VOCÊ PODE AJUDAR O BLOG: OFERTE PARA assis.shalom@gmail.com

UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

Em 2024, Estará disponível também o comentário da revista de jovens, na mesma qualidade que você já conhece, para você aprofundar sua fé e fazer a diferença.

Classe Virtual:

SEJA MANTENEDOR!

Esse trabalho permanece disponível de forma gratuita, e permanecerá assim, contando com o apoio de todos que se utilizam do nosso material. É muito fácil nos apoiar, pelo PIX: assis.shalom@gmail.com – Mande-me o comprovante, quero agradecer-lhe e orar por você (83) 9 8730-1186 (WhatsApp)

25 de fevereiro de 2010

Lição 10 - A Defesa da Autoridade Apostólica de Paulo


07 de Março de 2010


TEXTO ÁUREO

"Paulo, apóstolo de Jesus Cristo pela vontade de Deus [...]"(2 Co 1.1):- O comissionamento de Paulo como apóstolo é uma questão-chave desta epístola. Ele se autodenomina “apóstolo” – para tal, o indivíduo deveria ser uma testemunha ocular da ressurreição de Cristo, nomeado pessoalmente por Cristo para governar e para ensinar ou escrever com autoridade. Significa “mensageiro” ou “representante”. Paulo o foi “pela vontade de Deus”, isto é, pela escolha soberana do Senhor. Paulo visitou Corinto em sua segunda viagem missionária fundando a igreja nessa importante cidade da Acaia. Paulo tinha um grande respeito por Timóteo, um de seus companheiros de viagem, e este estava envolvido na fundação da igreja de Corinto (At 18.5), foi o seu relatório a respeito da crise naquela igreja que levou o apóstolo a fazer uma visita não planejada para resolver pessoalmente a questão. Acaia: uma região localizada na metade sul da atual Grécia que inclui Corinto, na região do Poloponeso, tornada capital pelos romanos devido sua posição estratégica, possuía ainda, dois portos. Tornou-se próspera e imoral. Outra cidade de peso na região era Cencréia (Rm 16.1).

VERDADE PRÁTICA

Sem a autoridade ministerial que recebemos de nosso Senhor Jesus Cristo, jamais conseguiremos desempenhar com eficácia o serviço cristão.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 CORÍNTIOS 10.1-8,17,18

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

- Conscientizar-se de que sem a autoridade ministerial que recebemos de nosso Senhor Jesus Cristo, jamais conseguiremos desempenhar com eficácia o serviço cristão;

- Compreender que temos de andar de acordo com as leis do Espírito, lutando sempre com as armas espirituais;

- Explicar o significado da palavra autoridade.

PALAVRA-CHAVE

Autoridade - (lat auctoritate) 1. Direito ou poder de mandar.(teologicamente): Poder divino conferido ao homem para liderar a Igreja; por definição: Direito legalmente estabelecido de se fazer obedecer; 2. A pessoa que tem esse direito; 3.Valor pessoal, importância; 4. Autorização.

COMENTÁRIO

I. INTRODUÇÃO:

A maioria da igreja em Corinto aceitava a Paulo e era submissa à sua autoridade apostólica, contudo, havia um número pequeno de irmãos contrários à Paulo que seguiam os pseudo-apóstolos, e é a esse pequeno universo que Paulo direciona sua ‘bateria de fogos’ mudando drasticamente o seu tom respondendo a uma série de questionamentos críticos e repreende os motivos espúrios dos pseudo-apóstolos. Evidentemente, Paulo honrava a maioria daquela igreja (7.6-16), mas falou duramente à minoria em rebelião. É interessante a acusação dos falsos obreiros contra Paulo – timidez para ser um verdadeiro apóstolo, por isso não levavam a sério seu ensino e suas recomendações, muito embora admitissem que suas epístolas eram severas. Os últimos capítulos da epístola, por conseguinte, devem ser estudados com muita atenção. Neles, Paulo defende o apostolado que recebera do próprio Senhor Jesus. O inimigo desejava enfraquecer a Paulo e a sua liderança, impedindo a igreja de avançar. O apóstolo precisou confrontá-los apresentando suas credenciais apostólicas: Comissionado por Deus1.1, 21; 4.1; Agia com santidade, sinceridade e dependia somente de Deus1.12; Falava sinceramente1.18; 4.2; Era objetivo e sincero em suas cartas1.13,14; Tinha o Espírito Santo1.22; Amava os crentes coríntios2.4; 6.11; 11.11; Falava com sinceridade e poder de Cristo2.17; Trabalhou entre eles e mudou suas vidas3.2,3; Viveu como um exemplo para os crentes3.4; 12.6; Não desistiu4.1,16; Ensinava a Bíblia com integridade4.2; Tinha Cristo como o centro de sua mensagem4.5 ; Era embaixador de Cristo chamado para divulgar as Boas Novas5.18-20.

II. DESENVOLVIMENTO:

I. PAULO RESPONDE AOS SEUS ADVERSÁRIOS

1. A aspereza versus a delicadeza de Paulo (10.1,2). Paulo era um homem que, à nossa semelhança, sofria os efeitos das emoções. Nem todas as suas cartas foram agradáveis ou fáceis de escrever, nesta epístola ele se refere à anterior que continha exortação e censurar, e o faz com lágrimas. “Quando ele tinha que escrever uma carta difícil, tomava o cuidado para molhar a pena em lágrimas a fim de não tratar o assunto com azedume. Depois de escrever sua vigorosa carta aos desviados coríntios, seu terno coração de pastor levou-o a perguntar-se se não tinha sido severo demais. (J. Oswald Sanders, Paulo, O Líder, Ed Vida 5ª impressão – 1995).

2. Paulo apela para a mansidão e ternura de Cristo (10.1,2). Em suas cartas, Paulo se abria a tal ponto que poucos se disporiam a fazê-lo, e em assim fazendo dá a impressão de um homem sincero ao máximo. Ele toma a Jesus como medida de todas as coisas e convida seus leitores a fazer o mesmo. Ao tratar dos falsos apóstolos que contaminaram parte da igreja e o tinham por tímido, trata-os como quem é vil e desprezível e que se gloria de viver na carne. Os capítulos 10 a 13 são a resposta de Paulo a essa acusação.

3. Paulo diz que sua conduta não era segundo a carne (10.2,3). Assim como o apóstolo, somos apenas frágeis seres humanos, mas não carecemos de filosofias, planos e métodos humanos para ganhar nossas batalhas pois temos a nossa disposição poderosas e efetivas armas de Deus contra as astutas ciladas do diabo. O fato de andarmos na carne, nesse sentido, é viver na realidade do mundo presente, contudo, "não militamos segundo a carne" (v.3). Em outras palavras, Paulo estava afirmando que não lutava com simples armas humanas, mas de armas que têm o poder de Deus (i.é., conhecimento de Deus).Paulo não seguia os ditames da carne, ele era guiado pelo Espírito de Deus”. SINOPSE DO TÓPICO (1)

II. INIMIGOS E ARMAS ESPIRITUAIS DO APOSTOLADO

1. Os inimigos interiores (vv.4,5). Paulo tinha certeza dos perigos que cercavam a igreja coríntia com a presença de falsos apóstolos introduzindo um ensino espúrio. Aquela igreja precisava expressar sua lealdade à Jesus e Paulo sugere que usem as armas espirituais contra satanás. Quando a obediência deles fosse completa Paulo poderia, com ajuda deles, punir os falsos apóstolos e aqueles que haviam se desviado da verdade.

2. As armas espirituais (vv.4,5). Paulo sabia que nesta guerra espiritual somente teria vitória com oração, obediência e a contínua proclamação da poderosa Palavra de Deus, por isso, as armas do apóstolo eram espirituais e "poderosas em Deus para destruição das fortalezas." Tais fortalezas (v.4) são utilizadas para impedir que o conhecimento de Deus avance na mente e no coração do homem (v.5), ou seja, centros de oposição demoníaca ao evangelho (1Pe 5.8,9). Paulo sabia que seus oponentes eram na verdade servos de satanás. “Apesar de vivermos neste mundo sujeitos às tentações, temos de andar de acordo com as leis do Espírito, lutando sempre com as armas espirituais”. SINOPSE DO TÓPICO (2)

III. A PERSPECTIVA DE PAULO SOBRE AUTORIDADE

1. O significado de autoridade. Aparentemente, Paulo não era um orador impressionante como Apolo o foi “As cartas, com efeito, dizem, são graves e fortes; mas... a palavra desprezível” (2Co 10,10), e por isso, os falsos mestres e os legalistas esforçavam-se por neutralizar e dissipar sua obra. Impugnavam seu apostolado e lhe menosprezavam a autoridade, obrigando-o relutantemente a defender-se e reafirmar sua nomeação divina. Autoridade é uma responsabilidade a ser assumida com humildade e não um direito a ser exigido com orgulho. Originalmente, deriva-se do termo grego “exoustia”, derivado do verbo impessoal “exesti” (“é legal”) – denota “habilidade ou força com que a pessoa é dotada”, e daí, o significado do “poder de autoridade” (Dicionário VINE, CPAD, pág 426).

2. A perspectiva de Paulo quanto à autoridade espiritual. A afirmação da sua autoridade apostólica é belamente apresentada com humildade e piedosa desconfiança de si mesmo (2.3 - e 9.16, 27). Ele combina a fidelidade com a mais alta ternura (3.2 - 4.14 - 6.12), e quaisquer que sejam os seus dons, ele a todos prefere o amor (13.1). Paulo sabe que ele deveria invocar a autoridade que Cristo lhe dera e advertir aos crentes de Corinto que ele estava pronto para usar essa autoridade. Paulo está afirmando que quando for ter com os coríntios, provará sua autoridade apostólica como afirmou por carta. Somente Cristo é o alvo, o ponto máximo e convergente da revelação de Deus mediante o Evangelho. SINOPSE DO TÓPICO (3)

III. CONCLUSÃO

Como resultado dos trabalhos de Paulo e de Apolo foi formada em Corinto uma numerosa e florescente igreja - e doutrinadores eram ali colocados para instruir os convertidos, sendo regularmente observados os preceitos cristãos. Todavia, não muito depois, foi perturbada a paz desta igreja por certas pessoas que procuravam enxertar naquele ramo do Cristianismo os refinamentos da filosofia humana. Esses indivíduos tentaram depreciar o Apóstolo, descrevendo-o como pregador sem estilo e sem arte oratória, e pondo mesmo em dúvida a sua autoridade apostólica. Além disso, defendiam a vida licenciosa de cada um, sob pretexto de liberdade cristã. Destes ensinamentos resultaram divisões e irregularidade, não tardando que a igreja decaísse do seu primitivo estado de fé e amor. Paulo estabelece a sua autoridade apostólica e aduz, como credencial da sua missão, os seus trabalhos, sofrimentos, perigos e revelações divinas. A autoridade apostólica de Paulo, exercida com tanta seriedade, fora lhe concedida pelo Senhor e encontrava-se fundamentada em seu relacionamento com Deus e na integridade de seu caráter e ministério. Portanto, se estivermos conscientes de nosso chamado divino e exercermos com integridade nosso ministério, não devemos temer falsas acusações, pois essas sempre farão parte da vida de um servo fiel. "E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre." 1Jo 2.17 REFLEXÃO

APLICAÇÃO PESSOAL

PAULO invoca a fidelidade divina como o padrão e a garantia da sua própria fidelidade. Todas as promessas de Deus são sim e que assim seja, ou sim e verdade. Nele, elas são sempre sim, e nele, elas são sempre fiéis. Nem uma promessa de Deus se resume em ‘não’ para quem crer e cumprir as condições. A veracidade absoluta e as palavras de Deus, dignas de confiança como elas são em Cristo, eram o padrão que Paulo sempre seguia em seus discursos. Isso é coerente com o padrão geral, seguido por Paulo, de derivar os absolutos morais do caráter moral de Deus. Paulo era um homem tão íntegro e tinha um caráter tão firme que, diante da acusações contra a sua vida, ele apela para a sua consciência pessoal como testemunho de sua sinceridade nas ações de seu ministério. Todos em Corinto sabiam que Paulo, mesmo não tendo sido um dos doze que estiveram com Jesus, recebera um chamado de Cristo para ser apóstolo. Seu testemunho pessoal era a prova concreta de que não lhe era necessário nenhuma recomendação. Seus sofrimentos por Cristo evidenciavam seu apostolado entre os gentios e, especialmente, em Corinto, dispensando, portanto, qualquer tipo de recomendação por escrito. No texto de 2 Coríntios 5.11, o apóstolo Paulo faz uma defesa de sua atitude dizendo que "o temor que se deve ao Senhor" lhe dava condições de se autorrecomendar, porque a sua vida e ministério eram manifestos na consciência de cada um daqueles crentes. A atitude paulina não tinha por objetivo ofender a ninguém, mas baseava-se na confiança do conhecimento que os coríntios tinham da sua pessoa e ministério.

PAULO o grande arquiteto do cristianismo, nos apresenta um pensamento muito útil para estes dias conturbados. Ele traça um paralelo entre nossa fraca natureza humana, que inclui mas não está limitada a nossos corpos físicos, e um simples vaso de barro (2Co 4.1-6). Essa fraqueza estabelece um grande contraste com a glória do evangelho, e Paulo relembra-nos que a maneira de Deus atuar é agir através daqueles que são fracos e nada impressionantes aos olhos do mundo. Verdadeiramente, Paulo tinha em mente uma única coisa: sempre dar glória a Deus e não a si mesmo. A exemplo daqueles dias hoje surgem ‘pregadores’ mercantilistas, sem nenhum compromisso, com palavras vazias e ao gosto do ouvinte. O mercantilismo do Evangelho é visto no oportunismo de pessoas que se aproveitam da facilidade para abrir igrejas, a fim de ganharem dinheiro de modo igualmente fácil. Vivemos dias de descrédito,de cegueira quanto aos verdadeiros valores cristãos, desapego ao conteúdo bíblico e busca desenfreada pelo místico. Tais exploradores optam pela comercialização do Evangelho, verdadeiros vendilhões e exploradores da fé que se aproveitam da liberdade religiosa que vigora no país e da facilidade para abrir uma igreja para aumentar ainda mais um rol ‘ridículo’ e ‘esdrúxulo’ de novos ‘ministérios’. Não apresentam conteúdo evangelístico, sua ênfase recai no triunfalismo e na prosperidade meramente financeira, como se isso fosse a prioridade do cristão. Estes se valem de mensagens “proféticas” e testemunhos de pessoas que teriam recebido vitórias financeiras, mediante os quais sensibilizam os desavisados e incautos. Nos dias de Paulo, aquele valente apóstolo surge com uma mensagem de esperança e, agindo como bom mestre, declara que o conteúdo de seu ensino não é falsificado (v.2), hoje, carecemos de um ensino não falsificado. Paulo e os seus seguidores rejeitavam a mensagem falsa dos seus opositores, mensagem que ouvimos ser pregada hoje incessantemente: evangelho de autoajuda, verbalizada mediante a repetição de bordões como: “Ouse sonhar”, “Seja um sonhador”, “quem tem promessas não morre”, “Não desista dos seus sonhos”, “profetize”, “determine”, “plante uma semente”, “oferte”. Estes opositores mal-intencionados, sem compromisso com a verdade do Evangelho, interesseiros e sem temor de Deus que vagueavam pelas novas igrejas usando o Evangelho com o intuito de obter lucro (2Co 11.3-15 e 1Tm 6.9-10). Paulo mostra aos cristãos de Corinto que ele era diferente desses aproveitadores (2Co 2.17).

A seu exemplo, mostremos que somos diferentes!

N’Ele, nossa Força e Ousadia,

Francisco A Barbosa

assis.barbosa@bol.com.br

BIBLIOGRÁFIA PESQUISADA

- HENRY, Matthew. Comentário Bíblico do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2008.

- J. Oswald Sanders, Paulo, O Líder, Ed Vida 5ª impressão – 1995

- Bíblia de Estudo Pentecostal, Rio de Janeiro, CPAD;

- Bíblia de Estudo Plenitude-SBB, nota e palavra-chave v.2Co 9.7, pág 1207;

- Comentário Judaico do Novo Testamento, David H Stern, Templus, São Paulo, 2008;

- Dicionário VINE, CPAD, pág 426;

- http://ogideao.blogspot.com/2010/01/fracos-como-vasos-de-barro.html

- Imagem: http://blogs.gospelprime.com.br/bereiablog/wp-content/uploads/2009/09/paulo-300x222.jpg

EXERCÍCIOS

RESPONDA

1. O que Paulo desejava reafirmar ao utilizar a expressão: "não militamos segundo a carne"?

R. Paulo desejava reafirmar que ele não seguia os ditames da carne.

2. O apóstolo usa o termo "carne" em dois sentidos. Quais são eles?

R. Sentido físico, significando ser humano; e sentido figurado referindo-se a uma parte da natureza humana corrompida pelo pecado.

3. Quais são os inimigos interiores do crente?

R.Os argumentos contra o Evangelho e as falsas acusações contra seu ministério.

4. De acordo com a lição, qual o significado da palavra "autoridade" na língua grega?

R. Poder, liberdade ou direito de escolher, agir, possuir ou controlar.

5. Qual era a fonte da autoridade apostólica de Paulo?

R. Jesus Cristo.

18 de fevereiro de 2010

Lição 9- O Princípio Bíblico da Generosidade


28 DE FEVEREIRO DE 2010

TEXTO ÁUREO

"Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria" (2Co 9.7). Nossas ofertas podem e devem ser feitas com alegria (Gr. Hilarios: disposto, de boa natureza, alegremente pronto. A palavra descreve um espírito de alegria no ato de dar que afasta todo comedimento). “Por necessidade”: sob coação, contra a vontade de alguém. Nossa atitude é mais importante do que a quantia que doamos. Não temos que nos envergonhar se pudermos dar apenas uma pequena contribuição. Deus está interessado na maneira como ofertamos, a partir dos recursos que temos. Paulo dá o exemplo dos macedônios os quais foram tão generosos que excederam este padrão, para incentivar os coríntios (rivais naturais) a realizarem o mesmo. A atitude generosa reconhece que é Deus que faz com que toda graça abunde em nossa direção e dá capacidade em todas as coisas, até mesmo a generosidade para podermos fazer boas obras. Somos abençoados, a fim de sermos uma bênção para os outros.

VERDADE PRÁTICA

A generosidade é um princípio que deve preencher o coração alcançado pela graça de Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2º Coríntios 8.1-5; 9.6,7,10,11

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

- Conscientizar-se de que o princípio da generosidade está fundamentado na idéia de doar e não de ter.

- Compreender que atender ao pobre em suas necessidades é um preceito bíblico.

- Saber que a graça de contribuir está fundamentada no princípio de que mais "bem-aventurada coisa é dar do que receber".

PALAVRA-CHAVE

Generosidade:- "Virtude daquele que se dispõe a sacrificar os próprios interesses em benefício de outrem". Generosidade é a qualidade daquele que é generoso; ação generosa; liberalidade; magnanimidade.É a virtude em que a pessoa tem quando acrescenta algo ao próximo. Se aplica também quando a pessoa que dá algo a alguém tem o suficiente para dividir ou não. Não se limita apenas em bens materiais. Generosos são tanto as pessoas que se sentem bem em dividir um tesouro com mais pessoas porque isso as fará bem, tanto quanto aquela pessoa que dividirá um tempo agradável para outros sem a necessidade de receber algo em troca. Segundo René Descartes, em ‘Tratado das Paixões’ e ‘Princípios de Filosofia’, a generosidade é apresentada como uma despertadora do real valor do Eu e ao mesmo tempo como mediadora para que a vontade se disponha a aceitar o concurso do entendimento, acabando assim a causa do erro. Neste caso, passa a ser um conceito de mediação entre a Vontade e o Entendimento.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

“A Igreja precisa pedir perdão por séculos e séculos de esquecimento em relação ao cuidado com os pobres” – Ronald Sider, PhD, fundador do Evangelicals for Social Action. Vivemos em uma sociedade marcada pelo individualismo e o egoísmo, onde parece não existir mais lugar para a generosidade. Quando nos deparamos com textos como Tiago 1.22, nos vem à memória as muitas obras realizadas por seitas e filosofias humanas em detrimento da obra social evangélica. "A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo" (Tg 1.27). Estamos vivenciando uma corrida por construções de mega-templos, estamos muito envolvidos com o sustento de tele-pastores e seus megalomaníacos projetos; não sou contra às construções de templos maiores e mais confortáveis nem do sustento dos tele-pastores, mas o problema não é este. Meu questionamento está em saber se as igrejas estão levando as pessoas a viverem como Cristo, a se tornarem obedientes a Ele, preocupadas com o próximo e ativas no serviço social. Não há problemas em ofertar para este ou aquele programa de radio ou televisão, o problema reside em fazê-lo em detrimento do socorro ao necessitado que, muitas vezes, senta no banco da igreja, ao nosso lado, e não sentimos suas necessidades. Espiritualidade e responsabilidade social são eixos paralelos no grande mandamento da Lei: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”(Mt 22.37) Estes eixos paralelos confluem-se na vida e natureza da Igreja. De um modo geral, tem havido muita contradição entre a mesa do pobre e os megaprojetos evangélicos – e a falta de pão na primeira pode ser uma indicação da falta de espiritualidade da Igreja, isso quando a causa do pobre não se constitui em bandeira institucional e publicitária a serviço da imagem publica da instituição. Dessa forma, espiritualidade e responsabilidade social são manifestações intrínsecas em nossa realidade. Esta lição vem resgatar, em boa hora, a obrigatoriedade de amarmos e auxiliarmos os pobres e necessitados, começando com os domésticos da fé. Esta lição ensina-nos que o ato de estendermos as mãos aos menos favorecidos é uma forma de expressarmos o amor de Deus através de nossa vida. "Você não pode dar mais do que Deus! Não importa o que dê a Ele, Ele sempre lhe dará mais."Warren W. Wiersbe.

DESENVOLVIMENTO:

I. EXEMPLOS DE AÇÕES GENEROSAS (8.1-6,9; 9.1,2)

1. O exemplo dos macedônios (8.1-6). O texto referente a este subtópico mostra Paulo voltando-se para um projeto iniciado nas igrejas que ele tinha fundado, a fim de socorrer os irmãos de Jerusalém. É interessante notar que havia uma rivalidade ‘natural’ entre as regiões da Macedônia (norte da atual Grécia) e a Acaia (região do Poloponeso, onde se localiza Corinto). Paulo menciona os macedônios varias vezes nestes dois capítulos, talvez, no intuito de estimular os coríntios a cooperarem com esse projeto. Pode parecer uma apelação de Paulo ‘provocar’ os coríntios com a citação dos Macedônios, que apesar de suas dificuldades e pobreza, foram capazes, por causa do amor a Deus, de ofertar o pouco que tinham para socorrer os pobres de Jerusalém, mas ele cita outros motivos para contribuir.

2. O exemplo de Jesus Cristo (8.9). Paulo usa o exemplo de Cristo para um apelo ao altruísmo. Não há outro maior exemplo de generosidade além do que nos mostrou Jesus, não em referencia à riqueza material, mas referente à sua glória celeste como Senhor do céu e da terra, humilhou-se a si mesmo fazendo-se pobre através de total esvaziamento, encarnação e crucificação. Paulo frisa aos coríntios que devemos estar dispostos a olhar além de nossos interesses em favor do próximo.

3. O exemplo da igreja coríntia (9.1,2). O apóstolo é amável mas exorta os coríntios a cumprirem o compromisso que haviam feito. Corinto era próspera e os membros da igreja experimentavam uma abundância de bênçãos espirituais. O princípio da generosidade está fundamentado na idéia de doar e não de ter (2 Co 8.12). SINOPSE DO TÓPICO (1)

II. EXORTAÇÃO AO ESPÍRITO GENEROSO PARA CONTRIBUIR (8.7-15)

1. A igreja de Corinto foi encorajada a repartir generosamente com os necessitados (8.11). Os crentes coríntios tinham uma boa situação financeira e aparentemente estavam prontos para ofertar e foram desafiados pelo apóstolo a dar prosseguimento nesse plano iniciado um ano antes e interrompido pelos problemas levantados pela oposição dos pseudoapóstolos. Doar é uma resposta natural do amor. Não há uma firmeza de Paulo ordenando ou coagindo à doação, no entanto, apela a que sobejem, também, na graça da generosidade para que provassem que seu amor era real. Quando amamos alguém, queremos compartilhar, dar atenção, suprir necessidades.

2. A responsabilidade social da Igreja. A verdadeira fé salvífica não pode prescindir de ação social – a fé sem obras nada aproveita. A igreja está crescendo em número e em importância no contexto nacional, porém a maioria dos que professam a fé em Cristo não demonstram pelas obras nenhuma evidencia de devoção sincera a Ele e à sua Palavra. A fé salvífica na se limita à uma confissão, ela transcende; espiritualidade e responsabilidade social são manifestações intrínsecas em nossa realidade. Como parte do povo de Deus, é nossa responsabilidade nos ajudarmos mutuamente em tudo o que for possível.

3. A generosidade cristã requer reciprocidade mútua dos recursos. É desanimador continuar praticando o bem e não receber nenhuma palavra de agradecimento ou não receber nenhum resultado tangível. Somos desafiados a praticar o bem e confiar em Deus quanto os resultados, que a seu tempo, recompensará. Assim como o Senhor jamais se esqueceu dos pobres, a Igreja não deve desprezá-los (Lc 4.18,19), pois na essência da mensagem do Evangelho está também o atendimento às pessoas necessitadas. SINOPSE DO TÓPICO (2)

III. OS PRINCÍPIOS DA GENEROSIDADE (9.6-15)

1. O valor da liberalidade na contribuição. Os crentes podem hesitar em doar generosamente a Deus devido à preocupação de terem o suficiente para atender às suas próprias necessidades. É uma verdade bíblica que quem doa pouco, ceifa pouco além de caracterizar a falta de fé. Nossa atitude é mais importante do que a quantia que doamos. Somos abençoados com recursos que devemos usar e investir em sua obra. Na igreja, o cristão obedece ao princípio da fé e do reconhecimento do Senhorio de Cristo. Assim, do ponto de vista bíblico, a contribuição não se restringe aos 10% (o valor mínimo que o crente deve trazer à casa do tesouro); o princípio que a rege é o da liberalidade. Portanto, não há limite para a contribuição (2 Co 9.10). A pessoa oferta o que propuser em seu coração; o que vale é o seu princípio (o dar com liberalidade), não a regra. Se desejarmos ver nosso dinheiro e nossos bens santificados e abençoados, a primeira coisa a fazer é reconhecer em Deus o verdadeiro dono de todas as coisas. Nada é nosso! “Do Senhor é a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam” (Sl 24:1). Somos apenas os mordomos. Deus nos entregou os seus recursos para que cuidemos deles. E, nossa incumbência é administrá-los com sabedoria e dedicação, pois, um dia, vamos lhe prestar contas de nossa administração.

2. A igreja deve socorrer os necessitados obedecendo a três princípios que norteiam o serviço social. O desejo de Deus é que usemos o que entregou, para o avanço de seu reino e ajuda aos necessitados. Esse princípio é libertador! Quando o entendemos, nossa atitude diante do dinheiro muda radicalmente e encontramos uma motivação mais legítima para adquiri-lo. Sendo mordomos, devemos ser generosos em ajudar os que precisam. Sendo mordomos, devemos ser fiéis a Deus. Não devemos nos esquecer de devolver a parte que lhe cabe. Entreguemos os dízimos e as ofertas como expressão de gratidão. Ele promete retribuir nossa liberalidade “abrindo as comportas do céu e derramando benções sem medidas(Ml 3:10).

3. A graça de contribuir. Os crentes macedônios viviam em meio a muitas provas de tribulações, pois naqueles tempos, a Macedônia havia sido saqueada pelos romanos, que tomaram suas riquezas, o ouro e a prata de suas minas e impuseram pesados impostos sobre tudo que aquele país produzia nas suas indústrias e minas de cobre, ferro e fundições. Exploraram o sal e a madeira dos macedônios. E a tudo isso, os romanos acrescentaram perseguições empobrecedoras contra os cristãos. Por isso o sofrimento daquelas igrejas era considerado como provas para se avaliar a pureza e genuinidade das coisas, como metais preciosos. Deus permite estas provações na nossa vida para que seja manifesto se somos verdadeiros ou se abandonaremos a Cristo (Dt 8.2-3). A igreja deve socorrer os necessitados obedecendo a três princípios que norteiam o serviço social: mutualidade, responsabilidade e proporcionalidade. SINOPSE DO TÓPICO (3)

CONCLUSÃO

... e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade.(2Co 8.2).

Na situação em que os crentes macedônios viviam, eles tinham tudo para dizer a Paulo: “Nós o amamos muito, Paulo, e gostaríamos de contribuir para o seu ministério e na assistência aos necessitados, mas como o senhor mesmo está vendo, na situação de sofrimento e pobreza em que estamos, nada podemos dar”. Aliás, o próprio Paulo não queria levantar oferta nas igrejas da Macedônia, porque ele mesmo reconhecia que eles estavam na pobreza e nas perseguições. Mas para sua surpresa, os próprios crentes macedônios é que pediram e insistiram para que o apóstolo os permitisse participar da contribuição. Eles queriam a todo custo participar desta graça de ajudar (v 4). Eles deram na medida do que podiam e até mais (v 3). Eles não eram egoístas. Ofertaram sacrificialmente para o ministério de Paulo e para assistência às igrejas de Jerusalém. Os crentes macedônios sentiram grande júbilo, porque a alegria sem dinheiro depende de sermos generosos e liberais com aquilo que possuímos. A generosidade pode ser medida pelo percentual que demos sobre o que possuímos e do sacrifício envolvido no ato de doar, e também pelo espírito voluntário com que as dádivas são feitas. Eles contribuíram com grande liberalidade, movidos por grande júbilo pelo privilégio de dar, e mesmo em meio à grande pobreza contribuíram com abundância, e chegaram a ponto do sacrifício em suas ofertas espontâneas, porque sabiam que Deus ama a quem dá com alegria (2 Co 9.7).

-A generosidade não depende da situação

-Quem é generoso, o é na pobreza ou na riqueza.

-Quem é avarento, também o é na pobreza ou na riqueza.

-Os macedônios mostraram que eram ricos para com Deus.

-Da pobreza os macedônios produziram riquezas da generosidade.

Filantropia sem generosidade não tem valor. A boa filantropia é aquela que baseia suas obras no princípio do amor, que supera todas as deficiências e nos torna úteis ao Reino de Deus. Gratidão e disposição para servir uns aos outros anulam a avareza e abrem as despensas de Deus com bênçãos espirituais e materiais (Ml 3.10). "Dar ajuda aos pobres, era, e é, virtude tão grande no judaísmo assim como o é na grande exortação de Paulo aos coríntios (e a nós!) para que todos sejam generosos com os necessitados". Lawrence Richards REFLEXÃO – Revista do Mestre.

APLICAÇÃO PESSOAL

Ouvimos muito pregar-se acerca de avivamento espiritual, mas confunde-se avivamento com manifestações sobrenaturais. Uma Igreja Viva precisa abranger o homem como um todo, se não queremos um organismo aleijado ou disforme. Não se pode falar de um avivamento que priorize apenas um aspecto da totalidade do ser humano como, por exemplo, o destino de sua alma, em detrimento de seu bem-estar físico e social. O homem vive na dimensão do aqui e agora. Tem fome, frio, doença, sofre injustiças; enfim, tem mil motivos para não ser feliz. Nossa missão, pois, é socorrer o homem no seu todo, para que não somente usufrua paz de espírito, mas também conserve no corpo e na mente motivos de alegria e esperança. Eu vejo que os crentes, na média, estão muito materialistas, talvez em virtude de uma teologia equivocada, centrada no ‘ter’ em detrimento do ‘ser’ em meio às pressões pelo sucesso e pela prosperidade, próprios dessa sociedade capitalista. Mas tem havido um crescimento da ação evangélica nessa área, embora tímida e necessitada de um incremento nas ações de combate à pobreza, no combate ao racismo, na afirmação da dignidade de setores marginalizados, e aí sim, constituiremos uma sociedade sadia.

Alegria, generosidade, voluntariedade e boa-vontade são motivações indispensáveis a quem quer contribuir. Só se alegra em contribuir quem entende tal possibilidade como graça, ou seja, favor imerecido. Somente os que têm acesso ao extraordinário-imerecido é que o vêem como objeto de alegria indizível. contribuir é uma expressão da Graça de Deus. Dito de outra maneira: não temos o poder ou a capacidade de contribuir a não ser que o Senhor nos alcance com o seu favor e nos capacite a fazer isso através do seu poder. O que estou dizendo é que contribuir segundo o coração de Deus não é algo que se faça por conta própria e pelas próprias forças; é algo que faz quando somos alcançados pela Graça. Como reconhecer a Graça de Deus na contribuição Veja só: qualquer pessoa pode vir até aqui à frente e entregar dinheiro. Mas contribuir para o Reino de Deus, apenas aqueles que foram alcançados pela Graça podem fazerA pergunta mais lógica a fazer agora é como podemos reconhecer a Graça de Deus na contribuição. Penso que o exemplo das igrejas da Macedônia nos dão pelo menos três maneiras de conectar contribuição e Graça: 1). Alegria em meio à tribulação; 2). Riqueza em meio a pobreza, e 3). Superação em meio aos limites.

N’Ele, que graciosamente me chama à santidade,

Francisco A Barbosa

(assis.barbosa@bol.com.br)

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA

- HENRY, Matthew. Comentário Bíblico do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2008;

- Bíblia de Estudo Pentecostal, Rio de Janeiro, CPAD;

- Bíblia de Estudo Plenitude-SBB, nota e palavra-chave v.2Co 9.7, pág 1207;

- Bíblia de Aplicação Pessoal, Rio de Janeiro, CPAD;

- Imagem: http://nao2nao1.com.br/img/amor_generosidade.jpg

EXERCÍCIOS

RESPONDA

1. De acordo com a lição, o princípio da generosidade está baseado em qual ideia?

R. .O princípio da generosidade está fundamentado na ideia de doar e não de ter (2 Co 8.12).

2. Defina generosidade.

R. "Virtude daquele que se dispõe a sacrificar os próprios interesses em benefício de outrem"..

3. Atender o pobre em suas necessidades é um preceito bíblico. Cite três referências bíblicas que comprovem essa verdade.

R. Lv 23.22; Dt 15.11; Sl 82.3.

4. De acordo com a lição, qual princípio deve reger a oferta?

R. O da liberalidade.

5. Cite os três princípios que devem nortear o serviço social da igreja.

R. Mutualidade, responsabilidade e proporcionalidade

BOA AULA!