LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS
3º Trimestre de 2017
Título: A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos - Comentarista:
Esequias Soares
- Lição 2 -
9 de Julho de 2017
O Único Deus Verdadeiro e
a Criação
TEXTO ÁUREO
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VERDADE PRÁTICA
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“E Jesus respondeu-lhe:
O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o
único Senhor.” (Mc 12.29)
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Cremos em um só Deus, o Pai Todo-Poderoso,
criador do céu e da terra, de todas as coisas, visíveis e invisíveis.
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LEITURA DIÁRIA
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Segunda - 1 Co 8.6
O monoteísmo judaico é
ratificado na fé cristã
Terça - Ne 9,6
Deus é o Supremo
Criador e Provedor de todas as coisas
Quarta - Sl 33.9
Deus criou o universo
pelo poder de sua Palavra
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Quinta - Gn 2.7
A origem do ser humano
é Deus
Sexta - Ap 4.11
Deus criou todas as
coisas segundo a sua soberana vontade
Sábado - Rm 1.20
A existência de Deus é
um fato
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LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
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Deuteronômio 6
4 Ouve, Israel, o
SENHOR nosso Deus é o único SENHOR.
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Gênesis 1
1 NO princípio criou
Deus os céus e a terra.
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HINOS SUGERIDOS: 99, 216, 526 da Harpa
Cristã
OBJETIVO GERAL
Mostrar que cremos em um
só Deus, o Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
- I. Reconhecer que há somente um único Deus verdadeiro;
- II. Explicar porque o criacionismo e evolucionismo são antagônicos;
- III. Compreender a narrativa da criação.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, você crê que há somente um Deus verdadeiro e que Ele
criou os céus e a Terra? Então não terá dificuldade no ensino desta lição. Deus
é real e Ele se revela ao homem de diferentes maneiras, porém uma das formas
que Ele se revela a nós é mediante a sua criação. O relato da criação da terra,
do céu e do homem, não é uma alegoria. A narrativa da criação é um fato
histórico, ou seja, algo que aconteceu exatamente como a Palavra de Deus
afirma. Quando o assunto é a criação do universo e da vida, sabemos que existem
várias teorias que tentam explicar a origem de tudo, como por exemplo, a teoria
do Big Bang e da Evolução. Mas, cremos que o universo e a vida não são produtos
de uma evolução como alguns cientistas tentam afirmar ou o resultado da
explosão de uma partícula. Cremos que o Deus é o grande Criador.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A doutrina de Deus é
vasta, e nem mesmo os grandes tratados de teologia conseguem esgotar o assunto.
O enfoque da presente lição é a unidade de Deus, o monoteísmo judaico-cristão e a obra da criação. Nosso objetivo é mostrar que há
um abismo intransponível entre o criacionismo e o evolucionismo. Não há na
Bíblia espaço para a teoria da evolução nas suas diversas versões. [Comentário: O assunto desta
lição é tríplice. Como introdução, vale lembrar que a Bíblia, não obstante ser
um livro que trata essencialmente de Deus e do seu relacionamento com a
humanidade, ela não tem como objetivo maior provar a existência de Deus. A
existência de Deus é um fato indiscutível, portanto pacífico, no decorrer de
toda a narrativa bíblica. Aqueles que se dão ao estudo comparativo das
religiões são unânimes em testemunhar que a crença na existência de Deus é de
natureza praticamente universal. Essa crença acha-se arraigada até entre as
nações e tribos menos civilizadas da terra. Contudo, isto não quer dizer que
não exista aqui e ali indivíduos que negam completamente a existência de Deus,
como nos revela a Escritura: um Ser supremo e pessoal, existente por si mesmo,
consciente e de infinita perfeição, que faz todas as coisas de acordo com um
plano pré-determinado. Outros creem na existência de Deus, porém não como a
Bíblia ensina, o que se constitui noutra forma de negação de Sua existência. A
forma de negação da existência de Deus é muito variada através da História. Dentre
as mais conhecidas formas de negação da existência de Deus, destacam-se o
ateísmo, o agnosticismo, o deísmo, o materialismo e o panteísmo. Até mesmo uma
compreensão equivocada a partir das Escrituras, se torna uma forma de negação,
assim, como compreendem a pessoa divina os Testemunhas de Jeová, os
Adventistas, os Unicistas? Tal é a importância do estudo da Teologia como forma
de não incorrermos no mesmo erro. Teologia é necessária para o crente: Por
causa da penetrante descrença e heresias desta época (1Pe 3.15b; Lc 18:8; Ef
4:14); Porque Deus não quis nos dar as Escrituras em forma sistematizada (Mt 13.11-13),
deixando a nós o estudá-las e sistematizá-las (2Tm 2.15); Para desenvolver em
nós o caráter de Cristo (só crendo certo é que podemos viver certos) (Ef 4.13);
Para podermos servir ao Senhor efetivamente (2Tm 4.2; Tt 1.9).] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
PONTO CENTRAL
Cremos que um só Deus, o Pai
Todo-Poderoso é o criador do céu e da terra.
l – O ÚNICO DEUS VERDADEIRO
1.O Shemá. É o imperativo de um verbo hebraico que
significa “ouvir, obedecer”, o qual inicia o versículo que se tornou, ao longo
dos séculos, a confissão de fé dos judeus: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus,
é o único SENHOR” (Dt 6.4). A cláusula final “é o único SENHOR” também se
traduz por “o SENHOR é um” (Cl 3.20), conforme as versões espanhola
Reina-Valera judaica, conhecida no Brasil como Bíblia Hebraica. A construção
hebraica aqui permite ambas as traduções, de acordo com a declaração de Jesus:
“o Senhor é um só!” (Mc 12.29, Tradução Brasileira). Há aqui um significado
teológico importante, porque a mensagem não se restringe apenas ao monoteísmo,
mas a ideia de existir um só Deus, e de Deus ser um só, diz respeito tanto à
“singularidade” quanto à “unidade” de Deus (Zc 14.9; Sl 86.10). [Comentário: Shemá Israel
("Ouça Israel") são as duas primeiras palavras da seção da Torá que
constitui a profissão de fé central do monoteísmo judaico (Dt 6.4-9). Para a
maior parte dos israelitas, a Shema é o coração mesmo do judaísmo. O Shema é a
primeira frase que judeu escuta ao nascer e a última ao morrer. É uma confissão
de fé. E essa confissão de fé tem sido interpretada pelos judeus de forma que
impede a compreensão da crença cristã na divindade de Cristo e na Trindade. Explicando
isto segue trecho do artigo ‘A Tri-Unidade de Deus no Velho Testamento’ de
Stanley Rosenthal, disponível no site SolaScriptura: “A palavra Shema é o primeiro vocábulo hebraico dessa passagem, e
significa “ouve”. A premissa aceita entre os judeus é que essa declaração
ensina que Deus é indivisivelmente uno. Conseqüentemente, eles levantam a
seguinte objeção: “Não posso crer nessa pessoa, Jesus, que os cristãos
consideram Deus”. Para eles, a Shema parece haver silenciado para sempre o
argumento que envolve a crença cristã histórica na deidade de Jesus.
Entretanto, um exame cuidadoso do trecho de Deuteronômio 6:4 na verdade
estabelece, ao invés de refutar, a pluralidade de Deus. Uma completa revisão do
texto hebraico revela essa verdade acima de qualquer dúvida razoável. O
incrível é que a Shema é uma das mais pode rosas declarações em favor da
tri-unidade de Deus que se pode encontrar na Bíblia inteira. A própria palavra
que alegadamente argumenta contra o ensino da tri-unidade de Deus realmente afirma
que em Deus há pluralidade, pois a última palavra hebraica da Shema é echad, um
substantivo coletivo, em outras palavras, um substantivo que demonstra unidade,
ao mesmo tempo que se trata de uma unidade que contém várias entidades” http://solascriptura-tt.org/TeologiaPropriaTrindade/TriunidadeDeDeusNoVelhoTestamento-SRosentha.htm.]
2. O monoteísmo. É a crença em um só Deus e se distingue
do politeísmo, a crença em vários deuses. As principais religiões monoteístas
do planeta são o judaísmo (Dt 6.4; 2 Rs 19.15; Ne 9.6), o cristianismo (Mc
12.29; 1Co 8.6) e o islamismo. Mas o monoteísmo islâmico não é bíblico. O deus
Alá dos muçulmanos é outro deus, e não o mesmo Deus Javé da Bíblia. Alá era um
dos deuses da Meca pré-islâmica, deus da tribo dos coraixitas, de onde veio
Maomé, que o adotou como a divindade de sua religião. O nome Alá não vem da
Bíblia e nunca foi conhecido dos patriarcas, nem dos reis, nem dos profetas do
Antigo Testamento, menos ainda dos apóstolos do Senhor Jesus. Os teólogos
muçulmanos se esforçam para fazer o povo crer que Alá é uma forma alternativa
do nome do Deus Javé de Israel, mas evidências históricas e arqueológicas provam
que Alá não veio dos judeus nem dos cristãos. [Comentário: O termo
“monoteísmo” vem de duas palavras: “mono” (um) e “theism” (crença em Deus).
Especificamente, é a crença que apenas um só Deus é o criador, sustentador e
juiz de toda a criação. O monoteísmo difere do henoteísmo, o qual é a crença em
vários deuses com um Deus supremo acima deles. Também se opõe ao politeísmo, o
qual é a crença na existência de mais de um deus. O site Logos Apologética traz
uma pesquisa interessante: “De acordo com
a Enciclopédia Cristã Mundial de David Barrett, cerca de 85 por cento da
população mundial acredita em algum tipo de deus (dos 15 por cento restantes
que são ateus e agnósticos, 14 por cento residem em países comunistas), e 53
por cento da população do mundo é monoteísta, alegando que derivam sua fé de
Abraão (cristãos, judeus e muçulmanos). Tal crença onipresente exige uma
explicação, mas os evolucionistas tentam explicar a origem deste fenômeno
generalizado”. Leia mais: http://logosapologetica.com/o-monoteismo-e-origem-da-religiao/#ixzz4lgU4ztVw. As chamadas Religiões
Abraâmicas são as três grandes religiões monoteístas, possuem sua origem comum em
Abraão. Embora aparentados com os judeus, árabes adoram outro deus. Para ler
mais sobre diferenças entre Allah e Javé consulte o artigo ALÁ E O DEUS DA
BÍBLIA no site Palavra Prudente seguindo o link: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/variosautores/micelanea/cap21.html. A Revista on-line
Ultimato também traz um excelente artigo sobre o assunto: Alá é Deus?, de Marcos
Amado, disponível em: http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/320/ala-e-deus]
3. O monoteísmo judaico-cristão. Jesus não somente ratificou o
monoteísmo judaico do Antigo Testamento como também afirmou que o Deus Javé de
Israel, mencionado em Deuteronômio 6.4-6, é o mesmo Deus que Ele revelou à
humanidade (Jo 1.18), a quem todos os cristãos servem e amam acima de todas as
coisas (Mc 12.29,30). Assim, o Deus de Israel é o mesmo Deus do cristianismo; é
o nosso Deus. O apóstolo Paulo pregava para os judeus e gentios o mesmo Deus
revelado por Jesus: “O Deus de nossos pais de antemão te designou para que
conheças a sua vontade, e vejas aquele Justo, e ouças a voz da sua boca” (At
22.14). [Comentário: Paulo, no primeiro capítulo de
Romanos, escreve alicerçado sobre o monoteísmo. Ele assevera que a própria
natureza comprova isso desde o princípio: “Porque
os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder como também a sua
própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo
percebidos por meio das cousas que foram criadas. Tais homens são por isso
indesculpáveis” (Rm 1.20). Paulo ensinou que os homens não têm desculpa por
se terem tornado idolatras politeístas, porquanto as evidências da razão e da
natureza mostram-se tão firmemente contrárias a tal desenvolvimento. Rm 1.23 ss
é trecho que mostra o que sucedeu, em face dos homens haverem corrompido a
imagem de Deus e distorcido a razão, ao promoverem a idolatria, com seu inerente
politeísmo. Aí começam os problemas morais dos homens (ver o vs. 24), e o juízo
divino aguarda por eles. Não obstante a pregação paulina consistir na mesma
teologia judaica, o que vemos no desenrolar destas duas religiões são conceitos
diametralmente diferentes acerca da pessoa de Deus. Algumas pessoas
equivocadamente atribuem uma mesma natureza ao cristianismo e ao judaísmo,
entretanto, apesar de várias semelhanças ambas as religiões são essencialmente
diferentes. Como princípio básico, o judaísmo tem o monoteísmo que é a crença
em um único Deus, rejeitando que Este seja dividido em partes, mesmo se essa
divisão Divina seja misteriosa ou não. Sem compreenderem o dogma da divindade
da pessoa de Jesus e do Espírito Santo, afirmam que os cristãos são politeístas.
O dogma da Santíssima Trindade está inserido em um contexto histórico, isto é,
possui uma história de crenças que se concretiza como um artigo de fé,
proclamado em 325 no concílio de Nicéia, onde foram discutidas questões
cristológicas, por exemplo, as levantadas pelo arianismo que negava a
existência da consubstancialidade entre Jesus e Deus.]
SÍNTESE DO TÓPICO I
Deus é único e verdadeiro.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Nossa maneira de compreender a
Deus não deve basear-se em pressuposições a respeito dEle, ou em corno
gostaríamos que Ele fosse. Pelo contrário: devemos crer no Deus que existe, e
que optou por se revelar a nós através das Escrituras, O ser humano tende a
criar falsos deuses, nos quais é fácil crer; deuses que se conformam com o modo
de viver e com a natureza pecaminosa do homem. Essa é uma das características
das falsas religiões. Alguns até mesmo caem na armadilha de se desconsiderar a
autorevelação divina para desenvolver um conceito de Deus que está mais de
acordo com as suas fantasias pessoais do que com a Bíblia, que é a nossa fonte
única de pesquisa, que nos permite saber que Deus existe e corno Ele é (HORTON,
Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal 1.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 1996, pp. 125-6).
II – CRIAÇÃO X EVOLUÇÃO
1. O modelo criacionista. O criacionismo é a posição que propõe
ser a origem do Universo e da vida resultado de um ato criador intencional.
Essa cosmovisão é encarada com suspeita porque a comunidade científica
incrédula a considera uma proposta meramente religiosa. É verdade que a
explicação religiosa tem por base a fé (Hb 11.3), enquanto a explicação
científica se fundamenta na evidência empírica. Mas existem variações em ambas
as propostas. Descobertas ao longo dos séculos confirmam que causas
inteligentes empiricamente detectáveis são necessárias para explicar as
estruturas biológicas ricas em informação e a complexidade da natureza. Esse
conceito é conhecido como Design Inteligente. Criacionismo e Design Inteligente
podem ser interligados, mas não são a mesma coisa. A proposta e a metodologia
de ambos não são iguais, pois nem todo criacionista aceita a Teoria do Design
Inteligente e vice-versa. O modelo científico do Design Inteligente propõe que
o mundo foi criado, mas não tem como provar em laboratório que Deus o criou. [Comentário: Explicando o
criacionismo, o Físico Adauto Lourenço afirma: “Existem três criacionismos distintos: o científico, o religioso e o
bíblico. No primeiro caso, é possível sim demonstrar cientificamente que o
universo e a vida foram criados. Só não é possível demonstrar quem criou. Por
exemplo, eu pego um relógio e é fácil demonstrar de forma científica que o
objeto foi criado e não surgiu espontaneamente. Independente de provar quem o
criou. São duas coisas totalmente distintas. O criacionismo científico trabalha
apenas a questão se o universo e a vida foram criados ou surgiram
espontaneamente. Já os religiosos tentam explicar por que uma determinada
divindade teria criado o universo e a vida. E o bíblico é descritivo, não
explica o porquê, apenas cita o que Deus fez. Normalmente, quando falamos de
criacionismo, as pessoas associam apenas aos dois últimos. Poucas pessoas,
principalmente no meio acadêmico, conhecem a respeito do criacionismo
científico. Não são todos iguais. Os nossos centros de ensino não permitem o
ensino do criacionismo e existe um motivo para isso. Muitas pessoas não
conhecem o criacionismo científico e querem ensinar a questão religiosa ou
bíblica. Obviamente a escola é para ensinar ciência. A proposta do criacionismo
científico não é religiosa, embora possua implicações religiosas” http://www.origemedestino.org.br/blog/johannesjanzen/?post=497.]
2. O modelo evolucionista. É uma teoria que nunca se sustentou
cientificamente, apesar de sua aparência científica (1 Tm 6.20). Tem por base
pressupostos naturalistas, entre os quais a proposta darwinista da seleção
natural se destaca como o principal mecanismo evolutivo. O naturalismo, a
hipótese mais aceita para explicar o evolucionismo, ensina que organismos
biológicos existentes evoluíram em um longo processo através das eras. É a
cosmovisão favorável à ideia de que o universo e a vida vieram à existência por
meio de processos de geração espontânea, sem intervenção de um ato criador,
isto é, eles teriam evoluído até a complexidade atual por meio da seleção
natural, a teoria da sobrevivência dos mais fortes. Mas tudo isso não passa de
mera teoria que nunca pôde ser confirmada. O evolucionismo ateu exclui Deus da
criação. [Comentário: Adauto Lourenço continua: “A teoria da evolução diz que os seres
humanos, no caso os Neandertais e os Homo sapiens, teriam vindo de um ancestral
comum aos gorilas, chimpanzés e talvez possivelmente aos orangotangos.
Analisando o aspecto da ancestralidade, não temos evidências genômicas para
comprovar isso [O cientista argumenta em suas palestras que as pesquisas
utilizaram um número reduzido de genes para fazer a comparação do homem e do
macaco. Por isso, na análise total a semelhança genômica entre as duas espécies
seria praticamente nula]. A única possibilidade, então, seria a interpretação
do registro fóssil. A interpretação é algo interessante. Não temos uma
sequência que mostre seres humanos evoluindo de um ancestral comum aos gorilas
e chimpanzés. Temos fósseis como o Australophitecus [na teoria da evolução,
este animal é considerado o ancestral direto do homem moderno], em que um dos
mais conhecidos é a Lucy [fóssil encontrado em 1974 e apresentada como o elo
perdido da sequência da evolução humana]. No entanto, a estrutura óssea mostra
questões interessantes a respeito de suas patas, principalmente o sistema
locomotor inferior. Esse sistema não permitia a esse animal ficar em pé, ou
seja, não tem nada de ancestralidade do ser humano. A imagem de uma Lucy em pé
nas suas patas inferiores não existe. Nós sabemos isso por várias publicações
científicas de pesquisadores que têm trabalhado no estudo especificamente do
sistema locomotor do Australophitecus. Por isso, sabemos que eles nunca foram
criaturas que ficaram em pé como o ser humano fica. A evidência é que não houve
evolução porque todos esses fósseis que estão sendo encontrados são muito
semelhantes aos chimpanzés, gorilas e orangotangos. Eles não são semelhantes
aos seres humanos. Ou seja, se pegar esses fósseis e fizer um estudo, o desvio
da estrutura do fóssil é muito pequeno ao comparar entre chimpanzés, gorilas e
orangotangos. É gigantesca ao comparar com o ser humano. Daí, falam que eram
pequenas transições. Não! Eram apenas pequenas variações entre chimpanzés,
gorilas e orangotangos. Não era evolução da espécie para chegar ao ser humano.
Mas eu entendo que não é essa a compreensão da maioria dos cientistas,
principalmente os evolucionistas. Agora, a verdade científica não é
estabelecida por número de adeptos, é estabelecida em laboratório. O desvio
desses fósseis, com respeito a formas de vida que nós conhecemos hoje, é um
desvio menor em função dos chimpanzés, gorilas e orangotangos? Ou é menor com
respeito ao ser humano? A resposta é óbvia: os Australophitecus são muito mais
parecidos com chimpanzés, gorilas e orangotangos do que qualquer coisa com
seres humanos. Chamá-los de ancestrais humanos ou hominídeos é um exagero. O
que temos encontrado até o presente momento nos fósseis dos chamados hominídeos
é um desvio praticamente zero comparado com gorilas, chimpanzés e orangotangos.
Quando se compara ser humano, o desvio é enorme. A estrutura morfológica dos
artelhos das patas inferiores do Australophitecus é exatamente igual à de
chimpanzés, gorilas e orangotangos. Aquilo não é um pé. É praticamente a mesma
estrutura das mãos. As pessoas argumentam que é porque estava no início do
processo evolutivo. Não! Isso não é o início do processo evolutivo, é a forma
daquele organismo. A própria estrutura dos Australophitecus mostra que eram
extremamente preparados para subir em árvore como os gorilas e chimpanzés. O
ser humano não é preparado para subir em árvores. A nossa coluna vertebral não
funciona desse jeito. O nosso centro de gravidade não funciona assim. Os
macacos inclusive têm centro de gravidade diferente do nosso para facilitar
essa atividade. Estão mandando olhar o registro fóssil e é exatamente isso que
estamos fazendo. Os Australophitecus seriam nada mais, nada menos que pequenas
variações dos gorilas, chimpanzés e orangotangos que temos hoje. Eles teriam
existido no passado e provavelmente estão extintos atualmente.” http://www.origemedestino.org.br/blog/johannesjanzen/?post=497.]
SÍNTESE DO TÓPICO II
O criacionismo e o evolucionismo são
antagônicos.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“[…] Quando
consideramos a possibilidade de que Deus usou o processo evolucionário para
criar ao longo de milhões de anos, confrontamo-nos com sérias consequências: a
Palavra de Deus não é mais competente e o caráter de nosso Deus amoroso é
questionado. Já na época de Darwin, um dos principais evolucionistas entendia o
problema de fazer concessão ao afirmar que Deus usou a evolução. Uma vez que
você aceite a evolução e suas implicações para a história, então o homem está
livre para escolher as partes da Bíblia que quer aceitar” (HAM, Ken,
Criacionismo: verdade ou mito? 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp. 35,36).
III – A CRIAÇÃO
1. A criação do Universo. Deus criou o universo do nada; é a
chamada creatio ex nihilo da teologia judaico-cristã revelada na Bíblia. A
narrativa do primeiro capítulo de Gênesis é entendida à luz do contexto
bíblico. O ponto de partida da criação é: “No princípio criou Deus os céus e a
terra” (Gn 1.1). O verbo hebraico “criou” é bará, e este apresenta
características peculiares: o sujeito da afirmação é sempre Deus, o Deus de
Israel, e nunca foi aplicado a deuses estranhos; é um termo próprio para
referir-se à ação criadora de Deus a fim de distinguir-se de toda e qualquer
realização humana. Essa ideia do fiat divino, ou seja, do “faça-se”, é apoiada
em toda a Bíblia. Deus trouxe o universo à existência do nada e de maneira instantânea,
pela sua soberana e livre vontade (SI 33.9; Hb 11.3; Ap 4.11). [Comentário: Ex nihilo nihil
fit é uma expressão latina que significa nada surge do nada. É uma expressão
que indica um princípio metafísico segundo o qual o ser não pode começar a existir
a partir do nada. A frase é atribuída ao filósofo grego Parménides. Ex nihilo nihil fit – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Ex_nihilo_nihil_fit. O termo "creatio
ex nihilo" refere-se a Deus criando tudo a partir do nada. No início, Deus
criou os céus e a terra (Gn 1.1). Antes desse momento, não havia nada. Deus não
fez o universo dos blocos de construção preexistentes. Ele começou do zero. É
interessante notar que a Bíblia nunca expressamente afirma que Deus fez tudo do
nada, mas está implícito. Em Hebreus 11.3 lemos: "Pela fé entendemos que os mundos foram moldados pela palavra de Deus,
de modo que as coisas que são vistas não foram feitas de coisas que são visíveis".
O site Theopedia (em inglês) afirma que “Os
primeiros pais da igreja como Theophilo, Justino Mártir e Orígenes realmente
acreditavam que a matéria era preexistente com Deus. Tomados do pensamento
platônico , esses pais da igreja acreditavam que Deus "ordenou" essa
questão caótica e deu a sua forma e forma, resultando na criação do mundo. Há
muitos problemas associados a essa visão, e é por isso que, no século IV, os
teólogos rejeitaram essa visão” https://www.theopedia.com/creation-ex-nihilo.]
2. A narrativa da criação em Gênesis 1.
No primeiro dia. Deus
trouxe à existência a luz (Gn 1.3); no segundo, criou a expansão ou firmamento
(vv.6-8); e, no terceiro, “disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num
lugar; e apareça a porção seca” (v.9). A essa porção seca Ele chamou terra e ao
ajuntamento das águas, mares (v.10). Ainda no terceiro dia, surgiram os
continentes com seus relevos e a vegetação (vv.9-13). Os corpos celestes: o
sol, a lua e as estrelas aparecem no quarto dia (vv.14-19). As aves e os
animais marinhos surgem no quinto dia (vv.20-23). [Comentário: Gênesis 1.1 diz: “No princípio criou Deus os céus e a terra…”.
Depois, em Gênesis 2.4, aparenta ser o caso que uma história diferente sobre a
Criação começa. No entanto, essas passagens descrevem o mesmo evento da
Criação. Transcrevo a seguir parte do artigo ‘Esclarecendo questões cristãs’,
disponível no Blog Questões Cristãs: “GÊNESIS 2:1 - Como o mundo pôde ser
criado em seis dias?
PROBLEMA: A Bíblia diz que Deus criou o mundo em seis dias (Êx 20:11).
Mas a ciência moderna declara que isso levou bilhões de anos. As duas posições
não podem ser verdadeiras.
SOLUÇÃO: Há basicamente duas maneiras para superar esta dificuldade.
Primeiro, alguns eruditos argumentam que a ciência moderna não está
certa. Insistem em dizer que o universo tem apenas alguns milhares de anos e
que Deus criou todas as coisas em seis dias literais (6 dias de 24 horas, ou
seja, 144 horas). Para sustentar esta posição, eles apresentam os seguintes
pontos:
1. Cada dia do Gênesis tem "tarde e manhã" (cf. Gn
1:5,8,19,23,31), o que é próprio do dia de 24 horas na Bíblia.
2. Os dias foram numerados (primeiro dia, segundo dia, terceiro dia
etc), uma característica peculiar dos dias de 24 horas na Bíblia.
3. Êxodo 20:11 compara os seis dias da criação com os seis dias de uma
semana (literal) de trabalho de 144 horas.
4. Há evidência científica que suporta uma idade jovem (de milhares de
anos) para a Terra.
5. Não haveria como a vida sobreviver por milhões de anos do dia três
(1:11) ao dia quatro (1:14) sem Lua.
Outros eruditos da Bíblia afirmam que o universo pode ter bilhões de
anos, sem que com isso se esteja sacrificando um entendimento literal de
Gênesis 1 e 2. Argumentam que:
1. Os dias de Gênesis 1 podem ter tido um período de tempo antes da
contagem dos dias (antes de Gênesis 1:3), ou um intervalo de tempo entre os
dias. Há intervalos em outras partes da Bíblia (como em Mateus 1:8, onde três
gerações são omitidas, em comparação com 1 Crônicas 3:11-14).
2. A mesma palavra hebraica para "dia" (yom) é empregada em
Gênesis 1 e 2 como um período de tempo maior que 24 horas. Por exemplo, Gênesis
2:4 faz uso desta palavra no sentido do período total da criação de seis dias.
3. Às vezes a Bíblia emprega a palavra "dia" para longos
períodos de tempo: "Um dia é como mil anos" (2 Pe 3:8; cf. SI 90:4).
4. Há alguns indícios em Gênesis 1 e 2 de que os dias poderiam ser
períodos maiores que 24 horas:
a) No terceiro "dia"
as árvores cresceram da semente à maturidade, e produziram semente segundo a sua espécie (1:11-12). Esse
processo normalmente leva meses ou anos.
b) No sexto "dia" Adão
foi criado, foi dormir, deu nome a todos os (milhares de) animais, procurou por
companhia, foi dormir, e Eva foi criada de sua costela. Tudo isso parece exigir
um tempo bem maior que 24 horas.
c) A Bíblia diz que Deus
"descansou" no sétimo dia (2:2), e que ele ainda está no seu descanso
da criação (Hb 4:4). Assim, o sétimo dia já tem tido uma duração de milhares de
anos. Dessa forma, os outros dias bem que poderiam ter tido milhares de anos
também.
5. Êxodo 20:11 pode estar fazendo simplesmente uma comparação de unidade
por unidade dos dias de Gênesis com uma semana de trabalho (de 144 horas), e
não uma comparação minuto a minuto. Conclusão: Não se demonstra contradição
alguma em fatos, entre Gênesis 1 e a ciência. Há apenas um conflito de
interpretações. Ou os cientistas de hoje em sua maioria estão errados ao
insistirem que o mundo tem bilhões de anos, ou então alguns dos intérpretes da
Bíblia estão equivocados ao insistirem em dizer que foram apenas 144 horas que
durou a criação, ocorrida há alguns milhares de anos antes de Cristo, sem
intervalos de tempo correspondentes a milhões de anos. Mas, em qualquer dos
casos, não se trata de uma questão de inspiração das Escrituras, mas de sua interpretação
(em relação a dados científicos).” http://questoescristas.blogspot.com.br/2011/06/contradicoes-biblicas-respondidas.html.]
SÍNTESE DO TÓPICO III
A narrativa bíblica a respeito
da criação é verdadeira.
CONHEÇA MAIS
Criacionismo X evolucionismo
“Hoje, muitos cristãos afirmam que os milhões de anos de
história da Terra se ajustam à Bíblia e que Deus usou o processo evolucionário
para criar. Essa ideia não é uma invenção recente. Para conhecer mais, leia
Criacionismo: verdade ou mito?, CPAD, p. 33).
3. A criação do ser humano. A raça humana teve sua origem em
Deus, através de Adão (At 17.26; 1Co 15.45). O ser humano foi criado no sexto
dia, como a coroa de toda a criação, e recebeu de Deus a incumbência de
administrar a terra e a natureza. O homem não é meramente um animal racional,
mas um ser espiritual criado à imagem e semelhança de Deus. A frase “Façamos o
homem” (Gn 1.26), quer dizer: “Vamos fazer o ser humano”, pois o termo hebraico
usado para “homem” é adam, que significa “género humano”. O ser humano criado
por Deus se constitui em “macho e fêmea” (v.27). Esse ser humano recebeu
diretamente de Deus o sopro em suas narinas (Gn 2.7). Em outro lugar, a Bíblia
revela que Deus o fez um pouco menor do que os anjos (SI 8.5).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Em Gênesis 1, a palavra hebraica para dia é yom. A maior parte do uso
dela no Antigo Testamento é com o sentido de dia, dia literal; e, nas passagens
em que o sentido não é esse, o contexto deixa isso claro. Primeiro, yom é
definido na primeira vez em que é usado na Bíblia (Gn 1.4,5) em seus dois
sentidos literais: a porção clara do ciclo luz/trevas e todo o ciclo
luz/trevas. Segundo, yom é usado com ‘noite’ e ‘manhã’. Em todas as passagens
em que essas duas palavras são usadas no Antigo Testamento, juntas ou
separadas, e no contexto de yom ou não, elas sempre tem o sentido literal de
noite ou manhã de um dia literal. Terceiro, yom é modificado por um número:
primeiro dia, segundo dia, terceiro dia, etc., o que em todas as passagens do
Antigo Testamento indicam dias literais. Quarto, Gênesis 1.14 define
literalmente yom em relação aos corpos celestiais” (HAM, Ken. Criacionismo:
Verdade ou mito? 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p. 30).
CONCLUSÃO
Os ensinos inadequados
sobre Deus e o Senhor Jesus Cristo exigiram da Igreja desde muito cedo uma
definição sobre o assunto. Os principais credos iniciam declarando que Deus é o
Criador de todas as coisas no céu e na terra. Trata-se de um resumo do que
ensina a Bíblia desde Gênesis até Apocalipse. Era uma resposta aos diversos
conceitos errôneos dos gnósticos sobre Deus. O contexto hoje exige uma resposta
similar, pois são muitos os nossos desafios. Devemos estar preparados para
combater a indiferença religiosa e o ceticismo à nossa volta que tanto têm
contaminado vizinhos, colegas de escola e também do trabalho. [Comentário: Nos encontramos
com Deus na Sua Palavra, um encontro que nos dá conhecimento, que nos habilita
a descrevê-Lo como Deus, e que nos capacita a viver para Ele. Para servi-Lo
adequadamente precisamos conhecer Sua essência. Quando falamos em essência de
Deus, queremos significar tudo o que é essencial ao Seu Ser como Deus, isto é,
substância e atributos. Há duas substâncias: matéria e espírito. Sua substância
é Espírito e Seus atributos são as qualidades ou propriedades dessa substância.
Atributos é a manifestação do Ser de Deus. Ao longo da história da Igreja, a fé
cristã confrontou adversários dentro e fora dela. Já no ano 50 d.C., a Igreja
se reúne no Concílio de Jerusalém para decidir questões das leis judaicas e os
cristãos gentios. Em 325 d.C. em Nicéia, combateu-se o arianismo; desse
Concílio temos o credo. Enfim, a Igreja precisa estar atenta aos ataques aos
pilares da fé, os crentes devem estar atentos aos acontecimentos e prontos a “batalhar diligentemente, pela fé que uma vez
por todas foi entregue aos santos” (Judas 3).] “Ora, àquele que é poderoso para
vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante
a sua glória. Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade,
domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém”. (Judas 24-25),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Julho de 2017
PARA REFLETIR
A respeito
do único Deus verdadeiro e a criação, responda:
• Qual o
significado teológico da expressão “é o único SENHOR” ou “o SENHOR é um”?
O significado está no fato de
existir um só Deus, e de Deus ser um só. Tal expressão diz respeito tanto a
“singularidade” quanto à “unidade” de Deus.
• Quem
disse que o Deus de Israel é também o nosso Deus?
Cite a referência. O Senhor
Jesus Cristo (Jo 1.18). Paulo também pregava isso (At 22.14).
• Qual
foi o ponto de partida da criação?
“No princípio criou Deus os céus
e a terra” (Gn 1.1).
• Como
Deus trouxe o universo à existência?
Ele trouxe o universo à
existência do nada.
• Qual o
significado de adam, “homem”, no relato da criação (Gn 1.26,27)?
O significado do termo hebraico
usado para “homem” é adam, que significa “gênero humano”.
Fonte: Lições Bíblicas adultos, 3°
trimestre de 2017 – CPAD / Divulgação: