LIÇÕES BÍBLICAS CPAD –
ADULTOS - 1º Trimestre de 2017
Título: As Obras da Carne
e o Fruto do Espírito
Como o crente pode vencer
a verdadeira batalha espiritual travada diariamente
Comentarista: Osiel Gomes
ATENÇÃO! Esta abordagem da lição
não representa a palavra oficial da editora CPAD nem de nenhuma Igreja. As
opiniões aqui expressas podem não ser as mesmas de outros professores. A
finalidade desta postagem, além dos vídeos divulgados, é auxiliar na preparação
de sua aula. Para dirimir dúvidas, encaminhe e-mail para
assis.barbosa@bol.com.br.
- Lição 13 -
26 de Março de 2017
Uma Vida de Frutificação
TEXTO ÁUREO
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VERDADE PRÁTICA
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Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda
aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. (Jo 15.2)
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O crente só terá uma vida frutífera se estiver ligado à
Videira Verdadeira, Jesus Cristo.
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LEITURA DIÁRIA
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Segunda - Rm 6.22
Fruto para santificação
Terça - 2Co 9.10
Deus dá a semente
Quarta - Hb
12.11
O fruto pacífico de
justiça
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Quinta - Mt 12.33
As árvores e seus
frutos
Sexta - Jo 15.16
Nomeados para dar
frutos
Sábado - Tg 5.7
Paciência para esperar
o fruto
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LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
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João 15.1- 16
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1 EU sou a videira verdadeira, e meu
Pai é o lavrador.
2 Toda a vara em mim, que não dá
fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.
3 Vós já estais limpos, pela palavra
que vos tenho falado.
4 Estai em mim, e eu em vós; como a vara
de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós,
se não estiverdes em mim.
5 Eu sou a videira, vós as varas; quem
está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis
fazer.
6 Se alguém não estiver em mim, será
lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.
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HINOS SUGERIDOS: 145, 254,363 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Explicar que o crente só
terá uma vida frutífera se estiver ligado à Videira Verdadeira.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Compreender a singularidade da videira e seus
ramos;
II. Mostrar o fundamento da frutificação
espiritual;
III. Explicar que fomos chamados para frutificar.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Graças
a Deus por mais um trimestre concluído. Com certeza você e seus alunos estão
experimentando um tempo de frutificação. Fomos chamados pelo Pai para
produzirmos bons frutos afim de que o nome dEle seja glorificado. Os dons
espirituais são importantes para o crente, mas estes precisam ser acompanhados
do fruto, pois o fruto está relacionado ao caráter de Cristo em nós. Ele
evidencia a nossa comunhão com o Pai e o quanto temos aprendido com Ele. Ore
por seus alunos. Peça ao Senhor que todos possam ter uma vida frutífera até a
volta de Jesus Cristo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta última lição do
trimestre, estudaremos a respeito da frutificação na vida do crente. Você tem
produzido o fruto do Espírito? Precisamos frutificar! Por isso, necessitamos
estar Ligados à Videira Verdadeira. É Cristo em nós que nos permite produzir o
fruto do Espírito. Sem Ele nada podemos
(Jo 15.4). O propósito de uma vida frutífera é tão somente glorificar o
Pai (Jo 15-8). [Comentário: Vimos na lição 2 que a palavra
‘fruto’ é a tradução do grego ‘karpos’ que se refere literalmente ao fruto de
árvores ou vinhedos. Figurativamente, é empregada para denotar aquilo que tem
sua origem ou provem de algo como produto, efeito ou resultado. Logo,
entendemos que o fruto do Espírito provem do Espírito Santo. Como bem define o
Dicionário Vine (CPAD): é ‘uma expressão visível de poder que opera no interior
e invisivelmente, o caráter do fruto sendo a evidência do caráter do poder que
o produz’. De fato, é a exteriorização do caráter não do crente, mas do
Espírito Santo através do crente. Precisamos ter consciência de que o Espírito
Santo trabalha em nós, não somente para nos conceder dons e talentos, mas para
nos transformar. Em João 15, Jesus conforta seus discípulos dizendo: “Eu Sou a Videira verdadeira [...] permanecei
em mim, e eu permanecerei em vós” (Jo 15.1,4); Jesus é a videira e cada
cristão é um ramo. A vida da videira torna-se a vida do ramo. Assim a alma
morta em ofensas e pecados recebe vida, diante da ligação com Jesus. E é pela
fé em nosso Salvador pessoal, que é formada esta união. E é maravilhoso estar
ligado a Jesus, nosso Salvador pessoal e dEle recebermos forças para viver o
dia a dia. Porém, o próprio Jesus disse: “Permanecei
em Mim, e Eu permanecerei em vós: como o ramo de si mesmo, não pode dar fruto,
se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim” (Jo 15.4).
Longe da Videira não tem vida. O Espírito Santo é o agente responsável em
conduzir o crente a fazer a vontade de Deus. A descida do Espírito Santo não
foi para que simplesmente falássemos em línguas estranhas. Também foi para
auxiliar o cristão a subjugar o próprio eu, para fazer guerra contra a natureza
carnal. Por isso, para que o crente ande no Espírito, o apóstolo Paulo
recomendou: “E não vos embriagueis com
vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18). Ele
docemente constrange o crente a fazer a vontade de Deus.] Dito isto, vamos pensar
maduramente a fé cristã?
I – A VIDEIRA E SEUS RAMOS
1. A parábola da vinha. No texto da Leitura Bíblica em Classe,
encontramos uma parábola, ou alegoria, a respeito da videira. A videira é o
próprio Senhor Jesus Cristo e os ramos são todos os discípulos de Cristo. Como
discípulos precisamos estar ligados à videira para termos uma vida frutífera
(Jo 15.1). Como lavrador, o Pai tem cuidado de nós com zelo e amor para que
possamos produzir frutos em abundância. Fomos alcançados unicamente pela graça divina, e a única
coisa que Ele exige de nós é que venhamos a frutificar. [Comentário: Parábola é uma narrativa
alegórica que transmite uma mensagem indireta, por meio de comparação ou
analogia. Nos dias de Jesus era comum o uso de parábolas para ensinar por ser
fácil de lembrar e usar linguagem acessível às pessoas. Nesta parábola Jesus se
descreve como "a videira verdadeira", ao permanecermos ligados nEle
como a fonte da vida, frutificamos. Deus é o lavrador que cuida dos ramos, para
que dêem fruto (vv. 2,8). Deus espera que todo crente dê fruto. A produção de
fruto é o resultado de se estar ligado à videira; por isso, devemos entender
que o objetivo aqui não é o ‘produzir fruto’, mas ‘estar ligado na videira’ (Jo
15.4), isso por que, quando a vara está na videira, recebe vida e naturalmente
produz fruto. A ordem expressa de Jesus não é “produzam frutos” e sim “estai em mim, e eu em vós; como a vara de si
mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não
estiverdes em mim”. O que Deus exige de nós? Absolutamente tudo! “...e que é o que o Senhor pede de ti, senão que
pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu Deus?” (Mq 6.8). Entendo que o frutificar não é uma exigência, mas
conseqüência, todos os cristãos são escolhidos "do mundo" (v. 19)
para "dar fruto" para Deus (vv. 2,4,5,8). Essa frutificação se refere
às virtudes espirituais tais como as mencionadas em Gl 5.22,23 - amor, gozo,
paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança (cf. Ef 5.9;
Cl 1.10; Hb 12.11; Tg 3.18); e à conversão a Cristo, doutras pessoas (4.36;
12.24).]
2. Condição para ser produtivo. Segundo os agrónomos, a videira leva
três anos para dar os primeiros frutos.
As uvas não nascem logo depois da semente germinar no solo. É preciso
tempo e muitos cuidados. Na vida espiritual, é preciso discipulado, ensino da
Palavra de Deus. Contudo, para ser frutífero é imprescindível estar ligado a
Cristo, a Videira Verdadeira. Longe dEle não existe vida, apenas morte. Quando
os ramos se afastam da Videira, logo deixam de receber da sua seiva,
tornando-se secos e infrutíferos. [Comentário: Tão certo como a
união com Cristo produz frutos, é o fato de que fora dele nenhum fruto é
produzido: “sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15:5b). Quando uma pessoa crê em
Cristo e recebe o seu perdão, recebe a vida eterna e o poder de estar ou
permanecer nEle. Tendo esse poder, o crente precisa aceitar sua
responsabilidade quanto à salvação e permanecer em Cristo. Assim como a vara só
tem vida enquanto a vida da videira flui na vara, o crente tem a vida de Cristo
somente enquanto esta vida flui nele pela sua permanência em Cristo. A palavra
grega aqui é meno, que significa "continuar", "permanecer",
"ficar", "habitar". As condições mediante as quais
permanecemos em Cristo são: (1) conservar a Palavra de Deus continuamente em
nosso coração e mente, tendo-a como o guia das nossas ações (v. 7); (2)
cultivar o hábito da comunhão constante e profunda com Cristo, a fim de
obtermos dEle forças e graça (v. 7); (3) obedecer aos seus mandamentos e
permanecer no seu amor (v. 10) e amar uns aos outros (vv. 12,17); (4) conservar
nossa vida limpa, mediante a Palavra, resistindo a todo pecado, ao mesmo tempo
submetendo-nos à orientação do Espírito Santo (v. 3; 17.17; Rm 8.14; Gl
5.16-18; Ef 5.26; 1 Pe 1.22). http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao2-ofrutodoespirito-umacolheitaabundante.htm]
3. A poda. Podar é aparar os ramos que estão
atrapalhando o desenvolvimento da planta. A poda ajuda a produzir novos ramos,
fazendo com que a produção de frutos seja maior. Na vida espiritual, também
somos podados e cuidados pelo Senhor. Ele retira de nós tudo que nos impede de
frutificar. Contudo, se depois de cuidados não produzirmos frutos, não resta
alternativa a não ser o corte e o descarte no fogo (3o 15.2). Na vinha do
Senhor, não há ramos para enfeitar, todos precisam ser frutíferos. [Comentário: A alegoria da
videira e das varas deixa plenamente claro que Cristo não admitia que "uma vez na videira, sempre na videira".
Pelo contrário, Jesus nessa alegoria faz aos seus discípulos uma advertência
séria, porém amorosa, mostrando que é possível um verdadeiro crente abandonar a
fé, deixar Jesus, não permanecer mais nEle e por fim ser lançado no fogo eterno
do inferno (v. 6). (1) Temos aqui o princípio fundamental que rege o
relacionamento salvífico entre Cristo e o crente, a saber: que nunca é um
relacionamento estático, baseado exclusivamente numa decisão ou experiência
passada. Trata-se, pelo contrário, de um relacionamento progressivo, à medida
que Cristo habita no crente e comunica-lhe sua vida divina (ver 17.3; Cl 3.4; 1
Jo 5.11-13). (2) Três verdades importantes são ensinadas nesta passagem. (a) A
responsabilidade de permanecer em Cristo recai sobre o discípulo (ver v. 4). É
esta a nossa maneira de corresponder ao dom da vida e ao poder divinos
concedidos no momento da conversão. (b) Permanecer em Cristo resulta em Jesus
continuar a habitar em nós (v. 4a); frutificação do discípulo (v. 5); sucesso
na oração (v. 7); plenitude de alegria (v. 11). (c) As conseqüências do crente
deixar de permanecer em Cristo são a ausência de fruto (vv. 4,5), a separação
de Cristo e a perdição (vv. 2a,6). http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao2-ofrutodoespirito-umacolheitaabundante.htm]
SÍNTESE DO TÓPICO I
Para frutificar, precisamos estar ligados à
Videira.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
A poda
dos ramos (Jo 15.1-10)
Eu sou
a videira, e meu Pai é o lavrador. Neste versículo, “eu” e “ verdadeira” em
grego são enfáticos. Assim, em contraste com os outros (os líderes religiosos)
que reivindicam ser parte do povo de Deus, Jesus e seus seguidores emergem como
seu verdadeiro povo. Isto enfatiza sua singularidade como caminho para Deus.
No
versículo 2, surge o assunto desta seção: a santificação. A palavra que a
expressa é o verbo limpar (cortar, desbastar, podar). Esta palavra pertence ao
aspecto religioso de “ tornar santo” ou “ santificar”. O que se resume, então,
é uma visão da igreja discutida acima, mas o que fica óbvio é que Deus limpa o
crente; e esta alegria da vinha apropriadamente expressa isso. Também deve ser
observado que a santificação é um processo normal no discipulado. O propósito
da poda é aumentar a frutificação.
Os
versículos 3 e 5 falam da união de Jesus e os crentes em termos figurativos dos
ramos e dos tronco.
Jesus expressa o fato dessa união de palavras: 'Vós já
estais limpos pela palavra que vos tenho falado' (v. 3). Mas resultado dessa
união é o processo de crescimento — em termos figurativos: dar frutos.
Considerando que um ramo não pode dar frutos a menos que esteja ligado ao
tronco (a pessoa tem que permanecer em Cristo), o fruto tem um significado
certo. No contexto dos capítulos 13 a 17, o fruto é o amor, característica
fundamental de Deus. Para poder viver como Deus, a pessoa tem de nascer de novo
e segui-lo. Este amor tem de ser desenvolvido pelo 'processo da poda'
(Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4.ed. Vol. 1. Rio de Janeiro:
CPAD, 2009, p. 586).
CONHEÇA MAIS
Sendo produtivos
"Uma videira que
produz muito fruto glorifica a Deus, pois Ele envia diariamente a luz do sol e
a chuva para fazer crescer as colheitas, e nutre constantemente cada planta,
preparando-a para florescer. Que momento de glória será para o Senhor quando a
colheita for trazida aos celeiros, madura e pronta para usar! Ele fez isto
acontecer! Esta analogia agrícola mostra como Deus é glorificado quando estamos
em um relacionamento correto com Ele e começamos a 'dar muito fruto' em nossas
vidas." Para conhecer mais, leia Comentário do Novo Testamento Aplicação
Pessoal, CPAD, p. 578.
II – FUNDAMENTO DA FRUTIFICAÇÃO ESPIRITUAL
1. Firmados no amor de Cristo. O amor é o fruto excelente (Gl 5.22).
Fomos alcançados pela graça e o amor de Cristo (Rm 3.24). A graça divina, além
de destruir os pecados, enxerta em nós a semente do amor. O amor nos ajuda a
vencer os efeitos da arrogância, o egoísmo e a incredulidade. Cristo é o nosso
exemplo por excelência de amor altruísta. Ele se sacrificou pelos pecadores (Jo
3.16). O que nos identifica como discípulos de Jesus é o amor. O amor nos leva
a servir ao nosso próximo e esse servir é sem interesses ou vantagens
materiais. [Comentário: Quando
Paulo fala “Levai as cargas uns dos
outros e assim cumprireis a lei de Cristo”; ele se refere a tudo aquilo que
oprime e é uma carga difícil de se suportar (Nm 11.10-15; I Rs 19.1-10; I Sm
24:5; Sl 42.5). Uma das soluções é a lançarmos sobre O Senhor (Sl 55.22; I Pe
5.7). Por derivarem da fraqueza espiritual e principalmente do pecado, a falta
de amor faz com que muitos desprezem aos portadores destas cargas. Porem, o que
elas precisam é de alguém que seja prudente em seu relacionamento, que ao invés
de dar margem ao preconceito, se disponha a ouvi-las com atenção. É claro que
nem sempre teremos a solução, mas para estas pessoas, o simples fato de
encontrarem alguém que chorem com elas (Rm 12.15), já lhes é o suficiente para
o alivio da carga. Por mais difícil que seja o relacionamento com o nosso
próximo, fica-nos o desafio de o amarmos como a nós mesmos. Pois: “Se alguém
diz: Eu amo a Deus e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu
irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” (I Jo 4.20). Além
do mais, se o que nos une (Cristo) é maior que as nossas divergências, façamos
dEle o nosso ponto de referência. http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao2-ofrutodoespirito-umacolheitaabundante.htm]
2. Por que o amor é a base da
frutificação? Porque ele é o alicerce
de todas as virtudes (1Co 13-13). Não podemos nos esquecer que o amor deve ser
revelado em atitudes. Não adianta dizer que ama e tem fé se não tiver as boas
obras (Tg 2.14). A fé sem obras e sem amor é morta (Tg 2.17, 26). O amor
precisa ser visto mediante as nossas obras. Existem muitas pessoas carentes e
necessitadas que precisam do nosso amor e ajuda. [Comentário: O amor é o primeiro aspecto do fruto
que encontramos na relação de Gálatas 5.22. O amor é a condição essencial para
que os dons espirituais sejam exercidos. Os dons, que devemos buscar cessam,
mas o amor permanece. Não somente Paulo, mas também João estabelece prioridade
a esta graça de abnegação (1Jo 3.14; 4.8,19). E igualmente Pedro (1Pd 4.8). E
assim eles estão seguindo o claro exemplo que lhes deu Cristo (Jo 13.1,34; 17.26).
Já foi dito que o fruto do Espírito é a expressão da natureza e do caráter de
Cristo através do crente, ou seja, é a reprodução da vida de Cristo no crente;
Sua vida foi o exemplo maior de amor. Seu amor está '...está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado'
(Rm 5.5). É um amor de qualidades imensuráveis que levou Deus a dar seu único
Filho como sacrifício pelos nossos pecados (Jo 3.16). É o amor de Jesus por
nós: 'conhecemos o amor nisto: que ele
deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a nossa pelos irmãos (Jo 3.16; 15.2
a 13). Note que o fruto do Espírito é um singular, isso porque esse fruto
compõe-se de um conjunto de virtudes vinculadas ao amor. Dessas virtudes, o
amor é o principal, que domina sobre as demais.]
3. Cheios do Espírito e de amor. O amor é gerado em nossos corações pela
ação do Espírito Santo. Não podemos nos esquecer que somos templo, habitação do
Consolador. Esta virtude era uma das características mais marcantes da Igreja
Primitiva. Por quê? Porque todos ali eram cheios do Espírito. O amor fazia com
que repartissem seus bens: “Não havia, pois, entre eles necessitado algum […]”
(At 4.34). Levava também os crentes a amarem, mesmo sofrendo perseguição e
morte (At 7.60). [Comentário: Quando
o ser humano recebe Jesus Cristo como Senhor e Salvador de sua vida, e mantém
uma comunhão intensa com Ele, o Espírito Santo gera nessa pessoa virtudes que
refletem o caráter de Deus, que o apóstolo Paulo chama de Fruto do Espírito. O
Fruto é gerado na medida em que o Espírito Santo vai transmitindo, ou gravando,
no caráter do homem virtudes existentes em Deus, das quais Paulo relacionou
nove em Gálatas 5:22, a saber: “amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio”. Na verdade essas virtudes
constituem o propósito e o alvo de Deus para os crentes quando nos permitimos
ao controle irrestrito do Espírito Santo. É o próprio Espírito Santo quem
produz em nós essas virtudes. Elas são a maravilhosa descrição do Caráter de
Cristo que devemos adquirir dia a dia pelo estudo da Palavra de Deus e comunhão
devocional com o Senhor. Somente quando tais virtudes tornam-se perceptíveis em
nossas vidas podemos entender o que é ser um cristão cheio do Espírito Santo. Se
dermos lugar ao Espírito Santo e santificarmos nossas vidas, as pessoas verão que
Deus está em nossas vidas, pois pelos frutos somos conhecidos. Aliás, um dos
propósitos do Fruto do Espirito é nos identificar. Assim como uma árvore é
conhecida pelos seus frutos, o crente verdadeiro é reconhecido por suas ações.
O Fruto também revela a nossa comunhão e o quanto temos aprendido do Senhor.
http://ebdweb.com.br/o-proposito-do-fruto-do-espirito-luciano-de-paula-lourenco/. Este amor é a
base e o fundamento onde todos os outros atributos são edificados. O apóstolo
Paulo diz que em primeiro lugar quando estamos unidos a Cristo, o amor atua ou
age através da nossa fé(Gl 5.6). Em segundo lugar, pelo amor que está em nós,
podemos servir uns aos outros sem impor nada a ninguém (Gl 5.13). E em terceiro
lugar, toda lei se resume em amar o próximo como a nós mesmos (Gl 5.14). Note
que ninguém pode dizer que tem um aspecto do fruto e outro não; isso porque é o
amor o lastro onde as demais virtudes se desenvolvem.]
SÍNTESE DO TÓPICO II
O fundamento da f ratificação espiritual está em ser cheio do Espírito
Santo e de amor.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
O princípio da frutificação está revelado no primeiro capítulo de
Génesis (Gn 1.1). Note que a lei agrária estabelecida por Deus determina que
cada planta e árvore produza fruto segundo a sua espécie.
A frutificação espiritual segue o mesmo princípio. 3oão Batista, o
precursor do Messias, exigiu dos seus convertidos: 'Produzi, pois, frutos
dignos de arrependimento' (Mt 3.8). Em João 15.1-16, Jesus enfatizou este
princípio deixando claro aos seus seguidores que para darem fruto exuberante
para Deus, necessário é que antes cresçam em Cristo e nisso perseverem seguindo
os ensinos da Palavra de Deus. Boas condições de crescimento e desenvolvimento
da planta no reino vegetal, sem esquecer
da boa saúde da semente e do meio
ambiente ideal e da limpeza, são elementos indispensáveis para a boa
frutificação. É também o que ocorre no reino espiritual, na vida do crente, na
Igreja, para que haja em todos nós fruto abundante para Deus.
De que tipo de fruto Jesus estava falando em João 15.1-16? A resposta
nos é dada em Gaiatas 5.22; 'O fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança'. Em outras
palavras, o fruto do Espírito é no crente a existência de um caráter semelhante
a Cristo; um caráter que testemunha de Jesus e que o revela em seu viver
diário. É a breve vida de Cristo manifesta no cristão. Como é que o povo à
nossa volta está vendo Cristo em nós? Em família, no emprego, nas viagens, na
escola, na igreja, nos relacionamentos pessoais, nos tratos, no lazer, no porte
em geral, na vida cristã?" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro:
CPAD, 1995, p. 1723).
III – CHAMADOS PARA FRUTIFICAR
1. Revestidos de amor. Em Colossenses 3.12, Paulo orienta os
crentes para que se vistam de misericórdia, benignidade, mansidão e
longanimidade. Busquemos “as coisa que são de cima” (Cl 3-1,2). Suas atitudes
devem refletir tal verdade. Mediante a fé no sacrifício de Cristo, já retiramos a “roupa velha”,
nossos trapos de imundícia, que é a natureza pecaminosa. [Comentário: Mesmo após a
conversão, continuamos com a natureza pecaminosa, e não somente isso, mas ela
tenta reconquistar seu lugar de primazia em nossa vida - “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque
são opostos entre si...” (Gl 5.17). Assim, há uma guerra sendo travada na
psique humana, isto é, a carne, as vontades pessoais, a razão humana lutam
incansavelmente contra o Espírito. São duas vontades lutando em uma só mente.
Por isso, o apóstolo Paulo escreveu: “Porque
eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer
o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro,
mas o mal que não quero, esse faço” (Rm 7.18-19). Contudo, a nova natureza
busca a santidade tão espontaneamente como a velha corre atrás da iniqüidade.
Que benção receber a nova natureza! “Assim
que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram;
eis que tudo se fez novo” (2Co 5.17).]
O amor, fruto do
Espírito, em nossa vida nos conduz:
a) A frutificar em nosso
relacionamento espiritual.
Passamos a experimentar
uma maior comunhão como o Pai mediante a oração, o jejum e a leitura a Palavra
de Deus.
b) A ter um
relacionamento conjugal frutífero.
Se amarmos a Deus amamos
também o nosso cônjuge como um amor altruísta. Amar a esposa é um princípio
Divino para os maridos: “ Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou
a igreja e a si mesmo se entregou por ela (Ef 5.25). [Comentário: A conseqüência mais notável do
Espírito Santo agindo em nós para a produção do fruto é a transformação de
vida. É a tarefa do Espírito Santo conformar-nos à imagem de Cristo,
fazendo-nos mais e mais como Ele.]
2. Se a Palavra estiver nós. Só é possível frutificar se Cristo e
suas palavras estiverem plantados em nós. Essa também é a condição para que as
nossas orações sejam ouvidas e respondidas (Jo 15.7). É por intermédio das
Palavras de Jesus, ou seja, por meio de seus ensinamentos, que podemos orar
corretamente, segundo a vontade do Pai. As palavras de Jesus fazem com que nos
tornar semelhantes a Ele. [Comentário: O fruto do
Espírito é cultivado por meio de uma atitude, ou "andar em Espírito",
enquanto as obras da carne vêm por meio de uma concessão: dar lugar à carne
para que ela se manifeste. É por isso que precisamos beber constantemente da
água pura da Palavra de Deus, para que esse fruto do Espírito seja cada vez
mais manifesto em nós. Lembre-se de que a fruta artificial precisa de trabalho
para ser produzido, mas a verdadeira cresce em função de sua ligação com a
fonte da seiva que a alimenta. Quanto maior essa ligação, maior e mais saudável
a fruta. Quanto mais essa conexão com o tronco estiver estrangulada por outras
coisas, menor e menos evidente é a fruta. http://www.respondi.com.br/2010/02/como-desenvolver-o-fruto-do-espirito.html]
3. Cumprindo a Lei. Na Epístola aos Romanos, Paulo trata
com profundidade a respeito da lei. Ele mostra que somente o que ama tem
condições de cumprir a lei:”[…] quem ama aos outros cumpriu a lei” (Rm 13.8). O
apóstolo também exorta os crentes, afirmando que “o cumprimento da lei é o
amor” (Rm 13.10). O amor de Cristo, em nós, nos ajuda a observar os mandamentos
e princípios divinos para a nossa vida. [Comentário: Quem ama ao próximo, tem cumprido a
lei. "Próximo" é literalmente "o outro", isto é, o próximo
de alguém. É muito possível traduzir assim esta sentença: "Aquele que ama,
tem cumprido a outra lei" - a "outra lei" sendo, neste caso, o
"segundo" mandamento de Mateus 22.39 e Marcos 12.31: "Amarás ao
teu próximo como a ti mesmo." Contudo, é preferível a tradução que consta
do texto, e a referência é, em todo caso, ao mandamento que Jesus citou como
"o segundo" que é semelhante ao primeiro. Quem paga esse débito cumpre
a lei - citação de Levitico 19.18, "Amaras ao teu próximo como a ti
mesmo", como um sumário dos mandamentos, introduz Paulo diretamente na
tradição de Jesus, que colocou estas palavras como o segundo grande mandamento
ao lado de "Amarás o Senhor teu Deus ..." (Dt 6.5), "o grande e
primeiro mandamento", acrescentando: "Destes dois mandamentos
dependem toda a lei e os profetas" (Mt 22.37-40; ver Mc 12.28-34). O amor
que Jesus exige é serviçal, sujeição ao seu senhorio. O amor de Deus está
expresso em seus mandamentos e os homens, por sua vez, amam a Deus,
obedecendo-O. Quando Deus dá um mandamento, há um objetivo: a obediência de um
coração puro. "Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, de
uma boa consciência e de uma fé não fingida" (1Tm 1.5). Ao escrever a
Timóteo, o apóstolo Paulo não falou do fim da lei, antes, do objetivo do
mandamento de Deus: a obediência. O termo grego τέλος (telos), traduzido por
‘fim’, na verdade significa ‘finalidade’, ‘objetivo’. O mandamento que o
apóstolo Paulo destaca, refere-se à doutrina do evangelho (1Tm 1.3).]
SÍNTESE DO TÓPICO III
Fomos chamados do mundo para frutificar
para a glória de Deus.
SUBSÍDIO DIDÁTIICO
Copie no quadro o esquema abaixo. Depois faça aos alunos a seguinte
pergunta: "Qual o propósito da frutificação na vida do crente?"
Incentive a participação de todos e ouça as respostas dos alunos. Explique que
no Reino de Deus tudo tem um propósito. Em relação ao fruto do Espírito Santo
não é diferente. Em seguida, utilize o quadro para mostrar os reais propósitos
da frutificação espiritual.
O PROPÓSITO DA PURIFICAÇÃO
1. A purificação é uma expressão da vida de Cristo.
2. A purificação é evidência do discipulado.
3. A purificação abençoa outras pessoas.
4. A purificação traz glória a Deus.
CONCLUSÃO
O amor de Deus por nós é
singular. Quando experimentamos desse amor somos transformados e, então,
passamos a produzir o fruto do Espírito. Que venhamos a frutificar em todas as
áreas da nossa vida, a fim de que o nome de Jesus, o nosso amado, seja
glorificado e exaltado. [Comentário: O amor de Deus por nós é altruísta,
abnegado e impar. O mandamento de Deus expressa o Seu cuidado e tem por
objetivo a obediência do homem e quando a obediência ocorre, o homem estará ao
abrigo do cuidado de Deus. O incentivo de que precisamos para exibir os
excelentes traços do caráter foi fornecido por Cristo, pois é devido à gratidão
que os crentes sentem para com Cristo que os usam para adornar sua conduta. O
exemplo, também, em conexão com todos eles, foi dado por ele. E as próprias
virtudes, associadas ao poder para exercê-las, são doadas pelo seu Espírito.
Fomos chamados para sermos luz no mundo (Mt 5.14–16), para fazermos a
diferença, e com nosso testemunho honramos à Deus e atrairmos mais pessoas para
sua graça. Somos tal como um espelho, refletimos a luz de Cristo, para tanto,
este espelho precisa estar voltado para a fonte da luz.]
“NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e
isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Março de 2017
PARA REFLETIR
A respeito de uma vida de
frutificação, responda:
• O que é preciso para o crente
frutificar?
Ele precisa estar ligado à
Videira Verdadeira- É Cristo em nós que nos permite produzir o fruto do
Espírito. Sem Ele nada podemos (Jo 15.4).
• Qual o propósito de uma vida
frutífera?
O propósito de uma vida
frutífera é tão somente glorificar o Pai (Jo 15.8).
• No texto de João 15 quem é a
videira? Quem são os ramos?
A videira é o próprio Senhor
Jesus Cristo e os ramos são todos os discípulos de Cristo.
• O que significa podar?
Podar é aparar os ramos que
estão atrapalhando o desenvolvimento da planta.
• Quem é o nosso exemplo perfeito
de amor?
Jesus Cristo.
Fonte: O
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