Lição 13: A evangelização integral nesta Última Hora
Data: 25 de Setembro de 2016
TEXTO ÁUREO
“E
eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor
e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!” (Mc 16.20).
[Comentário: De acordo com esta passagem, eles (os
sinais) tinham o propósito de confirmar a palavra. Sempre que milagres são
realizados no Novo Testamento eles foram feitos com este propósito. Eles nunca
foram usados para atrair uma multidão, promover um pregador, ou para nenhum dos
propósitos básicos para os quais são usados hoje.Você nunca encontrará os
apóstolos anunciando ou fazendo propaganda prévia. Você nunca os achará se
referindo aos milagres que já realizaram. De fato, se minha memória ainda me
serve bem, nenhum escritor do Novo Testamento registra seus próprios milagres.
Estes milagres foram feitos, por Deus, através de suas mãos, para confirmar a
palavra. http://solascriptura-tt.org/Seitas/Pentecostalismo/QuemSaoOsCrentesSeguidosPorSinaisMark16-Keener.htm]
VERDADE PRÁTICA
Falemos de Cristo a todos, em todo tempo e lugar, por todos os meios.
LEITURA DIÁRIA
Segunda At 1.8 - O
plano-mestre de evangelização
Terça Mc 15.20 - A Grande
Comissão
Quarta At 13.1-4 - A igreja
missionária
Quinta At 16.9 - A visão missionária
Sexta Mt 20.1-7 - Os
ceifeiros da última hora
Sábado At 28.31 - Pregando
sem impedimento algum
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 24.44-53.
44 E disse-lhes: São estas as
palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o
que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos.
45 Então, abriu-lhes o entendimento
para compreenderem as Escrituras.
46 E disse-lhes: Assim está escrito,
e assim convinha que o Cristo padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos
mortos;
47 e, em seu nome, se pregasse o
arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por
Jerusalém.
48 E dessas coisas sois vós
testemunhas.
49 E eis que sobre vós envio a
promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto
sejais revestidos de poder.
50 E levou-os fora, até Betânia; e,
levantando as mãos, os abençoou.
51 E aconteceu que, abençoando-os
ele, se apartou deles e foi elevado ao céu.
52 E, adorando-o eles, tornaram com
grande júbilo para Jerusalém.
53 E estavam sempre no templo,
louvando e bendizendo a Deus. Amém!
HINOS SUGERIDOS
633, 634 e 636 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Ressaltar a importância da evangelização integral
nessa última hora.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
- I. Mostrar o que é evangelização integral.
- II. Conscientizar da importância do discipulado integral.
- III. Compreender as características da igreja da evangelização integral.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado
professor, com a graça de Deus chegamos ao final de mais um trimestre.
Esperamos que as lições tenham causado um grande despertamento em seus alunos,
contribuindo para que a Igreja cumpra a sua missão primordial nessa última
hora.
Não
precisamos de estratégias mirabolantes para dar cumprimento a nossa missão.
Carecemos é de ser obedientes e cheios do poder do Espírito Santo. Sem Ele não
podemos cumprir a nossa missão de modo integral. Os discípulos de Jesus ficaram
na cidade de Jerusalém até que do alto foram revestidos de poder. Depois, eles
saíram e alcançaram Samaria, Judeia e os confins da terra, cumprindo com êxito
a missão que lhes foi confiada pelo Senhor.
Jesus nos
confiou uma importante missão, por isso, não sejamos negligentes, pois ainda
existem muitos que precisam ouvir as Boas-Novas e se entregarem a Cristo. Esses
aguardam por você.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A Igreja
Primitiva não precisou de mais do que uma geração para levar o Evangelho de
Cristo aos confins do Império Romano. Seguindo o modelo que lhes deixara o
Senhor, os discípulos, no poder do Espírito Santo, evangelizaram
simultaneamente Jerusalém, a Judeia e Samaria até chegarem à capital de Roma,
no Ocidente. Se levarmos em conta o modelo autenticamente pentecostal de
evangelização, cumpriremos, em tempo recorde, o programa divino para alcançar
tanto o nosso bairro quanto as nações mais distantes. Mas, para isso, temos de
nos voltar ao método de evangelização simples, mas eficaz, dos primeiros
evangelistas e missionários. [Comentário: Posto que o domínio de Cristo é universal, o evangelho deve ser
levado ao mundo inteiro; constitui-se na razão primária para o evangelismo e
missões. É digno de nota que, o termo grego para nações é o mesmo traduzido por
‘gentios’, numa clara referência à promessa de que em Abraão seriam benditas
todas as familias da terra (Gn 12.3) estava em condições de ser cumprida. Uma
Igreja autenticamente pentecostal evangeliza, faz missões, ensina, protesta
contra o pecado e ajuda aos necessitados, cumprindo integralmente a missão que
lhe confiou o Senhor Jesus. Qualquer outro trabalho desenvolvido pelo crente é
de menor importância; a prioridade máxima, o motivo de ‘ser Igreja’, é o
cumprimento do imperativo de Cristo (“Portanto,
ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo” (Mt 28.19)). É digno de nota que, o propósito da Grande
Comissão é fazer discípulos; a intenção de Jesus não é que evangelismo e
missões resultem apenas em conversões, em aumentar o número do rol de membros,
mas sim em fazer discípulos que se tornem imitadores dEle mesmo (Jo 8.31). É
maravilhoso quando compreendemos que o imperativo de Cristo não é o de
cristianizar o mundo ou assumir o comando da sociedade, mas sim fazer
discípulos que abandonem o mundo e seu sistema malígno e imoral. Fica a
pergunta: Como temos encarado a obra evangelizadora e missionária? Como um meio
de tornar nossa placa mais conhecida e respeitada? Ou melhor, temos
compreendido a razão pela qual recebemos a plenitude do Espírito Santo? O que é
ser pentecostal? O poder celeste que nos alcançou nos capacita ao cumprimento
do imperativo de ir e ensinar todas as nações.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
PONTO
CENTRAL
A
evangelização integral consiste na proclamação simultânea do Evangelho em todos
os âmbitos.
I. O QUE É A
EVANGELIZAÇÃO INTEGRAL
Não
carecemos de nenhum método inovador, nem de fórmulas extravagantes, para
cumprir plenamente o cronograma divino do anúncio universal do Evangelho.
1.
Evangelização integral. Consiste na proclamação simultânea do Evangelho em todos os âmbitos:
local, nacional e transcultural. O modelo de Atos 1.8 implica uma ação
conjunta, ou seja, evangelizando Samaria, Judeia e os confins da terra ao mesmo
tempo. Jesus não ordenou aos discípulos evangelizar primeiro Jerusalém, depois
a Judeia, em seguida Samaria e, finalmente, os confins da terra. O seu
plano-diretor era bem claro e objetivo: “e ser-me-eis testemunhas tanto em
Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra”. Isso
implica uma ação da Igreja (At 13.1-5). A evangelização mundial, para ser
bem-sucedida, tem de funcionar de acordo com o manual que nos deixou o Senhor
Jesus no Novo Testamento. [Comentário: Ainda que a expressão “missão integral” esteja na moda, o modelo de
missão que ela representa não é recente. Além disso, há muitas igrejas que a
praticam sem necessariamente usar a expressão para referir-se ao que estão
fazendo. O que aconteceu nos últimos anos foi uma recuperação da perspectiva
bíblica segundo a qual não basta falar do amor de Deus em Cristo Jesus: é
preciso vivê-lo e demonstrá-lo em termos de serviço. A igreja que se compromete
com a missão integral entende que seu propósito não é chegar a ser grande, rica
ou politicamente influente, mas sim encarnar os valores do reino de Deus e
manifestar o amor e a justiça, tanto em âmbito pessoal como em âmbito
comunitário Texto extraído de http://www.ultimato.com.br/loja/produtos/o-que-e-missao-integral. Evangelização é a
causa das causas. A esta causa devemos dedicar nosso tempo, dinheiro e vida. A
Igreja tem a tarefa de testemunhar até os confins da terra, fazer discípulos de
todas as nações e pregar o Evangelho a toda criatura em cada geração. Não se
trata de uma opção ou de uma escolha da Igreja. A Igreja não pode tomar outra
direção e nem perder de vista sua vocação mais excelente. A evangelização é
ordem imperativa de Jesus a todos os seus discípulos. A principal ordem que
Jesus deu à Igreja depois da Sua ressurreição foi a grande comissão para
evangelizar o mundo todo. Todos os quatro evangelistas registram a grande
comissão dada por Cristo. O livro de Atos também ressalta o comissionamento do
Cristo ressurreto. Não evangelizar é uma declarada infidelidade e desobediência
a Cristo.]
2.
Avivamento e evangelização. Nenhum plano evangelístico, ainda que bem elaborado, terá êxito a menos
que retornemos ao cenáculo. Sem o batismo com o Espírito Santo, não teremos o
poder necessário para anunciar o Evangelho de Cristo. Evangelismo e Pentecostes
são temas gêmeos, inseparáveis. O poder do alto é insubstituível na vida da
igreja. A evangelização integral requer o revestimento de poder daquele que se
predispõe a falar de Cristo no bairro, na cidade, no país e no exterior. [Comentário: O grande avivalista Edwin Orr, certa feita, pregava à
uma grande multidão. Para espanto dos presentes, chamou um pastor imersionista
e outro aspersionista e perguntou: “Qual de vocês usa mais água no batismo?
Antes que o constrangimento se instalasse, ele disse: Não importa a quantidade
de água. A água só lava o exterior. É preciso receber o batismo com fogo,
porque o fogo queima e purifica o interior. Terminada essas palavras, ele
voltou-se para a multidão e disse, vocês precisam ser batizados com fogo”. Nas
palavras do Rev Hernandes Dias Lopes: “Ser
cheio do Espírito Santo não é uma opção, é uma ordem. Não ser cheio do Espírito
Santo é uma desobediência a um mandamento divino. Muitos crentes têm o Espírito
Santo, mas não estão cheios dele. Uma coisa é ser habitado pelo Espírito, outra
é transbordar do Espírito. Uma coisa é ter o Espírito residente, outra é tê-lo
presidente. A expressa vontade de Deus para você é uma vida abundante,
produzida pela plenitude do Espírito” http://hernandesdiaslopes.com.br/portal/a-plenitude-do-espirito-santo/. "E eis que sobre vós envio a promessa de meu
Pai; ficai, pois, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de
poder" (Lc 24.49). “A promessa
de meu Pai” refere-se ao derramamento do Espírito Santo. Os discípulos
aguardaram o cumprimento desta promessa em oração perseverante (At 1.14). O
Espírito Santo ajuda-nos a viver de maneira santa e habilita-nos a realizar com
eficácia, a obra do Senhor Jesus Cristo. O batismo com o Espírito Santo outorga
maior dinamismo espiritual, isto é, mais disposição e maior coragem na vida
cristã para testemunhar de Cristo (Mc 14.66-72; At 4.6-20). Jesus foi ungido
com o Espírito Santo para servir (At 10.38; Lc 4.18, 19). Assim também cada crente
foi chamado para servir (1Ts 1.9). O Espírito Santo desperta o crente para
entregar-se ao serviço de Deus (Rm 6.13,19,22). O mesmo Espírito Eterno que
levou Jesus a se oferecer para expiar os nossos pecados, opera também em nós o
propósito de servir ao Deus Vivo (Hb 9.14). Se antes do batismo com o Espírito
Santo o crente tem prazer em servir ao Senhor Jesus, quanto mais depois que
“recebe a virtude do Espírito Santo para ser testemunha”! (At 1.8). O propósito
principal do batismo no Espírito Santo é o recebimento de poder divino para
testemunhar de Cristo, para ganhar os perdidos para Ele, e ensinar-lhes a
observar tudo quanto Cristo ordenou.]
SÍNTESE DO
TÓPICO (I)
A evangelização integral é necessária e
requer o revestimento de poder.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, reproduza o quadro abaixo. Utilize-o para mostrar aos alunos
o que é evangelização integral. Explique que a evangelização integral vai além
do anúncio das Boas-Novas. É preciso ter uma visão integral do homem (corpo,
alma e espírito). Conclua enfatizado que a evangelização integral é uma
ordenança de Jesus para a sua Igreja.
Uma igreja
missionária
“Sob a orientação do Espírito Santo, a igreja de Antioquia comissiona
Barnabé e Paulo como os primeiros missionários oficiais do cristianismo (At
13.1-3). Sua aventura inicial acontece na ilha de Chipre, onde Paulo amaldiçoa
um bruxo com cegueira e testemunha a conversão do procônsul romano (vv.4-12).
Em Antioquia da Psídia, Paulo prega primeiramente numa sinagoga judaica, onde
sua mensagem sobre Jesus suscita grande interesse (vv.13-43)”. Para conhecer
mais, leia Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.720.
II.
DISCIPULADO INTEGRAL
A
evangelização integral deve ser acompanhada do discipulado integral, que
compreende as seguintes ações: doutrinação, integração, treinamento e
identificação.
1.
Doutrinação. A
doutrinação do novo convertido consiste no ensino das verdades centrais da fé
cristã, para que ele pense, aja e viva de acordo com o mandamento de Cristo.
Dessa forma, poderá ele guardar todas as coisas ordenadas pelo Senhor, até o
arrebatamento da Igreja (Mt 28.20). A doutrinação deve ser iniciada no ato da
conversão, tendo continuidade durante toda a vida cristã (At 2.41-43). [Comentário: Doutrinação é o compartilhamento de
valores, crenças, ideais e disciplina, tidos como princípios que devem ser
seguidos entre os membros de um grupo, comunidade, tribos, e seguidores nos
mais diversos campos http://www.dicionarioinformal.com.br/doutrina%C3%A7%C3%A3o/. Mateus 28.18,19
diz: “E, chegando-se Jesus, falou-lhes,
dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto, ide, ensinai todas
as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;”,
estas palavras constituem a Grande Comissão de Cristo a todos os seus
seguidores, em todas as gerações. Elas declaram o alvo, a responsabilidade e a
outorga da tarefa missionária da igreja. O propósito da Grande Comissão é fazer
discípulos que observem os mandamentos de Cristo. Este é o único imperativo
direto no texto original deste versículo. A intenção de Cristo não é que o
evangelismo e o testemunho missionário resultem apenas em decisões de
conversão. As energias espirituais não devem ser concentradas meramente em
aumentar o número de membros da igreja, mas, sim, em fazer verdadeiros
discípulos que se separem do mundo, que observem os mandamentos de Cristo e que
o segam de todo o coração, mente e vontade (Jo 8.31). Observe-se, ainda, que
Cristo nos ordena a concentrar nossos esforços para alcançar os perdidos e não
em cristianizar a sociedade ou assumir o controle do mundo.]
2.
Integração. Sem a
integração social do novo crente, sua doutrinação torna-se ineficaz. O novo
convertido precisa sentir que é parte da família de Deus. Não se trata de um
mero exercício sociológico, mas do compartilhamento do amor cristão (At 2.44). João
sabia que, se os cristãos não se amassem mutuamente, jamais se sentiriam parte
do corpo de Cristo. Por isso, não cessava de exortar a Igreja. O amor que
integra não compreende apenas palavras, mas ações efetivas (1Jo 3.18). [Comentário: De cada cem pessoas que aceitam a Cristo, apenas dez
descem às águas batismais, e dessas, apenas três permanecem após o primeiro ano
do batismo. Uma das razões principais para isso é a falta de integração do novo
convertido ao seio da igreja. O crescimento da Igreja se dá pela evangelização,
mas só evangelizar não é o suficiente para crescermos numericamente. É
necessário cuidarmos dos novos convertidos para eles permanecerem na Igreja. Atos
2.41-42 nos diz que logo após a conversão e o batismo os novos convertidos eram
constantemente ensinados sobre as verdades bíblicas, levados à prática cristã,
através da partilha dos bens com aqueles irmãos que eram mais carentes, participavam
da Ceia do Senhor, praticavam a oração, dentre outras coisas. A Igreja Local deve
ter condições de receber, nutrir, preparar e apoiar o novo crente em sua vida, sob
o risco de seu esforço em evangelizar seja em vão.]
3.
Treinamento. Ainda na
fase da doutrinação e da integração, o novo convertido deve ser treinado a
fazer novos discípulos. A libertação do endemoninhado gadareno ilustra muito
bem esta etapa do discipulado radical. Tão logo Jesus o livrou daquela legião,
recomendou-lhe: “Torna para tua casa e conta quão grandes coisas te fez Deus
[...]” (Lc 8.39). E, no mesmo instante, o homem saiu a apregoar quão grandes
coisas fizera-lhe o Senhor. [Comentário: “Torna para tua casa, e conta
quão grandes coisas te fez Deus. E ele foi apregoando por toda a cidade quão
grandes coisas Jesus lhe tinha feito” (Lc 8.39). O homem liberto queria
seguir a Jesus, a resposta foi inversa: “É melhor que você fique aqui, mostre
ao povo que te conheceu debaixo da opressão do mal, como o amor de Deus te
encontrou e como este amor mudou sua vida.” Este homem cumpriu a ordem à risca!
O evangelismo na igreja primitiva era caracterizado pelo esforço constante dos
crentes no cumprimento da Grande Comissão. Nem as proibições, nem as ameaças de
morte, nem as prisões, puderam deter aqueles irmãos que inflamados pelo poder
de Deus e pelo amor às almas perdidas, em nada tiveram suas vidas por preciosas
contanto que pudessem cumprir com alegria a sublime missão que lhes fora dada
pelo mestre. Constrangidos pelo amor de Cristo (2Co 5.14), eles não podiam
deixar de falar do que tinham visto e ouvido (At 4.20).]
4.
Identificação. Esta
fase somente será eficaz se as anteriores forem bem executadas. A plenitude do
discipulado radical será levar o novo crente a ser conhecido, através de seu
testemunho e postura, como seguidor de Cristo. Os crentes primitivos, em
virtude de seu compromisso com Jesus, eram conhecidos como cristãos (At 11.26).
Hoje, mais do que nunca, devido à brevidade e a urgência destes dias, carecemos
de homens, mulheres e crianças que sejam identificados como discípulos de Jesus
Cristo (Jo 8.31). [Comentário: A palavra Christianos é um termo latinizado do grego, encontrado apenas
três vezes no Novo Testamento e designa os seguidores de Cristo Jesus (Atos 11.26;
26.28; 1Pedro 4.16). Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez,
chamados cristãos. Atos 11:26. A recém formada igreja em Antioquia era
constituída de uma mistura de gentios e judeus de fala grega e aramaica. Nessa
cidade os crentes em Jesus foram chamados pela primeira vez de cristãos –
aqueles que seguem a Cristo. Não foram identificados pela naturalidade, pela
cultura nem pelo idioma, mas pelo que tinham em comum – a vida de Cristo http://piblondrina.com.br/index.php?option=com_k2&view=item&id=129:o-que-%C3%A9-ser-um-crist%C3%A3o?&Itemid=49&tmpl=component&print=1. Tornar-se mais
semelhante a Cristo é o desejo de todo crente, e é encorajador saber que Deus
tem o mesmo desejo para nós. Na verdade, a Bíblia diz que Deus "também os predestinou [crentes] para serem
conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre
muitos irmãos" (Rm 8.29). Tornar-nos semelhantes a Cristo é a obra de
Deus, e Ele garante o seu cumprimento (Fp 1.6). No entanto, o fato de que Deus
vai nos transformar na semelhança de Cristo não significa que possamos sentar e
esperar sermos levados ao céu em uma "cama de rosas." O processo
exige a nossa cooperação voluntária com o Espírito Santo. Tornar-se mais
semelhante a Cristo exige tanto o poder divino quanto o cumprimento da
responsabilidade humana http://www.gotquestions.org/Portugues/tornar-se-mais-semelhante-Cristo.html. “Romanos 8.29 diz que Deus predestinou seu
povo para ser conforme à imagem do Filho, ou seja, tornar-se semelhante a
Jesus. Todos sabemos que Adão, ao cair, perdeu muito — mas não tudo — da imagem
divina conforme a qual fora criado. Deus, todavia, a restaurou em Cristo.
Conformar-se à imagem de Deus significa tornar-se semelhante a Jesus: O
propósito eterno de predestinação divina para nós é tornar-nos conformes à
imagem de Cristo” (John Stott) http://ultimato.com.br/sites/john-stott/2012/11/01/o-paradigma-tornando-nos-mais-semelhantes-a-cristo/.]
SÍNTESE DO
TÓPICO (II)
A evangelização integral deve ser
acompanhada do discipulado integral.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, reproduza o quadro abaixo e utilize-o para mostrar aos alunos
o que é o discipulado integral. Explique que o novo convertido é alguém que
experimentou o novo nascimento. Ninguém pode fazer parte do Reino de Deus se
não nascer de novo (Jo 3.3). Mediante a fé em Jesus, experimentamos uma
profunda transformação de vida. Essa mudança radical não é apenas exterior, mas
interior. Temos visto que atualmente muitos apresentam um belo exterior, são
bem apresentáveis, possuem uma boa oratória, mas interiormente estão cheios de
podridão e imundícia. Segundo Jesus, estes são como sepulcros caiados (Mt
23.27). Eles acabam impedindo, devido ao mau testemunho, que muitos entrem no
Reino de Deus e que a Igreja cumpra a sua missão integral.
Aqueles que experimentaram o novo nascimento precisam crescer na graça e
no conhecimento de Cristo; para isso é preciso um discipulado eficiente.
III. A
IGREJA DA EVANGELIZAÇÃO INTEGRAL
A igreja
da evangelização integral é caracterizada por três ações básicas na divulgação
do Evangelho de Cristo: promoção, comissão e manutenção.
1.
Promoção. À
semelhança de Antioquia, a igreja da evangelização integral não vive de si e
para si. Antes, promove a proclamação de Cristo em todos os âmbitos (At
13.1-3). Ela é evangelística e missionária. Para ela, não existe maior evento
do que evangelizar e fazer missões. Que o Senhor avive nossas igrejas,
impulsionando-as aos confins da Terra. [Comentário: “Com exceção de Jerusalém, nenhuma outra cidade esteve tão ligada aos
primórdios do cristianismo como Antioquia. Lucas registra em At 6.5 que certo
Nicolau abandonara o paganismo grego e se tornara membro de uma sinagoga
judaica em Antioquia. [...] O caráter extraordinário dos cristãos de Antioquia
foi demonstrado primeiramente naquele envio de esmolas para a igreja mãe de
Jerusalém, quando a fome assolou esta cidade (At 11.27-30). Além disso, a
igreja de Antioquia era o que nós podemos chamar de uma igreja semi-autônoma,
isto é, apesar dela reconhecer o primado espiritual de Jerusalém, não seguia em
todos os detalhes o ponto de vista evangelístico corrente ali. Desde o início
de sua formação a igreja de Antioquia ministrava igualmente a judeus e gentios”
http://ejesus.com.br/antioquia-a-igreja-e-sua-missao-estudo-1/. “De acordo com
Atos 13.4 Barnabé e Saulo foram enviados pelo Espírito Santo que anteriormente
havia instruído a igreja no sentido de separá-los para ele. Mas de acordo com o
versículo seguinte foi a igreja que, após a imposição de mãos, os despediu. É
verdade que o último verbo pode ser entendido como “deixou-os ir”, livrando-os
de suas responsabilidades de ensino na igreja, pois às vezes Lucas usa o verbo
“adulou” no sentido de soltar. Mas ele também o usa no sentido de dispensar.
Portanto creio que seria certo dizer que o Espírito os enviou instruindo a
igreja a fazê-lo e que a igreja os enviou, por ter recebido instruções do
Espírito. Esse equilíbrio é sadio e evita ambos os extremos. O primeiro é a
tendência para o individualismo pelo qual uma pessoa alega direção pessoal e
direta do Espírito sem nenhuma referência à igreja. O segundo é a tendência
para o institucionalismo, pelo qual todas as decisões são tomadas pela igreja
sem nenhuma referência ao Espírito” http://www.monergismo.com/textos/missoes/missoes_stott.htm.]
2.
Comissão. Na
evangelização integral, a igreja tem de agir como a agência evangelizadora e
missionária por excelência. Nenhuma organização pode substituí-la nessa tarefa.
Discorrendo sobre os pressupostos da evangelização mundial, o apóstolo Paulo
pergunta: “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão
naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como
pregarão, se não forem enviados? [...]” (Rm 10.14.15). [Comentário: Embora a palavra "missões" não se encontre nas
Escrituras, a idéia está inserida em toda a Bíblia Sagrada, de Gênesis a
Apocalipse. A palavra "missão" vem do latim "mitto" e
significa "enviar". No Novo Testamento vemos o próprio Jesus
empregando uma palavra com o mesmo significado - a palavra apóstolo (do grego apostello).
De maneira simples, podemos afirmar que missão significa enviar. Quando falamos
em missões nos referimos à proclamação do evangelho em todo mundo, o que é
geralmente chamado de Grande Comissão. Esta Grande Comissão consiste nas
últimas instruções de Jesus a seus discípulos e que se encontra registrado nos
quatro Evangelhos (Mt 28.18-20; Mc 16.15,16; Lc 24.46-49; Jo 20.21,22), bem
como no livro de Atos dos Apóstolos (1.8). Através da Grande Comissão, o Senhor
Jesus revela sua vontade - de que todas as pessoas, em todas as épocas - ouçam
o evangelho, e assim as famílias da terra seriam benditas (Gn 12.3). A clareza
destes textos deixa evidente que na mente de cada cristão obediente a Jesus,
deve haver um profundo sentimento de paixão pelas almas. A evangelização do
mundo é a vontade e o plano inquestionáveis do Senhor. Uma simples leitura,
mesmo superficial, do Novo Testamento, é capaz de nos fazer observar esse fato.
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao02-im-evangelizacao-amissaomaximadaigreja.htm. O livro de Atos
mostra que missões é a prioridade de Deus para a sua Igreja, após a ascensão de
Jesus. Antes da ascensão, a MISSÃO é definida: Lc. 24.44-49; At. 1.1-5. Após a
ascensão a MISSÃO é praticada: Mc. 16.19-20 e At. 1.8. Na ascensão, Jesus
retornou ao céu e está entronizado ao lado de Deus, comandando a obra
missionária. Qual a base bíblica que temos para afirmar que a obra missionária
é a prioridade da Igreja? O argumento que temos é Atos http://ipimoinhovelho.org.br/a-obra-missionaria-e-a-prioridade-da-igreja/.]
3.
Manutenção. No auge
da prosperidade econômica do Brasil, o que fizemos em prol da evangelização
mundial? Sabemos que algumas igrejas aproveitaram aquele momento para chegar
aos confins da Terra. Outras, porém, viveram apenas para si, como se aquele
instante não tivesse fim. As igrejas da Macedônia, apesar de pobres,
enriqueceram a muitos, sustentando obreiros e missionários (2Co 8.1-7). Nesta
crise que ora atravessamos, demonstremos a nossa fé, mantendo as frentes
evangelísticas já iniciadas e abrindo outras. [Comentário: O apóstolo Paulo e a igreja primitiva demonstravam
igualmente profunda solicitude pelos necessitados. Bem cedo, Paulo e Barnabé,
representando a igreja em Antioquia da Síria, levaram a Jerusalém uma oferta
aos irmãos carentes da Judéia (At 11.28-30). Quando o concílio reuniu-se em
Jerusalém, os anciãos recusaram-se a declarar a circuncisão como necessária à salvação,
mas sugeriram a Paulo e aos seus companheiros “que nos lembrássemos dos pobres,
o que também procurei fazer com diligência” (Gl 2.10). Um dos alvos de sua
terceira viagem missionária foi coletar dinheiro “para os pobres dentre os
santos que estão em Jerusalém” (Rm 15.26). Ensinava as igrejas na Galácia e em
Corinto a contribuir para esta causa (1Co 16.1-4). Como a igreja em Corinto não
contribuísse conforme se esperava, o apóstolo exortou demoradamente aos seus
membros a respeito da ajuda aos pobres e necessitados (2Co 8;9). Elogiou as
igrejas na Macedônia por lhe terem rogado urgentemente que lhes deixasse
participar da coleta (2Co 8.1-4; 9.2). Paulo tinha em grande estima o ato de
contribuir. Na epístola aos Romanos, ele arrola, como dom do Espírito Santo, a
capacidade de se contribuir com generosidade às necessidades da obra de Deus e
de seu povo (ver Rm 12.8; ver 1Tm 6.17-19). Nossa prioridade máxima, no cuidado
aos pobres e necessitados, são os irmãos em Cristo. Jesus equiparou as dádivas
repassadas aos irmãos na fé como se fossem a Ele próprio (Mt 25.40, 45). A
igreja primitiva estabeleceu uma comunidade que se importava com o próximo, que
repartia suas posses a fim de suprir as necessidades uns dos outros (At
2.44,45; 4.34-37). Quando o crescimento da igreja tornou impossível aos
apóstolos cuidar dos necessitados de modo justo e equânime, procedeu-se a
escolha de sete homens, cheios do Espírito Santo, para executar a tarefa (At
6.1-6). Paulo declara explicitamente qual deve ser o princípio da comunidade
cristã: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente
aos domésticos da fé” (Gl 6.10). Deus quer que os que têm em abundância
compartilhem com os que nada têm para que haja igualdade entre o seu povo (2Co
8.14,15; cf. Ef 4.28; Tt 3.14). Resumindo, a Bíblia não nos oferece outra
alternativa senão tomarmos consciência das necessidades materiais dos que se
acham ao nosso redor, especialmente de nossos irmãos em Cristo. Texto extraído de: http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao9-2co-oprincipiobiblicodagenerosidade.htm]
SÍNTESE DO
TÓPICO (III)
As
principais características da igreja da evangelização integral são: promoção,
comissão e manutenção.
SUBSÍDIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ
“O que é a integração total do novo convertido
Integrar é juntar, incorporar, tornar parte. Quando falamos em integrar
o novo-convertido, estamos falando simplesmente disto: fazê-lo parte do corpo
visível do Senhor — a igreja local. A sua união ao corpo místico de Cristo é
obra do Espírito Santo; cabe-nos, entretanto, a missão de levá-lo pela mão em
seus primeiros passos na fé, e de ajudá-lo a ocupar o seu lugar na comunidade
dos salvos.
Na maioria das vezes, as igrejas limitam-se a orar pelas pessoas no ato
da conversão, quando ela manifesta, de alguma forma, o desejo de receber a
Jesus como Salvador. Os cuidados com o novo crente resumem-se a preencher uma
ficha com seus dados pessoais, oferecer-lhe, às vezes, um Novo Testamento, e,
quando muito, visitá-lo em casa depois de alguns dias.
O novo convertido dá os primeiros passos na vida cristã, já participando
dos trabalhos tradicionais da igreja, tentando digerir o ‘sólido mantimento’
sem antes haver recebido o leite dos ‘primeiros rudimentos da palavra de Deus’
(Hb 5.12). Quanto desestímulo e prejuízo esse descaso poderá trazer. A igreja
precisa conscientizar-se da importância da integração total do novo convertido,
para que ele não venha a sentir-se excluído ou desmotivado.
A recepção e os primeiros contatos servem para deixá-lo à vontade e
despertar nele o interesse em voltar à casa de Deus. Contudo, o papel da igreja
vai além; cabe-lhe promover a integração espiritual eclesiástica, doutrinária,
social, emocional e cultural do novo crente, bem como envolvê-lo no serviço
cristão. Isto é integração total” (DORETO, Marli; DORETO, Maísa; DORETO, Marta.
Manual de Integração do Novo Convertido. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2007,
pp.19,20 ).
CONCLUSÃO
Que a evangelização integral caracterize nossas
igrejas nesses dias difíceis e trabalhosos. A crise que perturba o nosso país
poderá não ser a última. Outras mais agudas poderão surgir. Mas, amparados pelo
Autor e Consumador da nossa fé, não desanimemos. Caminhemos de vitória em
vitória, evangelizando e fazendo missões, até que o Senhor nos venha buscar. [Comentário: O avivamento espiritual, que é tanto a causa como o
produto de uma Igreja Viva, precisa abranger a igreja como um todo, se não
queremos um organismo aleijado ou disforme. Não se pode falar de um avivamento
que priorize apenas um aspecto da totalidade do ser humano como, por exemplo, o
destino de sua alma, em detrimento de seu bem-estar físico e social. Não nos
interessa uma comunidade apenas voltada para o futuro, em prejuízo do hoje,
pois isso implica em negligenciar as necessidades imediatas e urgentes do ser
humano. O homem vive na dimensão do aqui e agora. Tem fome, frio, doença, sofre
injustiças; enfim, tem mil motivos para não ser feliz. Nossa missão, pois, é
socorrer o homem no seu todo, para que não somente usufrua paz de espírito, mas
também conserve no corpo e na mente motivos de alegria e esperança. O projeto de
Jesus é para o homem todo e para todos os homens. Fugir dessa verdade é
desobediência e rebelião contra aquEle que nos comissionou. Um verdadeiro
avivamento trará de volta ao crente brasileiro o amor pelos quase 50 milhões de
irmãos pátrios que vivem na pobreza absoluta. O estilo de vida de uma igreja
avivada não se presta a esquisitices humanas, mas à formação de personalidades
de acordo com o caráter de Cristo, que não negligenciam o amor ao próximo"
CIDACO, J. Armando. Um Grito pela Vida da Igreja. 1.ed. RJ, CPAD, 1996,
pp.87-8.] “NaquEle que me
garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é
dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Hoje, em Campina Grande-PB
Setembro de 2016
PARA REFLETIR
A respeito da evangelização integral, responda:
O que é a evangelização integral?
Consiste
na proclamação simultânea do Evangelho em todos os âmbitos: local, nacional e
transcultural.
Por que a evangelização tem de ser simultânea e global?
Porque
Jesus não ordenou aos discípulos evangelizar primeiro Jerusalém, depois a
Judeia, em seguida Samaria e, finalmente, os confins da terra. O seu
plano-diretor era bem claro e objetivo: “e ser-me-eis testemunhas tanto em
Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra”.
Quais as características da evangelização integral?
Doutrinação,
integração, treinamento e identificação.
O que é o discipulado integral?
É
quando “a igreja promove a integração espiritual eclesiástica, doutrinária,
social, emocional e cultural do novo crente, bem como envolvê-lo no serviço
cristão”.
O que é uma evangelização autenticamente pentecostal?
É
uma evangelização realizada pelos crentes cheios do Espírito Santo.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A evangelização integral nesta Última
Hora
O ser
humano foi constituído por duas dimensões (material e imaterial) em sua própria
natureza e precisa ser compreendido holisticamente pela Igreja para que uma
prática bíblica e teologicamente adequada na evangelização. Aqui podemos
remontar uma postulação do teólogo John Stott, um dos maiores pregadores do
século XX, quando ele observa a natureza global do ser humano. Para Stott, pela
Palavra de Deus o nosso próximo é uma pessoa humana criada por Deus. Essa
pessoa humana não é uma alma sem corpo, nem corpo sem alma, muito menos
corpo-alma em isolamento. Ora, Deus criou o ser humano como ser espiritual,
físico e social, isto é, integral. E segundo esta integralidade é que devemos
pensar a nossa prática de evangelização.
Assim, é
possível compreender John Stott quando diz que a sentença “Pregarás o
Evangelho” não substitui a “Amarás o teu próximo”. Ambas as sentenças se
complementam e sustentam-se por si mesmas, denotando suas autonomias teológicas
para fazer cumprir a “doutrina” sistematizada em dois pilares por Jesus de
Nazaré: a primeira “Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a
tua alma e de todo o teu entendimento”; a segunda “Amarás o teu próximo como a
ti mesmo”.
A Missão
da Igreja Cristã permeará esses dois eixos, apontando que o homem precisa de
salvação para o porvir (restauração da comunhão do homem com o Deus eterno),
mas também de redenção para o presente. O ser humano inserido num contexto de
um mundo injusto e mal, precisa ser compreendido pela Igreja numa perspectiva
global. Onde ele entenda a sua função de existir para Deus e servir o próximo
(Mc 12.30,31).
Segundo
Nancy Pearcy, essa mensagem denota “o nosso valor e dignidade [...]
fundamentados no fato de que somos criados à imagem de Deus, chamados para
sermos seus representantes na terra”. Numa perspectiva profundamente bíblica, a
Igreja é chamada por Deus à resgata a dignidade humana perdida no Éden após a
Queda, mas estabelecida pelo Altíssimo desde a fundação do mundo (Gn 1.26). A
salvação em Cristo recupera a imagem de Deus em nós. Então, agora podemos
exercer o modelo bíblico de uma ação evangelizadora integral para mundo.
Entretanto, precisamos confessar que muitas vezes enfatizamos mais o “ide” que
o “amai”. Estas duas ordens não podem ser encaradas de maneira excludentes
entre si. Necessitamos de resgatar a verdade bíblica que denota dois
mandamentos que independem um do outro.