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UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

Este Blog não é a palavra oficial da Igreja ou da CPAD. O plano de aula traz um reforço ao seu estudo. As ideias defendidas pelo autor do Blog podem e devem ser ponderadas e questionadas, caso o leitor achar necessário. Obrigado por sua visita! Boa leitura e seja abençoado!

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26 de junho de 2013

Lição 13 – Eu e minha casa serviremos ao Senhor



 Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos
Título: A Família Cristã no século XXI — Protegendo seu lar dos ataques do inimigo
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no Brasil, Campina Grande-PB;
Postagem no Blog AUXÍLIO AO MESTRE: Francisco A Barbosa.

Lição 13 – Eu e minha casa serviremos ao Senhor
30 de junho de 2013

TEXTO ÁUREO
“Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR” (Js 24.15). Josué não chamou as pessoas para elas mesmas escolherem, pois acreditava que havia duas opções da perspectiva de Deus. Ao fazê-lo, ele tinha a oportunidade de afirmar sua própria lealdade a Deus e estimular uma resposta semelhante do povo.

VERDADE PRÁTICA
Com a graça de Deus, a família cristã vencerá os desafios da vida.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Josué 24.14-18,22,24.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·         Conhecer o exemplo de Noé.
·         Imitar a decisão de Josué.
·         Compreender a fidelidade dos recabitas.

PALAVRA-CHAVE
Casa: Lar, Família; (latim casa, -ae, cabana, casebre) 1. Nome genérico de todas as construções destinadas a habitação. 2. Local de habitação. = DOMICÍLIO, LAR, MORADA, RESIDÊNCIA. 3. Conjunto de pessoas da família ou de pessoas que habitam a mesma morada.
COMENTÁRIO

introdução

Pela graça de Nosso Senhor Jesus Cristo concluímos mais este trimestre, não mais abençoado que os outros, mas, acredito, mais oportuno, dado as dificuldades que atravessamos nestes dias onde a instituição familiar tem sido tão atacada, desencorajada e destituída de sua importância para a ordem social. Tivemos a oportunidade de estudar, claro que sem esgotar o assunto, sobre temas cruciais e aprendermos que somente cresceremos em santidade através do conhecimento e aplicação da Palavra de Deus. Concluímos que não basta apenas conhecer a Palavra de Deus. Precisamos conhecer muito bem a Palavra de Deus para aplicá-la em situações da vida. Deus promete que a fidelidade à sua Palavra resultará em uma vida prospera e de sucesso. Somente a fidelidade à Palavra de Deus nos garantirá a vitória para que a nossa casa não seja alcançada pelas águas do dilúvio moral que encobre o presente século. Digamos, pois, ousadamente: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”. Tenhamos todos uma excelente e abençoada aula!

I. O EXEMPLO DECISIVO E CORAJOSO DE NOÉ
1. Noé andou com Deus. Gostaria de esclarecer que a graça de Deus é sempre seu favor imerecido, e a integridade de Noé não poderia ser o motivo da aceitação de Deus (Rm 3.10-12). Deus salvou Noé, como ele nos salva, como um dom incondicional, o qual Cristo mais tarde compraria com seu próprio sangue. Ainda assim, Noé parece ser um tipo de Cristo, assim como Noé representou sua família, Cristo representa toda a família de Deus. “varão justo”, “reto em suas gerações” e que “andava com Deus” (Gn 6.9): não que Noé nunca houvesse pecado, porém a sua devoção a Deus e a sues mandamentos eram inquestionáveis. O termo “justo” pressupõe uma aliança na qual aqueles que estão unidos ao Senhor pela fé seguem seus padrões morais. Estes padrões foram revelados a Noé na sua consciência (Gn 3.8) e mediante a revelação especial (Gn 5.22).
2. Vivendo numa sociedade corrompida. Os capítulos 4 a 12 de Gênesis revelam a queda do ser humano na degradação e sua absoluta necessidade por redenção e restauração. A degeneração da raça humana avançou rapidamente depois que os filhos de Deus (segundo a melhor interpretação, a geração setista) tomaram esposas da ímpia descendência Caimita, até que veio a geração de Noé, que foi marcada por extrema violência, mais precisamente por um estado de ausência de lei e de ordem. Nesse sentido, aquele mundo não era muito diferente do nosso. Em um período de indiferença e negligência, o Senhor aparecerá repentinamente. Alguns serão levados ao seu encontro, enquanto outros não. A ideia desse acontecimento estimula a vigilância e o preparo em nós (Mt 24.37,39). Portanto, enquanto esperamos o retorno do Senhor, devemos ter fé e sermos responsáveis em nosso serviço em prol de nossas famílias, a fim de que Satanás não as destrua.
3. A salvação de Noé e sua família. No mundo antigo, apenas Noé e a sua família escaparam do cataclismo que devastou a terra (Gn 7.1). “teus filhos... filhos” (Gn 6.18) enfatiza que Deus preserva a humanidade na sua estrutura familiar básica e que Deus geralmente lida salvificamente com toda a unidade familiar, incluindo os filhos. Aqui a salvação física é assegurada no meio das águas do dilúvio, uma prefiguração do batismo cristão (1Pe 3.20,21).

SINOPSE DO TÓPICO (I)
Noé andou com Deus mesmo numa sociedade corrompida. Sua decisão e coragem é um exemplo para nós.

II. JOSUÉ — UMA DECISÃO EXEMPLAR
1. A firme tomada de posição. Já perto do fim de sua vida, Josué liderou o povo de Israel em uma reafirmação da aliança, mais ou menos aquilo que Moisés fizera pouco antes de sua morte (Dt 32.46). Josué fala com a autoridade de Moisés (Dt 5.27) e de um profeta (Dt 18.15-19). No texto do capítulo 24, há uma certa ironia em oferecer uma espécie de escolha, depois que o Senhor fora rejeitado. Na verdade, a escolha foi entre os deuses que Abraão deixara para trás (v 2,3) e os deuses dos amorreus que tinham sido expulsos da Terra Prometida. Quase todo o relato de Josué é preenchido com a conquista e a divisão da terra pelos israelitas. Nesse sentido, isso é o assunto de que o livro trata. No entanto, encontramos um subtexto importante que precede essa atividade e continua ao longo dela. O povo fez isso porque prometeu temer e obedecer a Deus. Pergunto-me se você notou isso ao ler Josué ou se apenas seguiu as histórias extraordinárias de espiões e de queda de muros. No capítulo 1, eles prometeram obedecer a Josué, o porta-voz do Senhor (1.16-18). No capítulo 5, eles, depois de atravessar o Jordão, mas antes de ir para Jericó, começam de novo a praticar a circuncisão e a comemorar a Páscoa (5.7-10). Na época do Êxodo, quarenta anos atrás, o Senhor dera essas duas práticas ao seu povo, todavia, desde essa época tinham negligenciado essas práticas. O povo prometeu ter o Senhor como seu Deus ao reinstituir essas práticas. Em certo sentido, eles voltavam a ser o povo do Senhor após o período de quarenta anos no deserto, quando viveram em um estado de verdadeira suspensão do entusiasmo. A seguir, no capítulo 8, o povo escuta Josué reler toda a lei de Moisés (8.34,35) após a derrota de Jericó e de Ai que marcou o início da conquista da terra. Esse tempo incrível de ensino — é um símbolo poderoso de que, na verdade, eles são o povo do Senhor (DEVER, M. A Mensagem do Antigo Testamento: Uma Exposição Teológica e Homilética. 1 ed., RJ: CPAD, 2008, pp.189-90).
2. O perigo da omissão dos pais. No final do livro, no registro de seus últimos atos públicos como líder deles, Josué leva o povo a renovar sua aliança com o Senhor. No que é uma das mais incomuns declarações da Bíblia, Josué soa como se incitasse o povo a não escolher seguir ao Senhor. Claro que não é esse o caso, ele tenta garantir que entendam a seriedade da escolha que estavam para fazer. [...] Os anos (ou mesmo décadas) narrados nesse livro, mostra-nos que é exatamente isso que o povo faz. Ele mantém sua promessa de servir ao Senhor como o Deus deles. Entretanto, ao mesmo tempo em que fazem isso, eles continuam a pecar” (DEVER, M. A Mensagem do Antigo Testamento: Uma Exposição Teológica e Homilética. 1 ed., RJ: CPAD, 2008, pp.189-90).

SINOPSE DO TÓPICO (II)
O patriarca Josué não se omitiu diante da idolatria que ameaçara as tribos israelitas. Ele tomou uma firme decisão juntamente com a sua família: servir ao Senhor.

III. O EXEMPLO DOS RECABITAS
1. Uma família exemplar. Primeiramente, vamos entender a origem dos recabitas: o fundador deste clã foi Jonadabe, filho de Recabe, mais de 200 anos antes de Jeremias. Vivendo em Israel, Jonadabe participou com Jeú do extermínio da casa de Acabe e dos sacerdotes de Baal, conforme 2 Reis 10.15ss – Jonadabe identificou-se com aquele que zelava pelo Senhor e por fazer cumprir as palavras proféticas contra a casa de Acabe. Assim, os recabitas constituíam uma família israelita que vivia de forma nômade, seguindo as recomendações que seu patriarca estabelecera. Jonadabe, um líder de excelência, que ainda influenciava seu povo depois de 200 anos de sua morte! O Senhor mandou fazer este teste aos recabitas, chamando-os no templo e servindo a eles vinho. O verso 3 descreve que toda a comunidade dos recabitas estava presente à convocação. Seguindo as ordens de Deus, Jeremias serviu jarras de vinho e copos numa mesa e mandou que os recabitas se servissem (v. 5). A resposta dos discípulos de Recabe está no verso 6: nossa vida é pautada pelas recomendações que aprendemos com nosso antepassado Jonadabe. Eles prezavam por cumprir o modelo de vida ensinado pelo seu líder (vs. 6 a 11). A intenção de Deus com aquele teste foi confrontar os demais judeus com o exemplo dos recabitas – v. 16 Os descendentes de Jonadabe, filho de Recabe, cumprem a ordem que o seu antepassado lhes deu, mas este povo não me obedece. Este é o nosso desafio como líderes, influenciar nossos discípulos a seguirem o modelo de vida que recebemos do nosso Senhor. As ordens de Jonadabe visavam que os Recabitas vivessem como peregrinos, forasteiros. Um peregrino é alguém que não cria raízes em lugar algum, mas que está sempre desprendido para locomover-se por caminhos novos. O Novo Testamento ensina que somos peregrinos nesta terra: Todos eles viveram pela fé, e morreram sem receber o que tinha sido prometido; viram-no de longe e de longe o saudaram, reconhecendo que era estrangeiros e peregrinos na terra. (Hb 11.13); Pois não temos aqui nenhuma cidade permanente, mas buscamos a que há de vir. (Hb 13.14).
2. Um exemplo de fidelidade. O voto feito por Jonadabe, filho de Recabe, dedica seus descendentes a uma vida nômade, com alojamentos sem permanência e abstinência de vinho. Essa vida foi uma dedicação voluntária não exigida pela lei mosaica (Dt 6. 10-11; 7.13). Jeremias estava no templo, quando, dirigido por Deus, usa os Recabitas de exemplo para doutrinar os rebeldes de Jerusalém e Judá. Não era próprio dos Recabitas morarem na cidade. Estavam em Jerusalém, fugindo dos exércitos Sírio e Caldeu. Eles sempre se justificavam perante o povo, pois, por muito tempo habitaram em tendas no deserto. Acredito que a cidade era muito mais tentadora para eles: Vinho a vontade, casas confortáveis, convites generosos, porém, nada disso era suficiente para fazê-los desistir do seu voto.Deviam ser chamados de tolos, fanáticos ou coisas do gênero. Deus, no entanto se agradara deles pela obediência e persistência no bem. “As palavras de Jonadabe, filho de Recabe, que ordenou a seus filhos que não bebessem vinho, foram guardadas, pois não beberem até este dia, antes obedeceram ao mandamento de seu pai, a mim, porém, que vos tenho falado, madrugando e falando, não me ouvistes... Tenho enviado profetas, dizendo convertei-vos, porém não me obedecestes” Jr. 35-14,15”. Por conta da fidelidade dos descendentes de Recabe, o Senhor decretou uma bênção para sua linhagem: Assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Vocês têm obedecido àquilo que o seu antepassado, Jonadabe, ordenou; têm cumprido todas as suas instruções e têm feito tudo o que ele ordenou. Por isso, assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Jamais faltará a Jonadabe, filho de Recabe, um descendente que me sirva. (vs. 18,19). De igual modo há bênção para o discípulo que aprende a honrar e que é fiel em guardar os ensinamentos que recebe.

SINOPSE DO TÓPICO (III)
Os recabitas são um exemplo de fidelidade aos princípios ensinados pelo seu ancestral, Recabe.

CONCLUSÃO

Tivemos nesta última aula do trimestre, três exemplos dignos de fé firme e coragem. Oxalá tenhamos nós o mesmo desprendimento, fé, coragem e comprometimento. Quantos de nós segue fielmente o seu time de futebol, seu cantor preferido, seu grupo de amigos, e relegam a obra do Reino a segundo plano! Estamos nos dedicando zelosamente pelas empresas onde trabalhamos, pelos ideais almejados... em detrimento de um relacionamento mais firme com Deus. Deus quer que tenhamos uma vida abundante com: diversão, amigos, trabalhos, bens, família e sobretudo não esqueçamos de ter comunhão com Ele (Lc 12.20,21).
NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),

Graça e Paz a todos que estão em Cristo!

Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere
Meu coração te ofereço, Senhor, pronto e sincero (Calvino)

Em prontidão por causa da Copa das Confederações,
Recife-PE
Junho de 2013.

EXERCÍCIOS
1. Cite as qualidades indispensáveis de servo de Deus na vida de Noé.
R. “Varão justo”, “reto em suas gerações” e que “andava com Deus”.
2. Qual era a marca da época de Noé?
R. Imoralidade incontrolável e uma ausência completa de temor a Deus.
3. O que a Palavra de Deus recomenda aos pais na criação dos seus filhos?
R. A Palavra de Deus recomenda aos pais que criem os seus filhos “na doutrina e admoestação do Senhor”.
4. Quem eram os recabitas?
R. Eram um povo que fazia parte de uma tribo nômade aparentada com os queneus e com Jetro, sogro de Moisés.
5. Você tem instruído a sua família na Palavra de Deus?
R. Resposta pessoal.

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

OBRAS CONSULTADAS:
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2013, Jovens e Adultos: A Família Cristã no século XXI — Protegendo seu lar dos ataques do inimigo; Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima; CPAD;
-. PFEIFFER, C. F.; VOS, H. F.; REA, J. (Eds.) Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009;
-. DEVER, M. A Mensagem do Antigo Testamento: Uma Exposição Teológica e Homilética. 1 ed., RJ: CPAD, 2008;
-. ZUCK, R. B. (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.

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Francisco de Assis Barbosa