Lições
Bíblicas do 2º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos
Título: A Família Cristã no século XXI — Protegendo seu lar dos ataques do inimigo
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no Brasil, Campina Grande-PB;
Postagem no Blog AUXÍLIO AO MESTRE: Francisco A Barbosa.
Título: A Família Cristã no século XXI — Protegendo seu lar dos ataques do inimigo
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no Brasil, Campina Grande-PB;
Postagem no Blog AUXÍLIO AO MESTRE: Francisco A Barbosa.
Lição 13 – Eu e minha casa serviremos ao Senhor
30 de junho de 2013
TEXTO ÁUREO
“Porém, se vos
parece mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais: se
os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses
dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao
SENHOR” (Js 24.15). – Josué não chamou as pessoas para elas mesmas escolherem, pois
acreditava que havia duas opções da perspectiva de Deus. Ao fazê-lo, ele tinha a
oportunidade de afirmar sua própria lealdade a Deus e estimular uma resposta
semelhante do povo.
VERDADE PRÁTICA
Com a graça de Deus, a família cristã vencerá os
desafios da vida.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Josué 24.14-18,22,24.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Conhecer
o exemplo de Noé.
·
Imitar
a decisão de Josué.
·
Compreender
a fidelidade dos recabitas.
PALAVRA-CHAVE
Casa: Lar, Família; (latim casa,
-ae, cabana, casebre) 1. Nome genérico de todas as construções
destinadas a habitação. 2. Local de habitação. = DOMICÍLIO, LAR, MORADA, RESIDÊNCIA. 3. Conjunto de pessoas
da família ou de pessoas que habitam a mesma morada.
COMENTÁRIO
introdução
Pela graça de Nosso Senhor Jesus
Cristo concluímos mais este trimestre, não mais abençoado que os outros, mas,
acredito, mais oportuno, dado as dificuldades que atravessamos nestes dias onde
a instituição familiar tem sido tão atacada, desencorajada e destituída de sua
importância para a ordem social. Tivemos a oportunidade de estudar, claro que
sem esgotar o assunto, sobre temas cruciais e aprendermos que somente cresceremos
em santidade através do conhecimento e aplicação da Palavra de Deus. Concluímos
que não basta apenas conhecer a Palavra de Deus. Precisamos conhecer muito bem
a Palavra de Deus para aplicá-la em situações da vida. Deus promete que a
fidelidade à sua Palavra resultará em uma vida prospera e de sucesso. Somente a
fidelidade à Palavra de Deus nos garantirá a vitória para que a nossa casa não
seja alcançada pelas águas do dilúvio moral que encobre o presente século.
Digamos, pois, ousadamente: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”. Tenhamos
todos uma excelente e abençoada aula!
I. O EXEMPLO DECISIVO E CORAJOSO DE
NOÉ
1. Noé andou com Deus. Gostaria de esclarecer que a graça
de Deus é sempre seu favor imerecido, e a integridade de Noé não poderia ser o
motivo da aceitação de Deus (Rm 3.10-12). Deus salvou Noé, como ele nos salva,
como um dom incondicional, o qual Cristo mais tarde compraria com seu próprio
sangue. Ainda assim, Noé parece ser um tipo de Cristo, assim como Noé
representou sua família, Cristo representa toda a família de Deus. “varão
justo”, “reto em suas gerações” e que “andava com Deus” (Gn 6.9): não que Noé
nunca houvesse pecado, porém a sua devoção a Deus e a sues mandamentos eram
inquestionáveis. O termo “justo” pressupõe uma aliança na qual aqueles que
estão unidos ao Senhor pela fé seguem seus padrões morais. Estes padrões foram
revelados a Noé na sua consciência (Gn 3.8) e mediante a revelação especial (Gn
5.22).
2. Vivendo numa sociedade corrompida. Os capítulos 4 a 12 de Gênesis
revelam a queda do ser humano na degradação e sua absoluta necessidade por
redenção e restauração. A degeneração da raça humana avançou rapidamente depois
que os filhos de Deus (segundo a melhor interpretação, a geração setista)
tomaram esposas da ímpia descendência Caimita, até que veio a geração de Noé,
que foi marcada por extrema violência, mais precisamente por um estado de
ausência de lei e de ordem. Nesse sentido, aquele mundo não era muito diferente
do nosso. Em um período de indiferença e negligência, o Senhor aparecerá
repentinamente. Alguns serão levados ao seu encontro, enquanto outros não. A
ideia desse acontecimento estimula a vigilância e o preparo em nós (Mt 24.37,39).
Portanto, enquanto esperamos o retorno do Senhor, devemos ter fé e sermos
responsáveis em nosso serviço em prol de nossas famílias, a fim de que Satanás
não as destrua.
3. A salvação de Noé e sua família. No mundo antigo, apenas Noé e a sua
família escaparam do cataclismo que devastou a terra (Gn 7.1). “teus filhos...
filhos” (Gn 6.18) enfatiza que Deus preserva a humanidade na sua estrutura
familiar básica e que Deus geralmente lida salvificamente com toda a unidade
familiar, incluindo os filhos. Aqui a salvação física é assegurada no meio das
águas do dilúvio, uma prefiguração do batismo cristão (1Pe 3.20,21).
SINOPSE
DO TÓPICO (I)
Noé andou
com Deus mesmo numa sociedade corrompida. Sua decisão e coragem é um exemplo
para nós.
II. JOSUÉ — UMA DECISÃO EXEMPLAR
1. A firme tomada de posição. Já perto do fim de sua vida, Josué
liderou o povo de Israel em uma reafirmação da aliança, mais ou menos aquilo
que Moisés fizera pouco antes de sua morte (Dt 32.46). Josué fala com a
autoridade de Moisés (Dt 5.27) e de um profeta (Dt 18.15-19). No texto do
capítulo 24, há uma certa ironia em oferecer uma espécie de escolha, depois que
o Senhor fora rejeitado. Na verdade, a escolha foi entre os deuses que Abraão
deixara para trás (v 2,3) e os deuses dos amorreus que tinham sido expulsos da
Terra Prometida. Quase todo o relato de Josué é preenchido com a conquista e a
divisão da terra pelos israelitas. Nesse sentido, isso é o assunto de que o
livro trata. No entanto, encontramos um subtexto importante que precede essa
atividade e continua ao longo dela. O povo fez isso porque prometeu temer e
obedecer a Deus. Pergunto-me se você notou isso ao ler Josué ou se apenas
seguiu as histórias extraordinárias de espiões e de queda de muros. No capítulo
1, eles prometeram obedecer a Josué, o porta-voz do Senhor (1.16-18). No
capítulo 5, eles, depois de atravessar o Jordão, mas antes de ir para Jericó,
começam de novo a praticar a circuncisão e a comemorar a Páscoa (5.7-10). Na
época do Êxodo, quarenta anos atrás, o Senhor dera essas duas práticas ao seu
povo, todavia, desde essa época tinham negligenciado essas práticas. O povo prometeu
ter o Senhor como seu Deus ao reinstituir essas práticas. Em certo sentido,
eles voltavam a ser o povo do Senhor após o período de quarenta anos no
deserto, quando viveram em um estado de verdadeira suspensão do entusiasmo. A
seguir, no capítulo 8, o povo escuta Josué reler toda a lei de Moisés (8.34,35)
após a derrota de Jericó e de Ai que marcou o início da conquista da terra.
Esse tempo incrível de ensino — é um símbolo poderoso de que, na verdade, eles
são o povo do Senhor (DEVER, M. A Mensagem do Antigo Testamento: Uma Exposição
Teológica e Homilética. 1 ed., RJ: CPAD, 2008, pp.189-90).
2. O perigo da omissão dos pais. No final do livro, no registro de
seus últimos atos públicos como líder deles, Josué leva o povo a renovar sua
aliança com o Senhor. No que é uma das mais incomuns declarações da Bíblia,
Josué soa como se incitasse o povo a não escolher seguir ao Senhor. Claro que
não é esse o caso, ele tenta garantir que entendam a seriedade da escolha que
estavam para fazer. [...] Os anos (ou mesmo décadas) narrados nesse livro,
mostra-nos que é exatamente isso que o povo faz. Ele mantém sua promessa de
servir ao Senhor como o Deus deles. Entretanto, ao mesmo tempo em que fazem
isso, eles continuam a pecar” (DEVER, M. A Mensagem do Antigo Testamento: Uma
Exposição Teológica e Homilética. 1 ed., RJ: CPAD, 2008, pp.189-90).
SINOPSE
DO TÓPICO (II)
O patriarca
Josué não se omitiu diante da idolatria que ameaçara as tribos israelitas. Ele
tomou uma firme decisão juntamente com a sua família: servir ao Senhor.
III. O EXEMPLO DOS RECABITAS
1. Uma família exemplar. Primeiramente, vamos entender a
origem dos recabitas: o fundador deste clã foi Jonadabe, filho de Recabe, mais
de 200 anos antes de Jeremias. Vivendo em Israel, Jonadabe participou com Jeú
do extermínio da casa de Acabe e dos sacerdotes de Baal, conforme 2 Reis
10.15ss – Jonadabe identificou-se com aquele que zelava pelo Senhor e por fazer
cumprir as palavras proféticas contra a casa de Acabe. Assim, os recabitas
constituíam uma família israelita que vivia de forma nômade, seguindo as
recomendações que seu patriarca estabelecera. Jonadabe, um líder de excelência,
que ainda influenciava seu povo depois de 200 anos de sua morte! O Senhor
mandou fazer este teste aos recabitas, chamando-os no templo e servindo a eles
vinho. O verso 3 descreve que toda a comunidade dos recabitas estava presente à
convocação. Seguindo as ordens de Deus, Jeremias serviu jarras de vinho e copos
numa mesa e mandou que os recabitas se servissem (v. 5). A resposta dos
discípulos de Recabe está no verso 6: nossa vida é pautada pelas recomendações
que aprendemos com nosso antepassado Jonadabe. Eles prezavam por cumprir o modelo
de vida ensinado pelo seu líder (vs. 6 a 11). A intenção de Deus com aquele
teste foi confrontar os demais judeus com o exemplo dos recabitas – v. 16 Os
descendentes de Jonadabe, filho de Recabe, cumprem a ordem que o seu
antepassado lhes deu, mas este povo não me obedece. Este é o nosso desafio como
líderes, influenciar nossos discípulos a seguirem o modelo de vida que
recebemos do nosso Senhor. As ordens de Jonadabe visavam que os Recabitas
vivessem como peregrinos, forasteiros. Um peregrino é alguém que não cria
raízes em lugar algum, mas que está sempre desprendido para locomover-se por
caminhos novos. O Novo Testamento ensina que somos peregrinos nesta terra:
Todos eles viveram pela fé, e morreram sem receber o que tinha sido prometido;
viram-no de longe e de longe o saudaram, reconhecendo que era estrangeiros e
peregrinos na terra. (Hb 11.13); Pois não temos aqui nenhuma cidade permanente,
mas buscamos a que há de vir. (Hb 13.14).
2. Um exemplo de fidelidade. O voto feito por Jonadabe, filho de Recabe,
dedica seus descendentes a uma vida nômade, com alojamentos sem permanência e
abstinência de vinho. Essa vida foi uma dedicação voluntária não exigida pela
lei mosaica (Dt 6. 10-11; 7.13). Jeremias estava no templo, quando, dirigido
por Deus, usa os Recabitas de exemplo para doutrinar os rebeldes de Jerusalém e
Judá. Não era próprio dos Recabitas morarem na cidade. Estavam em Jerusalém,
fugindo dos exércitos Sírio e Caldeu. Eles sempre se justificavam perante o
povo, pois, por muito tempo habitaram em tendas no deserto. Acredito que a
cidade era muito mais tentadora para eles: Vinho a vontade, casas confortáveis,
convites generosos, porém, nada disso era suficiente para fazê-los desistir do
seu voto.Deviam ser chamados de tolos, fanáticos ou coisas do gênero. Deus, no
entanto se agradara deles pela obediência e persistência no bem. “As palavras
de Jonadabe, filho de Recabe, que ordenou a seus filhos que não bebessem vinho,
foram guardadas, pois não beberem até este dia, antes obedeceram ao mandamento de
seu pai, a mim, porém, que vos tenho falado, madrugando e falando, não me
ouvistes... Tenho enviado profetas, dizendo convertei-vos, porém não me
obedecestes” Jr. 35-14,15”. Por conta da fidelidade dos descendentes de Recabe,
o Senhor decretou uma bênção para sua linhagem: Assim diz o Senhor dos
Exércitos, Deus de Israel: Vocês têm obedecido àquilo que o seu antepassado,
Jonadabe, ordenou; têm cumprido todas as suas instruções e têm feito tudo o que
ele ordenou. Por isso, assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Jamais
faltará a Jonadabe, filho de Recabe, um descendente que me sirva. (vs. 18,19).
De igual modo há bênção para o discípulo que aprende a honrar e que é fiel em
guardar os ensinamentos que recebe.
SINOPSE
DO TÓPICO (III)
Os recabitas
são um exemplo de fidelidade aos princípios ensinados pelo seu ancestral,
Recabe.
CONCLUSÃO
Tivemos nesta última aula do
trimestre, três exemplos dignos de fé firme e coragem. Oxalá tenhamos nós o
mesmo desprendimento, fé, coragem e comprometimento. Quantos de nós segue
fielmente o seu time de futebol, seu cantor preferido, seu grupo de amigos, e
relegam a obra do Reino a segundo plano! Estamos nos dedicando zelosamente
pelas empresas onde trabalhamos, pelos ideais almejados... em detrimento de um
relacionamento mais firme com Deus. Deus quer que tenhamos uma vida abundante
com: diversão, amigos, trabalhos, bens, família e sobretudo não esqueçamos de
ter comunhão com Ele (Lc 12.20,21).
NaquEle
que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de
vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),
Graça
e Paz a todos que estão em Cristo!
Francisco
de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine,
prompte et sincere
Meu
coração te ofereço, Senhor, pronto e sincero (Calvino)
Em
prontidão por causa da Copa das Confederações,
Recife-PE
Junho
de 2013.
EXERCÍCIOS
1. Cite as
qualidades indispensáveis de servo de Deus na vida de Noé.
R. “Varão
justo”, “reto em suas gerações” e que “andava com Deus”.
2. Qual era a
marca da época de Noé?
R. Imoralidade
incontrolável e uma ausência completa de temor a Deus.
3. O que a Palavra
de Deus recomenda aos pais na criação dos seus filhos?
R. A
Palavra de Deus recomenda aos pais que criem os seus filhos “na doutrina e admoestação
do Senhor”.
4. Quem eram os
recabitas?
R. Eram
um povo que fazia parte de uma tribo nômade aparentada com os queneus e com
Jetro, sogro de Moisés.
5. Você tem
instruído a sua família na Palavra de Deus?
R. Resposta pessoal.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
OBRAS CONSULTADAS:
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2013, Jovens e Adultos: A Família Cristã no século XXI — Protegendo seu lar dos ataques do inimigo; Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima; CPAD;
-. PFEIFFER, C. F.; VOS, H. F.; REA, J. (Eds.) Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009;
-. DEVER, M. A Mensagem do Antigo Testamento: Uma Exposição Teológica e Homilética. 1 ed., RJ: CPAD, 2008;
-. ZUCK, R. B. (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2013, Jovens e Adultos: A Família Cristã no século XXI — Protegendo seu lar dos ataques do inimigo; Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima; CPAD;
-. PFEIFFER, C. F.; VOS, H. F.; REA, J. (Eds.) Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009;
-. DEVER, M. A Mensagem do Antigo Testamento: Uma Exposição Teológica e Homilética. 1 ed., RJ: CPAD, 2008;
-. ZUCK, R. B. (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.
Autorizo a todos que quiserem
fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que
indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a
gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando e com que
finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site, impressão, etc.).
Francisco de Assis Barbosa