Lições Bíblicas CPAD
Jovens
e Adultos
Título:
Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista:
Antonio Gilberto
Elaboração
e pesquisa para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no Brasil, Campina
Grande-PB;
Postagem
no Blog AUXÍLIO AO MESTRE: Francisco A Barbosa.
1º Trimestre de 2014
Lição 3
As pragas divinas e as propostas ardilosas de Faraó
19 de Janeiro de 2014
TEXTO ÁUREO
“Revesti-vos de
toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas
ciladas do diabo” (Ef 6.11).
VERDADE PRÁTICA
Como salvos por
Cristo, podemos pela fé vencer o Diabo em suas investidas contra nós.
HINOS SUGERIDOS
107,
212, 531.
LEITURA DIÁRIA
Segunda -
1Co 15.57
Deus que
nos dá a vitória
Terça - 2Co 2.14
Deus nos
faz triunfar em Cristo
Quarta - 2Co 11.14
Satanás
engana pela imitação
Quinta - 1Tm 4.1
Doutrinas
falsas vêm de demônios
Sexta - Jo 8.44
A mentira
procede do Diabo
Sábado - 1Ts 2.18
Satanás
combate a obra de Deus
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
Êxodo 3.19,20; 7.4,5; 8.8,25;
10.8,11,24.
Êxodo 3
19 - Eu sei, porém, que o rei do Egito não vos deixará ir, nem ainda por
uma mão forte.
20 - Porque eu estenderei a minha mão e ferirei ao Egito com todas as
minhas maravilhas que farei no meio dele; depois, vos deixará ir.
Êxodo 7
4 - Faraó, porém, não vos ouvirá; e eu porei a mão sobre o Egito e
tirarei os meus exércitos, o meu povo, os filhos de Israel, da terra do Egito
com grandes juízos.
5 - Então, os egípcios saberão que eu sou o SENHOR, quando estender a mão
sobre o Egito e tirar os filhos de Israel do meio deles.
Êxodo 8
8 - E Faraó chamou a Moisés e a Arão e disse: Rogai ao SENHOR que tire as
rãs de mim e do meu povo; depois, deixarei ir o povo, para que sacrifiquem ao
SENHOR.
25 - Então, chamou Faraó a Moisés e a Arão e disse: Ide e sacrificai ao
vosso Deus nesta terra.
Êxodo 10
8 - Então, Moisés e Arão foram levados outra vez a Faraó, e ele
disse-lhes: Ide, servi ao SENHOR, vosso Deus. Quais são os que hão de ir?
11 - Não será assim; andai agora vós, varões, e servi ao SENHOR; pois
isso é o que pedistes. E os lançaram da face de Faraó.
24 - Então, Faraó chamou a Moisés e disse: Ide, servi ao SENHOR; somente
fiquem vossas ovelhas e vossas vacas; vão também convosco as vossas crianças.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
·
Analisar
as pragas deferidas e a primeira proposta de Faraó;
· Saber
que assim como Faraó, Satanás não desiste facilmente, e
· Discutir
a proposta final de Faraó.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra
Chave
Proposta: Aquilo que se propõe; sugestões de Faraó ao povo
de Deus.
Deus
havia declarado que se Faraó não deixasse o seu povo sair do Egito, Ele feriria
os egípcios com várias pragas (Êx 3.19,20). Em Êxodo 7.4,5, Deus reiterou o
envio de flagelos terríveis sobre o Egito, os quais tinham como propósitos:
julgar tanto o governo quanto o povo por seus atos, e também apressar a saída
dos hebreus e mostrar o poder de Deus sobre os deuses egípcios. A partir da
ocorrência da segunda praga (a das rãs, Êx 8.1-15), Faraó passa a fazer uma
série de propostas ardilosas e destruidoras a Moisés e Arão. Na lição de hoje
estudaremos o ambiente e as circunstâncias em que ocorreram as pragas e as
propostas de Faraó ao povo de Deus.
[Comentário:
Faraó (Hb Par῾ōh, termo de
origem egípcia que significava propriamente "casa elevada"),
possuía o status de “um deus vivo”, os egípcios acreditavam que estes
governantes eram filhos diretos do deus Osíris, portanto agiam como
intermediários entre os deuses e a população egípcia. Este homem não demonstra
nenhuma intenção de libertar os hebreus, ainda mais quando foi intimado por um
“outro Deus” que não ele próprio. Diante da recusa, YAHWEH enviou várias pragas
ao Egito (Êx 3.19,20). Qual era o propósito divino ao enviar as pragas (chamadas
em hebraico de Makot Mitzrayim, literalmente Pragas do Egito). Através das Dez
Pragas, o Eterno demonstrou não apenas ser O Criador do Universo, mas Senhor
Único e Absoluto dos Céus e da Terra, Juiz Supremo e Força Regente da Natureza.
No Egito, a contundente revelação da Onipotência Divina fez com que mesmo os
mais incrédulos entre os Filhos de Israel fossem obrigados a reconhecer o
ilimitado Poder Divino. O principal objetivo das múltiplas pragas foi,
portanto, demonstrar a Israel que YAHWEH é Único, Senhor sobre a natureza e
sobre as outras nações, e que não há outro além Dele. Foi a partir da segunda
praga (a das rãs, Êx 8.1-15), que Faraó passou a fazer uma série de propostas
ardilosas e destruidoras a Moisés, e é aqui, nessa linha de pensamento, que
traçaremos a nossa lição. Precisamos de discernimento a fim de não aceitar as
ardilosas propostas de Satanás para nós, igreja do Senhor]. Tenhamos todos uma
excelente e abençoada aula!
I.
AS PRAGAS ENVIADAS E A PRIMEIRA PROPOSTA DE FARAÓ
1. Pragas
atingem o Egito (Êx 7.19 — 12.33). Deus ordenou que Moisés
e Arão fossem até o palácio de Faraó para pedir-lhe que deixasse o povo hebreu
partir. Diante de Faraó Moisés fez alguns milagres, para que este contemplasse
uma amostra do poder do Altíssimo e liberasse o povo de Deus. Faraó era considerado
um deus, por isso foi necessário que Moisés se apresentasse diante dele com
sinais e maravilhas. Porém, Faraó endureceu o seu coração e não deixou o povo
partir (Êx 7.13,14,22; 8.15,19,32; 9.7,34,35; 4.21; 7.3; 9.12; 10.1,27; 11.10;
14.4,8,17). Com receio das pragas que já estavam atingindo duramente o Egito,
Faraó decide fazer algumas propostas ardilosas para Moisés e Arão.
[Comentário: A palavra de Moisés e os sinais que ele fez por
orientação divina não foram suficientes para tirar de Faraó sua dureza de
coração. Deus enviaria pragas por toda a terra do Egito, para mostrar com mão
forte que a permanência de Israel naquelas terras seria extremamente custosa
aos súditos de Faraó. É curioso observar a capacidade que certas pessoas
possuem de tentar negociar com Deus. Faraó fora advertido de que deveria
libertar os israelitas, mas preferiu resistir à voz de Deus. Se analisarmos a
forma com que Deus se utilizou para falar àquele monarca, veremos que foi dada
a ele oportunidade de reconhecer o poder de Deus antes que males terríveis
assolassem o Egito. As pragas serviram também como o grande castigo pela
escravidão, tortura e campanha de genocídio perpetrada pelos egípcios contra o
Povo Judeu. As Dez Pragas são relatadas na Torá não como celebração da Justiça
Divina, mas como fonte de lições espirituais. Depois dessa resposta direta de
Faraó, de que não conhecia a Deus e não deixaria o povo de Israel sair do
Egito, Deus trouxe a primeira praga àquela nação: o Nilo se transformou em
sangue. O Nilo era considerado uma divindade para os egípcios, pois em uma
região dependente do rio, sem dúvida ele era uma bênção para as colheitas e
para a vida como um todo. Mas o Rio Nilo não era um deus. E foi isso que Deus
mostrou aos egípcios. Deus estava demonstrando o Seu poder, exaltando o Seu
nome, derrotando deuses falsos, instalando nos corações a verdadeira fé e a
espiritualidade, exibindo a Sua soberania, provocando uma revolução espiritual.
Nada disso poderia ocorrer se 0 Faraó tivesse recuado pronta e facilmente.
Muitas lições ainda seriam dadas. Estava em desdobramento um plano divino, e
não apenas a libertação da servidão no Egito.].
2. A
primeira proposta (Êx 8.25). Esta proposta exigia que
Israel cultuasse a Deus no próprio Egito, em meio aos falsos deuses. O
ecumenismo também parte deste princípio, porém, a Palavra de Deus nos exorta:
“E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e separei-vos dos povos,
para serdes meus” (Lv 20.26). A proposta de Faraó era para Israel servir a Deus
sem qualquer separação do mal. Todavia, “sem santificação ninguém verá o
Senhor” (Hb 12.14). Um povo separado por Deus e para Deus, e ao mesmo tempo
misturado com os ímpios egípcios, como sendo um só povo, seria uma abominação
ao Senhor. Deus requer santidade do seu povo. Nestes últimos dias antes da
volta de Cristo, o pecado sob todas as formas avoluma-se por toda a parte, como
um rolo compressor. Esta é uma das causas de haver tantos crentes frios espiritualmente:
“E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará” (Mt 24.12).
Precisamos ser mais santos e consagrados a Deus! [Comentário:
Quando Moisés tinha 80 anos, 40 anos depois de ter abandonado o Egito e ir para
Midiã, voltou e compareceu diante do Faraó com seu irmão Arão. A mensagem de
Moisés em nome de Deus para o Faraó, na verdade, pode ser entendida assim:
"permita que Israel deixe de
servi-lo, porque devem servir a mim (o Senhor)". A resposta do Faraó
foi hostil e blasfemadora. "Não conheço
o Senhor, nem permitirei que o povo deixe de ser meu escravo". O
Eterno tinha como propósito levar o Seu povo para a Terra Prometida depois de
um longo período de escravidão em terra estranha. O propósito de Deus para o
povo de Israel, logo após a sua saída do Egito era de Lhe prestar sacrifício no
deserto. Cada vez que uma praga afetava os egípcios, Faraó satirizava a
determinação divina fazendo proposta indecente para Moisés. Quatro tentativas
de modificar o plano original foram feitas, mas Moisés tinha colocado no seu
coração o desejo de se manter fiel ao Todo-Poderoso. Podemos entender
claramente a mesma resposta dada por Faraó quando a humanidade é confrontada
com o Evangelho. “Ide, e sacrificai ao vosso Deus nesta terra” (Ex 8.25). Esta
foi a primeira sugestão de Faraó mediante a praga das moscas. Moisés recusou
dizendo: “Não convém que façamos assim, porque sacrificaríamos ao Senhor nosso
Deus a abominação dos egípcios; eis que se sacrificássemos a abominação dos
egípcios perante os seus olhos, não nos apedrejariam eles” (Ex 8.26). Moisés
disse para Faraó que o propósito de Deus para o seu povo era uma saída
completa: “Deixa-nos ir caminho de três dias ao deserto, para que sacrifiquemos
ao Senhor nosso Deus, como ele nos disser” (Ex 8.27). Deus quer que o sirvamos
longe da terra do Egito, que hoje representa o mundo; que sigamos pelo deserto,
representado pela nossa caminhada sem os rudimentos deste mundo e tenhamos como
alvo a Terra Prometida, o céu a que almejamos.].
SINOPSE
DO TÓPICO (I)
Diante
das pragas que atingiram duramente o Egito, Faraó apresentou algumas propostas
ardilosas para Moisés e Arão.
II. FARAÓ NÃO DESISTE
1. A segunda proposta de Faraó (Êx 8.28). “Somente que indo, não vades longe”. Isso resultaria em o povo de Deus
sair do Egito, mas o Egito não sair deles, como acontece ainda hoje com o
crente mundano (Tg 4.4,5; 1Jo 2.15). Assim fez a mulher de Ló, que saiu de
Sodoma, mas não tirou Sodoma do seu coração e da sua mente, e perdeu-se (Gn
19.17,26; Lc 17.32). O propósito de Faraó ao ordenar “não vades longe” era
vigiar e controlar os passos do povo de Israel. “Não vades longe” significa
para o crente hoje o rompimento parcial com o pecado e com o mundo. É a vida
cristã sem profundidade, sem expressão e por isso sempre vulnerável. “Não vades
longe” (Êx 8.28) equivale ao crente viver sem compromisso com Deus, com a
doutrina do Senhor, com a igreja, com a santidade. É a vida cristã superficial,
sem consagração a Deus e ao seu serviço. [Comentário: “Deixar-vos-ei ir, para que sacrifiqueis ao
senhor vosso deus no deserto; somente que, indo, não vades longe” (Ex
8.28). Esta proposta “não vades longe” não passa de uma negociata bem no estilo
dos soberanos. Faraó negocia um preço mais alto para o Egito, se comparado à
proposta anterior, apresentando a Moisés, uma saída com marcha reduzida. Por
ocasião desta proposta Faraó cinicamente pede oração: “orai também por mim”. A
sugestão de servir ao SENHOR nas proximidades do Egito representa a conversão
parcial. È como aquele cristão que está sempre próximo do seu passado, com o
coração próximo às coisas do mundo. Deus quer que os Seus servos abandonem o
mundo por completo e que fiquem distantes do passado no Egito.].
2. A terceira proposta de Faraó (Êx 10.7). Essa proposta atingia os chefes de família e demais adultos. Os demais
membros da família ficariam no Egito. O povo de Israel vivia organizado por
famílias e casas paternas (Êx 6.14,15,17,19). A família é universalmente a
unidade básica da sociedade humana. A saída parcial do povo, como queria Faraó,
resultaria no fracionamento e fragilização das famílias, dividindo-as. O
propósito de Deus é sempre abençoar toda a família, no sentido de que ela seja
salva, unida, coesa, forte, feliz e saudável.
A proposta de Faraó traria resultados nefastos para o povo de Deus.
Vejamos:
a) Famílias sem o governo dos pais, sem provisão, sem proteção, sem
direção.
b) Maridos sem as esposas; homens viajando no deserto e as crianças sem
os pais. O Diabo quer a ruína do casamento (Êx 1.16). Oremos por um avivamento
espiritual sobre os casais que servem ao Senhor.
c) Miscigenação devastadora. Os jovens de Israel sozinhos no deserto a
caminho de Canaã se casariam com moças pagãs, idólatras. Por sua vez, as jovens
deixadas no Egito se casariam com os incrédulos egípcios. Enfim, haveria perda
de identidade dos hebreus como povo do Senhor. [Comentário:
“Deixa ir os homens, para que sirvam ao
senhor seu deus” (Ex 10.7) Por ocasião da ameaça da praga dos gafanhotos,
os servos de faraó sugeriram-lhe que se liberassem apenas os homens para a
saída do Egito. Faraó chamou a Moisés e lhe perguntou quem deveria sair.
Obviamente o Líder de Deus disse que só sairia com todo o povo e o rebanho,
porque haviam de celebrar uma festa ao SENHOR. “E Moisés disse: Havemos de ir com os nossos jovens, e com os
nossos velhos; com os nossos filhos, e com as nossas filhas, com as nossas
ovelhas, e com os nossos bois havemos de ir; porque temos de celebrar uma festa
ao Senhor” (Ex 10. 9). Faraó prometeu libertar apenas dos homens. “Então ele lhes disse: Seja o Senhor assim
convosco, como eu vos deixarei ir a vós e a vossos filhos; olhai que há mal
diante da vossa face. Não será assim; agora ide vós, homens, e servi ao Senhor;
pois isso é o que pedistes. E os expulsaram da presença de Faraó” (Ex
10.10,11). Ao ver o mal que os gafanhotos traziam, Faraó intercedeu que Moisés
orasse. “Então Faraó se apressou a chamar
a Moisés e a Arão, e disse: Pequei contra o Senhor vosso Deus, e contra vós.
Agora, pois, peço-vos que perdoeis o meu pecado somente desta vez, e que oreis
ao Senhor vosso Deus que tire de mim somente esta morte” (Ex 10.16,17).
Moises orou e Deus lhe atendeu. “E saiu
da presença de Faraó, e orou ao Senhor. Então o Senhor trouxe um vento ocidental
fortíssimo, o qual levantou os gafanhotos e os lançou no Mar Vermelho; não
ficou um só gafanhoto em todos os termos do Egito” (Ex 10.18.19). Depois de
alcançar a misericórdia de Deus, Faraó teve o coração endurecido pelo SENHOR e
não liberou o povo. “O Senhor, porém,
endureceu o coração de Faraó, e este não deixou ir os filhos de Israel” (Ex
10.20). Esta terceira proposta é incompatível com todo princípio bíblico; é a
desunião da família, a separação no lar. Deus fez a família para ser unida e o
Seu povo para sua glória. Essa proposta de somente os homens sacrificarem a
Deus é contra a ideia de louvor tanto de hebreus quanto de egípcios. Em ambas
culturas, a população inteira louva junta. Sem dar tempo para responder, Moisés
e Arão são banidos da presença de Faraó. Esta atitude de Faraó é meramente um
ardil psicológico].
SINOPSE
DO TÓPICO (II)
“Não vades longe”, significa para o crente hoje, o rompimento parcial
com o pecado e com o mundo.
III. A PROPOSTA FINAL DE FARAÓ
1. A situação caótica do Egito. A praga
das trevas acabara de ocorrer, e todo o Egito durante três dias seguidos ficou
sem luz. Só havia luz nas casas dos hebreus (10.21-23). Faraó teve muitas
oportunidades, mas não deu ouvidos à voz do Senhor e não atendeu aos apelos de
Moisés. A cada praga o coração de Faraó se tornava mais endurecido. O rei do
Egito escolheu resistir a Deus e teve seu país devastado pelas pragas. Quem
pode resistir ao Senhor? Se Deus está falando com você, atenda-o. Não resista!
Muitos já viram e experimentaram os milagres do Senhor, porém, seus corações
permanecem duros e inflexíveis, como o de Faraó. Lembre-se de que há um preço
alto a se pagar por não se dar atenção ao que Deus fala.
[Comentário: Toda a terra do Egito tremeu debaixo dos golpes
sucessivos da vara de Deus. Todos, desde o monarca sentado no seu trono à
criada moendo no moinho, tiveram de sentir o peso terrível dessa vara. "Enviou Moisés, seu servo, e Arão, a quem
escolhera. Fizeram entre eles os seus sinais e prodígios, na terra de Cam.
Mandou às trevas que a escurecessem; e elas não foram rebeldes à sua palavra.
Converteu as suas águas em sangue, e assim fez morrer os peixes. A sua terra
produziu rãs em abundância, até nas câmaras dos seus reis. Falou ele, e vieram
enxames de moscas e piolhos em todo o seu território. Converteu as suas chuvas
em saraiva e fogo abrasador, na sua terra. Feriu as suas vinhas e os seus
figueirais e quebrou as árvores dos seus termos. Falou ele, e vieram gafanhotos
e pulgão em quantidade inumerável, e comeram toda a erva da sua terra e
devoraram o fruto dos seus campos. Feriu também a todos os primogênitos da sua
terra, as primícias de todas as suas forças" (SI 105.26 -36). Aqui, o
Salmista dá-nos uma ideia resumida desses terríveis castigos que por dureza do
seu coração Faraó trouxe sobre a sua terra e o seu povo. Este soberbo monarca
havia empreendido a tarefa de resistir à vontade soberana e ao caminho do Deus
Altíssimo; e, como consequência justa desta atitude, foi entregue à cegueira
judicial e dureza de coração. (C. H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De
Êxodo. Editoração: Associação Religiosa Imprensa da Fé).].
2. A quarta e última proposta. A situação era tão
caótica no Egito que o próprio Faraó procurou Moisés (Êx 10.24) e fez a sua
última proposta: “Ide, servi ao Senhor; somente fiquem as ovelhas e vossas
vacas” (v.24). A ovelha e a vaca eram animais cerimonialmente “limpos” para
oferendas de sacrifícios a Deus na época da Lei (cf. 1Pe 2.25; Hb 13.15,16).
Sem as ovelhas e vacas não haveria sacrifícios. Não haveria entrega ao Senhor.
Segundo a Bíblia Explicada, esta proposta também significa “os nossos negócios
e interesses materiais, não santificados e não sujeitos à vontade de Deus”
(10.24). O crente precisa viver uma vida digna, não só diante de Deus, mas
também diante dos homens (2Co 8.21). A santidade é um imperativo na vida do
cristão até mesmo nos negócios. [Comentário: A escuridão
do sol teve um duplo efeito. Primeiro Deus demonstra seu poder sobre o sol, o símbolo
religioso mais potente do Egito. O segundo, era um ataque direto contra o
próprio Faraó, uma vez que ele era considerado uma encarnação de Ámon-Rá, o
deus sol. Depois de muito sofrimento e então sob trevas, Faraó libera todo o
povo incluindo as crianças, mas tenta reter as ovelhas e vacas. Moisés
profetiza: “Tu darás em nossas mãos sacrifícios e holocaustos, que ofereçamos
ao Senhor nosso Deus e também o nosso gado há de ir conosco, nem uma unha
ficará; porque daquele havemos de tomar, para servir ao Senhor nosso Deus;
porque não sabemos com que havemos de servir ao Senhor, até que cheguemos lá”
(Ex 10. 25,26). Moisés não estava preocupado apenas em sair do Egito, ele
estava pensando mais longe, sua preocupação era o serviço através das ofertas
de sacrifício. Através deste texto bíblico Deus nos tem falado que deseja que O
ofereçamos um culto completo, longe do Egito, Com toda a família, juntamente
com o Seu povo, com nosso sacrifício de louvor, agradecimento e adoração e com
todos os nossos bens. Não vamos ceder às propostas indecentes de Faraó.].
SINOPSE
DO TÓPICO (III)
A cada praga o coração de Faraó se tornava mais endurecido. Ele escolheu
resistir a Deus e teve seu país devastado pelas pragas.
CONCLUSÃO
A atitude do
cristão hoje ante as traiçoeiras propostas do Maligno deve ser a mesma dos
representantes de Israel, Moisés e Arão: “Nem uma unha ficará” no Egito (Êx
10.26). Satanás figurado em Faraó não mudou em relação à sua luta contra o povo
de Deus. Ele continua a tentar o crente de muitas maneiras para fazê-lo cair,
inclusive com más insinuações, sugestões, conclusões etc. “Mas graças a Deus,
que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 15.57). [Comentário:
Durante o tempo das pragas, o Faraó ofereceu quatro acordos a Moisés e Arão. O
fato de o Faraó chegar a pensar que poderia negociar com Deus é uma clara prova
de seu orgulho. Essas ofertas todas faziam parte de um plano do Faraó para
enganar Moisés e Arão, pois seu coração era obstinado e irredutível. O povo de
Deus enfrenta "concessões egípcias" semelhantes hoje em dia, quando
buscamos servir ao Senhor. O inimigo nos diz que não precisamos ser separados
do pecado, pois podemos servir a Deus "nesta terra". A resposta de
Deus encontra-se em 2 Coríntios 6.14-18. "Não exagere", sussurra o
inimigo, "ou as pessoas vão chamá-lo de fanático". Tiago 1.27 e 4:4
derrubam essa proposta. O verdadeiro serviço significa dar autoridade a Deus
sobre nossas posses e todas as pessoas em nossa família pelas quais somos
responsáveis. Não fazê-lo é desobedecer àquilo que encontramos em Marcos 10.13-16;
Efésios 6.4; e Deuteronômio 6.6-13. Uma vez que começamos a negociar a vontade
de Deus e a ver quão perto do mundo podemos chegar, já desobedecemos ao Senhor
em nosso coração.]. NaquEle que me garante:
"Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus"
(Ef 2.8),
Graça e Paz a todos que estão em Cristo!
Francisco Barbosa
Cor
mio tibi offero,
Domine,
prompte et sincere!
Recife-PE
Janeiro de 2014.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
COHEN, A. C. Êxodo. 1 ed., RJ: CPAD, 1998.
MERRILL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6 ed., RJ: CPAD, 2007.
MERRILL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6 ed., RJ: CPAD, 2007.
EXERCÍCIOS
1. Qual foi a primeira proposta de Faraó?
R. “Ide, sacrificai ao vosso Deus nesta terra”
(Êx 8.25).
2. Descreva a segunda proposta de Faraó.
R. “Somente que indo, não vades longe”.
3. Qual foi a terceira proposta de Faraó?
R. “Deixa ir os homens” (Êx 10.7).
4. Qual foi a proposta final de Faraó?
R. “Ide, servi ao Senhor; somente fiquem ovelhas
e vossas vacas”.
5. Qual deve ser a atitude do cristão ante às
malditas e traiçoeiras propostas do Maligno?
R. A atitude do cristão hoje ante as malditas e
traiçoeiras propostas do Maligno deve ser a mesma dos representantes de Israel,
Moisés e Arão: “Nem uma unha ficará” no Egito (Êx 10.26).
NOTAS
BIBLIOGRÁFICAS
-. Lições Bíblicas do 4º Trimestre de
2013 - CPAD - Jovens e Adultos;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP
(Digital);
-. Bíblia de Estudo Plenitude,
Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Defesa da Fé:
Questões reais; Respostas precisas; Fé Solidificada. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
-. http://www.spurgeongems.org/vols61-63/chs3540.pdf
Acesso em 03 dez. 2013, citado pelo Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco,
disponível no Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br.
-. http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao3-ujf-1tr14-aspragasdivinaseaspropostasardilosasdefarao.htm;
-. Leo G. Cox. Comentário Bíblico
Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 146;
Autorizo a
todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão
somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria,
igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto