os vizinhos e conhecidos, à mania de esbanjar, a inveja de outros, ou por mera vaidade. Isso é obra do Diabo(3º Trimestre de 2002. Título: Ética Cristã — Confrontando as questões morais. Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima. Lição 11: O cristão e as finanças. Data: 15 de setembro de 2002)

3. Cuidado com a falsa prosperidade. Precisamos ter cuidado para não sermos enganados pelas armadilhas da já conhecida "Teologia da Prosperidade". Esta ensina que todo crente deve ser rico, porque, diz essa teologia, "somos filhos do Rei". Isso não passa de propaganda enganosa e distorção da graça de Deus. Ora, as Escrituras mostram que Jó foi um servo fiel a Deus (Jó 1.1), mas, embora muito rico, veio certa vez a experimentar a pobreza. Mas nem por isso abandonou a Deus, apesar de todo o sofrimento que experimentou. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 10, 8 Setembro, 2019]
- Os ensinos da chamada ‘Teologia da Prosperidade’ induzem as pessoas ao erro e enchem suas mentes com falsas esperanças. Não pregam apenas uma vida prospera mas também uma vida sem problemas físicos como evidências públicas da verdadeira fé e do novo nascimento. É importante esclarecer que o problema da teologia da prosperidade não é a crença na atualidade dos dons de cura ou na possibilidade de Deus abençoar seus filhos materialmente, dando-lhes em abundância, pois os crentes verdadeiros também crêem assim; O grande problema dessa teologia é fazer destas coisas o cerne e o núcleo principal da doutrina cristã.

II - COMO O CRISTÃO DEVE GANHAR DINHEIRO
1. Trabalhando honestamente. Desde o Gênesis, após a Queda, o homem emprega esforço para obter os bens de que necessita. O Criador disse: "No suor do teu rosto, comerás o teu pão" (Gn 3.19a). O apóstolo Paulo recomendou: "E procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado" (1 Ts 4.11). Assim, por trabalho honesto entendemos todo o tipo de atividade que sustenta e dignifica o ser humano. Entretanto, há trabalhos que o degradam e humilham. Por isso, ao cristão sincero não convém atividades correlacionadas com a bebida alcoólica, drogas, prostituição, aborto etc. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 10, 8 Setembro, 2019]
- “O sábio disse algo interessante: “O preguiçoso mete a mão no prato e não quer ter o trabalho de a levar à boca” (Provérbios 26:15). Ter a preguiça instalada em nossa vida nos faz ter uma vida financeira destruída. O servo de Deus deve ser um trabalhador atuante, comprometido, que resiste à preguiça de fazer mal feito, de não ser responsável, de não fazer seu papel! A preguiça têm destruído a vida de muitos jovens e de muitos cristãos, pois deixaram com que ela dominasse suas vidas e, assim, se tornaram doentes financeiramente.” (ESBOCANDOIDEIAS).

2. Fugindo das práticas ilícitas. O cristão não deve recorrer a meios ou práticas ilícitas para ganhar dinheiro, tais como jogo do bicho, do bingo, rifa, loterias, e outras formas "fáceis" de se angariar riquezas. Em Provérbios, lemos: "O homem fiel abundará em bênçãos, mas o que se apressa a enriquecer não ficará sem castigo" (Pv 28.20). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 10, 8 Setembro, 2019]
- Ganhar dinheiro não é pecado, mas uma necessidade indispensável. Trabalhar de modo honesto para o sustento de sua família é uma atitude altruísta. “A ética bíblica nos orienta que devemos trabalhar com afinco para fazermos jus ao que percebemos. Desde o Gênesis, vemos que o homem deve empregar esforço para obter os bens de que necessita. Disse Deus: “No suor do teu rosto, comerás o teu pão…” (Gn 3.19a). O apóstolo Paulo escreveu, dizendo: “Porque bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus” (1Ts 2.9); “e procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vô-lo temos mandado” (1Ts 4.11). “Se alguém não quiser trabalhar, não coma também”(2Ts 3.10). Daí, o preguiçoso que recebe salário está usando de má fé, roubando e insultando os que trabalham. O cristão não dever recorrer a meios ou práticas ilícitas para ganhar dinheiro, como o jogo, o bingo, a rifa, loterias, e outras formas “fáceis” de buscar riquezas. Em Provérbios, lemos: “O homem fiel abundará em bênçãos, mas o que se apressa a enriquecer não ficará sem castigo” (Pv 28.20). O cristão também não deve frequentar casas de jogos, como cassinos e assemelhados. Esses ambientes estão sempre associados a outros tipos de práticas desonestas, como prostituição e drogas. O trabalho diuturno deve ser normal para o cristão. A preguiça não condiz com a condição de quem é nascido de novo. Jesus deu o exemplo, dizendo: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17). O livro de Provérbios é rico em exortações contra a preguiça e o preguiçoso (Pv 6.9-11).” (3º Trimestre de 2002. Título: Ética Cristã — Confrontando as questões morais. Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima. Lição 11: O cristão e as finanças. Data: 15 de setembro de 2002).
3. Fugindo da avareza. Avareza é o amor ao dinheiro. É uma escravidão ao vil metal. Diz a Bíblia: "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores" (1 Tm 6.9,10). Deus não condena a riqueza em si, mas a ambição, a cobiça e a avareza que ela desperta. Abraão e Jó eram homens ricos, porém, fiéis a Deus. O que Deus condena é a ganância, a ambição desenfreada por riquezas (Pv 28.20). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 10, 8 Setembro, 2019]
- Quando Paulo escreve sua primeira carta a Timóteo, ele ensina que “os querem ficar ricos caem em tentação” (1Tm 6.9), usando o termo "querem" para referir-se a um desejo consciente e racional que descreve claramente a motivação dos que são culpados de avareza e que estão constantemente caindo em tentação. Os gananciosos são compulsivos — sempre caem nas ciladas do pecado por causa do desejo que os consume de adquirir cada vez mais. Essa ganância pode levar estas pessoas a sofrerem o fim trágico da destruição e do inferno.  O dinheiro em si mesmo não é mau, uma vez que é uma dádiva de Deus (Dt 8.18). Paulo condena somente o amor ao dinheiro (Mt 6.24) que é tão característico dos falsos mestres .

III - COMO O CRISTÃO DEVE UTILIZAR O DINHEIRO
1. Na Igreja do Senhor. Na igreja há várias maneiras pelas quais o cristão pode e deve contribuir, de modo positivo e abençoado, para a manutenção da Obra do Senhor. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 10, 8 Setembro, 2019]
- “Muitos têm seus trabalhos, são bem sucedidos, mas se esquecem de honrar a Deus com suas finanças. O sábio observa bem isso: “Honra ao SENHOR com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares” (Provérbios 3:9-10). Honramos a Deus sendo bons pagadores, mas honramos também a Deus separando parte do que Ele nos deu para investir em Sua obra, na ajuda a pessoas necessitadas, no crescimento de Seu reino, coisas essas que são nossas missões como crentes. É triste ver que muitos têm esquecido esse princípio por causa da avareza! Tudo que temos, apesar de trabalharmos, vêm de Deus como bênção (Veja Deuteronômio 8:17-18). Por isso, devemos honrá-lo com parte dessas bênção de acordo com a vontade Dele mostrada na Palavra!” (ESBOCANDOIDEIAS).
1.1. Contribuindo com os dízimos. Entregar os dízimos para a manutenção material da Obra do Senhor é uma das maiores expressões de gratidão a Deus e amor por sua causa na Terra (Ml 3.8-12). Como já vimos, no Novo Testamento, o dízimo não foi abolido, pois Jesus trouxe a maneira correta de sua entrega (Mt 23.23). 0 Novo Testamento também revela que o cuidado dos órfãos e das viúvas é "a verdadeira religião" (Tg 1.27). Assim, a mordomia do dízimo é de fundamental importância à vida da igreja. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 10, 8 Setembro, 2019]
- Considerando que Deus é dono de tudo (1Cr 29.11), precisamos ser fiéis em tudo - “Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um seja encontrado fiel” (1Co 4.2). Os sacerdotes do Antigo Testamento eram sustentados pelos dízimos das colheitas e dos animais, bem como pelas ofertas financeiras (Nm 18.8-24; cf. G n 14.18-21). Baseado nisso, Paulo defende que aqueles que dedicam sua vida à Obra do Reino, vivam do evangelho, isso diz respeito a ganhar a vida pregando as boas-novas.
- Desde que a missão principal da igreja é espiritual (1Tm 3.15), não é surpresa que as igrejas do Novo Testamento usassem seu dinheiro para espalhar o evangelho. Exemplos deste emprego dos fundos arrecadados incluem o sustento financeiro de homens que pregavam o evangelho (1Co 9.1-15; 2Co 11.8; Fp 4.10-18), e dos que serviam como presbíteros (1Tm 5.17-18). Também, para acudir os santos necessitados. Quando os cristãos pobres necessitavam de assistência, o dinheiro da oferta era usado para acudir àquelas necessidades (At 4.32-37; 6.1-4).

1.2. Contribuindo com ofertas alçadas. O crente fiel deve contribuir com ofertas alçadas (levantadas), de modo voluntário, como prova de sua gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas. Com esses recursos (dízimos e ofertas), a igreja mantém a evangelização, as missões, o sustento de obreiros, o socorro aos necessitados (viúvas, órfãos, carentes etc.), bem como o patrimônio físico da obra do Senhor e outras necessidades. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 10, 8 Setembro, 2019]
- “Uma oferta alçada era uma oferta que era levantada simbolicamente diante do altar no templo. Isso representava a dedicação da oferta a Deus. Em traduções mais modernas, a oferta alçada é traduzida simplesmente como “oferta” ou “oferta voluntária””. (RESPOSTAS). É comum ouvirmos hoje esse termo – ofertas alçadas – no entanto, da forma descrita no Antigo Testamento não é válida para os cristãos. Devemos ser generosos nas nossas contribuições para as coisas de Deus, e lembrar que, a afirmativa de alguns: ‘já devolvo o dízimo’, para eximir-se das ofertas voluntárias, demonstra tão somente a avareza que ainda reina no seu interior.

2. Na sociedade civil.
2.1. Evitando dívidas fora do seu alcance. Muitos têm ficado em situação difícil por causa do uso irracional do cartão de crédito. As dívidas podem provocar muitos males, tais como falta de tranquilidade (causando doenças); desavenças no lar; perda de autoridade e independência. Devemos lembrar que "o rico domina sobre os pobres, e o que toma emprestado é servo do que empresta" (Pv 22.7). Outro problema é o mau testemunho perante os ímpios quando o crente compra e não paga. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 10, 8 Setembro, 2019]
- “O mercado produz e tenta convencê- lo: “Você tem de comprar. Faça em 12 vezes sem juros. Alguns recebem uma carta dizendo que são clientes preferenciais. E, pior, acreditam mesmo serem preferenciais. É ordem do Senhor não devermos cousa alguma a ninguém, exceto o amor (Rm 13.8). As dívidas desgastam nossas emoções, nosso tempo, nossa família, nossa vida espiritual (cf. 2Rs 4.1-7). Por isso:
Evite financiamentos e empréstimos, especialmente para bens de consumo (Pv 18.9)
Hoje, se você financia um bem em 12 vezes, você paga em média 70% a mais do que ele vale. Em outras palavras, está jogando dinheiro fora. Os financiamentos para compra de imóvel e de bens duráveis devem ser analisados criteriosamente e submetidos a Deus, em oração.
2. Evite cartões de crédito
O pastor batista, Vernie Russel Jr., de Norfolk (EUA), disse que o cristão não pode servir ao Master (Senhor) e ao Mastercard ao mesmo tempo. Cuidado com os seus cartões de crédito (ou de dívida?). Se você não consegue conviver bem com eles, é melhor não tê-los.” (ULTIMATO).

2.2. Evitando os extremos. De um lado, há os avarentos que se apegam demasiadamente à poupança, em detrimento do bem-estar dos familiares. Estes não se importam em ver os filhos passarem necessidade, pois o seu desejo de "poupar" e de entesourar para o futuro é irrefreável. De outro, há os que gastam além de suas possibilidades, contraindo dívidas que perturbam a harmonia do lar. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 10, 8 Setembro, 2019]
- “Vivemos em um mundo extremamente capitalista. A mídia nos sufoca de propagandas e campanhas publicitárias que, em geral, possuem um objetivo muito claro: gerar necessidade nas pessoas. Desse modo, compramos o que não precisamos, com o dinheiro que não temos, para agradar as pessoas e mostrar para a sociedade que somos capazes. Capazes de quê?  Antes de decidir comprar algo, se pergunte: Eu realmente preciso disso? Posso realmente pagar? Quero mesmo isto?
a) não devemos gastar sem sabedoria. Muitos são compulsivos e gastam o que não têm, e se tornam prisioneiros. “Por que gastar dinheiro naquilo que não é pão e o seu trabalho árduo naquilo que não satisfaz?” (Is 55.2).
b) O crente deve honrar seus compromissos. A nossa palavra tem de ter valor; tem de ter valor de documento.
c) economizar para alcançar. Além de orar e pedir ao Senhor, o crente deve aprender a planejar (economizar) para alcançar seus objetivos. Pare com os gastos desnecessários! Coloque seus propósitos diante do Senhor.
d) Cuidado com os empréstimos.“...o que toma emprestado é servo do que empresta. ” (Pv 22.7,26,27)(SÉRIE MORDOMIA NA FAMÍLIA. Disponível em: http://www.batistadopovo.org.br/PortalIBP/licoes/9193-mordomia-nas-financas. Acesso em: 29 maio, 2018)
2.3. Tendo controle da renda. É importante que se faça um orçamento familiar, observando o quanto a pessoa ganha, gasta e, se possível, reserva para imprevistos. Em nosso país, grande parte das pessoas recebe apenas o denominado “salário mínimo", uma renda que não garante nem o mínimo previsto em lei. Entretanto, o crente em Jesus deve conter-se dentro dos limites de sua renda, seja ela grande ou pequena, para não ser vítima de um mal maior. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 10, 8 Setembro, 2019]
- Se você não planejar o uso do seu dinheiro e gastar conforme seus impulsos, terá problemas. Se estiver endividado, sair dessa situação começa com um bom planejamento. Em seguida, coloque-se diante do Senhor com o propósito de não contrair mais dívidas e ore por isso. Se necessário, procure ajuda do seu pastor ou de sua liderança na execução do seu planejamento.
2.4. Não fique por fiador. Outro cuidado importante é não ficar por fiador. A Bíblia desaconselha isso (cf. Pv 11.15; 17.18; 20.16; 22.26; 27.13). Muito menos forneça cheque para alguém usá-lo em seu nome. Previna-se! [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 10, 8 Setembro, 2019]
- Fiador garante o pagamento de alguma obrigação caso a pessoa que fez o contrato não o honre. Na prática, se a pessoa não pagar, quem deverá pagar é o fiador. Não há proibição na Bíblia quanto a ser fiador, podemos agir assim se há confiança. Mas temos muitos textos que exortam sobre o perigo de nos colocarmos como fiador de alguém. Caso você seja solicitado para fiar alguém, e não deseje fazê-lo, não invente desculpas ou mentiras. Esclareça à pessoa as suas convicções e o que você pensa sobre o assunto.
2.5. Fugindo do agiota. É verdadeira maldição quem cai na mão dessas pessoas, pois elas cobram "usura" ou lucros extorsivos. Esse tipo de atividade é ilícito. Um cristão não deve praticar a agiotagem, que é o empréstimo de dinheiro de modo clandestino. Além de ser ilegal, a Bíblia condena essa prática (cf. Êx 22.25; Lv 25.36). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 10, 8 Setembro, 2019]
- Agiotagem é o mesmo que usura, cobrar juros abusivos. “Existem vários tipos de juros. No caso desta pergunta, pensamos que seja cobrar uma taxa por algum dinheiro emprestado. Jesus não condenou a prática de cobrar juros; mas não demonstrou apreciação pela prática da usura (Mt 6.19-21). Há um Senhor mais alto a quem devemos servir (Mt 6.24). Mateus 5.25,26 nos mostra que Jesus preferia atitudes amigáveis e hospitaleiras como fatores para ajudar na solução de problemas surgidos entre credores e devedores em lugar de coerção legal. No entanto, todos os cristãos devem pagar impostos nos países onde vivem. Essa é uma dívida legal e apropriada, conforme Romanos 13.6. A usura está intimamente ligada à cobrança excessiva de juros e, por isso, constitui crime no Direito Penal brasileiro; aquele que pratica a usura é popularmente conhecido como agiota. Tal expressão se refere não somente ao particular, mas também às pessoas jurídicas que especulam indevidamente e ultrapassam o máximo da taxa de juros prevista legalmente, praticando crime contra o sistema financeiro nacional (Lei nº 7.492/86)” (ICP).
2.6. Pagar os impostos. "Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra” (Rm 13.7). O cristão não deve ser sonegador, pois isso não glorifica a Deus. Ainda que muitos aleguem que os governos não aplicam bem o dinheiro arrecadado, desviando-o para outras finalidades, o cristão precisa comportar- se como cidadão dos céus no trato com o dinheiro. É mandamento bíblico que paguemos os impostos (Mt 22.17-21). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 10, 8 Setembro, 2019]
- “Por mais que odiemos os impostos, por mais que acreditemos que o sistema tributário seja corrupto e injusto, por mais que acreditemos que nosso dinheiro poderia ser investido em coisas muito melhores – sim, a Bíblia nos ordena a pagar nossos impostos. Romanos 13:1–7 deixa claro que devemos nos submeter ao governo. O único caso em que podemos desobedecer ao governo é quando nos diz para fazer algo que a Bíblia proíbe. A Bíblia não proíbe o pagamento de impostos. De fato, a Bíblia nos encoraja a pagar impostos. Portanto, devemos nos submeter a Deus e à Sua Palavra - e pagar nossos impostos”. (GOTQUESTIONS)

CONCLUSÃO
O dinheiro pode ser uma bênção ou uma maldição. Isso depende muito do uso que fazemos dele. Se o fizermos para a glória de Deus, com gratidão pelos bens adquiridos, seremos recompensados pelo Senhor. Que usemos os recursos financeiros de modo honesto, como verdadeiros mordomos de nosso Senhor Jesus Cristo! Que o Senhor nos ensine a usar os recursos como bênção! [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 10, 8 Setembro, 2019]
- O cristão não foi chamado para acumular riquezas, mas para dar tanto quanto Deus o dirige a fazê-lo. Deus é a fonte de tudo aquilo que foi colocado em nossas mãos, e deve ser honrado com isso. Os Seus benefícios ultrapassam os custos. "E isto afirmo: aquele que semeia pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará. Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra" (2Co 9.6-8).
Para que a generosidade seja manifesta exteriormente, o coração deve antes estar enriquecido de amor e compaixão sinceros para com o próximo. Dar de nós mesmos e daquilo que temos, resulta em: (1) Suprir as necessidades dos nossos irmãos mais pobres; (2) louvor e AÇÕES de graças a Deus (v.12) e (3) amor recíproco da parte daqueles que recebem a ajuda”. Para conhecer mais leia Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.1782.
Àquele que é “âncora da alma, segura e firme” (Hb 6.19),
Pb Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Setembro de 2019