TÍTULO: Adoração,Santidade e serviço
Subtítulo: Os princípios de Deus para
sua igreja em Levíticos.
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 10
2 de Setembro de 2018
Ofertas Pacíficas para um Deus
de Paz
Texto Áureo
|
Verdade Prática
|
|
“Portanto, ofereçamos sempre, por ele, a
Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu
nome” (Hb 13.15).
|
O crente oferece sacrifícios pacíficos a
Deus quando pratica e semeia a paz do Senhor Jesus Cristo no poder do
Espírito Santo.
|
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Almeida Corrigida e Revisada Fiel
|
Levítico 7.11-21.
|
11 E esta é a lei do sacrifício
pacífico que se oferecerá ao SENHOR.
12 Se o oferecer por oferta de
louvores, com o sacrifício de louvores, oferecerá bolos asmos amassados com
azeite e coscoroes asmos amassados com azeite; e os bolos amassados com
azeite serão fritos, de flor de farinha.
13 Com os bolos oferecerá pão
levedado como sua oferta, com o sacrifício de louvores da sua oferta
pacífica.
14 E de toda oferta oferecerá um
deles por oferta alçada ao SENHOR, que será do sacerdote que espargir o
sangue da oferta pacífica.
15 Mas a carne do sacrifício de
louvores da sua oferta pacífica se comerá no dia do seu oferecimento; nada se
deixará dela até à manha.
16 E, se o sacrifício da sua oferta
for voto ou oferta voluntária, no dia em que oferecer o seu sacrifício se
comerá; e o que dele ficar também se comerá no dia seguinte.
17 E o que ainda ficar da carne do
sacrifício ao terceiro dia será queimado no fogo.
18 Porque, se da carne do seu
sacrifício pacífico se comer ao terceiro dia, aquele que a ofereceu não será
aceito, nem lhe será imputado; coisa abominável será, e a pessoa que comer
dela levará a sua iniquidade.
19 E a carne que tocar alguma coisa
imunda não se comerá; com fogo será queimada; mas da outra carne qualquer que
estiver limpo comerá dela.
20 Porém, se alguma pessoa comer a
carne do sacrifício pacífico, que é do SENHOR, tendo ela sobre si a sua
imundícia, aquela pessoa será extirpada dos seus povos.
21 E, se uma
pessoa tocar alguma coisa imunda, como imundícia de homem, ou gado imundo, ou
qualquer abominação imunda, e comer da carne do sacrifício pacífico, que é do
SENHOR, aquela pessoa será extirpada dos seus povos.
|
Comentário
INTRODUÇÃO
Adoramos a Deus com ofertas pacíficas quando nos
apresentamos diante dEle com o propósito de render-lhe graças por todas as
bênçãos recebidas. Com tal atitude, honramos o Senhor com um culto racional,
agradável e vivo.
Nesta lição, veremos que, das cinco ofertas
prescritas no livro de Levítico, a mais excelente em voluntariedade era a
pacífica, pois tinha como objetivo aprofundar a comunhão entre Israel e Deus.
Ao aproximar-se do Senhor, com tal oferta, o crente do Antigo Testamento
manifestava-lhe, em palavras e gestos, que o seu único almejo era agradecê-lo
por todos os benefícios recebidos (Sl 103.1,2). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 10, 2
Set 18)
A oferta pacífica, oferta de paz,
sacrifícios pacíficos ou sacrifícios de paz (hb zevah shelamim) era um dos cinco sacrifícios prescritos em Levítico
(LV 3.1-17. 7.11-34); deveria acontecer de forma voluntária, quando o ofertante
fosse movido pelo desejo de agradecer a Deus por algum motivo especial. Um
animal macho ou fêmea deveria ser oferecido, mas sem qualquer mancha. Esta
oferta era também chamada de "oferta da comunhão", já que inspirava
por parte do ofertante um relacionamento de comunhão com o Senhor. Na Nova
Aliança, a paz é permanente e foi conquistada através do Senhor Jesus em nosso
favor (Rm 5.1), assim, soa estranho falar em ‘sacrifício’ hoje, na Graça. O sacrifício foi estabelecido por Deus
para que o homem não morresse condenado por seus pecados. Soa estranho pelo
fato de que na morte de Jesus, temos o sacrifício perfeito (Hb 10.10-12).
Então, o crente não adora a Deus com
ofertas pacíficas. Será que Deus se agrada de sacrifícios? (1Sm 15.22; Sl
40.6; 51.19-19). O único sacrifício que realmente agradou a Deus foi o
sacrifício de Jesus (Is 53.10). Hoje o nosso sacrifício é ‘amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a
força, e amar ao próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e
sacrifícios’ (Mc 12.33); ‘andar em
amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta
e sacrifício a Deus, em aroma suave (Ef 5.2), e ‘também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa
espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios
espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo’ (1Pd 2.5). Mas,
quais são os ‘sacrifícios espirituais’
que devemos oferecer a Deus? Primeiramente, os nossos corpos: "Rogo-vos, pois irmãos...que apresenteis o
vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto
racional" (Rm 12.1). À semelhança dos sacrifícios de animais que eram
totalmente queimados sobre o altar (holocausto), devemos oferecer a Deus o
nosso corpo em completa consagração. Em termos práticos, o que significa esse
sacrifício do nosso corpo? João Crisóstomo, um dos pais da Igreja, dá-nos
belíssima resposta: "Que os olhos
não contemplem o mal, e isso importa em sacrifício; que a língua não profira
nenhuma vileza, e isso será uma oferta; que as mãos não operem o que é
pecaminoso – e isso equivale a um holocausto. Mais do que isso! Devemos nos
esforçar arduamente em favor do bem: as mãos dando esmolas, a boca bendizendo
aqueles que nos amaldiçoam, e os ouvidos prontos a dar atenção a Deus".
Ainda podemos afirmar que o ‘sacrifício’ requerido
hoje é que sustentemos a obra do Reino (Fp 4.18, 19), louvor (Hb 13.15; Sl 50.14,23;Jo
4.23; Hb 13.16). Assim sendo, só podemos tomar aquilo como símbolo:
“a) Como o
próprio nome nos diz, a Oferta Pacífica, tem a ver com "comunhão e
paz", que somente pode vir através de um íntimo relacionamento entre Deus
e o ofertante. Através desta oferta, a comunhão entre Deus e o pecador se
tornava realidade. Nenhum homem poderia chegar ao Altar para oferecer a Oferta
Pacífica, sem antes haver passado pela Oferta da Expiação, ou seja, não poderia
haver qualquer comunhão do pecador com Deus, sem que antes, uma vítima
substitutiva pelo pecado fosse oferecida. Cumprindo esta exigência, o ofertante
podia chegar para oferecer a Oferta Pacífica, e gozar da paz oferecida pelo
Senhor. Porém, a paz com Deus nos dias do Velho Pacto não era absoluta, uma vez
que havia necessidade de se fazer constantes oferendas. Já, na Nova Aliança, a
paz é permanente e foi conquistada através do Senhor Jesus em nosso favor, Rm
5.1. Conforme diz Mesquita:
"Cristo
ofereceu por nós o sacrifício de paz. Ele não nos salvou para ainda nos deixar
no mesmo estado de ansiedade e dúvida ou guerra com Deus. Certa vez Jesus disse
que o Reino de Deus estava dentro de nós, e o Reino de Deus não é comida nem
bebida, mas paz... Se há coisa que um cristão deve gozar como resultado de sua salvação,
é paz, e paz com Deus. Não há dúvida de que ele terá muitas aflições, como
Jesus mesmo adverte, mas Ele também diz que venceu o mundo, e é certo que nos
conforta, para que vençamos também nossas lutas. A paz é o principal patrimônio
do crente em Jesus. De tudo ele poderá ter pouco. Poderá ter pouco talento para
umas tantas coisas; poderá ter pouco conhecimento das coisas desta vida; poderá
ter pouco de tudo que há em todo sentido, mas poderá ser enriquecido de paz. É
a única coisa em que todos podemos ser iguais e viver por igual nesta vida — na
paz conosco mesmos e com Deus. "Não se turbe o vosso coração...". Se
temos sido resgatados da maldição do pecado, tenhamos paz com Deus e paz dentro
de nós. Certo que corvejam sobre esta nossa riqueza espiritual milhares de
corvos. Sobre ela piam todas as corujas. Todavia, urge que não deixemos
arrebatar tão preciosa dádiva. Conservemos a paz".(16)
b) Outro
simbolismo envolvida na Oferta pacífica é o fato de que podemos erguer nossa
voz para dar ações de graças a Deus. Devemos ter em mente que inúmeros dos
sacrifícios que compunham as Ofertas Pacíficas, eram sacrifícios que deveriam
expressar por parte do ofertante uma gratidão ao Senhor, "Se alguém o
oferecer por oferta de ação de graças, com o sacrifício de ação de graças
oferecerá bolos ázimos amassados com azeite, e coscorões ázimos untados com
azeite, e bolos amassados com azeite, de flor de farinha, bem embebidos",
Lv 7.12. Como filhos de Deus, temos muitos motivos para agradecê-lo! Falando
aos crentes de Corinto Paulo não somente reconhece que devemos dar "graças
a Deus", mas que esta prática seja também abundante, 2Co 4.15, "Pois
tudo é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça
abundar a ação de graças para glória de Deus". Falando ainda aos efésios,
afirma que devemos dar graças continuamente, Ef 5.20, "sempre dando graças
por tudo a Deus, o Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo"
c) Outro
ponto importante de simbolismo está em que a gratidão a Deus, sempre vem
acompanhada com a alegria. Sabemos que a alegria é outro fator que deve ocupar
a vida do filho de Deus. Não se pode admitir crente carrancudo, emburrado, mal
humorado, pavio curto, etc., Em nós deve brilhar a alegria da salvação! Quando
Davi pecou, uma das coisas que ele lamenta ter perdido, foi o gozo da salvação.
Porém, Davi não deixou de reivindicar esta bênção, quando implorava pelo perdão
e restauração de seu pecado, Sl 51.12, "Restitui-me a alegria da tua
salvação, e sustém-me com um espírito voluntário". Como é bom servir a
Deus e viver na alegria da Palavra. Segundo Mesquita:
"Já
se disse que a vida do cristão é de festa. O que existe destoante deste
postulado deve ser levado à conta de notas desafinadas na sinfonia humana.
Devemos viver em festa espiritual, e assim vivem os que vivem verdadeiramente
em Cristo. Há muitos cristãos tristes e chorosos, como há muitos queixosos e
descontentes, mas simplesmente porque não vivem a verdadeira vida cristã. Pelo
menos três vezes no ano deviam os crentes judeus comparecer a Jerusalém, a sede
do culto, para oferecerem seus sacrifícios e fazerem festa. A nação não podia
deixar-se matar de desânimo. Nós não podemos comparecer três vezes ao centro de
nosso culto, porque comparecemos todos os dias e todos os momentos, pois que já
chegou o dia quando nem em Jerusalém nem em Samaria se adora a Jeová, mas em
qualquer parte da terra. Portanto, desta comunhão deve resultar maior alegria.
Mesmo as melhores partes do culto de domingo são estragadas pelo espírito de
amargura e angústia. Quantos crentes deixam a casa do Senhor em pior condição
do que quando lá entraram! Há coisas que não estão sendo feitas como desejamos?
Lembremo-nos de que tampouco as faríamos a contento de todos. O pregador não
pregou como gostaríamos? Lembremo-nos de que não pregaríamos melhor do que ele.
Há um mundo de coisas defeituosas e que não correm a nosso jeito, mas também
nós somos um amontoado de defeitos e imperfeições e, todavia, nosso Pai nos
aceita. Só há uma coisa que deve entristecer-nos: se andamos em pecado. Nenhuma
outra coisa deve levar-nos a deixar de dar graças ao Senhor e vivermos
alegres".(17)” (Extraído de: Pr. José Antônio Corrêa, AS OFERTAS E
OS SACRIFÍCIOS LV 1-7. Disponível em: http://ibvir.com.br/tabernaculo/tabernaculo_as_ofertas_e_os_sacrficios.htm. Acesso em: 27 Ago, 2018)
Dito isto,
convido-o a pensarmos maduramente a
fé cristã!
TÓPICO l - A EXCELÊNCIA DA OFERTA PACÍFICA
Os dois sacrifícios mais antigos da História
Sagrada são o holocausto e a oferta pacífica. Ambas as oferendas eram tidas, às
vezes, como um único ofertório.
Queremos destacar principalmente
as cinco principais ofertas e sacrifícios que são: A Oferta do Holocausto, A
Oferta de Manjares, A Oferta Pelo Pecado, A Oferta Pelo Sacrilégio, O
Sacrifício da Paz
1.
Oferta pacífica. A voluntariedade da oferta
pacífica fica bem evidente no livro de Levítico (Lv 7.12). A oferenda, para ser
caracterizada como tal, deveria ser acompanhada de ações de graças; nenhuma
petição era admitida. Naquele momento, o crente hebreu tinha como único desejo
adorar e agradecer ao Senhor por todas as bênçãos, galardões e livramentos. Nos
Salmos, as ofertas pacíficas manifestam-se em louvores ao Senhor por todas as
suas benignidades (Sl 106.1). Como nos mostram os salmos 118 e 136. O apóstolo
Paulo ensina-nos a oferecer, de forma contínua, ação de graças a Deus (1Ts
5.18). Se agirmos assim, jamais perderemos a comunhão quer com Deus, quer com a
Igreja de Cristo (Cl 3.15). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 10, 2 Set 18)
Como já falamos em outras
oportunidades neste trimestre, a oferta pacífica, ou sacrifício da paz deveria
acontecer de forma voluntária, quando o ofertante fosse movido pelo desejo de
agradecer a Deus por algum motivo especial. Também chamada de "oferta da
comunhão", já que inspirava por parte do ofertante um relacionamento de
comunhão com o Senhor.
“Esta oferta indicava
um bom, saudável e amoroso relacionamento entre o ofertante e Deus, e entre o
ofertante e o sacerdote. Havia paz com Deus e paz entre as pessoas em geral. omo
o próprio nome nos diz, a Oferta Pacífica, tem a ver com "comunhão e
paz", que somente pode vir através de um íntimo relacionamento entre Deus
e o ofertante. Através desta oferta, a comunhão entre Deus e o pecador se
tornava realidade. Nenhum homem poderia chegar ao Altar para oferecer a Oferta
Pacífica, sem antes haver passado pela Oferta da Expiação, ou seja, não poderia
haver qualquer comunhão do pecador com Deus, sem que antes, uma vítima
substitutiva pelo pecado fosse oferecida. Cumprindo esta exigência, o ofertante
podia chegar para oferecer a Oferta Pacífica, e gozar da paz oferecida pelo
Senhor. Porém, a paz com Deus nos dias do Velho Pacto não era absoluta, uma vez
que havia necessidade de se fazer constantes oferendas. Já, na Nova Aliança, a
paz é permanente e foi conquistada através do Senhor Jesus em nosso favor, Rm
5.1. Conforme diz Mesquita:
"Cristo
ofereceu por nós o sacrifício de paz. Ele não nos salvou para ainda nos deixar
no mesmo estado de ansiedade e dúvida ou guerra com Deus. Certa vez Jesus disse
que o Reino de Deus estava dentro de nós, e o Reino de Deus não é comida nem
bebida, mas paz... Se há coisa que um cristão deve gozar como resultado de sua
salvação, é paz, e paz com Deus. Não há dúvida de que ele terá muitas aflições,
como Jesus mesmo adverte, mas Ele também diz que venceu o mundo, e é certo que
nos conforta, para que vençamos também nossas lutas. A paz é o principal
patrimônio do crente em Jesus. De tudo ele poderá ter pouco. Poderá ter pouco
talento para umas tantas coisas; poderá ter pouco conhecimento das coisas desta
vida; poderá ter pouco de tudo que há em todo sentido, mas poderá ser
enriquecido de paz. É a única coisa em que todos podemos ser iguais e viver por
igual nesta vida — na paz conosco mesmos e com Deus. "Não se turbe o vosso
coração...". Se temos sido resgatados da maldição do pecado, tenhamos paz
com Deus e paz dentro de nós. Certo que corvejam sobre esta nossa riqueza
espiritual milhares de corvos. Sobre ela piam todas as corujas. Todavia, urge
que não deixemos arrebatar tão preciosa dádiva. Conservemos a paz".(16)” (Extraído de: Pr. José Antônio
Corrêa, AS OFERTAS E OS SACRIFÍCIOS LV 1-7. Disponível em: http://ibvir.com.br/tabernaculo/tabernaculo_as_ofertas_e_os_sacrficios.htm. Acesso em: 27 Ago, 2018)
2.
Tipos de ofertas pacíficas. As ofertas
pacíficas compreendiam três modalidades ou fases: ação de graças, voto e
oferenda movida diante do altar.
a) Ação de graças. A fim de agradecer ao Senhor por
um favor recebido, o crente hebreu oferecia-lhe bolos e coscorões ázimos
amassados com azeite. Os bolos, feitos da flor de farinha, tinham de ser fritos
(Lv 7.12-15). A carne, que acompanhava o sacrifício pacífico, devia ser
consumida no mesmo dia (Lv 7.15). Os produtos trazidos a Deus vinham
acompanhados de sacrifícios de louvores (Hb 13.15). Tanto ontem quanto hoje,
somos exortados a louvar e a enaltecer continuamente o Senhor.
b) Voto. Nos momentos de angústia, os filhos de
Israel faziam votos ao Senhor, prometendo-lhe ofertas pacíficas (Gn 28.20; 1Sm
1.11). Nesse caso específico, o sacrifício poderia ser comido tanto no mesmo
dia quanto no dia seguinte (Lv 7.15,16). No terceiro dia, porém, nada podia ser
ingerido. O voto, por ser uma ação voluntária, requeria uma atitude igualmente
voluntária e amorosa. O ofertante, pois, deveria participar das ofertas com
alegria, regozijo e ação de graça.
c) Oferta movida. Na última etapa, o adorador
entregava a oferta pacífica ao sacerdote, que, seguindo o manual levítico,
aspergia o sangue do sacrifício sobre o altar. Em seguida, queimava a gordura
do animal (Lv 7.30). O peito era entregue a Arão e a seus filhos. Num último
ato do sacrifício, o sacerdote movia a parte mais excelente da oferenda perante
o altar: o peito e a coxa (Lv 7.31-35). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 10, 2
Set 18)
a)
Dentre as outras ofertas, a Oferta Pacífica era a que expressava uma grande
alegria e júbilo por parte do ofertante, já que ela era oferecida por aqueles
que se julgavam estar em comunhão e paz com o Senhor. A oferta se constituía,
então, numa forma de gratidão a Deus.
b)
Outro detalhe importante é que esta oferta era aquela que era observada em
último lugar, o que nos impulsiona a dizer que a paz certamente nos vem quando,
como filhos de Deus, praticamos a obediência incondicional ao Senhor e
procuramos andar em seus princípios.
c)
Esta oferta poderia ser oferecida publicamente ou privativamente. Um exemplo de
Oferta Pacífica pública está relacionado aos dois cordeiros que eram oferecidos
por ocasião da Festa de Pentecoste, a qual era considerada "santíssima".
Normalmente estas ofertas públicas ocorriam durante grandes manifestações
nacionais, ou solenidades coletivas, onde havia muita alegria e regozijo.
d)
As ofertas privadas vinham de:
-
ações de graças, como reconhecimento do alcance de misericórdias, Lv 7.12,
"Se fizer por ação de graças, com a oferta de ação de graças trará bolos
asmos amassados com azeite, obreias asmas untadas com azeite e bolos de flor de
farinha bem amassados com azeite".
-
provenientes de votos, Lv 7.16, "E, se o sacrifício da sua oferta for voto
ou oferta voluntária, no dia em que oferecer o seu sacrifício, se comerá; e o
que dele ficar também se comerá no dia seguinte".
-
Através de ofertas voluntárias, Lv 7.16, "E, se o sacrifício da sua oferta
for voto ou oferta voluntária, no dia em que oferecer o seu sacrifício, se
comerá; e o que dele ficar também se comerá no dia seguinte"”
3.
Objetivos das ofertas pacíficas. Como
já dissemos, eram dois os objetivos da oferta pacífica: aprofundar a comunhão
entre Deus e o crente, e levar o ofertante a reconhecer que tudo quanto
recebemos vem do Senhor, porque dEle é a terra e a sua plenitude (Sl 24.1). (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 10, 2 Set 18)
Oferecia-se em ocasiões
de regozijo, de gratidão por algum livramento especial, ou bênção recebida. Era
oferecida de um coração cheio de louvor a Deus e transbordante de alegria. Na
oferta pacífica o pensamento principal é a comunhão do adorador, por isso seu
objetivo era dar graças!
TÓPICO II - A OFERTA PACÍFICA NA HISTÓRIA
SAGRADA
Nesta lição, veremos três exemplos de pessoas que
fizeram votos ao Senhor, e foram plenamente atendidas: Jacó, Ana e Davi.
1.
Jacó, filho de Isaque. Quando
fugia de Esaú, seu irmão, Jacó fez um comovente voto ao Senhor. E, depois de
ter visto o céu aberto e os anjos de Deus subirem e descerem sobre uma escada
que ligava a Terra ao Céu, prometeu ao Deus de seus pais: “Se Deus for comigo,
e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer e vestes para
vestir, e eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR será o meu Deus” (Gn
28.20,21). A partir daí, o patriarca tornou-se um fiel e zeloso adorador (Gn
35.1-3). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 10, 2 Set 18)
Nos tempos do Antigo Testamento
as pessoas faziam diversos tipos de votos com Deus. Um exemplo disso
encontramos em Gênesis 28.20-22, onde Jacó promete dizimar se contasse com a presença
de Deus em sua jornada. É importante ser frisado para que se evite um mal
entendido, que ao contrário do que se pode imaginar, o voto de Jacó não era uma
barganha com Deus, mas uma declaração de que confiava no Eterno. Jacó fez o
voto com o objetivo de conhecer o Todo Poderoso e ver se cumprir tudo o que
havia sido prometido a ele através do sonho que teve.
2.
Ana, mãe de Samuel. Afligida por sua rival porque não
dava filhos a Elcana, seu marido, a desolada Ana fez este voto ao Senhor:
“Senhor dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e
de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, mas à tua serva deres um
filho varão, ao SENHOR o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua
cabeça não passará navalha” (1Sm 1.11). Após haver desmamado a Samuel,
entregou-o ao Senhor, cumprindo a ordenança quanto ao sacrifício pacífico (1Sm
1.24-28). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 10, 2 Set 18)
Ana alcançou resposta de Deus
porque depositou toda a sua confiança nEle. Ele veio até ela para suprir sua
necessidade, dar consolo e conforto à sua alma. Somente Ele seria capaz de
consolar o seu coração, dar alívio, apoio e encorajamento. Deus é o provedor de
todas as necessidades do homem e a gratidão é uma maneira de reconhecer esse
ato do Criador. Satisfazer a necessidade não depende da quantidade do
suprimento disponível, mas da bênção do Senhor repousar sobre o suprimento.
3.
Davi, rei de Israel. Pelo que observamos nos Salmos,
Davi foi o homem que, em todo o Israel, mais sacrifícios pacíficos apresentou
ao Senhor (Sl 22.25; 56.12; 61.5,8). Aliás, os seus cânticos já são, em si
mesmos, um sacrifício pacífico ao Senhor. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 10, 2
Set 18)
“O salmista
Davi expressa: “Porque em ti está o manancial da vida; na tua luz veremos a luz”
(Sl 36.9). A luz que ilumina o nosso entendimento para compreendermos a
mensagem da Palavra de Deus. Essa luz ilumina todo o Velho Testamento e nos
revela esse grandioso ensino dos sacrifícios, que se cumpriram em Jesus Cristo.
O escritor aos Hebreus fala que eram sombras dos bens futuros (Hb 10.1). Essa
revelação se dá pela presença dessa luz em nossa vida, que nos leva a um brado
de exaltação, como fez Paulo escrevendo à igreja em Roma (Rm 11.33).” (Extraído de: http://adaliahelena.blogspot.com/2018/01/licao-04-o-sacrificio-pacifico-adultos.html.
Acesso em: 29 Ago, 2018)
TÓPICO III - A OFERTA PACÍFICA NA VIDA
DIÁRIA
De que modo apresentaremos, hoje, nossos
sacrifícios pacíficos ao Senhor? Há três maneiras: consagrando-nos a nós
mesmos; perseverando nos sacrifícios de louvores e adorando a Deus em todo o
tempo.
1.
Consagração incondicional. O melhor
sacrifício que um crente pode oferecer ao Senhor é apresentar a si mesmo a Deus
(Rm 12.1). Neste momento, nossa oferenda é, além de pacífica, amorosa e plena
de serviços. A partir desse momento, começamos a experimentar as excelências da
vontade de Deus. Paulo considerava-se uma libação oferecida ao Senhor Jesus
(2Tm 4.6). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 10, 2 Set 18)
É muito importante salientar que agora
não precisamos mais oferecer sacrifícios para obter o perdão de Deus, o maior
sacrifício foi o sacrifício de Jesus na cruz. Por causa desse sacrifício, todos
os nossos pecados são perdoados. Agora todo sacrifício que oferecemos é um
sacrifício de gratidão. O sacrifício que agrada a Deus é uma vida de obediência
e gratidão a ele. Sacrificamos nosso desejo de pecar e oferecemos nosso coração
a Deus. Não adianta sacrificar-se, se não tivermos constante obediência, enfim,
primeiramente Deus exige que tenhamos amor e obedeçamos (Hb 10.5-10). O culto
racional é a adoração sincera a Deus, oferecida de boa vontade. Quando obedecemos
a Deus de coração, oferecemos culto racional a Ele. Não devemos obedecer só
porque sim, sem entendimento nem vontade.
2.
Sacrifícios de louvores. Fazemos um
sacrifício de louvor quando cumprimos plenamente a vontade de Deus (Hb 13.15).
Mas, para que a cumpramos, é imprescindível apresentarmo-nos diante de Deus com
um espírito quebrantado e ansioso por Ele (Sl 51.17). Portanto, quando
cumprimos a vontade divina, apesar das circunstâncias adversas que nos cercam,
oferecemos-lhe o mais excelente sacrifício de louvor. (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 10, 2 Set 18)
Sacrifício é a oferta de alguma
coisa muito preciosa a outra pessoa; sacrifício de louvor é o único sacrifício
aceitável pelo Senhor e ele não pode ser fruto de um momento, mas sim de um
estilo de vida que reconhece sempre a poderosa mão do Senhor agindo em sua vida
e agradecer-Lhe por isso, gratidão que brota no íntimo de nosso ser e é
externado por nossos lábios. Sacrifícios de louvor é viver de forma digna do
Nome do Senhor; é exercitar o fruto do Espírito.
3.
Adoração contínua. Paulo e Silas, quando presos,
cantavam e adoravam a Deus, ofertando-lhe um sacrifício que, além de pacífico,
era profundamente redentor (At 16.25-31). Por isso, o apóstolo recomenda-nos a
louvar continuamente a Deus (Ef 5.19; Cl 2.16). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 10, 2 Set 18)
Tem diferença entre louvor e
adoração?
Sim, tem diferença:
- louvar é falar bem de alguém;
Louvar a Deus é elogiá-Lo; engrandecer-Lhe - seja em uma oração, seja em um
hino, seja em uma conversa com o colega de trabalho;
-adorar é demonstrar honra e
reverencia; adoração está ligada a pelo menos três outras idéias: sacrifício,
gratidão e fé. Quando adoramos, reconhecemos nossa pequenez e dependência de
Deus. Paulo descreve perfeitamente a verdadeira adoração em Romanos 12.1-2;
afirmou ainda, que a verdadeira adoração é aquela que se oferece a Deus pelo
Espírito, não confiando na carne, mas gloriando-se em Cristo Jesus (Fp 3.3), e
isto independem de circunstâncias! Paulo e Silas foram maltratados e presos
injustamente mas eles não perderam o ânimo e continuaram louvando a Deus. As
circunstâncias não os impediram de ser uma benção, mesmo na prisão.
“O louvor
exige palavras, mas não fica só em palavras. O perfeito louvor produz música
(vocal e instrumental), poemas, palmas, danças, santidade de vida, doação e
autoconsagração.” (Retirado
de Refeições Diárias com o Sabor dos Salmos. Editora Ultimato)
CONCLUSÃO
Nestes dias trabalhosos e difíceis, somos instados
pelo Espírito Santo a apresentar a Deus sacrifícios pacíficos: gratidão, louvor
e amor provado. E, como já vimos, a oferta de maior relevância é o nosso
próprio ser. Apresentemo-nos, pois, continuamente diante do Senhor com ofertas
voluntárias, para que a nossa vida seja um sacrifício pacífico ao Deus Único e
Verdadeiro (Rm 12.1). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 10, 2 Set 18)
Cristo, como sacrifício pacífico,
estabelece a paz da consciência e satisfaz todas as necessidades da alma. No
sacrifício pacífico os sacerdotes viam que podiam oferecer um cheiro suave para
Deus e também render uma porção substancial para si mesmos, da qual podiam
alimentar-se em comunhão.
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua
palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou
chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Agosto de 2018
PARA REFLETIR
A respeito de “Ofertas Pacíficas para
um Deus de Paz”, responda:
Qual é a característica mais importante da oferta pacífica?
A
voluntariedade.
Quais são os tipos de ofertas pacíficas?
Ação de
graças, voto e oferta movida.
Quais são os objetivos das ofertas pacíficas?
Os
objetivos da oferta pacífica: aprofundar a comunhão entre Deus e o crente, e
levar o ofertante a reconhecer que tudo quanto recebemos vem do Senhor, porque
dEle é a terra e a sua plenitude (Sl 24.1).
Diga o nome de três pessoas que fizeram votos ao Senhor.
Jacó, Ana
e Davi.
Em que consiste, hoje, o nosso sacrifício pacífico?
Consiste
em entregar a Deus o nosso ser; perseverando nos sacrifícios de louvores e
adorando a Deus em todo o tempo. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição
10, 2 Set 18)