Lição 1
2 de Outubro de 2016
A Sobrevivência em
Tempos de Crise
TEXTO ÁUREO
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VERDADE PRÁTICA
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"Tenho-vos dito
isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom
ânimo; eu venci o mundo."
(Jo 16.33)
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As crises podem ser superadas com sabedoria, fé e com a
ajuda de Deus.
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LEITURA DIÁRIA
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Segunda - Hc 1.1,2
O questionamento e o
silêncio de Deus em meio à crise
Terça - Hc 1.3,4
Um profeta entristecido
em meio à crise de violência e corrupção
Quarta - Hc 2.2
A resposta de Deus em
meio à crise
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Quinta- Hc 1.13
Deus usa o ímpio, em
meio à crise, como instrumento de
correção
Sexta - Hc 3.17,18
A fé na provisão de
Deus em tempos de crise
Sábado - Hc 3.19
Deus é a nossa força em
tempos de crise
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LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
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Habacuque 1.1-17
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1 - O peso que viu
o profeta Habacuque.
2 - Até quando,
SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não
salvarás?
3 - Por que razão
me fazes ver a iniquidade e ver a vexação? Porque a destruição e a violência
estão diante de mim; há também quem suscite a contenda e o litígio.
4 - Por esta
causa, a lei se afrouxa, e a sentença nunca sai; porque o ímpio cerca o
justo, e sai o juízo pervertido.
5 - Vede entre as
nações, e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos; porque realizo, em vossos
dias, uma obra, que vós não crereis, quando vos for contada.
6 - Porque eis que
suscito os caldeus, nação amarga e apressada, que marcha sobre a largura da
terra, para possuir moradas não suas.
7 - Horrível e
terrível é; dela mesma sairá o seu juízo e a sua grandeza.
8 - Os seus
cavalos são mais ligeiros do que os leopardos e mais perspicazes do que os
lobos à tarde; os seus cavaleiros espalham-se por toda parte; sim, os seus
cavaleiros virão de longe, voarão como águias que se apressam à comida.
9 - Eles todos
virão com violência; o seu rosto buscará o oriente, e eles congregarão os
cativos como areia.
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10 - E escarnecerão
dos reis e dos príncipes farão zombarias; eles se rirão de todas as
fortalezas, porque, amontoando terra, as tomarão.
11 - Então,
passarão como um vento, e pisarão, e se farão culpados, atribuindo este poder
ao seu deus.
12 - Não és tu
desde sempre, ó SENHOR, meu Deus, meu Santo? Nós não morreremos. Ó SENHOR,
para juízo o puseste, e tu, ó Rocha, o fundaste para castigar.
13 - Tu és tão puro
de olhos, que não podes ver o mal e a vexação não podes contemplar; por que,
pois, olhas para os que procedem aleivosamente e te calas quando o ímpio
devora aquele que é mais justo do que ele?
14 - E farias os
homens como os peixes do mar, como os répteis, que não têm quem os governe?
15 - Ele a todos
levanta com o anzol, e apanha-os com a sua rede, e os ajunta na sua rede
varredoura; por isso, ele se alegra e se regozija.
16 - Por isso,
sacrifica à sua rede e queima incenso à sua draga; porque, com elas, se
engordou a sua porção, e se engrossou a sua comida.
17 - Porventura,
por isso, esvaziará a sua rede e não deixaria de matar os povos
continuamente?
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HINOS SUGERIDOS: 50, 140, 474 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Mostrar que as crises que enfrentamos em nossa nação e no
mundo
são resultado do mundo decaído.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Reconhecer
que a crise é uma realidade do mundo atual;
II. Mostrar
que a crise é consequência do pecado;
III. Explicar
o porquê das crises política, econômica e espiritual.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, neste trimestre teremos a oportunidade ímpar de
estudarmos a respeito das crises que nossa nação e o mundo vêm enfrentando:
crise espiritual, política e econômica. O comentarista do trimestre é o pastor
Elienai Cabral - escritor e conferencista da Casa Publicadora das Assembleias
de Deus.
Aproveite o tema do trimestre para mostrar aos seus alunos que o mundo
está em crise, mas os céus não. Deus é Soberano e Senhor. Ele tem o suprimento
para todos aqueles que nEle confiam.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Neste trimestre,
estudaremos as crises que o mundo decaído vem enfrentando ao longo do tempo.
Jesus nos alertou que no mundo teríamos aflições, mas prometeu estar conosco
todos os dias, até a consumação dos séculos (Mt 28.20). Não estamos sozinhos em
meio às crises. Sabemos que o Brasil enfrenta uma séria crise política, moral e
econômica sem precedentes. Já se fala em 11 milhões de desempregados. Muitas
empresas estão fechando suas portas; a indústria não consegue escoar a
produção, pois o comércio não tem para quem vender os produtos. E o resultado é
a tão temida recessão econômica. A crise também tem afetado a área da saúde. Os
que buscam os hospitais públicos sofrem nas filas de espera. Faltam médicos,
remédios e leitos, e muitas pessoas morrem sem conseguir atendimento. A
Educação também tem enfrentado crises. Vivemos em uma sociedade caótica, porém
temos um Deus que cuida de nós. É o que veremos nesta lição. [Comentário: Os tempos são de
crise – econômica, política, moral e ética, espiritual. O cotidiano está
marcado por essa situação presente em todas as áreas de nossa vida. Mas como
proceder nesses, momentos aflitivos? Qual deve ser a conduta de um cristão
autêntico? A questão que Habacuque levanta e que a maioria dos cristãos
enfrenta é: Onde está Deus que vê tudo isso e não faz nada para sanar o
problema? Será que Deus não vê? Não vê toda esta brincadeira humilhante com a
vida humana, como o direito está sendo pervertido, como o justo está sendo
massacrado? Estar confiante e alegre, quando tudo vai bem é fácil. Porém, e
quando tudo parece dar errado, quando atravessamos uma profunda crise? Aqui
está o verdadeiro desafio! Sabendo que temos um Deus que zela por nós. O
profeta Habacuque canta, em tempos de crise. É um hino que parte de um coração
marcado pela dor, e sente que os tempos são difíceis. Nestas horas de aflições
é que o povo de Deus mais deve adorar. O ensino, aqui, é no sentido de se
regozijar no Senhor, venha o que vier. Paulo e Silas, na prisão, cantaram
louvores a Deus (At 16.25) e o próprio Cristo nos orienta da necessidade de nos
alegrarmos nos momentos difíceis (Mt 5.11,12). A propósito, no dizer do Rev Hernandes
Dias Lopes, a crise é um tempo de oportunidade: “Era um tempo de seca. Isaque estava na terra dos filisteus. Isaque
semeou naquela terra e colheu a cento por um. Ele cavou poços e reabriu os
poços antigos. Mesmo sendo perseguido pelos filisteus não deixou seu coração
azedar nem entrou em batalhas inúteis. Ele prosperou no deserto. A crise é um
tempo de oportunidade, uma encruzilhada onde aqueles que confiam em Deus
colocam o pé na estrada da vitória, mas os que duvidam da sua providência,
enveredam-se pelos atalhos da dúvida e incredulidade. Você foi chamado a viver
pela fé. Semeie no seu deserto e o deserto, pela graça de Deus, florescerá. É
possível, à semelhança de Isaque, prosperar no deserto!” PROSPERANDO NO
DESERTO, Hernandes Dias Lopes.] Dito isto,
vamos pensar maduramente a fé cristã?
PONTO CENTRAL
A crise espiritual,
política e econômica que o mundo enfrenta é consequência do mundo decaído.
I - A CRISE COMO UMA REALIDADE
1. Deus criou um mundo perfeito. Deus criou um mundo perfeito e nele
colocou o homem, para cuidar da criação e com ela habitar. Adão recebeu do
Criador a missão de governar a Terra e cultivar o solo. Por um período de tempo
(não sabemos quanto tempo), Adão e Eva viveram sem crise e em harmonia,
governando o mundo. Todavia, Adão e Eva caíram na tentação do Diabo,
desobedecendo à ordem de Deus. Com o pecado veio o juízo divino sobre Adão, Eva
e a serpente. A terra também sofreu as consequências do pecado (Gn 3.17). O
pecado deformou a raça humana e fez com que o mundo viesse experimentar as
diferentes crises que temos visto. A primeira crise que Adão enfrentou foi no
seu relacionamento com sua esposa, Eva. Adão culpou a Deus e a mulher pelo seu
erro (Gn 3.12). Em meio às crises, sejam elas de diferente ordem, temos a
tendência de sempre culpar alguém. [Comentário: Gênesis 3 descreve
a rebelião de Adão e Eva contra Deus e contra Seus mandamentos. Desde então, o
pecado tem sido passado de geração a geração e nós, descendentes de Adão, temos
herdado pecado dele. Romanos 5.12 nos diz que através de Adão o pecado entrou
no mundo, e por causa disso a morte foi passada a todos os homens porque “o
salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). Essa é a condição que chamamos de
pecado herdado. Assim como herdamos características físicas de nossos pais,
assim também herdamos nossas naturezas pecaminosas de Adão. A queda de nossos
primeiros pais, trouxe conseqüências desastrosas não apenas para eles, mas
também para toda a humanidade. Entender o que aconteceu com Adão e Eva após o
primeiro pecado é chave para compreendermos a situação em que o homem se
encontra hoje. Isto porque, Adão não agiu como uma pessoa particular, mas como representante
de toda a humanidade. Após o pecado, há uma fuga da responsabilidade. “E ele
disse: Ouvi a Tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me”
(Gn 3.10). Adão tenta encobrir sua culpa, colocando a culpa em Eva (v 12), que
por sua vez, culpou a serpente (v 13). Eles não aceitaram a responsabilidade
pelo erro. Ao contrário transferiram a responsabilidade para o outro. Não é
assim também em nossos dias? Extraído de: http://www.monergismo.com/textos/pecado_original/pecado_gildasio.htm]
2. Uma sociedade em crise. Com a Queda, vieram os males e as
crises, que assolam a Terra até os dias atuais. A apostasia tornou-se
universal. Hoje parece não haver mais limites ao adultério, a imoralidade e a
corrupção. O homem está cada dia mais distante de Deus e cometendo toda sorte
de torpeza. Nossa geração assemelha-se a dos dias de Noé. Contudo, Deus está no
controle. O Dia do Senhor virá e a sua justiça será feita. Vivemos em uma
sociedade corrupta e perversa, mas não pertencemos a este mundo, por isso, não
podemos nos conformar com a sua maneira de pensar e agir (Rm 12.2).
[Comentário: Após o pecado, a
Terra foi amaldiçoada. (Gn 3.17): A natureza sofre junto com a humanidade,
compartilhando assim as conseqüências da queda. As Escrituras descrevem esta
maldição em três maneiras:
a) O sustento será obtido com fadiga v 17.
Assim como a mulher terá seus filhos com dor, o homem haverá de comer o
fruto da Terra por meio de trabalho penoso. Antes da queda, o trabalho de Adão
no jardim era prazeroso e agradável, mas de agora em diante, seu trabalho, bem
como o dos seus descendentes será seguido de cansaço e tribulação.
b) A Terra produzirá cardos e abrolhos v 18.
O cultivo da terra seria mais difícil do que antes. Cardos e abrolhos
aqui significam: plantas indesejáveis, desastres naturais, enchentes, insetos,
secas e doenças. A natureza foi subvertida com o pecado do homem. (Rm 8:20-21).
c) No suor do rosto comerás v 19.
O trabalho árduo se tornaria a porção do homem. A vida não seria fácil.Extraído
de: http://www.monergismo.com/textos/pecado_original/pecado_gildasio.htm. A Bíblia é muito
clara ao afirmar que a civilização da época pré-diluviana conseguiu alcançar um
nível de perversidade nunca visto até então. O homem estava aproveitando toda
sua capacidade para a prática do mal, mostrando que o pecado havia corrompido
de forma generalizada todos os aspectos da raça humana. Não sabemos ao certo
qual era a população do planeta naquele momento da história, porém sabemos que
apenas um homem achou graça perante os olhos do Senhor e, apenas Noé e sua
família, conseguiram sobreviver ao juízo de Deus sobre aquela geração
depravada. O que acontecia nos dias de Noé que se assemelham aos nossos dias?
Afirma Jesus: “Comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento”, v27. A
expressão “casavam e davam-se em casamento” quer dizer, literalmente, casar e
descasar-se seguidamente. Perceba que não há qualquer menção a Deus nessa
passagem. O homem preocupa-se apenas consigo mesmo. Ele é o centro de tudo.
Isso é homocentrismo, hedonismo, humanismo, existencialismo, secularismo. Em 2
Timóteo 4.10, Paulo conta que Demas se perdeu, “amando o presente século”.
Demas foi um obreiro que amou o secularismo. Extraído de: http://www.cpadnews.com.br/blog/antoniogilberto/fe-e-razao/26/os-perigos-da-secularizacao-nas-igrejas-(1%C2%AA-parte).html]
SÍNTESE DO TÓPICO I
A crise que atinge o mundo é real e é
consequência da Queda.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Adão e Eva
tentaram igualar-se a Deus e determinar seus próprios padrões de conduta (Gn
3.22). O ser humano, através da Queda, tornou-se até certo ponto independente
de Deus, e começou a fazer o seu próprio julgamento entre o bem e o mal. Neste
mundo, o julgamento ou discernimento humano, imperfeito e pervertido,
constantemente decide sobre o que é bom ou mau. Tal coisa nunca foi da vontade
de Deus, pois Ele pretendia que conhecêssemos somente o bem, e para isso,
dependendo dEle e da sua palavra. Todos quantos confessam Cristo como Senhor,
retornaram ao propósito original de Deus para a humanidade. Passam a depender
da Palavra de Deus para determinarem o que é bom" (Bíblia de Estudo
Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 38).
CONHEÇA MAIS
*Habacuque
"Habacuque
profetizou a Judá entre a derrota dos assírios, em Nínive, e a invasão de
Jerusalém pelos babilônios (605 - 597 a.C.). O livro é o único no seu gênero
por não ser uma profecia dirigida diretamente a Israel, mas sim a um diálogo entre o profeta e Deus.
Habacuque queria saber por que Deus não fazia algo a respeito da iniquidade que
predominava em Judá. Deus lhe responde, então, que enviaria os babilônios para
castigar a Judá. Esta resposta deixou o profeta ainda mais confuso: 'Por que
Deus castigaria o seu povo através de
uma nação mais ímpia do que ele?' No fim, Habacuque aprende a confiar em Deus,
e a viver pela fé da maneira como Deus o requer: independentemente das circunstâncias." Para conhecer mais
leia, Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.1336.
Noé repovoou a terra, porém o homem continuou
com a semente do pecado em seu coração. Não demorou muito para a crueldade
adentrar na casa do próprio Noé.
II - A CRISE COMO UMA CONSEQUÊNCIA DO PECADO
1. A crise na sociedade antediluviana. Depois da Queda, o pecado se alastrou
pela raça humana como um vírus letal (Gn 6.5). Porém, o mundo antediluviano
ainda não vivia o caos. Segundo as Escrituras Sagradas não havia fome e a saúde
do homem era boa, pois a expectativa de vida era bem elevada, chegando quase a
mil anos (Gn 5.27). Embora houvesse provisão, saúde e expectativa de vida, o
homem continuava longe de Deus e entregue a toda a sorte de torpeza. A terra
encontrava-se corrompida e cheia de violência (Gn 6.11). Muitos, erroneamente,
acreditam que a violência é consequência da modernidade e do capitalismo. A
violência é consequência do pecado e da dureza do coração do homem, que vive
longe do Criador. Dizendo isso, não estamos negando que a pobreza, o desemprego
e a falta de acesso à educação contribuem para o aumento da violência. Deus é
santo e não pode tolerar o pecado, por isso, decidiu frear a maldade do homem
trazendo o dilúvio (Gn 6.13). Mas Deus também é misericordioso. Em sua bondade
e misericórdia, Ele determinou que Noé construísse uma arca. A arca serviria
para abrigar Noé e sua família, os animais e todos aqueles que acreditassem na
pregação do servo de Deus. A arca era um refúgio contra a ira de Deus. Mas
aquelas pessoas não creram nas advertências de Noé e não quiseram buscar refúgio
em Deus. Somente Noé e sua família foram salvos das águas do dilúvio formando
uma nova civilização. [Comentário: Muitos discutem as causas da
violência, mas, à luz da Palavra de Deus, temos que a causa da violência é o
pecado, a morte espiritual, que dá início ao processo que chega até a
violência. Sem o pecado, não há que se falar em violência e é por isso, aliás,
que, no reino milenial de Cristo, haverá paz e justiça (Sl 85.10). “O antropólogo francês René Girard, no livro
“A violência e o Sagrado”, publicado em 1972, afirma que a violência está na
base da sociedade e da cultura sob a forma dissimulada do bode expiatório. O
bode expiatório, sacrificado, serve para apaziguar e controlar a violência.
Sacrifica-se um e todos ficam contentes. A culpa foi totalmente atribuída ao
bode expiatório. Atualmente procuramos, também, os bodes expiatórios. E
enquanto estes não forem sacrificados não haverá sossego”. http://www.horaluterana.org.br/multimidia/o-pecado-e-a-violencia/. “Já no mundo
antediluviano, vemos que Deus, ao ver que a terra estava cheia de violência, ou
seja, que se tinha atingido a “medida da tolerância de Deus”, tomou a devida
providência para pôr fim àquele estado de coisas, mandando o dilúvio, o juízo
sobre toda aquela geração perversa e corrompida. O mesmo, aliás, fará ao
término da Grande Tribulação, quando, na batalha do Armagedom, porá fim à
extrema violência com que o Anticristo terá atacado os santos daquele tempo e,
mais precisamente, o remanescente de Israel. Assim também Deus agiu com relação
a Sodoma e Gomorra, com relação aos moradores de Canaã, a Nínive e ao próprio
povo do reino do norte, o reino de Israel, que, como nos dá conta o profeta
Amós, também havia enveredado pelo caminho da violência (Am 6.3) . Deus, a cada
momento, tem mostrado que não permitirá que a violência atinja limites
superiores ao de Sua tolerância, sendo, mesmo, a violência existente uma
demonstração do que é o pecado e de que como Deus está no controle de todas as
coisas”. http://aandremoreira.blogspot.com.br/2009/05/violencia-chaga-visivel-do-pecado.html]
2. Crise na sociedade pós-dilúvio. Noé repovoou a terra, porém o homem
continuou com a semente do pecado em seu coração. Não demorou muito para a
crueldade adentrar na casa do próprio Noé. O servo do Senhor plantou uma vinha,
fez vinho e se embriagou (Gn 9.20,21). Seu filho Cam, vendo o pai bêbado, expôs
a sua nudez. Cam foi amaldiçoado por Noé (Gn 9.25), numa mostra clara de que o
pecado traz maldição para a família e para a nação. Muitas vezes a crise é
consequência do pecado. Os homens se estabeleceram na antiga planície da Suméria
e não demorou muito para iniciarem a construção de uma torre. Esse era um
monumento para engrandecimento do homem. Era a busca pelo poder. Muitos, na
atualidade estão construindo monumentos para si mesmo (casas, carros
importados, joias, roupas de grife), mas não ajudam aqueles que estão
necessitados. Deus não se agradou desse projeto arrogante e fez com que cada um
falasse uma língua diferente, dificultando o ajuntamento das pessoas em um só
lugar. A sociedade pós-diluviana não se tornou melhor do que a antediluviana,
pois a iniquidade humana continuou a crescer. [Comentário: O termo
“corrupção” provém do latim, “corruptione”, e o Aurélio o define como “ato ou
efeito de corromper; decomposição, putrefação”. Figuradamente a expressão
significa: “devassidão, depravação, perversão” (FERREIRA, 2004, p. 560 –
acréscimo nosso). 4.2 O juízo de Deus (Gn 6.13,17). Durante o tempo que Deus
deu aos homens para se arrepender mediante a pregação de Noé, seus
contemporâneos não lhe deram ouvidos (2Pe 2.5). Com a arca já construída e os
animais dentro, Deus ordena que Noé e sua família entrem para que ele cumpra a
Sua palavra enviando sobre a terra o seu juízo (Gn 7.1-24). “Embora o pecado e
a violência possam ficar sem punição por algum tempo dentro da longanimidade
divina, todavia não serão esquecidos. Apesar de ele ser “tardio em irar-se” e
estar sempre interessado em mostrar-se misericordioso, não é absolutamente
imune a ira quando sua lei é impugnada e sua graça desprezada” (ELISSEN, 1993,
p. 318). 4.3 O livramento de Deus (Gn 6.14-16). Noé achou graça aos olhos de
Deus (Gn 6.8). O Senhor o livrou junto com a sua família do grande dilúvio,
porque este tinha um caráter santo distinguindo-se dos seus contemporâneos (Gn
6.9). Somando-se a isto a atitude do patriarca depois que recebeu a orientação
divina quanto a construção da arca, não titubeou, mas agiu com fé (Hb 11.7-a),
obedecendo de forma imparcial a Palavra de Deus (Gn 6.22; 7.5). No artigo A
HUMANIDADE DEPOIS DO DILÚVIO, do Pr. Forrest Keener, ele escreve: “omo
mencionamos antes, um erro clássico de muitos é pensar em Noé e sua
descendência como uma linhagem boa de pessoas, marcada por um comportamento
íntegro constante. Deixe-se saber que Noé foi "um homem justo". Ele
"caminhou com Deus". Deus disse sobre ele: "Eu te vi íntegro
diante de mim". Tudo isso é verdade e é um resultado da graça, mas deve
ficar claro que Noé foi ainda descendência de Adão, e ele e os seus foram todos
pecadores, mas por natureza e imputação. Poderíamos saber disso observando sua descendência
hoje, mas isso não é necessário. A Bíblia o afirma em Gênesis 8:21:
"Porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice". Essa
verdade é demonstrada por toda geração e está registrada desse modo nas
Escrituras, como Gênesis 9:22-29. Aqui, encontramos Noé em um estado de
embriaguez e nudez. Desse modo, ele está sustentando a tentação para seu filho
mais novo, Cão, para pecar, e seu coração depravado responde prontamente. Isso,
alternadamente, traz o julgamento sobre sua descendência até Canaã, o mais
jovem. Isso deve parecer injusto, mas se entendermos a Bíblia corretamente,
veremos a espécie humana como uma raça, e não todos eles como um conjunto de
indivíduos separados. Noé compartilhou o pecado de Adão tanto na culpa quanto
no julgamento, e isso é transmitido através de Sem, Abraão, Isaque, Jacó, Judá
e todos aqueles que nasceram ou nascerão. Mas, em Cristo, toda a semente santa
é feita justa. Considere Romanos 5:19. Deve ser notado também que, como um
resultado do efeito do pecado sobre o corpo físico, e alguns pensam que por
causa das mudanças na terra depois do dilúvio, a expectativa de vida humana
começou a diminuir rapidamente. Noé viveu 950 anos, mas seu filho Sem (o
segundo de três) viveu apenas 600 anos. Seu filho, Arfaxade, viveu apenas 438
anos; seu filho, Selá, apenas 433; seu filho, Éber, 468, e seu filho, Pelegue,
apenas 239 anos. Quando observamos dez gerações depois, a de Abraão, a
expectativa de vida diminuiu para 175 anos. Isaque, depois dele, viveu 180 anos
e Jacó, 147. Outro fato que nos ajudará a entender essa história é que a maior
parte disso teve lugar durante a vida de Noé. Abraão nasceu cerca de 58 anos
depois de Noé morrer e afastou-se de Harã apenas cerca de dezessete anos após a
morte de Noé. Há dez gerações de Adão até Noé e dez gerações de Noé até Abraão.
Como o efeito do pecado se expande rapidamente! Mas, em tudo isso, vemos a mão
de Deus muito determinada e fielmente estabelecendo Sua aliança eterna pela
qual produzirá a semente prometida, Jesus Cristo, por Quem Ele redimirá os
homens de seus pecados.” Texto extraído de: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/forrest_k/eventosvt/cap17.html]
3. Crise nos tempos de Jesus e na
Igreja Primitiva. Jesus nasceu na terra de
Israel, em uma região conhecida como Palestina. O Filho de Deus veio ao mundo
em um tempo em que o Império Romano dominava Israel. A tensão política e a
instabilidade social eram grandes. Era um tempo de crise política, social,
moral e espiritual. Mas, em meio às crises a luz raiou dissipando as trevas e
trazendo esperança para a humanidade. Nos dias de Jesus, havia muitos pobres e
necessitados. Por isso, o Mestre ensinava que era preciso cumprir o que fora
dito pelo profeta Isaías (Is 58.6,7). Não adiantava dizer que eram filhos de
Abraão, caso não desfizessem o jugo do oprimido e repartissem o pão com o
faminto. Isso nos faz lembrar que a fé sem as obras é morta (Tg 2.15-17). A
Igreja Primitiva enfrentou uma terrível perseguição. Havia muitos necessitados,
todavia os irmãos acudiam os pobres e necessitados. Em tempos de crise, os bens
eram partilhados (At 4.34,35). É em meio à crise que podemos ver o quanto as
pessoas são generosas. A generosidade aliada à comunhão fazia com que muitos
fossem atraídos a Jesus Cristo, contribuindo para o crescimento da igreja. [Comentário: “O Filho de Deus
não se fez homem, em geral: fez-se tal homem particular, judeu, galileu, num
determinado momento da história do mundo. Como homem, ele foi, portanto,
marcado pela geografia e pela história do seu país, por sua cultura; esteve
sujeito às leis econômicas; entrou nos conflitos políticos; partilhou das
esperanças do seu povo. Neste Caderno, fala-se pouco de Jesus, quase não se
estudam textos bíblicos. No entanto este é um estudo importante — e que muitas
vezes se exigia de nós: uma apresentação das condições sociais, econômicas,
políticas que fizeram de Jesus o homem que ele foi. Sem dúvida, um homem não se
explica unicamente por essas diferentes condições e Jesus menos que qualquer
outro. Mas é conhecendo-as melhor que se vê surgir com mais clareza a
originalidade da sua mensagem e da sua pessoa” Christiane Saulnier e
Bernard Rolland. La Palestino au temps de Jésus © Editions du Cerf, Paris, 1979.
O cristianismo surgiu no contexto de uma relação tensa entre os judeus e o
Império Romano. Jesus ensinou claramente o princípio da separação entre os dois
reinos com a célebre declaração de Mt 22:21: “Daí a César o que é de César, e a
Deus o que é de Deus”. No seu nascimento e na sua morte, Jesus experimentou a
ira dos poderes constituídos (Mt 2:3,13; 27:2,11,37; Lc 23:2,8-12), porém o seu
maior conflito foi com o sistema religioso, não com o sistema político. Outras
referências aos governantes nos evangelhos são encontradas em: Mt 20:25-26; Lc
2:1-2; 3:1-2,19; 13:32; Jo 18:36; 19:11. http://www.mackenzie.br/7113.html.]
SÍNTESE DO TÓPICO II
A crise é uma
consequência do pecado. Deus não tolera o pecado. Para disciplinar seu povo,
Ele usaria os babilônios (Hc 1.5-12).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Maldade e violência
Essas palavras são
usadas para caracterizar os pecados que causaram o dilúvio de Gênesis. Maldade
é rasab, atos criminosos que violam os direitos dos outros e tiram proveito do
sofrimento deles. Violência é hamas, atos deliberadamente destrutivos que visam
prejudicar outras pessoas. Quando qualquer sociedade é marcada por situações
frequentes de maldade e violência corre o risco de receber o juízo de Deus.
Noé deve ser honrado
por sua constante fidelidade. Ele trabalhou durante anos na construção da arca
numa planície sem água (Gn 6.3). Ele deve ter sofrido zombaria sem piedade dos
seus vizinhos, nenhum dos quais respondeu às suas advertências acerca do juízo
divino. Contudo, Noé não deixou de confiar em Deus. Manteve uma postura
obediente. Percebemos a qualidade de nossa fé quando passamos por
provações" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de
Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012,
p. 29).
III - A CRISE
1. A crise política. Israel enfrentou uma terrível crise
política depois da morte de Salomão. Roboão, o filho sucessor, pede conselhos
aos anciãos, mas ignora as orientações deles. Ele prefere seguir os conselhos
de seus amigos (1 Rs 12.10). Roboão buscou fazer aquilo que era melhor para si
e não para o seu povo. Os resultados foram os piores possíveis. A nação foi
dividida, afastando o povo de Deus. Essa divisão perdurou por muito tempo
trazendo dor e sofrimento para todos. Quando homens insensatos assumem o poder,
toda a nação sofre as consequências. Atualmente, o Brasil está enfrentando uma
crise política sem precedentes. Ela tem sido destaque nos principais jornais do
mundo. A cada dia surge um novo escândalo. Estamos vivendo um momento muito
delicado. A corrupção tem se alastrado como um câncer, atingindo todos os
poderes. Como Igreja do Senhor, temos que orar em favor da nossa nação e lutar
contra toda a forma de corrupção, pois temos um Deus que é santo e que abomina
tal condição. Quando escolhemos, de forma errada, uma pessoa para nos
representar tanto no Executivo quanto no Legislativo, a injustiça se alastra e
muitos problemas surgem, como os que ocorreram em Israel (Dt 16.18-20; Is
1.23). [Comentário: O livro de 2 Reis registra três
séculos tristes na história dos reinos de Israel e Judá. Continuando a história
contada em 1 Reis, este livro relata os reinados paralelos dos reis de Israel e
Judá do nono século a.C. até a queda destes reinos. Israel caiu à Assíria em
721 a.C., e Judá caiu À Babilônia em 586 a.C. O final do livro acrescenta mais
informações sobre o cativeiro, com a última anotação sobre a libertação de
Joaquim em 561 a.C. Estes três séculos foram especialmente tristes, não somente
pela queda destes dois reinos, mas pelos motivos que levaram o Senhor a
determinar tal sofrimento para seu povo. Depois da divisão do reino, todos os
reis do norte (Israel) foram rebeldes contra Deus. Alguns eram piores que
outros, mas nenhum dos reis de Israel se mostrou fiel ao Senhor. Pouco mais de
200 anos depois da divisão dos reinos, Israel caiu. Vale a pena ler a
explicação dos motivos deste castigo severo, registrada em 2 Reis 17. http://www.estudosdabiblia.net/jbd069.htm. Pouco antes da
morte de Salomão, em 931 a.C., Deus enviou Aías para profetizar contra a casa
de Davi por causa da idolatria de Salomão (I Reis 11:29-31). A profecia era de
que o reino de Israel seria dividido, e que 10 tribos seriam governadas por
alguém de fora da casa de Davi. Apenas uma tribo deveria ser deixada para a
casa de Davi. Isso, naturalmente, totaliza 11 tribos, enquanto houve 12. A
razão para isso é que a tribo de Benjamin uniu-se com a casa de Judá e eles,
aparentemente, tornaram-se uma tribo. Roboão, filho de Salomão, foi para Siquém
para ser feito rei, mas quando Jeroboão, o filho de Nebate, servo de Salomão,
ouviu isso, organizou uma conspiração que levou Roboão a agir imprudentemente.
O povo foi até Roboão e perguntou se seus impostos sobre eles seriam aliviados
em comparação àqueles de Salomão. Rejeitando o conselho dos anciãos e aceitando
aquele dos homens jovens, ele disse que o encargo de seu governo seria tão
pesado que o seu dedo pequeno ficaria mais grosso do que a cintura de seu pai.
Deste modo, Israel rebelou-se contra ele, apedrejou seus coletores de impostos
e Jeroboão se tornou rei sobre eles. Deste ponto em diante, Israel e Judá se
tornaram dois reinos separados. Eles são geralmente aludidos como o Reino do Norte
(Israel) e o Reino do Sul (Judá). Israel rapidamente voltaria para a escravidão
e o Reino do Norte terminaria. A casa de Judá iria segui-los na escravidão não
muitos anos mais tarde, mas a nação deles, pela providência de Deus, retornaria
para a região e continuaria até o tempo de Jesus Cristo, o Messias. Observe
que, na história de Israel, Deus elevou um homem depois de outro, e prometeu
benção por obediência. Tal obediência nunca foi uma realidade. A benção
prometida, ou seja, pela obediência, só pode vir por Cristo, não de homem. http://www.palavraprudente.com.br/estudos/forrest_k/eventosvt/cap46.html.]
2. A crise econômica. Muitos países já enfrentaram terríveis
crises econômicas ao longo dos anos. Nas Escrituras Sagradas, encontramos, no
livro de Gênesis, a extraordinária crise de alimentos pela qual passou toda a
terra (Gn 41.55,56). Porém, a crise foi revelada a Faraó por intermédio de um
sonho (Gn 41.1-8). Deus deu a José a interpretação do sonho e ele foi levantado
como governador do Egito. José recebeu de Deus sabedoria para administrar em
tempos de crise. A crise foi tão intensa que pessoas de todas as terras se
dirigiam ao Egito para comprar alimento (Gn 41.57). No Brasil, a crise
econômica que estamos enfrentando está diretamente ligada à crise política.
Segundo alguns economistas, o "Brasil não sairá da crise econômica se não
resolver a crise política e ética". Em meio à crise não podemos nos
desesperar nem nos entristecer. Precisamos orar e confiar no Deus de toda provisão. [Comentário: "Registros
egípcios contam que a fome, causada pelas estiagens nas cabeceiras do Nilo,
durou muitos anos. A agricultura egípcia dependia das enchentes anuais ao longo
do rio, que depositavam terra nova fértil tornando a irrigação possível. Também
nesse aspecto a autenticidade do relato bíblico tem total sustentação
histórica" Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD,
p.46. [...] Quando se tornou o segundo governante mais poderoso em
posição no Egito. Ele sabia exatamente o que fazer. Durante anos de colheitas
abundantes, juntou todas as colheitas que iam além das necessidades imediatas
do povo e as armazenou em numerosas cidades do Egito. Durante esse tempo,
nasceram-lhe dois filhos. O primeiro foi chamado Manassés, 'que esquece', como
testemunho de que Deus havia apagado dos pensamentos tristes e íntimos de José
os anos de trabalho e de toda a casa de seu pai. O segundo filho foi chamado
Efraim, 'dupla fertilidade', como testemunho das providências misericordiosas de
Deus na terra da sua aflição. Quando chegaram os sete anos de fome, o Egito
estava preparado com uma grande provisão de alimentos armazenada para a
emergência. Mas a seca cruzou as fronteiras do Egito e atingiu a Palestina e
outros países vizinhos. Dentro do próprio Egito, logo as pessoas sentiram fome
e pediram comida. Sem demora, José as abasteceu de provisões segundo um plano
já em execução. As pessoas tiveram a permissão de comprar os grãos armazenados
e, assim, tiveram o suficiente para comer. Habitantes de outros países ficaram
sabendo da provisão que havia no Egito e foram comprar alimentos" (Comentário
Bíblico Beacon. 1.ed. Vol 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp. 114,115). Se
não houver uma reação adequada à crise, ela pode desestabilizar nossa fé,
comprometer nosso potencial, bem como nossa motivação, tirando também de nós o
senso de oportunidade. A história de José nos ensina que o sofrimento pode
moldar nosso caráter e levar-nos a ser bem-sucedidos em todas as áreas de
nossas vidas. Os sofrimentos nos ensinam a lidar com circunstâncias adversas.
Cada episódio na vida de José fazia parte dos desígnios de Deus.]
3. A crise espiritual. No texto bíblico dessa lição, o profeta
Habacuque, que viveu e ministrou em Judá, questionou a Deus a respeito da crise
que seu povo estava enfrentando. O profeta estava em meio a uma sociedade
agonizante, e por isso, desejava algumas respostas de Deus. Muitas vezes, como
Habacuque, diante do caos também nos perguntamos: "Por que Senhor?" O
profeta ficou perturbado ao ver que os ímpios prosperavam e os justos iam mal.
Deus, entretanto, ouviu os questionamentos do profeta. Ele ouve e responde nossas
indagações, embora nem sempre tenhamos as respostas no momento em que queremos.
O Senhor não deixou Habacuque sem resposta (Hc 2.1,2). O Senhor falou que o seu
julgamento viria sobre Judá. Deus não tolera o pecado. Para disciplinar seu
povo, Ele usaria os babilônios (Hc 1.5-12). Habacuque questiona a Deus, porém
ele era um homem de fé. Suas indagações não eram resultado de dúvida ou
incredulidade. Ele confiava que Deus poderia suprir as necessidades do seu povo
mesmo não florescendo a figueira e não havendo fruto na vide (Hc 3.17). Mesmo
que não houvesse provisão, ele continuaria confiando na fidelidade do Senhor.
Confiar em Deus em tempos de abundância é relativamente fácil; difícil é
continuar confiando na provisão em meio à escassez. [Comentário: O profeta
Habacuque viveu numa das épocas mais conturbadas da história de Israel. Homem
de oração, de profunda comunhão com o Senhor, teve o privilégio de ver, com
clareza o que estava ocorrendo e as consequências que adviriam de tanta
desobediência e afastamento do Senhor. Para que sua pregação e testemunho
permanecessem, ele escreveu sua mensagem num livro preciosíssimo. Além dos
problemas espirituais de afastamento do Senhor, havia graves problemas internos
e ex-ternos em seu país. Israel vivia um tempo de declínio espiritual e moral.
Imperavam a violência, a iniquidade, a opressão, a injustiça (1.1-4); Nessa
fase o povo estava longe de Deus e chegavam até a praticar a idolatria: “Ai
daquele que diz à madeira: Acorda! E à pedra muda: Desperta! Pode o ídolo
ensinar? Eis que está coberto de ouro e de prata, mas, no seu interior, não há
fôlego nenhum”. Enfim, havia um fracasso nacional, como descrito em Hc 1.2-5. Notamos
que os homens que não servem a Deus agem da mesma forma em todas as épocas:
exploração do próximo, enriquecimento ilícito, ameaças, violência e assim por
diante. O que Deus fez ontem pode fazer hoje, Hc 3.3. Deixemos o Senhor ficar
no controle da Igreja. Para isso, devemos orar como o profeta Habacuque.
“Aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos”, 3.2. E, se isso fizermos, o tão
precioso avivamento certamente virá, a renovação se firmará e todos os pastores
e igrejas triunfarão na plenitude do Espírito Santo. http://www.iprb.org.br/artigos/textos/art51_100/art74.htm]
SÍNTESE DO TÓPICO III
A crise que a nossa nação está enfrentando é espiritual, política e
econômica.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
O profeta Habacuque
viveu em Judá, provavelmente durante o
reinado de Josias. Todavia, apesar do verniz superficial da religião, essa
sociedade foi arruinada pela injustiça.
No passado, muitos
profetas já haviam identificado e condenado duramente a sociedade injusta de
Judá, mas foi sobre o governo de Manassés, avô de Josias, que a sociedade
hebraica comprometeu-se com a idolatria, atrelada aos males sociais. Josias,
que assumira o trono aos oito anos de idade, conclamou a nação a que voltasse
para Deus. Após ter encontrado um livro perdido da lei de Deus, extirpou a
idolatria, restabeleceu o Culto no Templo e empenhou-se na administração da
antiga lei de Deus. Muito embora, todos esses procedimentos não tenham
conseguido eliminar a corrupção, profundamente enraizada entre o povo e suas
instituições.
Habacuque, ao rogar a
Deus por uma explicação do por que Ele permitiria que o iníquo pecasse e o
inocente sofresse, recebe a resposta. Na época, Deus estava preparando os
babilônios para ingressarem no rol das potências mundiais.
O Senhor usaria as
forças armadas desses pagãos para que seu próprio povo fosse punido. Habacuque
entendeu o plano de Deus, pois o uso de nações inimigas para disciplinar Israel
e Judá era um precedente bem arquitetado. Não obstante, havia ainda um problema
de ordem moral que perturbava o profeta. Como poderia Deus usar um povo menos
justo para disciplinar o mais justo?
Desde o início, este tema palpitante tem causado preocupação aos crentes
de uma forma ou de outra. Por que permitiria Deus que o iniquio alcançasse
sucesso neste mundo?
Por que Ele não
tomaria atitude alguma de sorte que os bons e não os ímpios prosperassem? As
respostas que encontramos em Habacuque deixam evidente que o ímpio não será
bem-sucedido, pois não há quem, bom ou mau, que possa evitar a mão
disciplinadora do Senhor" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia:
Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2012, p. 560).
CONCLUSÃO
O mundo pode estar em
crise, mas o Reino dos Céus não. O Senhor é soberano e não perdeu o controle da
situação. O governo está em suas mãos. O Dia do Senhor virá e os justos e
ímpios terão a sua recompensa. Não desanime. Confie, pois em breve o Senhor
virá em nosso socorro. [Comentário: Por que o justo sofre? Esta questão
tem desafiado muitas pessoas desde o Antigo Testamento. A exemplo de Jó, as
crises de Habacuque ou a dúvida de Asafe no Salmo 73, todos eles estavam
intrigados com o fato de o justo atravessar tremendas tribulações. Tiago exorta:
“Sintam-se alegres quando estiverem
passando por provações”. Esta afirmativa é contrária ao evangelho pregado
hoje em alguns círculos, e isso leva a muitas pessoas chegarem enganadas às
nossas Igrejas, achando que seguir a Cristo implica em estar livre de toda
espécie de dificuldades. Então, ao passarem por provações se desorientam por
completo. Nosso entendimento das Escrituras e o que pregamos é a mesma ótica extraordinária
de Tiago: quando a sua fé vence as tribulações ela produz a perseverança, ou
seja a paciência. Essa perseverança é aquela virtude do homem que continua avançando,
apesar das dificuldades. É nas provações que se forja o caráter. As
dificuldades vencidas nos fortalecem para que enfrentemos outras que surjam com
mais capacidade e confiança.]
“NaquEle que me
garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é
dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Setembro de 2016
PARA REFLETIR
A respeito da sobrevivência em tempos de crise, responda:
1. Qual era a missão de
Adão antes da crise se instalar na Terra?
Adão recebeu do
Criador a missão de governar a Terra e cultivar o solo.
2. As crises enfrentadas
no mundo são consequência de quê?
São consequência da
Queda.
3. A sociedade
pós-diluviana tornou-se melhor que a antediluviana?
Não! O homem continuou a pecar de forma deliberada
contra Deus.
4. Quais eram as crises e
conflitos no tempo de Jesus?
A tensão política e a
instabilidade social eram grandes. Era um tempo de crise política, social,
moral e espiritual.
5. Quem Deus usou para
administrar a crise de alimentos no Egito?
José recebeu de Deus
sabedoria para administrar a crise.
FONTE: O Texto da lição foi extraído de: http://sub-ebd.blogspot.com.br/2016/08/licao-1-sobrevivencia-em-tempos-de-crise.html Acesso em 23 Set 16.