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de Parari-PB, a cidade menos evangelizada do Estado. Vamos levar o Evangelho e
ação social.
Com distribuição de
Bíblias e de cestas básicas, por isso nossa insistência. Falta menos de um mês,
já chegaram algumas doações, mas até o momento apenas 20 cestas básicas foram recebidas... Acredito que Deus há de usar
seus servos para ajudar neste projeto; dentre os mais de 3.282 seguidores, muitos
teriam condições de doar a totalidade planejada (50 cestas). Mas a obra sempre
é realizada com dificuldades, penso eu que é para darmos toda a glória a Ele. Caso
se sensibilize, clique aqui e veja como ajudar.
Data: 22 de Novembro de 2015
TEXTO ÁUREO
“Toda alma esteja sujeita às autoridades
superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades
que há foram ordenadas por Deus” (Rm 13.1). [Comentário: Paulo não sugere que Deus aprova uma
autoridade corrupta, oficiais ímpios ou legislações injustas. Algumas vezes,
entretanto, em punição aos pecados de uma pessoa ou por outros motivos
conhecidos por Deus, ele permite que os governantes maus tenham autoridade por
algum tempo, como os profetas do Antigo Testamento freqüentemente testemunham.
Idealmente, Deus concede autoridade para fazer boas obras. A maneira como esta
autoridade é exercida será responsabilidade de cada um a quem ela foi
concedida. Os crentes têm uma base racional distinta para se submeterem, de
modo apropriado, às autoridades: o reconhecimento de que o próprio Deus é a
fonte do governo na sociedade humana (Pv 18.15-16; Dn 2.21).].
VERDADE PRÁTICA
Deus
instituiu autoridades e leis, a fim de preservar a sociedade humana de uma
depravação total e irreversível. [Comentário:
O governo cível é um meio ordenado por Deus para reger e manter a ordem
nas comunidades. Em nosso mundo decaído, essas autoridades são instituições da
Graça comum de Deus, colocadas como anteparo contra a anarquia e contra a
dissolução da sociedade ordenada.].
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Gn 9.6 - O livro de Gênesis e a origem do
governo humano
Terça — Rm 13.1 - O princípio do governo humano
revelado na Palavra de Deus
Quarta — 1Pe 2.17 - A Palavra de Deus e a honra
devida às autoridades
Quinta — 1Tm 2.1,2 - Orações devem ser feitas pelas
autoridades
Sexta — 1Tm 1.9,10 - A Palavra de Deus e o objetivo da
lei
Sábado — Ap 19.6 - Jesus Cristo, a suprema
autoridade revelada à humanidade
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 9.1-13.
1 — E abençoou Deus a Noé e a
seus filhos e disse-lhes: frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra.
2 — E será o vosso temor e o
vosso pavor sobre todo animal da terra e sobre toda ave dos céus; tudo o que se
move sobre a terra e todos os peixes do mar na vossa mão são entregues.
3 — Tudo quanto se move, que é
vivente, será para vosso mantimento; tudo vos tenho dado, como a erva verde.
4 — A carne, porém, com sua vida,
isto é, com seu sangue, não comereis.
5 — E certamente requererei o
vosso sangue, o sangue da vossa vida; da mão de todo animal o requererei, como
também da mão do homem e da mão do irmão de cada um requererei a vida do homem.
6 — Quem derramar o sangue do
homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme
a sua imagem.
7 — Mas vós, frutificai e
multiplicai-vos; povoai abundantemente a terra e multiplicai-vos nela.
8 — E falou Deus a Noé e a seus
filhos com ele, dizendo:
9 — E eu, eis que estabeleço o meu
concerto convosco, e com a vossa semente depois de vós,
10 — e com toda alma vivente, que
convosco está, de aves, de reses, e de todo animal da terra convosco; desde
todos que saíram da arca, até todo animal da terra.
11 — E eu convosco estabeleço o
meu concerto, que não será mais destruída toda carne pelas águas do dilúvio e
que não haverá mais dilúvio para destruir a terra.
12 — E disse Deus: Este é o sinal
do concerto que ponho entre mim e vós e entre toda alma vivente, que está
convosco, por gerações eternas.
13 — O meu arco tenho posto na
nuvem; este será por sinal do concerto entre mim e a terra.
HINOS SUGERIDOS
531, 532 e 588 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Compreender que Deus instituiu autoridades e leis
para preservar a humanidade.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
·
I. Mostrar que Deus
estabeleceu um novo começo a partir da família de Noé;
·
II. Analisar o arco
de Deus como símbolo do seu novo pacto com a humanidade;
·
III. Explicar o
princípio do governo humano.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
As águas
do dilúvio foram baixando até que Noé e sua família puderam deixar a arca e
iniciar uma nova vida em um mundo novo, purificado do pecado pelas águas do
dilúvio. Noé e sua família deram início a nova vida com sacrifício e adoração a
Deus, o grande Criador (8.1-22). O Senhor então decide introduzir o governo
humano no novo mundo. O governo humano é uma forma de governo onde Deus delega
ao homem a direção do planeta e a administração da justiça. Esta forma de
governo foi confirmada pelo filho de Deus ao declarar: “Portanto, tudo o que
vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei
e os profetas” (Mt 7.12). Deus também fez um pacto com a humanidade, prometendo
que nunca mais destruiria a vida humana por intermédio de dilúvio. A Terra
havia sido purificada, porém Noé e seus descendentes carregavam a semente do
pecado em seus corações.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Deus fez
chover sobre a terra por quarenta dias e quarenta noites. As águas caíram e
brotaram em tal quantidade, que vieram a prevalecer por quase um ano. Veio a
perecer, assim, toda a primeira civilização humana. Enquanto isso, Noé e sua
família, na grande arca, vagavam sobre as águas que, dia a dia, iam diminuindo
até que o chão enxuto apareceu.
Já fora
do grande barco, os sobreviventes empreendem uma nova obra civilizatória. E,
para tanto, o patriarca recebe instruções específicas do Senhor, a fim de que
ele e seus filhos cumpram-lhe fielmente a vontade: edificar uma sociedade
baseada no amor a Deus e ao próximo. Uma sociedade que, distanciando-se daquela
região, alcançasse os confins da terra.
Tinha
início, naquele momento, o governo humano, que haveria de perdurar, apesar de
tantos dramas e tragédias, até nossos dias. [Comentário:
Posto que o dilúvio foi uma prefiguração do batismo cristão, conforme
1Pe3.20,21, a saída de Noé e sua família da Arca pode ser tida como seu
surgimento das águas da morte para uma nova vida. Eles prefiguram a nova
humanidade que prevalece sobre o mal (Ap 21.7). Nesta lição, vamos estudar a dispensação do governo humano. Dispensação é um período de tempo,
longo ou curto, no qual, através de uma lei fixa, Deus prova a humanidade, sob
a qual a humanidade deve ser fiel e obediente para que possa receber as bênçãos
prometida. Este método não só é o mais antigo, más também o mais razoável. A
palavra "dispensação", vem do latim "dispensatio",
significando administração, economia ou mordomia. Isso nos leva a afirmar que em cada período bíblico Deus
está administrando os tempos e as diferentes revelações manifestadas ao homem. Na
Bíblia vamos encontrar sete dispensações:
1. Dispensação da INOCENCIA
2. Dispensação da CONSCIENCIA
3. Dispensação do GOVERNO HUMANO
4. Dispensação da PROMESSA
5. Dispensação da LEI
6. Dispensação da GRACA
7. Dispensação do REINO OU
MILENIAL.
A dispensação da consciência
terminou em fracasso porque a humanidade não obedeceu às determinações de sua
consciência. Por desobedecê-la durante um longo período sua consciência se
enfermou a tal ponto que não podia distinguir o bem do mal. Vimos que a raça
humana, em virtude de sua maldade e desobediência, foi destruída pelo Dilúvio.
Depois do Dilúvio Deus dá uma nova oportunidade à humanidade, através de Noé e
sua família; esta é a terceira dispensação, o "Governo Humano", tinha
a completa vontade e liberdade de Deus (Gn 9.1-7), isso incluía a permissão
para formar um governo humano e governar-se a si mesmo. Começou no fim do
Dilúvio, durando 427 anos, até o chamado de Abraão. A dispensação termina com a humanidade intoxicada
com a sua importância (Gn 11.4). O resultado foi o juízo (vs. 8,9).].
PONTO CENTRAL
Deus estabeleceu o governo humano.
I. UM NOVO COMEÇO
Noé e sua
família permanecem a bordo da arca por quase um ano (Gn 7.11; 8.13). Ao
deixarem a embarcação, conscientizam-se de que, de agora em diante, terão de se
deparar com uma realidade inteiramente nova. [Comentário:
A capacitação dos seres humanos por Deus, com esta autoridade judicial,
mostra que estes permanecem diante de Deus como dominadores (Gn 1.26) e lança
fundamentos para o governo pelo Estado (Rm 13.1-7).].
1. Um
novo relacionamento com a natureza. Se até aquele momento o homem havia convivido
harmonicamente com a criação, a partir de agora, esse relacionamento será
bastante traumático. Alerta o Senhor que os animais, por exemplo, terão medo e
pavor do ser humano (Gn 9.2). Para combatê-los, haveriam de surgir grandes
caçadores como Ninrode (Gn 10.9).
A
natureza deveria ser domada a duras penas, a fim de que o habitat dos filhos de
Noé se fizesse sustentável. Sobre o assunto, declara o apóstolo Paulo: “Porque
sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora”
(Rm 8.22 — ARA). No Milênio, porém, tal situação será revertida (Is
11.6). Por enquanto, todos jazemos sob um pesado cativeiro. [Comentário: Depois do Dilúvio, Deus deu uma nova
chance para a raça humana, representada na família de Noé. Noé é o novo Adão.
Em Gn 7 e 8 testemunhamos a destruição de toda vida na face da terra, com a
exceção de Noé e sua família. Deus acabou com tudo e todos, para limpar sua
terra do mal. Noé achou graça, obedeceu a Deus, e foi usado grandemente por
Deus. O homem passou a ter medo dos animais (9.2). Gênesis 9.2 parece indicar
que antes daquele momento a convivência entre o homem e os animais tenha sido
diferentes do que conhecemos hoje. Alguns intérpretes se aproveitam da ideia de
um possível relacionamento harmonioso entre o homem e os animais, para
explicarem como Noé conseguiu controlá-los dentro da arca.].
2. Uma
nova dieta. Se antes
do Dilúvio todos dispunham de uma dieta vegetal rica e farta, agora teriam de
complementá-la com nutrientes animais. Todavia, deveriam abster-se do sangue
(Gn 9.4). Semelhante recomendação fariam os apóstolos em Jerusalém (At
15.19,20). [Comentário:
Além de vegetais para comer, agora recebem a permissão de comer carne, com
certa limitação. Eles não têm permissão de participar de carne na qual fique
sangue. O sangue era símbolo da vida, e no homem particularmente não tinha de
ser tratado de modo leviano. Deus fez o homem conforme a sua imagem e, por
isso, tinha uma condição especial. Contra comer sangue, veja Gn 9.4. Deus nunca
mudou essa determinação (At l5.29). O sangue sempre foi precioso aos olhos de
Deus.].
3. A
bênção divina.
Reconstruir a sociedade humana era tarefa nada fácil. Noé e sua família teriam
de recomeçar um processo civilizatório que, por causa da grande inundação,
perdera quase dois mil anos de invenções, descobertas e avanços tecnológicos.
Nessa
empreitada, o patriarca e seus filhos necessitariam da plenitude da bênção
divina. Bem-aventurando-os, ordena-lhes o Senhor: “Mas vós, frutificai e
multiplicai-vos; povoai abundantemente a terra e multiplicai-vos nela” (Gn
9.7). Não demoraria muito, conforme veremos nas próximas lições, para que o
homem voltasse a progredir e a ocupar os mais remotos continentes. [Comentário: A terceira vez
que Deus abençoou os seres humanos e lhes ordena serem frutíferos. As bênçãos
de Deus para Noé, de ser fecundo e dominar, se constituem o ato culminante de
Deus na renovação da criação.].
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A
terra foi purificada pelas águas do dilúvio e Deus estabeleceu um novo começo a
partir da família de Noé.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Professor para a introdução do primeiro tópico da lição faça a seguinte
indagação: “Quanto tempo durou o dilúvio?”. Ouça os alunos com atenção e
incentive a participação de todos. Explique que “Gênesis 7 e 8 registra
detalhes sobre isso. Os animais entraram na arca no dia 10 do mês dois (7.8,9).
A chuva começou sete dias depois (v.11), e o volume de água foi aumentando até
dia 27 do mês três (v.12). A arca não toca a terra até dia 17 do mês sete
(8.4). O cume de montanhas é visto no dia 1º do décimo mês (v.4), e as portas
da arca finalmente são abertas em 1º do mês um (v.13). A terra estava seca o
suficiente para Noé e sua família saírem em 27 do mês dois (v.14), um ano e dez
dias depois que o dilúvio começou” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da
Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo.
10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.30).
“O relato do dilúvio fala-nos, tanto do julgamento do mal, como da
salvação (Hb 11.7). (1) O dilúvio, trazendo a total destruição de toda a vida
humana fora da arca, foi necessário para extirpar a extrema corrupção moral dos
homens e mulheres e para dar à raça humana uma nova oportunidade de ter
comunhão com Deus. (2) O apóstolo Pedro declara que a salvação de Noé em meio
às águas do dilúvio, seu livramento da morte, figurava o batismo do cristão” (Bíblia
de Estudo Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.42).
II. O ARCO DE DEUS
Antes do
Dilúvio, não havia chuva. Um vapor regava a terra. A partir de agora, porém,
haveria de cair regularmente sobre a terra, como sinal da bênção divina (Mt
5.45). A pergunta, todavia, era inevitável: “E se viesse outro dilúvio?”.[Comentário:Há toda uma
série de palavras, frases e declarações que pessoas diversas, inclusive cultas,
e até obreiros, citam como se fossem da Bíblia, quando na verdade não são. Devemos
nos precaver para evitar esses "senões" e impropriedades para com a Palavra de
Deus. A afirmação de que até o dilúvio não havia chovido sobre a terra é
uma destas citações sem lastro. Isto dizem, tomando por base Gn 2.5,6: “Porque ainda o Senhor Deus não tinha feito
chover sobre a terra (...)”. Discordando do comentarista - e o leitor examine as Escrituras e textos auxiliares - o texto de Gn 2.5 refere-se à terra quando ainda não
existia as plantas nem o homem. Vemos aí neste texto que foi antes da criação
do homem que a erva não brotava por não chover, embora havia ali um vapor que
não resultava no crescimento das plantas. Isto posto, discordo da posição
apresentada, pois, como sabemos, após a criação do homem,
houve um jardim. Caim, filho de Adão, era lavrador e, em certo momento,
ofereceu frutos em sacrifício a Deus. Noé fez a Arca de madeira. Vemos então
que plantas nasceram sobre a terra. Lembremo-nos que haviam dois requisitos para
que as plantas nascessem: lavrador e chuva. Também vamos nos lembrar que o
vapor não tinha capacidade de fazer plantas crescerem. Dessa forma, está claro
que teve de haver chuva antes do Dilúvio. Pura questão de interpretação de
texto].
1. Um
novo pacto com a humanidade. Visando acalmar-lhes o espírito, promete-lhes o
Senhor: o mundo não voltará a ser destruído por uma nova inundação. Sem essa
promessa, a descendência de Noé teria desperdiçado seus esforços na construção
de arcas, torres e barragens.
Em sua
misericórdia, o Senhor promete: “E eu convosco estabeleço o meu concerto, que
não será mais destruída toda carne pelas águas do dilúvio e que não haverá mais
dilúvio para destruir a terra” (Gn 9.11).[Comentário:O substantivo
pacto significa, segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa,
“ajuste”, “convenção” ou “contrato”. Estes tres substantivos são também usados
para definir o significado do substantivo aliança.
Diferentes versões da Bíblia em português usam os substantivos pacto, aliança,
acordo e concerto para traduzir o substantivo hebraico berith que aparece cerca
de 290 vezes no Antigo Testamento. Para todos esses sinônimos a ideia básica
que encontramos é a união entre duas partes, um pacto ou acordo bilateral.No
verso 11, o Senhor diz: “Estabeleço uma aliança”, aquilo que precisamos tem que vir do céu.A
Aliança Noética foi uma aliança incondicional entre Deus e Noé
(especificamente) e Deus e a humanidade (em geral). Depois do dilúvio, Deus
prometeu à humanidade que nunca mais destruiria toda a vida na Terra com um
dilúvio (ver Gênesis capítulo 9). Deus deu o arco-íris como sinal da aliança, a
promessa de que toda a terra nunca mais teria um dilúvio e um lembrete de que
Deus pode e vai julgar o pecado (2 Pedro 2:5).].
2. O
sinal do pacto noético. A fim de que a humanidade se lembrasse da misericórdia de Deus, após
cada chuva, o Senhor torna-lhes bem visível o seu pacto: “O meu arco tenho
posto na nuvem; este será por sinal do concerto entre mim e a terra. E
acontecerá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, aparecerá o arco nas
nuvens” (Gn 9.13,14).
O arco de
Deus, seria um fenômeno tão novo como a chuva regular. Vendo-o a cada
chuvarada, os descendentes de Noé poderiam repousar nos cuidados divinos.[Comentário:“Disse Deus:
Este é o sinal da minha aliança que faço entre mim e vós e entre todos os seres
viventes que estão convosco, para perpétuas gerações.” (9:12). Esta aliança
permanecerá em vigor até a época em que nosso Senhor retornar à terra para
purificá-la com fogo (II Pe. 3:10). Toda aliança tem um sinal que a acompanha. O
sinal da aliança Abraâmica é a circuncisão (Gn 17.15-27); o da Mosaica é a
observância do Sábado (Êx 20.8-11; 31.12-17). O “sinal” do arco-íris é bastante
apropriado. Ele consiste nos reflexos dos raios de sol nas partículas de água
das nuvens. A mesma água que destruiu a terra forma o arco-íris. O arco-íris
também aparece no final de uma tempestade. Assim, este sinal assegura ao homem
que a tempestade da ira de Deus (no dilúvio) terminou.].
SÍNTESE DO TÓPICO
(II)
Deus,
por sua infinita misericórdia, estabeleceu um novo pacto com o homem. Este
pacto teve como símbolo um arco nos céus.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Peça que os alunos leiam Gênesis 9.9-17. Depois explique que estes
versículos “falam do concerto que Deus fez com a humanidade e com a natureza,
pelo qual Ele prometeu que nunca mais destruiria a terra e todos os seres
viventes com um dilúvio (vv.11,15). O arco-íris foi o sinal de Deus e o
memorial perpétuo da sua promessa, no sentido de nunca mais Ele destruir todos
os habitantes da terra com um dilúvio. O arco-íris deve nos lembrar da
misericórdia de Deus e da sua fidelidade à sua palavra” (Bíblia de Estudo
Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.45).
III. O PRINCÍPIO DO
GOVERNO HUMANO
Uma nova
civilização estava prestes a recomeçar. Mas, para que alcançasse plenamente os
seus objetivos, era imperioso que ela se formasse sob o império das leis. Por
esse motivo, Deus institui o governo humano.
1. O
governo humano.
Teologicamente, o governo humano é a instituição estabelecida por Deus, logo
após o Dilúvio, através da qual o Senhor delega ao homem não somente a
governança do planeta, como também a administração da justiça (Rm 13.1). Essa
instituição, sem a qual a civilização humana seria inviável, pode ser sumariada
nesta única sentença divina: “Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu
sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem” (Gn 9.6).
O Senhor
Jesus, ao ratificar esse princípio, foi enfático ao realçar o lado benevolente
e amoroso que deveria reger o governo humano: “Portanto, tudo o que vós quereis
que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os
profetas” (Mt 7.12).[Comentário:Antes do
Dilúvio já havia sobre a terra um sistema de governo - sugiro ao leitor diferenciar a dispensação do governo humano, que surgiu com Noé e foi até o chamado de Abraão, do governo civil exercido pelo Estado, que é o abrangido pelo texto áureo; notemos que Adão foi constituído governador do Éden, a ele cabia administrar, lavrar e guardar o jardim, logo depois, vemos surgir as primeiras cidades e povoados, e também de
alguma forma existiam regras de conduta em relação a Deus, para que pudesse ser
possível diferenciar os justos como Abel, Enoque e Noé dos injustos como Caim,
Lameque e etc. Porém, somente após o Dilúvio é que encontramos Deus se
pronunciando de forma direta sobre o relacionamento entre os homens. Deus agora
deu a Noé determinadas leis para governar a raça por elas, e o homem passou a
ser responsável pelo seu próprio governo - lembremos de Hamurabi e seu código (1.700 a.C.). Algumas dessas leis formaram a base
das leis humanas em todas as eras desde então. Elas são necessárias para punir
criminosos, sejam indivíduos ou nações (Rm 13.1-6; 1 Pe 2.13,14);
consequentemente, a aplicação das leis é necessária bem como a guerra quando
uma nação torna-se criminosa (Is 11.4-9; 65.20-25; Dn 2.21; 4.17-25; 5.21;
7.1-25; 8.20-25; 9.24-27;11.2-45; Zc 14; AP 19.11-21). Teologicamente falando,
“Governo Humano” é a terceira dispensação e teve a duração de 427 anos.
Iniciou-se logo após o dilúvio e estendeu-se até o chamado de Abraão quando ele
tinha 75 anos de idade (Gn 8.15-16; 18-19; 9.18-19; 11.10-32; 12.1-3). Por
conseguinte, não devemos confundir a terceira dispensação com o governo civil
pelo Estado, este possui suas bases naquele, mas não é a continuidade daquela dispensação.].
2. O
aperfeiçoamento do governo humano. Israel teve em vários períodos de sua história,
alguns governos que chegaram a ser perfeitos. Haja vista o reinado de Ezequias
(2Cr 29.1,2). Aliás, esses homens procuraram cumprir a Lei de Moisés, porque
sabiam que nenhum reino poderá ser construído anarquicamente.
Dessa
forma, Noé e seus descendentes, sob as novas regras baixadas pelo Senhor,
puderam dar continuidade a história humana, apesar das lacunas deixadas pelo
Dilúvio.[Comentário:Os governos
humanos fazem parte de um governo moral de Deus e são necessários para a
preservação da sociedade humana na terra (Rm13.1-2 Rm 13:5-7 I Pe 2:13-14).Os
descendentes de Noé cresceram sobre a terra. Todas as civilizações e impérios
que já existiram, partiram do “multiplicai-vos” ordenado por Deus a Noé e seus
filhos. Ao longo da história, a humanidade já testemunhou ótimos governos, que
agiram conforme o padrão moral ordenado por Deus, como também já foi
testemunhado governos tiranos, corruptos e totalmente manchados pelo pecado e
agindo com influências malignas.].
SÍNTESE DO TÓPICO
(III)
O
princípio do governo humano se deu a partir de Noé e seus descendentes.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
“A Instituição do Governo Humano
No século antediluviano não havia nenhum governo humano. Todo homem
tinha liberdade para seguir ou rejeitar qualquer caminho. Mesmo rejeitando o
Caminho, não havia refreio contra o pecado. O primeiro homicida, Caim, foi
protegido contra um vingador (Gn 4.15). Sucessivos homicidas (Lameque, por
exemplo) exigiram semelhante proteção (Gn 4.23,24). Durante séculos os homens
haviam abusado do amor e da graça de Deus, e gastaram seu tempo entregues a
toda qualidade de pecado e vício. Após o dilúvio, o caminho, o único Caminho
para a vida eterna, ainda permaneceria aberto diante deles, e cabia-lhes o
direito de aceitar ou rejeitá-lo. Mas se o rejeitassem, continuando
desobedientes às leis divinas, eram passíveis de punição imediata por parte dos
seus contemporâneos, pois Deus instituiu um governo terrestre que serviria de
freio sobre os delitos dos ímpios. A ordem divina foi esta: ‘Se alguém derramar
o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu’ (Gn 9.6). A pena capital é a
função de maior seriedade do governo humano, e uma vez que Deus concedeu ao
homem essa responsabilidade judicial, automaticamente todas as demais funções
de governo foram também conferidas. O governo humano, assim construído,
exercendo a prerrogativa da pena capital, foi e é sancionada pelo próprio Deus
como um meio de deter os desobedientes (Rm 13.1-7; 1Tm 1.8-10). A investidura
dessa autoridade e responsabilidade no homem foi uma novidade do novo pacto de
Deus ao homem após o dilúvio.
Em comparação com a aliança adâmica, notamos que há: 1) maior domínio
sobre o reino animal; 2) uma dieta mais ampla; 3) a promessa de Deus que não
mais destruirá toda a carne; 4) e maior repressão sobre os ímpios, incluindo a
prerrogativa da pena capital, que seria ao mesmo tempo uma ilustração do
governo divino” (OLSON, Lawrence N. O Plano Divino Através dos Séculos:As
dispensações que Deus estabeleceu para Israel, a Igreja e para o mundo. 26ª
Edição. RJ: CPAD, 2004, pp.69-71).
CONCLUSÃO
O governo
humano é uma instituição divina. Foi deixado pelo Senhor, objetivando levar a
civilização a cumprir os seus objetivos, até que o seu Reino seja instaurado
entre nós através de Jesus Cristo, seu Filho.
Enquanto
isso, todos somos exortados a obedecer aos mandatários e governantes, desde que
estes não baixem leis que contrariem a Palavra de Deus, que está acima de todas
as legislações humanas. Por isso, eis o nosso texto áureo: “Mais importa
obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29).[Comentário:“Deus, o Senhor supremo e Rei de todo o
mundo, para a sua própria glória e para o bem público, constituiu sobre o povo
magistrados civis, a ele sujeitos, e para este fim os armou com o poder da
espada para defesa e incentivo dos bons e castigo dos malfeitores. Os
magistrados civis não podem tomar sobre si a administração da Palavra e dos
Sacramentos ou o poder das chaves do Reino de Deus” (Confissão de
Westminster, capítulo XXIII. 1,3). Pelo fato de o governo civil existir
para o bem de toda a sociedade, Deus lhe confere o “poder da espada”, o uso
legal da força para aplicar as leis justas (Rm 13.4). Os crentes devem
reconhecer isso como parte da ordem de Deus. Porém, se o governo civil proíbe
aquilo que Deus exige ou exige aquilo que Deus proíbe, os crentes não devem
submeter-se, e alguma forma de desobediência civil se torna inevitável (At
4.18-31;5.17-29).
Temos, ainda, a responsabilidade de exigir que os governos civis cumpram o seu
devido papel. Devemos orar pelos governantes, obedecer-lhes e estar atentos com
relação a eles (1Tm 2.1-4; 1Pe 2.13-14), lembrando-os de que Deus os
estabeleceu para governar, proteger e manter a ordem.]. “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da
fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco
Barbosa
Campina
Grande-PB
Novembro
de 2015
PARA
REFLETIR
A respeito do livro de Gênesis:
Após o Dilúvio, como seria o relacionamento do ser humano com a
natureza?
Se
até aquele momento, o homem havia convivido harmonicamente com a criação, a
partir de agora, esse relacionamento será bastante traumático. Alerta o Senhor
que os animais, por exemplo, terão medo e pavor do ser humano (Gn 9.2). Para
combatê-los, haveriam de surgir grandes caçadores como Ninrode (Gn 10.9).
A dieta humana foi alterada com o Dilúvio?
Se
antes do Dilúvio, todos dispunham de uma dieta vegetal rica e farta, doravante
teriam de complementá-la com nutrientes animais, pois a terra já não era tão
fértil como antes. Eis a razão por que Deus autoriza-os a enriquecer suas
refeições com carne.
Qual a simbologia do arco de Deus?
Era
um sinal do pacto de Deus de jamais destruir a humanidade novamente pelo
dilúvio.
O que é o governo humano?
Teologicamente,
o governo humano é a instituição estabelecida por Deus, logo após o Dilúvio,
através da qual o Senhor delega ao homem não somente a governança do planeta,
como também a administração da justiça (Rm 13.1).
Até que ponto devemos obedecer o governo humano?
Desde
que estes não baixem leis que contrariem a Palavra de Deus, que está acima de
todas as legislações humanas.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O início do Governo Humano
“A
democracia é a pior forma de governo, exceto todas as outras que têm sido
tentadas de tempos em tempos” — frase atribuída a Winston Churchill. Dizem
alguns filósofos que a história da humanidade pode se resumir na luta pelo
poder. Ou como disse Karl Marx: “A história de toda a sociedade até aos nossos
dias nada mais é do que a história da luta de classes”. Se Churchil e Marx
estão certos, esta não é a discussão que desejamos levantar aqui — é bom
lembrar que Churchil e Marx são cosmovisões completamente distintas uma da
outra, conservadorismo x socialismo.
Entretanto,
desde Noé e sua descendência, quando se começou a estabelecer um governo
humano, até os dias contemporâneos, muita coisa aconteceu. Reinos se levantaram
e reinos foram abatidos. Imperadores chegaram ao poder e imperadores foram
retirados do poder. Os governos deixaram de ser uma pessoa para ser uma Carta
Magna, com o advento das constituições federais. O Estado não é mais o
indivíduo, como disse Luis XV da França (“O Estado sou eu”).
Tudo isso
faz parte do plano de Deus para o governo humano. Nosso Senhor disse: “Nenhum
poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado” (Jo 19.11a). Nosso
Senhor deixa claro que todo poder que existe no mundo foi estabelecido por
Deus. O apóstolo Paulo escreveu: “Toda alma esteja sujeita às autoridades
superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades
que há foram ordenadas por Deus” (Rm 13.1).
A ideia
bíblica de que a autoridade foi ordenada por Deus para garantir a ordem e o bom
funcionamento para a sociedade é apresentada nas Escrituras desde a família de
Noé, quando do novo começo da humanidade, passando pela história de toda
civilização humana.
Essa é
uma boa oportunidade para refletirmos sobre os governos atuais que flertam com
a ditadura, com a falta de interesse de desenvolver a educação da nação e a
prioridade de proteger o cidadão com estratégias de segurança pública. São
questões atuais e necessárias para serem refletidas. Ainda em Romanos, o
apóstolo Paulo diz: “Porque os magistrados não são terror para as boas obras,
mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás
louvor dela” (13.3). Neste texto, está implícito que o governo, segundo a
perspectiva de Deus e das Escrituras, é para fazer o bem, proteger as pessoas
de bem e fazer justiça a quem for vítima de um algoz que praticar o mal.
Todo
poder estabelecido no mundo provém de Deus e prestará contas a Ele!